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    Isabela Scalabrini deixa jornalismo da Globo após 44 anos

    31 de janeiro de 2023 /

    A jornalista Isabela Scalabrini está de saída da Globo após 44 anos de emissora. A informação foi divulgada pelo diretor de jornalismo do canal, Ali Kamel. Assim como fez com Elizabeth Carvalho, Ernesto Paglia, Chico Pinheiro, Renato Machado e Francisco José, Kamel relembrou toda a trajetória da jornalista na emissora no longo texto, que ressaltou o machismo sofrido durante sua cobertura de esportes na década de 1980. Ela também destacou destacou as coberturas da repórter: a Chacina da Candelária, o assassinato de Daniella Perez, além de entrevistas com nomes como Ayrton Senna, Pelé, Maradona, Tom Jobim, Luciano Pavarotti, Kurt Cobain e “tantos outros”. E contou que Isabela o procurou em 2020 com o pedido de desligamento. Após adiar os planos em meio à pandemia, a saída ficou marcada para agora, final de janeiro de 2023. “Ao me despedir de Isabela com esse texto, destaco o meu respeito por ela. E, em nome da Globo, agradeço o jornalismo que praticou aqui: pioneirismo aliado à alta qualidade!”, conclui o diretor. Leia abaixo o comunicado de Ali Kamel na íntegra. “Em 2020, pouco antes da pandemia, Isabela Scalabrini me procurou dizendo que estava se preparando para encerrar sua colaboração com a Globo. Ela me explicou que queria mais tempo para si, depois de 44 anos na emissora. Combinamos de voltar a conversar, e o fizemos no ano seguinte, eu com uma pontinha de esperança de que ela tivesse mudado de ideia. Isabela ficou conosco ainda em 2021 e 2022, mas sinalizando que sairia. No final do ano passado, me procurou mais uma vez e marcou a saída para esse final de janeiro. Eu entendi as razões dela e combinamos de fazer o anúncio hoje. Na conversa, ela me disse uma verdade que deve inspirar todos os que são apaixonados por jornalismo: ela se sente plenamente realizada e diz que olha para trás e só sente orgulho. Ela tem razão. Em 1979, Isabela cursava a universidade à noite e trabalhava de manhã na Rádio Nacional, como repórter de rua. Foi aprovada no concurso de estágio da Globo depois de fazer provas de conhecimentos gerais ao lado de centenas de candidatos (quase como um vestibular) e, depois, já num grupo menor, de passar por entrevistas seletivas com editores do JN. Foram aprovadas dez mulheres. O estágio durou cerca de um ano e Isabela passou por todos os setores do jornalismo. O contrato foi assinado em janeiro de 1980. A primeira missão depois de ser efetivada foi trabalhar na salinha da apuração da Editoria Rio. Conversava com bombeiros e policiais nas dezenas de rondas pelo telefone – era ali que um repórter aprendia a fazer perguntas. Fez a primeira reportagem para o JN naquele período. No tempo da película, havia uma quantidade sempre muito pequena de filme na câmera: mas ela fez uma “passagem” e uma entrevista sem errar (“de blusa azul”), ela me contou na nossa última conversa. Em seis meses, surgiu uma vaga no departamento de esportes e ela transferida. Foi pioneira. Na década de 1980, havia pouquíssimas mulheres no jornalismo esportivo – só algumas em rádio e jornal. Na Globo, a repórter Mônika Leitão foi escalada para a Olimpíada de Moscou (1980), mas logo depois pediu demissão. Isabela foi assim, por muitos anos, a única mulher na nossa equipe esportiva. Nos estádios, em dias de jogos, o público reagia com todo tipo de brincadeira preconceituosa quando ficava no campo. A pergunta que mais ouvia era: “Você entende de futebol?”. Ela não entrava no vestiário, claro. Eram os jogadores que iam até a porta para a gravação. Mas nunca deixou de noticiar algum fato e nem foi desrespeitada por jogadores ou treinadores. Nunca deixou de fazer reportagem esportiva por ser mulher. Ela lembra que foi Hedyl Valle Júnior quem teve a ousadia de a escalar para coberturas internacionais. Em 1986, na Copa do Mundo do México, acompanhou a seleção da Argentina de Maradona. Era praticamente a única repórter do sexo feminino no evento. Lá, também ouviu muitas piadinhas de repórteres de várias nacionalidades. Mas foi a ela que Maradona deu uma entrevista, que começou exclusiva na concentração da equipe argentina, mas que logo virou uma coletiva com a correria dos repórteres, surpresos, tentando alcançá-la. Na Olimpíada de Los Angeles, acompanhou a chegada da maratona feminina dentro do Coliseu. Fez a reportagem sobre o esforço da suíça Gabrielle Andersen para completar a prova: contorcendo-se em câimbras, não permitiu que ninguém a tocasse até cruzar a linha de chegada (para somente então cair ao solo e ser atendida). A imagem é considerada uma das mais importantes do esporte mundial. E, nos Jogos Olímpicos de Seul, fez a polêmica entrevista com o corredor Joaquim Cruz em que ele denunciou o uso de anabolizantes pelos atletas americanos depois da desclassificação do canadense Ben Johnson, por doping. A entrevista teve repercussão no mundo inteiro. Joaquim treinava com eles nos EUA e, depois de ser muito criticado por acusar outros atletas de doping, abandonou a Olimpíada. Ele tinha ganhado medalha de prata poucos dias antes, nos 800 metros, e desistiu de correr os 1.500 metros. Foram muitas histórias inesquecíveis na cobertura esportiva. Até recentemente era convocada para falar sobre esse pioneirismo no futebol. Depois de doze anos, foi convidada para trabalhar na Editoria Rio em 1993. Do período, destaco as coberturas que fez da Chacina da Candelária e do assassinato de Daniella Perez. Em tantas décadas, teve o privilégio de entrevistar Ayrton Senna, Pelé, Tom Jobim, Luciano Pavarotti, Kurt Cobain e tantos outros. E de conhecer o mundo. Cobrir o carnaval carioca era uma das suas paixões. Foram mais de trinta anos ao vivo na Avenida! Várias entrevistas feitas por Isabela estão em documentários recentes do GloboPlay, o que demonstra a relevância e a qualidade delas – Pepê, Castor de Andrade e Garrincha. Vale conferir. Em 1998, uma guinada. Mudou-se para Belo Horizonte, onde ficou por mais vinte e cinco anos. Apresentou o MG TV de 1998 a 2019 e, hoje, é uma personalidade mineira, respeitada por todos, parada nas ruas, os espectadores reconhecem o profissionalismo dela. Dia sim, dia não, ainda em janeiro, estava no JN e nos locais de BH com seu talento. Uma profissional completa. Ao me despedir de Isabela com esse texto, destaco o meu respeito por ela. E, em nome da Globo, agradeço o jornalismo que praticou aqui: pioneirismo aliado à alta qualidade! Obrigado, Ali Kamel”

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    Globo encerra contrato com Ernesto Paglia após 43 anos

    26 de dezembro de 2022 /

    O diretor-geral de jornalismo da Globo, Ali Kamel, informou que o repórter especial Ernesto Paglia está de saída da TV Globo após quase 44 anos. O anúncio foi divulgado na manhã desta segunda-feira (26/12). O anúncio aconteceu por meio de um e-mail, onde Kamel lembrou a longa trajetória do jornalista na emissora. O profissional deixará a empresa no último dia deste ano, ou seja, no sábado (31/12). “Termina o ciclo de um repórter brilhante, referência para todos nós”, declarou o diretor. “[…] Um colega gentil e acolhedor, que deixará um legado irretocável.” “Sua última reportagem no ‘Fantástico’ foi exibida ontem, dia 25 de dezembro. Uma viagem que relembra outro grande acontecimento de 1982, o ano da Copa da Espanha. […] Mas ainda poderemos apreciar um pouco mais da maestria de Ernesto Paglia nas telas da Globo.” Em resposta, o jornalista expressou gratidão à emissora que lhe permitiu trabalhar por 13 meses em “home office” durante o isolamento social da pandemia de Covid-19. “A Rede Globo sempre me tratou com grande correção”, afirmou Paglia. “Dá pra imaginar o peso dessa experiência na minha vida. Entrei na Globo com 20 anos recém completados, saio às vésperas de fazer 64.” “Pude contar grandes, belas e importantes histórias ao lado de gente competentíssima. Ainda há muitas por contar. As novas tecnologias multiplicaram as telas. E acredito ainda ter muito a oferecer como jornalista, ofício que me dá enorme orgulho. Parafraseando um velho slogan: ‘A gente se vê por aí’”, finalizou. Durante a carreira brilhante do repórter, Paglia cobriu oito Copas do Mundo, informou sobre as greves no ABC Paulista, foi duas vezes correspondente em Londres, acompanhou a visita do Papa João Paulo II, entre outros. Considerando que o repórter especial entrou para a lista dos veteranos que deixaram a emissora devido aos cortes de custos, o desligamento de Paglia pode ser um sinal de alerta para sua esposa, a aclamada jornalista Sandra Annenberg. Sandra, que está na emissora desde 1991, pode estar contando os dias devido a uma suposta insatisfação com o “sub-cargo” de apresentadora do “Globo Repórter”, onde ela estaria apenas lendo a introdução dos blocos. Segundo rumores nos bastidores, a jornalista teria pedido para voltar ao jornalismo diário, como o “Jornal Hoje”, mas não estaria sendo atendida pela Globo. Ultimamente, Ernesto Paglia trabalhava como produtor de reportagens para o “Fantástico”. Apesar da saída da emissora, o jornalista deve aparecer numa edição especial do “Globo Repórter” e num documentário para o Globoplay.

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