Minissérie sobre Karl Lagerfeld ganha trailer nacional
Série da Disney+ vai mostrar ascensão do estilista e sua rivalidade com Yves Saint Laurent nos anos 1970
Daniel Brühl será o estilista Karl Lagerfeld em série da Disney
O ator Daniel Brühl (“Nada de Novo no Front”) vai interpretar o estilista Karl Lagerfeld em “Kaiser Karl”, série europeia desenvolvida para o streaming da Disney. A série de seis episódios vai narrar a ascensão de Karl Lagerfeld no mundo da alta moda parisiense dos anos 1970, começando em 1972, quando Lagerfeld (então com 38 anos) aspirava se tornar o estilista francês mais famoso do mundo, em um época em que Yves Saint Laurent (Arnaud Valois, de “120 Batimentos por Minuto”) reinava supremo. Lagerfeld acabou se tornando o designer-chefe e diretor criativo da Chanel, Fendi e da sua própria marca. A série também vai explorar a rivalidade entre ele e o parceiro de Yves Saint Laurent, Pierre Berge (Alex Lutz, de “Guy”), bem como sua história de amor com Jacques de Bascher (Théodore Pellerin, de “Tem Alguém na sua Casa”). O elenco ainda vai contar com Agnès Jaoui (“Boas Intenções”) como Gaby Aghion, fundadora da marca Chloé, que ajudou a elevar Lagerfeld, Sunnyi Melles (“Triângulo da Tristeza”) no papel da atriz Marlene Dietrich, Jeanne Damas (“Sincerity”) interpretando Paloma Picasso, Paul Spera (“Marie Antoinette”) como Andy Warhol, e a cantora Claire Laffut no papel da designer Loulou de la Falaise. “Kaiser Karl” foi criada por Isaure Pisani-Ferry (“Submundo do Crime”), Jennifer Have (“Os Pequenos Crimes de Agatha Christie”) e Raphaëlle Bacqué (“A Número Um”), autora do livro que será usado como base da trama. A atração, que já começou a ser rodada, conta com a direção de Jérôme Salle (“Kompromat: O Dossiê Russo”) e Audrey Estrougo (“A Condenada”). Ainda não há previsão de estreia, que no Brasil deve acontecer na plataforma Star+. Esse não é o único projeto sobre Karl Lagerfeld em desenvolvimento. Recentemente foi anunciado que o ator Jared Leto (“Esquadrão Suicida”) interpretará o famoso estilista em uma cinebiografia. Daniel Brühl será visto a seguir em “The Collaboration”, sobre a amizade entre Andy Warhol e Jean-Michel Basquiat. O filme ainda não tem data de lançamento definida.
César 2019: Enfrentando a violência de gênero, Custódia vence “Oscar do cinema francês”
A Academia Francesa de Cinema consagrou o filme “Custódia”, que aborda a questão da violência de gênero, na premiação do César 2019, o equivalente ao “Oscar do cinema francês”. O longa de Xavier Legrand venceu quatro estatuetas, incluindo Melhor Filme, na cerimônia celebrada na noite de sexta-feira (22/2) em Paris. “Quando rodamos o filme, em 2016, 123 mulheres foram assassinadas pelo companheiro ou ex-companheiro. No decorrer do ano, 25 mulheres foram assassinadas, o que quer dizer que passamos a uma mulher a cada dois dias, enquanto em 2016 era uma a cada três dias”, declarou o diretor do filme, Xavier Legrand. “Custódia” teve sua première mundial no Festival de Veneza de 2017, onde venceu dois prêmios, inclusive Melhor Direção, e foi premiado pela crítica na Mostra de São Paulo daquele ano, antes de ser exibido comercialmente no Brasil – o que ocorreu em julho do ano passado. O longa também entrou na lista dos melhores lançamentos de 2018 da Pipoca Moderna (veja aqui). A estrela do filme, Léa Drucker, venceu o César de Melhor Atriz por seu papel de uma mãe que tenta recompor a vida após a separação do marido violento. Em seu discurso, ela homenageou as mulheres corajosas que a inspiraram, “todas as mulheres, todas as feministas que escrevem, atuam, elevam a voz e defendem diariamente a causa das mulheres, desafiando com frequência insultos e todo tipo de agressividade”. “A violência começa pelas palavras que usamos no dia-a-dia. Pensamos que são banais, mas não nos damos conta de que são o começo de uma ameaça, são o reflexo de uma forma de pensar, de uma ideologia que todos devemos combater”, acrescentou. O cineasta Xavier Legrand ainda venceu o troféu de Roteiro Original – e o quarto troféu de seu filme foi para a Edição. Entretanto, ele perdeu o César de Melhor Direção para Jacques Audiard, premiado pelo western franco-americano “Os Irmãos Sisters”. Já o Melhor Ator foi Alex Lutz, por “Guy”, filme que ele também escreveu e dirigiu. Um dos pontos altos da cerimônia foi uma homenagem ao ator, diretor e produtor Robert Redford, de 82 anos, que recebeu um César honorário por sua carreira. Confira abaixo a lista completa dos vencedores. Melhor Filme: “Custódia”, de Xavier Legrand Melhor Direção: Jacques Audiard (“Os Irmãos Sisters”) Melhor Ator: Alex Lutz (“Guy”) Melhor Atriz: Léa Drucker (“Custódia”) Melhor Ator Coadjuvante: Philippe Katerine (“Le Grand Bain”) Melhor Atriz Coadjuvante: Karin Viard (“Les Chatouilles”) Melhor Revelação Masculina: Dylan Robert (“Shéhérazade”) Melhor Revelação Feminina: Kenza Fortas (“Shéhérazade”) Melhor Roteiro Original: Xavier Legrand (“Custódia”) Melhor Roteiro Adaptado: Andréa Bescond e Eric Métayer (“Les Chatouilles”) Melhor Edição: Yorgos Lamprinos (“Custódia”) Melhor Fotografia: Benoït Debie (“Os Irmãos Sisters”) Melhor Música Original: Vincent Blanchard e Romain Greffe (“Guy”) Melhor Som: Brigitte Taillandier, Valérie de Loof e Cyril Holtz (“Os Irmãos Sisters”) Melhor Direção de Arte: Michel Barthélémy (“Os Irmãos Sisters”) Melhor Figurino: Pierre-Jean Larroque (” Mademoiselle de Joncquières”) Melhor Filme de Estreia: “Shéhérazade”, de Jean-Bernard Marlin Melhor Documentário: “Ni Juge, Ni Soumise”, de Jean Libon e Yves Hinant Melhor Filme de Animação: “Dilili à Paris”, de Michel Ocelt Melhor Filme Estrangeiro: “Assunto de Família”, de Hirokazu Koreeda (Japão) Melhor Curta-Metragem de Ficção: “Les Petites Mains”, de Rémi Allier Melhor Curta-Metragem de Animação: “Villaine Fille”, de Ayce Kartal César do Público: “Les Tuche 3”, de Olivier Baroux César Honorário: Robert Redford


