PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Filme

    Fantasmas de “O Telefone Preto” e “Pluft” são as maiores atrações nos cinemas

    21 de julho de 2022 /

    Por coincidência, as duas estreias mais amplas desta quinta (21/7) contam histórias com crianças fantasmas, que querem ajudar crianças de verdade a enfrentar sequestradores malvados. Mas enquanto uma é aterrorizante, a outra é uma comédia infantil. “O Telefone Preto” marca a volta do diretor Scott Derrickson (de “A Entidade” e “Livrai-nos do Mal”) ao terror sobrenatural, após um desvio por “Doutor Estranho”. Já “Pluft – O Fantasminha” tem uma das maiores estreias nacionais dos últimos tempos, chegando em 700 salas. O circuito limitado recebe mais dois filmes nacionais, com destaque para “A Casa das Antiguidades”, exibido nos principais festivais internacionais do mundo, inclusive Cannes, que premiou o principal título internacional da lista: “Memória”, de Apichatpong Weerasethakul, vencedor do Prêmio do Júri do festival francês no ano passado. Embora a maioria do público brasileiro só vá ter acesso aos dois filmes de fantasmas, a programação de cinema recebe ao todo nove lançamentos. Confira abaixo os trailers e os detalhes de cada um deles, inclusive daqueles que são filmes fantasmas de verdade – visíveis apenas para cinéfilos que conhecem as salas mitológicas que projetam arte fora dos shopping centers.   | O TELEFONE PRETO |   A volta do diretor Scott Derrickson ao terror, após comandar “Doutor Estranho” (2016), é um dos melhores filmes recentes do gênero, com 86% de aprovação no Rotten Tomatoes. A trama é baseada no conto de mesmo nome de Joe Hill, filho de Stephen King e autor da obra que inspirou a série “Locke & Key”. A história faz parte do best-seller “Fantasmas do Século XX” e foi adaptada pelo próprio Derrickson em parceria com o roteirista Robert Cargill, com quem o diretor desenvolveu a franquia “A Entidade”. Por sinal, o papel principal é de Ethan Hawke, que estrelou o primeiro “A Entidade” (2012). Ele vive um serial killer sequestrador de crianças que, numa referência distorcida a “It”, usa balões negros e disfarce de palhaço para cometer seus crimes. Só que seus planos são atrapalhados quando seu alvo mais recente recebe uma ajuda inesperada para escapar. Fantasmas de vítimas passadas ligam para o menino recém-sequestrado no telefone preto do título, que não tem fio e não deveria funcionar, ensinando-o a sobreviver, enquanto sua melhor amiga da escola começa a ter visões de seu cativeiro. Os jovens Mason Thames (“For All Mankind”) e Madeleine McGraw (a jovem Hope de “Homem-Formiga e a Vespa”) encabeçam o elenco mirim.   | PLUFT – O FANTASMINHA |   A nova adaptação da famosa peça infantil de Maria Clara Machado é o primeiro filme live-action infantil brasileiro produzido para exibição em 3D. A trama clássica mostra como Pluft, uma criança fantasma com medo de gente, inicia uma amizade com Maribel, uma menina com medo de fantasma, que foi raptada pelo terrível pirata Perna-de-Pau. Como os únicos em busca de Maribel são três marinheiros atrapalhados, Pluft se vê impelido a virar o herói da história. O longa dirigido por Rosane Svartman (“Tainá, a Origem”) chega às telas 60 anos depois da primeira adaptação cinematográfica de “Pluft”, que contou com participação de Tom Jobim e Dorival Caymmi. A nova versão destaca a volta às telas de Arthur Aguiar, vencedor do “BBB 22”. As filmagens aconteceram bem antes do reality show, em 2020, e o papel do ex-“Rebelde” é pequeno, como um dos três marinheiros que procuram a protagonista. Além dele, o elenco traz as crianças Nicolas Cruz e Lola Belli (“Onde Está Meu Coração”), Fabiula Nascimento (“Segundo Sol”), Juliano Cazarré (“Pantanal”), Lucas Salles (“Detetive Madeinusa”) e Hugo Germano (“Desenrola”).   | CASA DE ANTIGUIDADES |   Exibido nos festivais de Cannes e Toronto, e premiado em Estocolmo e Chicago, o longa de estreia de João Paulo Miranda Maria retrata a vida de um trabalhador negro em uma cidade fictícia de colonização germânica no sul do Brasil. Natural do sertão brasileiro, ele se sente solitário, condenado ao ostracismo pelas diferenças culturais e étnicas, e invisível para os patrões. Um dia, descobre uma casa abandonada repleta de objetos que o lembram de suas origens. Ele se instala lentamente nesta casa e cada vez mais objetos começam a aparecer. Estrelado pelo veterano Antônio Pitanga (“Ganga Zumba”, “Rio Babilônia”, “Irmãos Freitas”), o drama trata de racismo estrutural e foi rodado em Treze Tílias, cidade catarinense que deu forte apoio ao presidente eleito em 2018.   | ELA E EU |   A dramédia brasileira traz Andréa Beltrão como uma roqueira que desperta depois de 20 anos de coma e descobre que tem uma filha adulta, criada pela atual esposa de seu ex-marido. Seu despertar impacta a todos na família, que precisam absorver seu retorno, enquanto ela reaprende a andar, falar e se relacionar, com o detalhe de permanecer tão desajustada quanto era há duas décadas. Exibido nos festivais do Rio e de Brasília do ano passado com outro título (“Antes Tarde”), a produção é o segundo longa de ficção dirigido por Gustavo Rosa de Moura (“A Canção da Volta”), que já teve um terceiro (“Cora”) exibido no circuito dos festivais nacionais no final do ano passado.   | ÚLTIMA CIDADE |   A produção independente é um drama de vingança estrelado por Julio Adrião (“Nise: O Coração da Loucura”) e rodado com trejeitos de cinema de arte – e com bela fotografia – pelo estreante Victor Furtado (assistente de “O Clube dos Canibais”). Montado em seu cavalo e na companhia de um andarilho, o personagem de Adrião é carregado de simbolismo quixotesco ao embarcar em sua jornada para uma grande cidade do Nordeste brasileiro (uma Fortaleza futurista), visando enfrentar aquele que tomou suas terras e acabou com sua família. O estilo alegórico também evoca a politização do Cinema Novo e ajuda a enfatizar uma crítica à desigualdade e à especulação que assolam as grandes cidades do país.   | DIÁRIOS DE OTSOGA |   A obra do casal português Miguel Gomes (“As Mil e Uma Noites”) e Maureen Fazendeiro é um drama metalinguístico para cinéfilos, um filme de confinamento pandêmico sobre um filme de confinamento pandêmico, que tem a peculiaridade de ser montado de trás para frente. É que a projeção começa pelo fim e avança em direção a seu começo, mostrando os bastidores de uma produção cinematográfica sob as mesmas circunstâncias do filme real, com baixo orçamento e protocolo pesado contra covid-19. Os atores interpretam atores, os diretores aparecem como (versões de) si mesmos e cada cena é motivada pela que vem depois dela (ou seja, antes dela). Confuso? Mas inteligente, com personagens que surgem do nada para só chegarem depois na projeção desordenada, criando um senso de caos que reflete a própria situação da pandemia. A propósito do tema, Otsoga é Agosto escrito ao contrário. O quebra-cabeças cinematográfico rendeu o prêmio de Melhor Direção no Festival de Mar del Plata e de Melhor Filme Estrangeiro do ano pela Associação dos Críticos Online dos EUA.   | OS AMORES DELA |   O primeiro filme de Charline Bourgeois-Tacquet teve première em Cannes, foi premiado em Melbourne e atingiu 91% de aprovação no Rotten Tomatoes com um triângulo amoroso típico do cinema francês, apresentado de forma atípica. A atriz Anaïs Demoustier (“Alice e o Prefeito”) interpreta a Anaïs do título original (“Les Amours d’Anaïs”), uma mulher de 30 anos falida e em crise amorosa, que um dia conhece um homem casado que imediatamente se apaixona por ela. O detalhe é que a esposa do novo amante é uma escritora famosa (Valeria Bruni Tedeschi, de “Loucas de Alegria”), de quem Anaïs é fã declarada e por quem se sente totalmente atraída, criando uma confusão conjugal.   | PARADISE – UMA NOVA VIDA |   A comédia italiana explora a paranoia de um jovem (Vincenzo Nemolato, de “Martin Eden”) enviado a uma cidade isolada nos Alpes suíços pelo serviço de proteção a testemunhas, onde dá de cara com o assassino da máfia denunciado por ele, que também foi relocado pelo mesmo programa. Temendo pela vida, ele procura se disfarçar e aprender formas de matar o assassino antes de ser morto. Mas se prova mais que amador, completamente inepto. Até que a desconfiança começa a ruir, conforme a solidão e as saudades da Sicília os aproxima. A amizade inesperada rende cenas divertidas, porém não afasta a sensação de uma ameaça em potencial.   | MEMÓRIA |   Vencedor da Palma de Ouro de 2010 com “Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas”, o tailandês Apichatpong Weerasethakul voltou a ser consagrado no Festival de Cannes com este filme, vencedor do Prêmio do Júri do ano passado. “Memória” também marca a estreia em inglês e espanhol do cineasta e foi rodado na Colombia. O filme acompanha Jessica, personagem da inglesa Tilda Swinton (“Doutor Estranho”), que visita sua irmã em Bogotá. Lá, ela lida com ataques de insônia e procura a fonte de sons que lhe parecem sobrenaturais no meio da noite. Durante o dia, faz amizade com uma arqueóloga, que estuda restos humanos descobertos dentro de um túnel em construção, e com um escamador de peixes em uma pequena cidade próxima. Com eles, compartilha memórias e momentos de lirismo característicos das obras do diretor, que retrata a linha tênue entre a vida e a morte – e o cinema e o sonho – com nenhum outro.

    Leia mais
  • Filme

    MUBI vai exibir filme vencedor do Festival de Cannes 2021

    18 de julho de 2021 /

    A plataforma de streaming MUBI adquiriu os direitos de exibição internacional de “Titane”, que neste fim de semana foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2021. Continuação da trama canibal de “Raw”, filme que deu muito o que falar ao ser lançado na seção Semana da Crítica de Cannes em 2016, a produção combina terror corporal, filme de vingança feminina e obsessão por carros, além de ter sido indiscutivelmente a obra mais radical da competição de Cannes deste ano. “Titane” também foi apenas o segundo filme dirigido por uma mulher, a cineasta francesa Julia Ducournau, a conquistar a Palma de Ouro. Antes dela, somente a neozelandesa Jane Campion tinha realizado a façanha, ao vencer em 1993 por “O Piano”. Além do grande vencedor do festival, a MUBI também vai distribuir em streaming o Melhor Filme da mostra paralela Um Certo Olhar, o drama russo “Unclenching the Fists”, de Kira Kovalenko – mais uma obra de cineasta feminina. Outros filmes incluídos no pacote de compras da MUBI na Crosette incluem o drama “Lingui”, do chadiano Mahamat-Saleh Haroun, “Lamb”, do islandês Valdimar Jóhannsson, que também foi premiado na mostra paralela, e “Memoria”, do tailandês Apichatpong Weerasethakul, vencedor do Prêmio do Júri de Cannes. A MUBI fará os lançamentos simultaneamente em todos os países em que atua, inclusive no Brasil.

    Leia mais
  • Filme

    Filme de terror vence o Festival de Cannes 2021

    17 de julho de 2021 /

    O Festival de Cannes 2021 terminou em clima de terror com a premiação de “Titane”, de Julia Ducournau, com a Palma de Ouro de Melhor Filme. O filme radicaliza o estilo repulsivo de “Raw”, longa de estreia da Ducournau que deu muito o que falar ao ser lançado na seção Semana da Crítica de Cannes em 2016. A trama combina terror corporal, filme de serial killer feminina, fetiche sexual por carros e é estrelado pelo veterano Vincent Lindon (“O Valor de um Homem”) e a estreante Agathe Rousselle. Com a vitória, a cineasta francesa se tornou a segunda mulher vencedora da Palma de Ouro. Antes dela, apenas a neozelandesa Jane Campion tinha realizado a façanha, ao vencer em 1993 por “O Piano”. Marcada por uma gafe do presidente do júri Spike Lee, que revelou o resultado antes da hora, a Palma de Ouro também foi a segunda consecutiva da distribuidora americana Neon, que adquiriu os direitos da “Titane” para os Estados Unidos. A Neon tinha adquirido anteriormente “Parasita”, de Bong Joon-Ho, que depois de vencer o festival francês ainda conquistou o Oscar. Por falar em Oscar, um dos filmes consagrados no evento foi “A Hero”, novo drama do iraniano Asghar Farhadi, que já venceu duas vezes o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (por “A Separação” e “O Apartamento”). Farhadi conquistou o Grand Prix (Grande Prêmio do Júri), considerado o 2º lugar da competição. Mas neste ano o júri resolveu fazer dobradinha em seus troféus, compartilhando a premiação com “Compartment No. 6”, do finlandês Juho Kuosmanen. Curiosamente, este filme também é uma continuação de um longa de 2016, “O Dia Mais Feliz na Vida de Olli Mäki”, vencedor da mostra Um Certo Olhar no próprio Festival de Cannes. Dois filmes também dividiram o Prêmio do Júri, geralmente o 3º lugar da mostra competitiva: “Memoria”, do filipino Apichatpong Weerasethakul (que já venceu a Palma de Ouro com “Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas”, em 2010) e “Ahed’s Knee”, do isralense Nadav Lapid (vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim com “Synonymes” em 2019). O cineasta francês Leos Carax, que abriu o festival com o drama musical “Annette”, ficou com o prêmio de Melhor Direção. O americano Caleb Landry Jones foi considerado o Melhor Ator por “Nitram”, do australiano Justin Kurzel, em que retratou o assassino perturbado responsável pelo massacre de Port Arthur em 1996 na Tasmânia, o pior tiroteio em massa na história moderna da Austrália. Já o prêmio de Melhor Atriz ficou com Renate Reinste por “The Worst Person in the World”, uma comédia romântica e sombria do dinamarquês Joachim Trier. O curta-metragem brasileiro “Céu de Agosto”, da diretora e roteirista Jasmin Tenucci, também foi lembrado na cerimônia de encerramento com uma Menção Honrosa do Júri. Coprodução entre Brasil e Islândia, o curta conta a história de uma enfermeira grávida que lida com uma crescente ansiedade – e já tinha sido exibido no início deste ano na edição online da Mostra Tiradentes. O júri ainda reconheceu “Murina”, da croata radicada nos EUA Antoneta Alamat Kusijanovic, com a Câmera de Ouro, troféu que destaca o melhor filme de estreia do festival. A complicada relação entre pai e filha é outra coprodução brasileira, financiada pela RT Features de Rodrigo Teixeira, em parceria, entre outros, com o cineasta Martin Scorsese. O Brasil também comparece com coprodução premiada nas mostras paralelas do festival. Homenageado com uma Menção Especial na seção Um Certo Olhar, “Noche de Fuego”, da salvadorenha radicada no México Tatiana Huezo, é uma parceria da produtora brasileira Desvia, de Gabriel Mascaro e Rachel Ellis, com a mexicana Pimienta Films. O longa conta a história de uma menina, que vive com sua mãe em uma região montanhosa do México, dominada pelo crime organizado, e já tem distribuição confirmada no Brasil pela Vitrine Filmes. O vencedor da Um Certo Olhar, seção destinada a trabalhos mais experimentais, foi o drama russo “Unclenching the Fists”, de Kira Kovalenko. Com isso, tanto a mostra competitiva como a principal seção paralela de Cannes foram vencidas por obras de cineastas femininas. Veja abaixo a lista dos premiados do Festival de Cannes. MOSTRA COMPETITIVA Palma de Ouro (Melhor Filme) “Titane”, de Julia Ducournau Grande Prêmio do Júri (2º Lugar) “A Hero”, de Asghar Farhadi “Compartment No. 6”, de Juho Kuosmanen Prêmio do Júri (3º Lugar) Melhor Diretor Leos Carox, por “Annette” Melhor Roteiro Hamaguchi Ryusuke e Takamasa Oe, por “Drive My Car” Melhor Atriz Renate Reinste, por “The Worst Person in the World” Melhor Ator Caleb Landry Jones, por “Nitram” Câmera de Ouro (Melhor Filme de Estreia) “Murina”, de Antoneta Alamat Kusijanovic Palma de Ouro Honorária Marco Bellocchio MOSTRA UM CERTO OLHAR Melhor Filme “Unclenching the Fists”, de Kira Kovalenko Prêmio do Júri “Great Freedom”, de Sebastian Meise Menção Especial “Noche de Fuego”, de Tatiana Huezo Prêmio de Melhor Conjunto “Good Mother”, de Hafsia Herzi Prêmio Coragem “La Civil”, de Teodora Ana Mihai Prêmio de Originalidade “Lamb”, de Valdimar Jóhannsson

    Leia mais
  • Filme

    Festival de Cannes celebra volta ao cinema

    6 de julho de 2021 /

    O Festival de Cannes começa sua edição de 2021 nesta terça (6/7), estendendo seu tapete vermelho inaugural para a projeção de “Annette”. A ópera rock de Leos Carax, estrelada por Adam Driver, Marion Cotillard e com trilha da banda Sparks, abre a programação do evento, que seguirá com muitas exibições até o dia 17 de julho. Após o cancelamento do ano passado, devido à pandemia de covid-19, o clima deste ano é de celebração. Cannes quer aproveitar a participação presencial do público, astros e cineastas para comemorar a reabertura dos cinemas e a volta do público às sessões. Mas é bastante simbólico que esta festa esteja acontecendo sem a presença da Netflix ou de longas brasileiros em seu Palácio. Em plena pandemia, o festival francês manteve seu veto aos filmes de streaming, embora toda a indústria cinematográfica, incluindo o Oscar e festivais rivais de igual prestígio, tenham aberto suas portas às formas alternativas de exibição cinematográfica. A situação levou o chefe do festival, Thierry Fremaux, a ter que se justificar, citando “regras” da competição – mas até o Oscar mudou suas regras durante a pandemia. Ele também reiterou convite para a Netflix apresentar seus filmes fora de competição no festival, uma condição que a plataforma já recusou anteriormente, por considerar desrespeitoso com os cineastas de suas produções. Premiado na última competição presencial do festival com “Bacurau”, o Brasil, por sua vez, está representado na disputa da Palma de Ouro de 2021 somente pela participação nos bastidores de um dos diretores daquele filme, Kleber Mendonça Filho, convidado a integrar o júri presidido por Spike Lee. Mendonça é um dos artistas que escolherão os melhores trabalhos do evento. A ausência de longas brasileiros na competição do Palácio dos Festivais já é reflexo do desastre cultural do governo Bolsonaro, que implodiu o cinema nacional com o fim de patrocínios e financiamentos, retendo até o dinheiro arrecadado do próprio mercado, cerca de R$ 2 bilhões em taxas cobradas via Condecine e Fistel que deveriam alimentar o inativo Fundo Setorial do Audiovisual. Mesmo assim, dois curtas brasileiros foram selecionados para a disputa da Palma de Ouro de sua categoria: “Sideral”, de Carlos Segundo, e “Céu de Agosto”, de Jasmin Tenucci. Produção do Rio Grande do Norte, “Sideral” contou com ajuda financeira da Lei Aldir Blanc, solução encontrada pelo Congresso para apoiar parcialmente projetos paralisados pela inoperância da Ancine sob o governo Bolsonaro, enquanto “Céu de Agosto” teve première no Festival de Tiradentes deste ano. Já a programação de longas da competição destaca “A Crônica Francesa” (The French Dispatch), de Wes Anderson, que segue a linha de “O Grande Hotel Budapeste” e reúne um grande elenco para viver repórteres de um jornal francês de expatriados, e “Benedetta”, drama erótico do veterano diretor holandês Paul Verhoeven (de “Instinto Selvagem”) sobre uma freira do século 17 que sofre com visões místicas e tentação sexual. Ambos deveriam ter integrado a edição do ano passado, que não aconteceu devido à pandemia. Além desses, outros títulos com première mundial em Cannes incluem os novos trabalhos do americano Sean Penn (“Na Natureza Selvagem”), do italiano Nanni Moretti (“O Quarto do Filho”), do iraniano Asghar Farhadi (“A Separação”), do russo Kirill Serebrennikov (“O Estudante”), do dinamarquês Joachim Trier (“Mais Forte que Bombas”), do tailandês Apichatpong Weerasethakul (“Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas”), do australiano Justin Kurzel (“Macbeth: Ambição e Guerra”) e dos franceses François Ozon (“Frantz”), Jacques Audiard (“Ferrugem e Osso”), Bruno Dumont (“Camille Claudel 1915”), Mia Hansen-Love (“Eden”) e Leos Carax (“Holy Motors”). E vale observar que a nova obra de Hansen-Love, “Bergman Island”, apesar de ter equipe totalmente europeia, foi feita com investimento da produtora paulista RT Features. Entre os destaques das premières fora da competição, Oliver Stone traz à Croisette uma versão retrabalhada de “JFK – A Pergunta que Não Quer Calar”, de 1991, com cenas inéditas, o cineasta Todd Haynes (“Carol”) apresenta seu documentário sobre a banda The Velvet Underground e a atriz Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”) estreia na direção com um documentário sobre sua mãe, a icônica estrela de cinema Jane Birkin (“A Bela Intrigante”). São nas sessões especiais e paralelas que se encontram os únicos longas de diretores brasileiros de toda a programação. Com exibição fora de competição, “O Marinheiro das Montanhas” resgata a história de amor dos pais do diretor Karim Ainouz (“A Vida Invisível”), enquanto “Medusa”, segundo longa de Anita Rocha da Silveira (“Mate-me Por Favor”), foi incluído na Quinzena dos Realizadores – é a única produção 100% brasileira, da Bananeira Filmes, com incentivos que antecedem o advento de Bolsonaro. Também na Quinzena, “Murina”, da croata Antoneta Alamat Kusijanovic, e “O Empregado e o Patrão”, do uruguaio Manuel Nieto Zas (Manolo Nieto), são outras coproduções brasileiras no festival, assim como “Noche de Fuego”, da salvadorenha/mexicana Tatiana Huezo, selecionado na mostra Um Certo Olhar e coproduzido pelo cineasta brasileiro Gabriel Mascaro. Foram as últimas obras realizadas antes que sumissem os editais e linhas de financiamento que permitiam aos produtores brasileiros injetar recursos em produções estrangeiras. Além de projetar filmes inéditos, o evento francês ainda prestará homenagens à atriz e diretora americana Jodie Foster (“O Silêncio dos Inocentes”) e ao cineasta italiano Marco Bellocchio (“Em Nome do Pai”) com Palmas de Ouro honorárias pelas realizações de suas carreiras. Entretanto, quem parece ser o grande homenageado do 74º festival é Spike Lee. O rosto do diretor nova-iorquino, extraído de uma campanha da Nike com o personagem de seu primeiro longa, “Ela Quer Tudo” (1986), ocupa cartazes, a marquise do Palácio, a decoração da sala de imprensa e toda a divulgação do evento. Só que ele não vai ganhar uma Palma honorária nem lançar um novo filme. Spike Lee vai entregar a Palma de Ouro oficial ao melhor filme, como presidente do júri. Ele é o primeiro artista preto a ocupar a presidência do festival francês e terá a difícil tarefa de suceder o diretor mexicano Alejandro González Iñárritu (“O Regresso”), que presidiu a premiação com louvor em 2019, apresentando ao mundo “Parasita”, do sul-coreano Bong Joon Ho, vencedor da Palma de Ouro em 2019 e, posteriormente, do Oscar em 2020.

    Leia mais
  • Filme

    Seleção do Festival de Cannes barra Netflix em plena pandemia

    3 de junho de 2021 /

    A organização do Festival de Cannes anunciou nesta quarta (3/5) os 24 filmes que vão disputar a Palma de Ouro em 2021. E a lista chama atenção por expressar a continuidade do boicote do evento à Netflix. Em plena pandemia, o festival francês manteve seu veto aos filmes de streaming, embora toda a indústria cinematográfica, incluindo o Oscar, e festivais rivais de igual prestígio tenham aberto suas portas às formas alternativas de exibições cinematográficas. Embora seja resultado de pressão dos exibidores franceses, a postura está sendo chamada abertamente de “elitista” por seu preciosismo, que contrasta com a realidade do coronavírus. A situação levou o chefe do festival, Thierry Fremaux, a ter que se justificar, citando “regras” da competição – de novo, até o Oscar mudou suas regras durante a pandemia. Ele também reiterou convite para a Netflix apresentar seus filmes fora de competição no festival, uma condição que a plataforma já recusou anteriormente, por considerar desrespeitoso com os cineastas de seus filmes. “O festival tem uma regra que estabelece que os filmes em competição devem ter um lançamento cinematográfico local”, disse Fremaux, citando o impasse. “A Netflix deseja ter seus filmes em competição e em sua plataforma.” Por conta disso, o próprio diretor do festival revelou que “havia dois filmes potenciais” de sua seleção que agora “podem ir para outros festivais”. “Lamentamos não ter sido possível negociar sua presença fora da competição”, acrescentou. Ao vetar a Netflix, Cannes deixou de fora os novos filmes da neozelandesa Jane Campion (“O Piano”) e do italiano Paolo Sorrentino (“A Grande Beleza”). No caso de Campion, a perda é especialmente sentida porque a competição deste ano tem menos cineastas femininas (apenas 4, contra 20 homens) que outros festivais. Já os filmes selecionados destacam “A Crônica Francesa” (The French Dispatch), de Wes Anderson, que segue a linha de “O Grande Hotel Budapeste” e reúne um grande elenco para viver repórteres de um jornal francês de expatriados, e “Benedetta”, drama erótico do veterano diretor holandês Paul Verhoeven (de “Instinto Selvagem”) sobre uma freira do século 17 que sofre com visões místicas e tentação sexual. Ambos deveriam integrar a edição do ano passado, que acabou cancelada devido à pandemia. Além deles, outros títulos com première mundial em Cannes incluem os novos trabalhos do americano Sean Penn (“Na Natureza Selvagem”), do italiano Nanni Moretti (“O Quarto do Filho”), do iraniano Asghar Farhadi (“A Separação”), do russo Kirill Serebrennikov (“O Estudante”), do dinamarquês Joachim Trier (“Mais Forte que Bombas”), do tailandês Apichatpong Weerasethakul (“Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas”), do australiano Justin Kurzel (“Macbeth: Ambição e Guerra”) e dos franceses François Ozon (“Frantz”), Jacques Audiard (“Ferrugem e Osso”), Bruno Dumont (“Camille Claudel 1915”), Mia Hansen-Love (“Eden”) e Leos Carax (“Holy Motors”). O evento será aberto com a projeção de “Annette”, um musical de Carax, estrelado por Adam Driver, Marion Cotillard e com trilha da banda de rock Sparks. Entre os títulos previstos para exibição fora da competição, Oliver Stone traz à Croisette uma versão retrabalhada de “JFK – A Pergunta que Não Quer Calar”, de 1991, com cenas inéditas, o cineasta Todd Haynes (“Carol”) apresenta seu documentário sobre a banda The Velvet Underground e a atriz Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”) estreia na direção com um documentário sobre sua mãe, a icônica estrela de cinema Jane Birkin (“A Bela Intrigante”). Também nas sessões especiais haverá a projeção do único filme dirigido por brasileiro na programação, “O Marinheiro das Montanhas”, de Karim Ainouz (“A Vida Invisível”). O evento francês vai acontecer neste ano de 6 a 17 de julho, dois meses mais tarde que sua data tradicional, e também prestará uma homenagem à atriz e diretora Jodie Foster (“O Silêncio dos Inocentes”) com uma Palma de Ouro honorária pelas realizações de sua carreira. Confira abaixo a lista dos filmes que disputarão a Palma de Ouro oficial diante do júri presidido pelo cineasta Spike Lee (“Infiltrado na Klan”), as obras da principal mostra paralela e as sessões especiais, fora da competição de Cannes. COMPETIÇÃO “Annette”, de Leos Carax “Flag Day”, de Sean Penn “Tout S’est Bien Passé”, de François Ozon “A Hero”, de Asghar Farhadi “Tre Piani”, de Nanni Moretti “Titane”, de Julia Ducournau “A Crônica Francesa”, de Wes Anderson “Red Rocket”, de Sean Baker “Petrov’s Flu”, de Kirill Serebrennikov “France”, de Bruno Dumont “Nitram”, de Justin Kurzel “Memoria”, de Apichatpong Weerasethakul “Les Olympiades”, de Jacques Audiard “Benedetta”, de Paul Verhoeven “La Fracture”, de Catherine Corsini “The Restless”, de Joachim Lafosse “Lingui”, de Mahamat-Saleh Haroun “The Worst Person In The World”, de Joachim Trier “Bergman Island”, de Mia Hansen-Love “Drive My Car”, de Ryusuke Hamaguchi “Ahed’s Knee”, de Nadav Lapid “Casablanca Beats”, de Nabil Ayouch “Compartment No. 6”, de Juho Kuosmanen “The Story Of My Wife”, de Ildiko Enyedi FORA DE COMPETIÇÃO “De Son Vivant”, de Emmanuelle Bercot “Stillwater”, de Tom McCarthy “The Velvet Underground”, de Todd Haynes “Bac Nord”, de Cédric Jiminez “Aline”, de Valérie Lemercier “Emergency Declaration”, de Han Jae-Rim SESSÃO DA MEIA-NOITE “Bloody Oranges”, de Jean-Christophe Meurisse CANNES PREMIERES “Evolution”, de Kornel Mundruczo “Cow”, de Andrea Arnold “Mothering Sunday”, de Eva Husson “Love Songs For Tough Guys”, de Samuel Benchetrit “In Front Of Your Face”, de Hong Sang-soo “Hold Me Tight”, de Mathieu Amalric “Deception”, de Arnaud Desplechin “Val”, dirs: Ting Poo”, Leo Scott “JFK Revisited: Through The Looking Glass”, de Oliver Stone *”Jane By Charlotte”, de Charlotte Gainsbourg SESSÕES ESPECIAIS *”H6″, de Yi Yi “Black Notebooks”, de Shlomi Elkabetz “O Marinheiro das Montanhas”, de Karim Ainouz “Babi Yar. Context”, de Sergei Loznitsa “The Year Of The Everlasting Storm”, de Jafar Panahi, Anthony Chen, Malik Vitthal, Laura Poitras, Dominga Sotomayor, David Lowery, Apichatpong Weerasethakul MOSTRA UM CERTO OLHAR (UN CERTAIN REGARD) “The Innocents”, de Eskil Vogt “After Yang”, de Kogonada “Delo”, de Alexey German Jr “Bonne Mere”, de Hafsia Herzi “Noche De Fuego”, de Tatiana Huezo *”Lamb”, de Vladimar Johansson *”Un Monde”, de Laura Wandel *”Freda”, de Gessica Généus *”Moneyboys”, de CB Yi “Blue Bayou”, de Justin Chon “Commitment Hasan”, de Hasan Semih Kaplanoglu “Rehana Maryam Noor”, de Abdullah Mohammad Saad “Let There Be Morning”, de Eran Kolirin “Unclenching The Fists”, de Kira Kovalenko *”La Civil”, de Ana Mihai “Women Do Cry”, de Mina Mileva”, Vesela Kazakova Os filmes identificados com * são de diretores estreantes e por isso concorrem ao prêmio especial Câmera de Ouro (Camera d’Or) do festival.

    Leia mais
  • Filme

    Apichatpong Weerasethakul vai filmar seu novo longa na Colômbia

    13 de março de 2017 /

    Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes por “Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas Vidas Passadas” (2010), o cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul vai filmar seu próximo longa-metragem na Colômbia. Frustrado pela censura e pelo clima político na Tailândia, que permanece sob ditadura militar desde maio de 2014, o diretor decidiu mudar de ares. A censura do país, que sempre foi dura, tornou-se insuportável depois do golpe militar. Se antes o governo tinha uma postura bastante clara sobre as questões consideradas sensíveis e proibidas, agora quase nada é permitido. “Nós não podíamos tocar na religião, na monarquia e na autoridade militar”, ele comparou. Mas desde o golpe militar essas linhas tornaram-se mais abstratas e desfocadas, tornando a criação mais complicada, pois o governo atual vê as manifestações artísticas como propaganda política. Segundo o site da revista The Hollywood Reporter, o diretor estava pensando em fazer um filme na América do Sul havia algum tempo. “Quando era garoto, eu amava as histórias de aventura do meu país cheia de animais selvagens e todos os tipos de coisas. Mas, quando você repara na fonte, se toca que tudo veio do Ocidente: europeus e americanos que colonizaram e romantizaram a selva amazônica. Tanto o povo tailandês quanto os romancistas do país foram influenciados por isso, assim como o cinema”, declarou. Ele pretende passar dois meses na Colômbia para pesquisar material para o seu próximo filme, ainda sem título. E para isso vai viajar por quatro cidades do país – Bogotá, Medellín, Calie e Chocó – para definir locais para as filmagens. O objetivo é usar um território estrangeiro para abordar a situação da Tailândia. “Eu queria saber sobre toda a violência que aconteceu por aqui, e a história da colonização – para, de certa forma, refletir sobre o meu país”, disse.

    Leia mais
  • Filme

    Cemitério do Esplendor convida o espectador a imaginar outras vidas

    18 de março de 2016 /

    “O melhor lugar do mundo é aqui e agora”, pregava Gilberto Gil em uma canção. Pelo menos, não há nada mais centrado e vinculado à realidade da pessoa e de sua relação com o mundo do que o aqui e o agora. E o contrário disso pode até significar algo de patológico, como demonstra “Cemitério do Esplendor”, novo filme do ótimo diretor tailandês Apichatpong Weerasethakul, que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2010 com o sobrenatural “Tio Boonmee, que Pode Recordar suas Vidas Passadas”. Não é de estranhar, portanto, que o filme seja situado num hospital. Na verdade, um hospital improvisado, instalado numa antiga escola abandonada. Numa das cenas de atendimento, o médico sugere ao paciente que procure um hospital de verdade para se tratar, já que ali faltam recursos. De fato, as instalações parecem precárias e os leitos estão tomados por soldados com uma misteriosa doença do sono. Eles passam quase todo o tempo dormindo, assistidos por alguns voluntários ou parentes que se dispõem a acompanhá-los em plena vivência do sono. E que estão ali em busca de conectar-se com os sentimentos e sonhos desses soldados que, na verdade, lá não parecem estar. A personagem de uma vidente se destaca, usando seus poderes para se comunicar com o que os soldados estariam vivendo e ajudar os parentes a se relacionarem com esses homens adormecidos. Já uma voluntária vincula-se ao passado do local como escola e vê coisas que então aconteciam. Descobriremos, ao longo do filme, que a floresta que circunda o local foi no passado remoto um lugar esplendoroso, cheio de luxo e riqueza. Onde vemos árvores, folhas e caminhos, a vidente vê magníficos palácios, salas ricamente decoradas, reis e guerreiros que devem estar se valendo da energia dos soldados adormecidos para realizar suas batalhas de um tempo muito distante. Com uma narrativa como essa, o cineasta tailandês cria um filme original, na medida em que nada (ou quase nada) do que é mostrado é o que importa. Tudo está fora dali, em outro lugar e num outro tempo. O filme suprime o aqui e agora. O que resta dele é o que de mais banal existe: o momento em que se acorda, a ingestão de um alimento, uma ida ao banheiro. Quando se faz um passeio pelo bosque, não é lá que estamos e não é disso que se fala. Quando se dorme, o que prevalece é o que está fora dali, nos sonhos ou nas vidas passadas que estão sendo experimentadas. O que não vemos é o que importa, não o que vemos. Assim como na literatura, o filme só se completa na imaginação de cada um. Pode-se ter, assim, uma compreensão do esplendor desse passado, tão presente, e desse lugar tão distinto do hospital e da floresta que ali estão. O título não podia ser melhor, é um cemitério que não aparece como cemitério e que tem um esplendor imaginário, que nunca vemos. As eventuais crenças em outras vidas ou referências a uma concepção budista do mundo é o que menos importa na abordagem do diretor. Há uma espiritualidade que exala da trama, mas não se trata de nenhum tipo de proposta religiosa. E também não é nada solene. O filme tem lances bem-humorados e até eróticos. Alguns elementos inesperados compõem o charme do espetáculo. É preciso se deixar levar pela proposta e curtir o filme sem ficar preocupado em tentar entender ou julgar o que está acontecendo. A obra artística se revela pelo que produz de ressonância, em cada espectador, resultando num dos filmes mais intrigantes e divertidos do ano.

    Leia mais
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie