ASC Awards: Roger Deakins vence prêmio do Sindicato dos Diretores de Fotografia por 1917
O Sindicato dos Diretores de Fotografia dos EUA, conhecido pela sigla ASC, consagrou o veterano Roger Deakins por seu trabalho em “1917”, em evento realizado na noite de sábado (25/1), em Los Angeles. Segunda parceria premiada de Deakins com o diretor Sam Mendes (que trabalharam juntos em “007: Operação Skyfall”, vencedor do ASC Award de 2013), a direção de fotografia de “1917” era favorita ao prêmio, pelo virtuosismo das câmeras, que enfrentam correrias e o terreno acidentado para retratar o filme inteiro como uma longa tomada contínua – o que é especialmente difícil em filmagens feitas ao ar livre. Foi o quinto prêmio do Sindicato dos Diretores de Fotografia conquistado por Deakins, que já tem até um ASC Award especial pelas realizações da carreira, recebido em 2011. Apesar de só contar com um Oscar, por “Blade Runner 2049” (2017), deve incluir uma segunda estatueta da Academia entre seus troféus neste ano. Por sinal, enquanto Deakins comemorava sua vitória, seu parceiro Sam Mendes venceu o troféu do Sindicato dos Diretores (DGA), apontando “1917” como o filme a ser batido no Oscar 2020. Outros prêmios de cinematografia foram para “Honeyland”, na categoria de Documentário, e “O Farol”, com o troféu Spotlight, dedicado a obras com exibição limitada. Veja a lista completa dos vencedores do ASC Awards 2020 abaixo. MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA – 1917 – Roger Deakins Ford vs. Ferrari – Phedon Papamichael O Irlandês – Rodrigo Prieto Era Uma Vez em… Hollywood – Robert Richardson Coringa – Lawrence Sher PRÊMIO SPOTLIGHT – O Farol – Jarin Blaschke Honey Boy – Natasha Braier Monos – Jasper Wolf MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA EM DOCUMENTÁRIO – Honeyland – Fejmi Daut e Samir Ljuma Anthropocene: The Human Epoch Obscuro Barroco MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA EM SÉRIE PREMIUM – The Handmaid’s Tale – Episódio “Night” – Colin Watkinson The Marvelous Mrs. Maisel – Episódio “Simone” Das Boot – Episódio “Gegen die Zeit” Carnival Row – Episódio “Grieve No More” Titãs – Episódio “Dick Grayson” MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA EM SÉRIE – Project Blue Book – Episódio “The Flatwoods Monster” – Kim Miles Legion – Episódio “Chapter 20” Legion – Episódio “Chapter 23” Vikings – Episódio “Hell” Gotham – Episódio “Ace Chemicals” MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA EM MINISSÉRIE, TELEFILME OU PILOTO DE SÉRIE – The Terror: Infamy – Episódio “A Sparrow in a Swallow’s Nest” – John Conroy The Rook – Episódio “Chapter 1” Doom Patrol – Episódio “Pilot” Catch-22 – Episódio “Episode 5” The Twilight Zone – Episódio “Blurryman”
Academia volta atrás e todas as categorias serão premiadas ao vivo no Oscar 2019
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos voltou atrás na sua decisão de tirar a premiação de quatro categorias da transmissão ao vivo do Oscar 2019. A pressão de diversos astros e cineastas contra a iniciativa, que jogaria para os intervalos comerciais a entrega de troféus aos vencedores das categorias de Direção de Fotografia, Edição, Curta-Metragem e Maquiagem e Cabelo, fez com que a iniciativa fosse revista. Em breve comunicado, a Academia disse que “ouviu as opiniões de seus membros sobre a apresentação do Oscar” e que “todos os prêmios serão apresentados ao vivo, sem edições, em nosso formato tradicional”. A polêmica foi consequência de um acordo entre a Academia e a rede americana ABC, que detém os direitos de exibição do Oscar nos Estados Unidos. Com o objetivo de diminuir a longa duração do evento para três horas, a Academia se comprometeu a realizar algumas mudanças na premiação. Assim, no começo desta semana, foi anunciado que quatro categorias seriam excluídas da transmissão ao vivo, passando a receber seus prêmios durante os intervalos comerciais. A reação do Sindicato dos Diretores de Fotografia (ASC) foi de repúdio imediato à iniciativa, o que deu início a protestos entre cineastas nas redes sociais e culminou numa carta aberta endereçada ao presidente da Academia, John Bailey – que ironicamente é diretor de fotografia. Vários astros, cineastas e profissionais de destaque da indústria cinematográfica assinaram o documento, que continuava a ganhar adesões nas últimas horas. Entre os signatários do protesto, estavam vários candidatos ao Oscar 2019. Ao todo, 200 cinematógrafos, 75 diretores, incluindo Martin Scorsese, Alfonso Cuarón, Quentin Tarantino, Guillermo del Toro e Spike Lee, 80 atores, entre eles Bradley Copper, Glenn Close, Brad Pitt, George Clooney, Robert De Niro, Sandra Bullock e Emma Stone, bem como dezenas de produtores, editores, figurinistas, supervisores de VFX, etc, uniram-se contra a forma como a cerimônia estava sendo produzida. Alfonso Cuarón, que é favorito a vencer o Oscar de Melhor Direção de Fotografia por seu trabalho em “Roma”, escreveu nas redes sociais: “Na história do CINEMA, obras-primas existiram sem som, sem cor, sem roteiro, sem atores e sem música. Mas nunca nenhum filme existiu sem CINEMAtografia e sem edição”. Guillermo del Toro complementou a observação do conterrâneo. “Direção de Fotografia e Edição são o coração de nosso ofício. Eles não foram herdados de uma tradição teatral ou de uma tradição literária: eles são o próprio cinema”, tuitou o cineasta. No ano passado, a transmissão do Oscar durou mais de 3 horas e meia, e teve a pior audiência já registrada pelo evento na TV americana. O Oscar 2019 vai acontecer em 24 de fevereiro, em Los Angeles, com transmissão ao vivo no Brasil pelos canais Globo e TNT.
George Clooney, Brad Pitt, Robert De Niro e outros astros se juntam ao protesto contra o Oscar 2019
Novos cineastas e grandes astros de Hollywood juntaram-se ao protesto contra o Oscar 2019, motivado pela decisão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos de tirar da transmissão ao vivo a premiação de Direção de Fotografia. Uma carta aberta publicada no começo desta quinta (14/2) ganhou as adesões dos diretores Alfonso Cuaron (“Roma”), Christopher Nolan (“Dunkirk”), Michael Mann (“Inimigos Públicos”), Alejandro G. Inarritu (“O Regresso”) e Guillermo del Toro (“A Forma da Hora”), bem como dos atores George Clooney (“Gravidade”), Brad Pitt (“Guerra Mundial Z”), Robert De Niro (“Joy”), Elizabeth Banks (“A Escolha Perfeita”), Peter Dinklage (“Game of Thrones”) e Kerry Washington (“Scandal”). Eles juntaram suas assinaturas ao documento que chamou a decisão da Academia de “insulto” e foi originado por vencedores do Oscar, como Damien Chazelle (“La La Land”), Ang Lee (“As Aventuras de Pi”), Martin Scorsese (“O Lobo de Wall Street”) e Quentin Tarantino (“Os Oito Odiados”), além de Spike Lee, que concorre neste ano por “Infiltrado na Klan”. A polêmica se deve a um acordo entre a Academia e a rede americana ABC, que detém os direitos de exibição do Oscar nos Estados Unidos. Com o objetivo de diminuir a longa duração do evento para três horas, a Academia se comprometeu a realizar algumas mudanças no formato da premiação. No começo desta semana, foi anunciado que quatro categorias (Melhor Fotografia, Edição, Curta-metragem e Maquiagem e Cabelo) seriam excluídas da transmissão ao vivo, passando a receber seus prêmios durante os intervalos comerciais. A reação do Sindicato dos Diretores de Fotografia (ASC) foi de repúdio imediato à iniciativa, o que deu início a protestos entre cineastas nas redes sociais e culminou na atual carta aberta endereçada ao presidente da Academia, John Bailey – que ironicamente é diretor de fotografia. No documento, cineastas, cinematógrafos e astros pedem para Bailey reverter a decisão. “A resposta vocal de nossos pares e a reação imediata dos líderes da indústria sobre a decisão da Academia deixa claro que não é tarde demais para ter essa decisão revertida”, diz o texto, que continua a receber assinaturas. A Academia rebateu as críticas com um comunicado, em que “assegura a todos que nenhuma categoria será apresentada de uma forma que a coloque como menos importante do que qualquer outra”, frisando que os discursos dos vencedores dos quatro Oscar concedidos durante os comerciais irão ao ar, de forma editada, em outro momento da cerimônia. Segundo a instituição, os próprios membros da Academia que trabalham nas áreas afetadas voluntariaram suas categorias como as primeiras a serem apresentadas durante os comerciais. Nos próximos anos, outras categorias participarão do rodízio, recebendo seus prêmios durante os comerciais, para agilizar a transmissão. “Os produtores da nossa cerimônia consideraram tanto a tradição do Oscar quanto a nossa audiência global. Nós acreditamos sinceramente que o show será do agrado de todos, e estamos ansiosos para celebrar um grande ano de cinema com todos os membros da Academia e com o resto do mundo”, finalizou a declaração oficial sobre o assunto.
Scorsese, Tarantino e Spike Lee se juntam em protesto contra organização do Oscar 2019
Um grupo formado por 40 cineastas e cinematógrafos (diretores de fotografia) publicou uma carta aberta contra a decisão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de retirar quatro categorias da transmissão ao vivo do Oscar 2019, especialmente a de Direção de Fotografia. Endereçado ao presidente da instituição, John Bailey, o documento foi assinado por vencedores do Oscar, como Damien Chazelle (“La La Land”), Ang Lee (“As Aventuras de Pi”), Martin Scorsese (“O Lobo de Wall Street”) e Quentin Tarantino (“Os Oito Odiados”), além de Spike Lee, que concorre neste ano por “Infiltrado na Klan”. “A Academia foi fundada em 1927 para reconhecer excelência nas artes cinematográficas, inspirar a imaginação e ajudar a conectar o mundo através da mídia universal dos filmes”, argumentou a carta. “Infelizmente, fugimos desta missão ao tentar apresentar entretenimento ao invés da celebração de nossa forma de arte e das pessoas que a criam. Relegar estes aspectos essenciais da nossa área a um status menor na cerimônia do Oscar é nada menos do que um insulto àqueles de nós que nos dedicamos inteiramente a nossa profissão”, completou. “Quando o reconhecimento dos responsáveis pela criação do cinema de destaque está sendo diminuído pela própria instituição cujo propósito é protegê-lo, então não estamos mais sustentando o espírito da promessa da Academia de celebrar o cinema como uma forma de arte colaborativa”. Anteriormente, o Sindicato dos Diretores de Fotografia (ASC, na sigla em inglês) e os cineastas Alfonso Cuarón (“Roma”), Guillermo Del Toro (“A Forma da Água”) e Patty Jenkins (“Mulher-Maravilha”) também manifestaram contrariedade frente à decisão. A Academia rebateu as críticas com um comunicado, em que “assegura a todos que nenhuma categoria será apresentada de uma forma que a coloque como menos importante do que qualquer outra”, frisando que os discursos dos vencedores dos quatro Oscar concedidos durante os comerciais vão ao ar, de forma editada, em outro momento da cerimônia. Segundo a instituição, os próprios membros da Academia que trabalham nas áreas afetadas (Direção de Fotografia, Edição, Curtas e Cabelo e Maquiagem) voluntariaram suas categorias como as primeiras a serem apresentadas durante os comerciais. Nos próximos anos, outras categorias participarão do rodízio, recebendo seus prêmios durante os comerciais, para agilizar a transmissão. “Os produtores da nossa cerimônia consideraram tanto a tradição do Oscar quanto a nossa audiência global. Nós acreditamos sinceramente que o show será do agrado de todos, e estamos ansiosos para celebrar um grande ano de cinema com todos os membros da Academia e com o resto do mundo”, finalizou a declaração.
Sindicato dos Diretores de Fotografia e cineastas protestam contra mudanças no Oscar 2019
As mudanças programadas para o Oscar 2019, com eliminação de categorias na transmissão televisiva, renderam muitas críticas entre cineastas e um dos sindicatos mais influentes de Hollywood. O protesto mais sonoro partiu do Sindicato dos Diretores de Fotografia dos Estados Unidos (ASC, na sigla em inglês), que atacou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas por decidir tirar a categoria da transmissão. A premiação de Melhor Direção de Fotografia acontecerá durante o intervalo comercial, assim com os vencedores em Edição, Curta e Cabelo e Maquiagem, para diminuir o tempo de duração da cerimônia. O presidente do ASC, Kees van Oostrum, enviou uma carta aos 380 membros do sindicato em que chama a mudança de “muito infeliz” e acrescenta: “Não podemos tranquilamente tolerar esta decisão sem protestar”. Em sua carta, van Oostrum argumentou: “Consideramos que o cinema é um esforço colaborativo em que as responsabilidades do diretor, diretor de fotografia, editor e outros ofícios frequentemente se cruzam. Essa decisão pode ser percebida como uma separação e divisão desse processo criativo, minimizando nossas contribuições criativas fundamentais”. Além do sindicato, o cineasta Alfonso Cuarón, que é favorito a receber o Oscar de Melhor Direção de Fotografia por “Roma”, também se manifestou, usando as redes sociais para criticar a Academia. “Na história do CINEMA, obras-primas existiram sem som, sem cor, sem roteiro, sem atores e sem música. Mas nunca nenhum filme existiu sem CINEMAtografia e sem edição”, ele escreveu. Ecoando esse sentimento, o vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2018 com “A Forma da Água”, Guillermo del Toro também foi às redes sociais lamentar a decisão. “Se me permitem: eu não pretendo sugerir que categorias cortar da transmissão do Oscar, mas Direção de Fotografia e Edição são o coração de nosso ofício. Eles não foram herdados de uma tradição teatral ou de uma tradição literária: eles são o próprio cinema”, tuitou o cineasta. A diretora Patty Jenkins, de “Mulher Maravilha”, fez coro: “Eu não poderia concordar mais. Se estamos aqui para celebrar o ofício e o meio, é difícil imaginar por que razão colocar essas categorias abaixo das outras”. Até o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, de “Aquarius”, replicou, afirmando que montagem e fotografia são as bases do cinema “como o conhecemos”. A iniciativa de eliminar algumas premiações da transmissão ao vivo do Oscar 2019 aconteceu após discussões com a rede ABC, que detém os direitos de exibição da cerimônia. Os organizadores da premiação se comprometerem em reduzir a longa duração do evento e, para cumprir esse objetivo, anunciaram que quatro categorias passariam a receber seus prêmios durante os intervalos comerciais. Para registrar quem venceu, uma gravação resumida dos discursos de agradecimento dos premiados será exibido durante a transmissão oficial. Curiosamente, o presidente da Academia é um diretor de fotografia, John Bailey. Ele explicou que as categorias excluídas da transmissão vão variar ano após ano, e que, no próximo ano, haverá quatro (ou até seis) prêmios diferentes que serão entregues durante os anúncios. Mas críticos da iniciativa repararam num detalhe que pode explicar porque Direção de Fotografia, Edição, Curta e Cabelo e Maquiagem foram as categorias escolhidas neste ano. São justamente as categorias em que a Disney, dona da rede ABC, não têm indicações. A premiação do Oscar 2019 será realizada em 24 de fevereiro, em Los Angeles, com transmissão no Brasil pelos canais Globo e TNT.




