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Atriz se junta a Ary Fontoura em "Velhos Bandidos", com direção de Cláudio Torres
Ary Fontoura encerra contrato com a Globo após 55 anos
Prestes a estrear na novela “Fuzuê”, o veterano Ary Fontoura encerrou seu contrato fixo após 55 anos de parceria com a TV Globo. As informações são do jornalista Alessandro Lo-Bianco, do programa “A Tarde é Sua”. O ator de 90 anos deixará a emissora depois que encerrar as gravações do próximo folhetim das sete. Além dele, os artistas Lima Duarte, Susana Vieira e Laura Cardoso também correm risco de perder o vínculo histórico com a emissora. Carreira de Ary Fontoura Ary Fontoura estava na rede Globo desde 1968, onde realizou mais de 50 telenovelas como “Saramandaia” (1976), “Dancin’ Days” (1978), “Roque Santeiro” (1985) e “Tieta” (1989). Além destes, o ator veterano fez participações nas tramas de “Sítio do Picapau Amarelo” (2001 – 2005), “Morde & Assopra” (2011), bem como de “Salve-se Quem Puder” (2020) e da recente “Família Paraíso” (2023).
Supla e Gretchen vão recriar novelas da Globo em série para o YouTube
A primeira série da Globo em parceria com o YouTube escalou Supla, Gretchen e, claro, dois YouTubers populares: Whindersson Nunes e Kéfera. Produzido pela ViU Hub, unidade digital de social media da Globo, a série tem uma premissa claramente inspirada no filme “Rebobine, por Favor” (2008), escrito e dirigido por Michel Gondry. A trama gira em torno de um grupo de atores e “influenciadores” do YouTube que recebem a missão de recriar novelas de sucesso da Globo com muito humor e pouco orçamento. Supla surgirá como o doutor Albieri na recriação de “O Clone”, enquanto Whindersson Nunes vai regravar a abertura da trama. Já Gretchen será a Raquel Acioly de “Vale Tudo”, enquanto Kéfera viverá Odete Roitman. Além de YouTubers e memes, a produção contará com alguns atores da próprio Globo. Mas a descrição de seus personagens não indicam participarão nas recriações. Cauã Reymond, por exemplo, interpretará um ator decadente, Carolina Dieckmann será uma nerd que tem uma teoria da conspiração sobre novelas e Ary Fontoura apresentará um podcast, o Flowtoura. Tony Ramos, Claudia Raia e Susana Vieira também participarão, além de Paulo Vieira, que será responsável por reunir os “influenciadores” para “suecar” novelas clássicas – incluindo “Avenida Brasil”, “Senhora do Destino”, “O Cravo e a Rosa”, “Laços de Família”, “Vamp”, “Torre de Babel”, “Mulheres de Areia”, “O Clone” e “Vale Tudo”. Serão nove episódios, disponibilizados semanalmente no canal da Globo no YouTube, com uma 2ª temporada prevista, mas ainda não oficializada. O roteiro é assinado por Bia Braune (“Video Show”), a direção é de Felipe Joffly (“Muita Calma Nessa Hora”). E a previsão de estreia é para julho.
Regina Duarte irrita colegas que a apoiavam e culpa “resistência ideológica”
A polêmica de Regina Duarte com os colegas de classe aumentou. A decisão de juntar no Instagram diversas fotinhas de atores que apoiaram sua decisão de assumir a Secretaria Especial de Cultura do governo Bolsonaro causou inúmeras reclamações. Poucas horas após colocar o post no ar, na sexta (31/1), ela precisou retirar uma das fotos, atendendo ao pedido de Carolina Ferraz. Regina substituiu a imagem por uma foto de Carla Daniel, que também reclamou, pedindo para que sua imagem não fosse usada. Na própria noite de sexta, foi ao ar uma terceira versão da montagem com apoiadores. Mas logo outros artistas se manifestaram. E Regina acabou tirando o post inteiro do ar neste sábado (1/2), reclamando de “resistência ideológica”. No post original, as imagens apareciam reunidas sob o título: “Artistas quebram o silêncio e apoiam Regina Duarte”. Vendo a montagem, Carolina enviou um áudio de WhatsApp, que vazou na internet, desaprovando o uso de sua foto pela equipe da colega. “Eu não imaginei que você fosse colocar minha foto ou de qualquer um né, colega nosso, sem pedir autorização da gente, né”, disse a atriz no áudio, que a Folha confirmou ser de autoria de Carolina. Na mensagem, ela admite que torce pela colega, mas não quer ter seu nome associado a “um governo que desprestigia tanto a classe artística”. “Realmente, torço para que você consiga exercer e fazer a diferença em um governo que desprestigia tanto a classe artística, que persegue tanto a classe artística”, continuou a atriz. “Mas eu não quero ser usada como alguém que está ali no seu Instagram, porque dá a entender que apoio o governo Bolsonaro e eu não apoio, Regina. Eu nunca aprovei e nunca compactuei com esse governo e inclusive não votei no Bolsonaro”, completou. Ao aparecer na montagem, Carla Daniel também reclamou publicamente. “Regina, vamos deixar claro uma coisa com todo carinho. Apoiei a sua coragem e seu amor à Cultura. Não compactuo com esse governo e nem o anterior. Torço pela sua gestão”, escreveu Carla nas redes sociais. Além de Carolina Ferraz e Carla Daniel, também sumiram da montagem Beth Goulart e Mario Frias, que não se manifestaram publicamente. Maitê Proença, que vinha defendendo a atriz em entrevistas, registrou: “Eu também NÃO GOSTEI de ter sido usada em uma montagem que dá a entender o apoio a um governo que não aprovo. Que fique claro. Não aprovo este governo mas apoiarei até a morte o direito de quem pensa diferente de mim”. O comediante Luiz Fernando Guimarães ficou ainda mais revoltado. Ele publicou: “Pessoal, sobre a minha imagem estar sendo divulgada fazendo menção ao apoio do governo atual, é MENTIRA! Apoio a querida Regina, e espero que ela faça um belo trabalho, porém não concordo com a administração atual, e não compactuo dos mesmos pensamentos e ideias. Já solicitei que retirassem minha imagem das postagens”. Questionado por fãs em sua conta no Instagram se apoia o governo, já que foi incluído nas montagens divulgadas por Regina Duarte, Ary Fontoura repetiu mais de uma vez: “Não apoio ninguém”. Em suma, Regina Duarte confundiu o afeto dos colegas com apoio político. Ao publicar suas imagens sem autorização, percebeu que está realmente isolada, praticamente sozinha entre os atores da Globo, ao se posicionar a favor de Bolsonaro. Carlos Vereza é a exceção, tendo comparecido em Brasília neste sábado para manifestar seu apoio. Ao excluir a montagem polêmica de seu perfil, ela publicou nova mensagem dizendo: “Vou tirar post com artistas porque agora é a Maitê pedindo pra sair”. Para justificar porque publicou fotos de artistas sem autorização, optou por politizar o incômodo que causou. “Meu desejo de pacificar, de UNIFICAR a classe artística já mostra que a RESISTÊNCIA IDEOLÓGICA vai bater forte e tentar impedir que a polarização reinante possa ser vencida. Vou, no entanto, lutando para que a CULTURA do nosso país possa estar acima de ideologias e partidos.”
Juiz Marcelo Bretas dá consultoria para a continuação de Polícia Federal: A Lei É para Todos
A continuação do filme “Polícia Federal: A Lei É para Todos” terá consultoria do juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. O juiz se reuniu na quarta (21/2) com o produtor do longa, Tomislav Blazic. “Estamos preparando o roteiro para a continuação do filme e conversei com ele sobre o [ex-governador Sergio] Cabral e o [empresário] Jacob Barata”, disse Blazic, de acordo com a a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo Segundo o produtor, esse foi o primeiro de alguns encontros que terá com o juiz. “Precisamos ver quantos serão necessários para construirmos o roteiro. Também já marcamos com o Ministério Público Federal”, diz. A filmagem está marcada para começar em junho. A trama irá começar no ponto em que o primeiro filme terminou, logo após a condução coercitiva de Lula, abrangendo até um pouco depois da delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista, da JBS. Alguns dos atores principais do primeiro filme, como Flávia Alessandra, Marcelo Serrado, Antonio Calloni e Ary Fontoura voltarão a repetir seus papéis na sequência. Além disso, o diretor Marcelo Antunez está fazendo testes para os papéis de Eduardo Cunha, Sérgio Cabral e justamente do juíz Marcelo Bretas. A previsão de estreia nos cinemas é para o final de 2018 ou começo de 2019.
Continuação de Polícia Federal: A Lei É para Todos começa a ser filmada em junho
A continuação do filme “Polícia Federal: A Lei É para Todos”, baseado na Operação Lava-Jato, começa a ser filmada em junho. Segundo a coluna de Monica Bergamo no jornal Folha de S. Paulo, a trama irá começar no ponto em que o primeiro filme terminou, logo após a condução coercitiva de Lula, abrangendo até um pouco depois da delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista, da JBS. Alguns dos atores principais do primeiro filme, como Flávia Alessandra, Marcelo Serrado, Antonio Calloni e Ary Fontoura voltarão a repetir seus papéis na sequência. Além disso, o diretor Marcelo Antunez está fazendo testes para os papéis de Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, os juízes Marcelo Bretas, do Rio, e Vallisney de Souza Oliveira, do Distrito Federal. A previsão de estreia nos cinemas é para o final de 2018 ou começo de 2019.
Polícia Federal – A Lei É Para Todos mira a corrupção, mas reflete radicalização
Mais que a corrupção desregrada, o que o filme “Polícia Federal – A Lei É Para Todos” configura é a radicalização que tomou conta do país desde as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff. Uma separação entre grupos opostos tão irracional quanto torcidas de futebol. E ela se manifesta no filme por meio de discussões e principalmente na cena que registra Lula no Aeroporto de Congonhas, depois de ter sido levado coercitivamente para depor. O filme mostra dois times muito bem delineados: os que achavam aquilo um absurdo e estavam ali para protestar a favor do ex-Presidente, vestidos de vermelho e com o apoio da CUT, e aqueles que tinham escrito “Somos todos Moro” em suas bandeiras e se vestiam de verde e amarelo, comemorando aquele momento, pois, embora não representasse a prisão de Lula, significava um passo importante para isso, após panelarem até derrubar uma Presidente eleita. Logo, foi um dia de festa para muitos brasileiros. “Polícia Federal – A Lei É Para Todos” é desses filmes que merecem ser vistos nem que seja por curiosidade mórbida, seja por quem acompanha o cinema brasileiro e quer pensar o filme dentro do cenário do gênero policial contemporâneo, seja por quem está interessado em ver como foi o recorte e de que maneira o diretor Marcelo Antunez (“Até que a Sorte nos Separe 3″) e seus roteiristas (Gustavo Lipsztein e Thomas Stavros, ambos da série de “1 Contra Todos”) resolveram contar a história da Operação Lava-Jato desde sua origem até o ano passado. E por mais que a primeira metade do filme funcione bem como thriller policial, apesar de diálogos bem ruins, o aspecto político é muito frágil, no sentido de vilanizar pessoas que ainda estão sob investigação. Como é o caso do ex-Presidente Lula, retratado como uma figura enjoada e afetada por Ary Fontoura (da novela “Êta Mundo Bom!”). Se os próprios representantes da direita brasileira dão o braço a torcer diante do carisma de Lula, o que é mostrado passa bem longe de sua figura pública. Na sessão em que assisti, que terminou com uma salva de palmas do público presente, muitos se divertiram com o modo como Lula foi representado, alguns até dizendo “olha a cara de pau dele” etc., como se estivessem vendo o próprio ex-Presidente – ou uma cena de novela. A imagem do verdadeiro Lula nos créditos finais, dizendo que “a jararaca está viva”, em entrevista coletiva após o tal depoimento, ajuda a esquecer um pouco a interpretação infeliz de Fontoura, ao mesmo tempo em que retoma a linha de radicalização exibida no filme. Há outras situações forçadas do roteiro, em particular as vividas por Bruce Gomlevsky (novela “Novo Mundo”), intérprete de um dos quatro principais agentes (fictícios) da Lava-Jato. Seu quadro branco contendo as palestras do Lula por diversos países e o dinheiro supostamente desviado mais parece o famoso powerpoint do procurador Deltan Dallagnol. Quanto ao juiz Sérgio Moro, vivido por Marcelo Serrado (“Crô – O Filme”), o filme o deixa um pouco mais distanciado do caso, como que para torná-lo o mais isento e apartidário possível. Até mesmo cenas do juiz preparando pizza e conversando com o filho em sua casa o filme mostra. Mas os verdadeiros heróis são mesmo os quatro cavaleiros da operação, vividos ficcionalmente por Antonio Calloni (minissérie “Dois Irmãos”), Flávia Alessandra (também da novela “Êta Mundo Bom!”), João Baldasserini (novela “Pega Pega”) e o já citado Gomlevsky, que é o sujeito que canta “Inútil”, do Ultraje a Rigor, em um karokê. Mesmo quando um dos atores das novelas da Globo se questiona sobre quem estaria sendo beneficiando por tantas prisões e acusações naquele momento de tensão política intensa, logo aparece alguém para tranquilizá-lo, dizendo que eles estão sim tornando o Brasil melhor. Neste momento, o filme quase consegue realizar uma autorreflexão lúcida diante do que é mostrado. Falar de um cenário político sem o distanciamento temporal adequado é sempre arriscado. Mas, como vivemos um momento em que a urgência e o pré-julgamento parecem imperar, a busca pela verdade aparecerá sempre borrada. No meio deste caldo fervente, há ainda outros projetos por vir, como a série da Lava-Jato criada por José Padilha (“Tropa de Elite”) para a Netflix e os quatro documentários sobre o impeachment de Dilma Rousseff, sendo que dois optaram por retratar a situação mais próximo do ponto de vista da ex-presidente. Até lá, ficamos na torcida pelo Brasil.
Sérgio Moro e integrantes da Lava-Jato prestigiam première de Polícia Federal – A Lei É para Todos
A pré-estreia para convidados do filme “Polícia Federal – A Lei É para Todos” reuniu juízes, procuradores e policiais da Operação Lava-Jato em Curitiba, numa sessão realizada na segunda-feira (28/8) no Park Shopping Barigui. O filme foi prestigiado pelos juízes Sergio Moro e Marcelo Bretas, na primeira aparição pública conjunta da dupla. Também esteve presente o juiz Marcos Josegrei da Silva, que está à frente de operações como “Hashtag” e “Carne Fraca”, além do procurador Deltan Dallagnol e os delegados Márcio Anselmo, Igor de Paula e Maurício Moscardi, entre outros. A sessão terminou ao grito de “Prendam os corruptos!” por parte de um espectador, mas a maioria dos personagens reais que inspiraram os protagonistas evitou manifestar opiniões para a imprensa. A exceção ficou por conta de Bretas, que qualificou a produção para o jornal O Globo: “Excelente filme”. Já a mulher de Moro, a advogada Rosângela Wolff Moro, apesar de seguir a tendência de evitar comentários sobre o filme, acabou se traindo ao comemorar as salas lotadas da première, em um post em seu Facebook. “Polícia Federal – A Lei É Para Todos” combina amálgamas de vários personagens, em especial os policiais e promotores retratados, com figuras públicas reais, como o próprio Sérgio Moro, vivido por Marcelo Serrado, e o ex-presidente Lula, interpretado por Ary Fontoura. Com direção de Marcelo Antunez (“Um Suburbano Sortudo”), o filme estreia em 7 de setembro.
Primeiro trailer de Polícia Federal – A Lei É Para Todos mostra origem da Operação Lava-Jato
O filme “Polícia Federal – A Lei É Para Todos”, que contará os bastidores da Operação Lava-Jato, teve novas fotos, pôsteres e seu primeiro trailer divulgados. A prévia é repleta de ação, num dinamismo que pode causar estranheza em quem acompanha o noticiário político-policial brasileiro, mas a reconstituição dos fatos, com atores caracterizados de forma convincente, e a inclusão de questionamentos sobre a investigação aproximam bastante a trama da realidade. Como a história é contada a partir do ponto de vista da Polícia Federal, é evidente a tendência de mostrar os integrantes da operação como heróis, focados em combater a corrupção no Brasil. Mas vale observar que essa ênfase seria ainda maior e mais cafona se a produção fosse hollywoodiana – com direito a música patriótica, fogos e bandeiras tremulantes, como nos filmes de Peter Berg e Michael Bay. Por sinal, a produção já foca no mercado internacional com o lançamento de um cartaz em inglês. Confira abaixo. Só vendo o filme para avaliar sua qualidade, mas o trailer é melhor que o esperado, tendo em vista que o diretor Marcelo Antunez não tem experiência no gênero. Ele é expert em comédias rasgadas, como “Qualquer Gato Vira-Lata 2” e “Até que a Sorte nos Separe 3″, entre outros besteiróis. Além disso, a produção escalou um elenco da Globo para os papéis principais, com Marcelo Serrado (“Crô – O Filme”) como o equivalente ao juiz Sérgio Moro, Antonio Calloni (minissérie “Dois Irmãos”) como delegado da PF e Flavia Alessandra (novela “Êta Mundo Bom!”) no papel de uma delegada. O roteiro foi escrito por Gustavo Lipsztein e Thomas Stavros (ambos da série de “1 Contra Todos”) e deve abrir uma trilogia sobre o tema. O primeiro filme traça a origem da operação e vai até o depoimento prestado pelo ex-presidente Lula, interpretado por Ary Fontoura (também da novela “Êta Mundo Bom!”), enquanto os demais acompanharão os novos desdobramentos. Com um orçamento de R$ 13,5 milhões, bancado por recursos de empresas privadas, o filme tem a sua estreia marcada para o sugestivo dia 7 de setembro.
Ary Fontoura é assaltado por oito homens armados no Rio
O ator Ary Fontoura (“Meu Amigo Hindu”) foi assaltado no Rio por oito homens armados na madrugada desta sexta-feira (30/6). Ele e um amigo ficaram sob a mira de revólveres e passaram por momentos de horror na Avenida das Américas, quando seguiam para o Recreio, voltando de uma festa. “Eles eram oito, estavam de carro e nos fecharam na entrada de um viaduto pouco depois de uma da manhã”, ele contou, em depoimento para a imprensa. Segundo o ator de 84 anos, os bandidos eram “sádicos” e o trataram com deboche. Seu medo aumentou ainda mais quando um deles o reconheceu. “Foi horrível, mas eu disse que não era eu, que eu era parecido com o Ary Fontoura mas não era ele. Acho que ele acreditou, porque senão poderia ter sido até pior”, relatou, temendo um sequestro. Descrevendo o assalto como “uma brutalidade, uma covardia”, ele afirmou que levaram “tudo” dos dois, inclusive o carro, uma pickup da marca Honda. “A situação no Rio é caótica, não tem ninguém para nos proteger. Depois de tudo, fomos à delegacia. Estava vazia, escura, com só um policial que parecia assustado e com medo de alguém passar atirando, metralhar tudo, porque isso agora parece que virou moda”.
Advogados de Lula entram com ação contra filme da Lava Jato
Os advogados de Luiz Inácio Lula da Silva querem impedir a utilização de imagens da condução coercitiva do ex-presidente, que teriam sido gravadas pela Polícia Federal em março de 2016, para a reconstituição dos fatos no filme “Polícia Federal – A Lei é para Todos”, sobre a Operação Lava-Jato. A gravação, de cerca de duas horas, teria sido cedida pela polícia para os produtores darem maior veracidade às filmagens. Em petição ao juiz Sérgio Moro, na noite de quinta-feira (23/3), os advogados de Lula pediram ao New Group Cine & TV LTDA, responsável pela obra, que se abstenha de utilizar a gravação do depoimento de Lula. Os advogados lembram na petição que Moro determinou que o cumprimento do mandato não fosse gravado e, inclusive, que fosse evitada gravação pela imprensa do deslocamento do ex-presidente para a colheita do depoimento. No relatório apresentado pela Polícia constou apenas que foi gravado o depoimento de Lula, das 8h às 10h35m. Para a defesa de Lula, as imagens gravadas não podem ser fornecidas para subsidiar a produção de um filme, “objeto completamente estranho à investigação”. Os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin solicitaram a Moro que seja decretado sigilo absoluto sobre o vídeo e que seja divulgada a relação de todos os policiais que tiveram acesso ao material. Eles argumentam que a gravação, que começou no interior da residência de Lula, fere os preceitos éticos, morais e institucionais do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo (Decreto nº 1.171/94), que veda “uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros”. Foram relacionadas notícias de jornais e revistas que dizem que o filme dará destaque para a cena da condução coercitiva de Lula e sugerem que a obra pretende macular a imagem do ex-presidente num momento em que os institutos de pesquisa o apontam em 1º lugar na disputa presidencial de 2018. “Uma operação de proporções gigantescas e que envolve centenas de ‘personagens’, terá como cena principal a reconstituição da condução coercitiva do peticionário (Lula), sobre o qual não pesa condenação judicial em nenhuma instância, em claro juízo de seletividade que visa macular sua imagem perante a sociedade”, diz a defesa do ex-presidente. No filme dirigido por Marcelo Antunez (“Até que a Sorte nos Separe 3″) e estrelado por atores da Globo, o papel de Lula é desempenhado pelo veterano Ary Fontoura (novela “Êta Mundo Bom!”).
Filme da Operação Lava-Jato começa a ser rodado em Curitiba
As filmagens da produção cinematográfica baseada na Operação Lava-Jato já começaram em Curitiba. Intitulado “Polícia Federal — A Lei É Para Todos”, o longa conta com um elenco de novela da Globo e diretor de besteirol nacional. Segundo reportagem do jornal O Globo, as primeiras cenas foram filmadas na sexta-feira (18/11) no interior da Superintendência da Polícia Federal no Paraná, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, e a equipe ficará na capital paranaense até o próximo fim de semana. Locais que fazem parte do cotidiano do juiz Sérgio Moro em Curitiba — como o prédio da Justiça Federal e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde leciona — servirão de cenários para o filme, que também será rodado em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Entre as cenas previstas no cronograma de produção está a interceptação de um caminhão, com viaturas das polícias Federal e Rodoviária Federal na estrada PR-510, tiros e outros elementos que dão o tom do filme: um thriller político com ação e entretenimento, mas que também quer humanizar o trabalho dos profissionais envolvidos na operação. A trama vai apelar para a ficção, com protagonistas fictícios da polícia, mas se aterá às fases e aos principais acontecimentos da Lava-Jato. A soltura do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, vivido pelo ator Roney Facchini, foi uma das primeiras cenas gravadas. Ao encontrar a mulher, interpretada por Sandra Corveloni, ele a indaga sobre quem salvará sua reputação. O elenco ainda conta com nomes como João Baldasserini, Flávia Alessandra, Antonio Calloni, Bruce Gomlevsky, Adélio Lima e Ary Fontoura, que viverá Lula. Apesar de anteriormente confirmada, a participação de Rodrigo Lombardi como Sergio Moro não foi mantida pela produção, devido a sua agenda lotada. O roteiro foi escrito por Gustavo Lipsztein e Thomas Stavros (ambos da série de “1 Contra Todos”), e a direção está a cargo de Marcelo Antunez — de blockbusters como “Qualquer Gato Vira-Lata 2” e “Até que a Sorte nos Separe 3″, entre outros besteiróis. Com um orçamento de R$ 13,5 milhões, bancado por recursos de empresas privadas, de acordo com os produtores, o filme deve chegar aos cinemas no segundo semestre de 2017 e abrir uma trilogia sobre o tema. Nos bastidores, porém, brinca-se que o projeto pode vir a ser ser uma tetralogia, por conta do desenrolar da Lava-Jato. A verdade é que pode chegar ultrapassado às telas, atropelado pelos fatos da Lava-Jato real. Vale lembrar que o cineasta José Padilha (série “Narcos”) também está preparando uma série sobre a Lava-Jato para a plataforma de streaming Netflix. Para os mais curiosos, existe até mesmo um vídeo pornô da Lava-Jato.









