PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Etc

    Cahiers du Cinéma elege “O Agente Secreto” entre os melhores filmes de 2025

    28 de novembro de 2025 /

    Revista francesa de prestígio coloca longa brasileiro de Kleber Mendonça Filho em 4º lugar na lista dos lançamentos de cinema do ano

    Leia mais
  • Filme

    César: Comédia de Louis Garrel lidera indicações ao “Oscar francês”

    26 de janeiro de 2023 /

    A organização do prêmio César, considerado o Oscar do cinema francês, divulgou a lista dos filmes e artistas indicados para a edição deste ano da premiação. E a comédia “L’innocent” (“O Inocente” em tradução literal), dirigida e estrelada por Louis Garrel (“O Oficial e o Espião”), foi o grande destaque, com 11 indicações, incluindo Melhor Filme, Direção e Ator. O filme conta a história de um sujeito que descobre que sua mãe está prestes a se casar com um presidiário. Então, ele conta com a ajuda do seu melhor amigo e coloca em prática um plano para protegê-la. Mas conhecer seu novo padrasto pode lhe oferecer uma nova perspectiva. A liderança da obra de Garrel foi uma surpresa, uma vez que ficou na frente do drama policial “La Nuit du 12”, sobre a investigação de um feminicídio, e era considerado o favorito da crítica. Com nove indicações, o filme marca o retorno do cineasta Dominik Moll ao César, mais de duas décadas depois de ter ganho o prêmio de Melhor Direção por “Harry Chegou para Ajudar” (2000). A lista dos indicados ao prêmio principal também conta com “O Próximo Passo”, de Cédric Klapisch, sobre uma dançarina clássica que precisa se recuperar de uma lesão; “Pacifiction”, de Albert Serra, que narra a história de um sujeito que vive entre a alta e a baixa sociedade; e “Les Amandiers”, de Valeria Bruni-Tedeschi, sobre a rotina de um grupo de alunos de teatro. Garrel concorre na categoria de Melhor Ator com Jean Dujardin (“Novembre”), Vincent Macaigne (“Diary Of A Fleeting Affair”), Benoit Magimel (“Pacification”) e Denis Ménochet (“Peter von Kant”). Já o troféu de Melhor Atriz está sendo disputado por uma galeria de divas: Fanny Ardant (“Os Jovens Amantes”), Juliette Binoche (“Entre Dois Mundos”), Laure Calamy (“Contratempos”), Virginie Efira (“Revoir Paris”) e Adele Exarchopoulos (“Bem-vindos a Bordo”). A 48ª cerimônia do prêmio César também homenageará com um troféu honorário o cineasta David Fincher (“Mank”). A cerimônia vai acontecer no dia 24 de fevereiro no famoso Olympia, o mais antigo salão de espetáculos de Paris. Confira abaixo a lista dos indicados. Melhor Filme “Les Amandiers” “O Próximo Passo” “L’innocent” “La Nuit du 12” “Pacification” Melhor Direção Cedric Klapisch, por “O Próximo Passo” Louis Garrel, por “L’innocent” Cedric Jimenez, por “Novembre” Dominik Moll, por “La Nuit du 12” Albert Serra, por “Pacification” Melhor Atriz Fanny Ardant, por “Os Jovens Amantes” Juliette Binoche, por “Entre Dois Mundos” Laure Calamy, por “Contratempos” Virginie Efira, por “Revoir Paris” Adele Exarchopoulos, por “Bem-vindos a Bordo” Melhor Ator Jean Dujardin, por “Novembre” Louis Garrel, por “L’innocent” Vincent Macaigne, por “Diary Of A Fleeting Affair” Benoit Magimel, por “Pacification” Denis Ménochet, por “Peter von Kant” Melhor Ator Coadjuvante Judith Chemla, por “Le Sixieme Enfant” Anais Demoustier, por “Novembre” Anouk Grinberg, por “L’innocent” Lyna Khoudri, por “Novembre” Noemie Merland, por “L’innocent” Melhor Atriz Coadjuvante François Civil, por “O Próximo Passo” Bouli Lanners, por “The La Nuit du 12” Micha Lescot, por “Les Amandiers” Pio Marmai, por “O Próximo Passo” Roschdy Zem, por “L’innocent” Melhor Revelação Feminina Marion Barbeau, por “O Próximo Passo” Guslagie Malanda, por “Saint Omer” Rebecca Marder, por “A Radiant Girl” Nadia Tereszkiewicz, por “Les Amandiers” Mallory Wanecque, por “The Worst Ones” Melhor Revelação Masculina Bastien Bouillon, por “La Nuit du 12” Stefan Crepon, por “Peter von Kant” Dimitri Dore, por “Bruno Reidal” Paul Kircher, por “Le Lycéen” Aliocha Reinert, por “Softie” Melhor Filme Estrangeiro “As Bestas” “Close” “Garoto dos Céus” “EO” “Triângulo da Tristeza” Melhor Filme de Estreia “Bruno Reidal, Confissões de um Assassino” “Falcon Lake” “Os Piores” “Saint Omer” “O Sexto Filho” Melhor Roteiro Original “Contratempos” “Les Amandiers” “O Próximo Passo” “L’innocent” “Saint Omer” Melhor Roteiro Adaptado “Final Cut” “Undercover” “La Nuit du 12” Melhor Cenografia “Les Amandiers” “Couleurs de l’incendie “La Nuit du 12” “Pacifiction” “Simone: Le Voyage Du Siècle” Melhor Figurino “Les Amandiers” “Couleurs de l’incendie” “Esperando Bojangles” “L’innocent” “Pacification” “Simone: Le Voyage Du Siècle” Melhor Direção de Fotografia “Les Amandiers” “O Próximo Passo” “La Nuit du 12” “Pacifiction” “Saint Omer” Melhor Edição “Contratempos” “O Próximo Passo” “L’innocent” “Novembre” “La Nuit du 12” Melhor Trilha Sonora “Contratempos” “Final Cut” “L’innocent” “La Nuit du 12” “Pacifiction” “Noites de Paris” Melhor Som “O Próximo Passo” “L’innocent” “Novembre” “La Nuit du 12” “Pacification” Melhores Efeitos Visuais “Les Cinq Diables” “Fumer Fait Tousser” “Notre-Dame em Chamas” “Novembre” “Pacifiction” Melhor Animação “Ernest & Célestine: A Viagem em Charabie” “Ma Famille Afghane” “Le Petit Nicolas: Qu’est-ce Qu’on Attend Pour Être Heureux ?” Melhor Documentário “Allons Enfants” “Annie Ernaux: Os Anos Super 8” “Le Chêne” “Jane por “Charlotte” “Retour à Reims (Fragments)” Melhor Curta-Metragem “Haut les Coeurs” “Partir un Jour” “Le Roi David” “Les Vertueuses” Melhor Curta Animado “Câline” “Noir-Soleil” “La Vie Sexuelle de Mamie” Melhor Curta Documentário “Churchill, Polar Bear Town” “Écoutez le Battement de Nos Images” “Maria Schneider”

    Leia mais
  • Filme

    Espaço Itaú lança festival online com filmes inéditos nos cinemas

    19 de junho de 2020 /

    O Espaço Itaú de Cinema aderiu ao streaming, promovendo um festival de “pré-estreias” de filmes online. A iniciativa começa nesta sexta (19/6), Dia do Cinema Brasileiro, e vai até o domingo que vem (28/6), oferecendo 19 títulos no lançamento de seu serviço Espaço Itaú Play – criado em parceria com a plataforma Looke. Os filmes ficarão disponíveis por apenas 48 horas, com preço de locação acessível, R$ 10, dos quais 20% serão destinado à APRO (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais). Mas o primeiro título está no ar de graça. Trata-se de “Piedade”, de Cláudio Assis, estrelado por Fernanda Montenegro, Irandhir Santos, Matheus Nachtergaele e Cauã Reymond, e vencedor de três troféus no Festival de Brasília passado. O filme gira em torno de três histórias entrelaçadas, em que os personagens estão desesperados em viver um grande amor. Uma dessas tramas inclui uma cena homossexual muito falada entre Nachtergaele e Reymond (que vive o dono de um cinema pornô). A seleção de inéditos inclui ainda “Mangueira em Dois Tempos”, de Ana Maria Magalhães, “Três Verões”, de Sandra Kogut, “A Febre”, de Maya Da-Rin, “Dora e Gabriel”, de Ugo Giorgetti, “Boni Bonita”, de Daniel Barosa, “Música para Morrer de Amor”, de Rafael Gomes, “Pacarrete”, de Allan Deberton, “Querência”, de Helvécio Marins Jr, “Aos Olhos de Ernesto”, de Ana Luiza Azevedo, “Guerra de Algodão”, de Marília Hugues e Claudio Marques. “Três Verões” estava prestes a entrar em cartaz quando a pandemia fechou os cinemas. O filme rendeu o troféu de Melhor Atriz para Regina Casé no Festival do Rio e ainda recebeu prêmios nos festivais de Havana, em Cuba, e Antalya, na Turquia. “A Febre” e “Pacarrete” também foram reverenciados em grande circuito internacional e acumulam expectativas. Para completar, o festival online do Espaço Itaú ainda programou a exibição de títulos estrangeiros, em que se destacam “Deerskin – A Jaqueta De Couro De Cervo”, de Quentin Dupieux, “O Chão Sob Meus Pés”, de Marie Kreutzer, e “Liberté”, de Albert Serra, premiado no Festival de Cannes passado. Depois de serem exibidos online, os títulos entrarão em cartaz no circuito Itaú Cinemas, em datas a serem definidas, conforme plano de retomada das autoridades sanitárias. A lista completa, datas de exibição e o acesso direto para os filmes podem ser conferidos aqui.

    Leia mais
  • Filme

    Super-herói de Vin Diesel, terremoto europeu e novo Polanski estreiam nos cinemas

    12 de março de 2020 /

    As 14 estreias desta quinta (12/3) representam filmes bastante diferentes, alguns empolgantes, muitos dispensáveis e até um “polêmico”. Com exibição em mais de 500 salas, “Bloodshot”, adaptação de quadrinhos estrelada por Vin Diesel, chega sem grandes expectativas, após uma campanha de marketing de pouca repercussão e avaliações negativas da imprensa internacional – 41% no Rotten Tomatoes. Considerado um filme de ação convencional, para não falar medíocre, passa longe do padrão da Marvel. “Aprendiz de Espiã”, comédia com Dave Bautista, outro fortão dos “Guardiões da Galáxia”, sai-se melhor com 60% de aprovação e tem o atrativo de desembarcar no Brasil um mês antes da estreia nos EUA, devido a mudanças de cronograma de última hora – relacionadas ao adiamento de “007: Sem Tempo para Morrer”. A dica da semana, porém, é o thriller norueguês “Terremoto”, que atingiu 84% no Rotten Tomatoes – e não foi à toa. Tenso e repleto de ação, extrapola o desastre do elogiado “A Onda” (2015) para mostrar a destruição da Noruega por um abalo sísmico de grande proporções, servindo ainda para lembrar à Hollywood como se faz filmes do gênero. Outra dica importante é temer o terror russo. Evite como o diabo. O circuito limitado oferece várias alternativas, entre elas um peso pesado da temporada: “O Oficial e o Espião”, filme “proibidão” nos EUA e Reino Unido, devido ao “cancelamento cultural” de seu diretor, Roman Polanski. Lançado sob protestos feministas na França, o longa bateu o recorde de bilheteria do diretor no país. Também recebeu reconhecimentos importantes na Europa, como o Grande Prêmio do Júri do Festival de Veneza e o César de Melhor Direção – o que levou à debandada feminina da premiação. A razão dos protestos e do banimento de “O Oficial e o Espião” não está no conteúdo do filme, que também venceu o troféu da Crítica em Veneza e tem 79% de aprovação no Rotten Tomatoes. Mas na comparação que se faz entre o diretor e o personagem da trama, um dos heróis mais injustiçados da história da França. Vítima de um complô antissemita, o condecorado capitão Albert Dreyfus foi condenado à prisão por um crime que não cometeu, como lição por ser judeu. Polanski, que igualmente é judeu, foi condenado por ter abusado sexualmente uma menor de idade nos anos 1970, mas fugiu para a França para evitar a prisão. Esta história foi relembrada pelo movimento #MeToo, após o surgimento de outras denúncias contra o diretor, relacionadas ao mesmo período. A comparação disparada, sugerida por detratores e pelo próprio cineasta, gerou repercussão tão grande que este pode ser o último filme de Polanski, cineasta responsável por um punhado de clássicos incontestáveis. Outro lançamento francês, “Liberté”, deve estimular os cinéfilos. Premiado no Festival de Cannes, oferece uma experiência radical, como todos os filmes do diretor Albert Serra, transformando espectadores em voyeurs de uma jornada sensual na época da Revolução Francesa. 71% no Rotten Tomatoes. Ainda mais relevante, o polonês “Doce Entardecer na Toscana”, que rendeu prêmio à atriz Krystyna Janda no Festival de Sundance e tem 80% de aprovação, aborda xenofobia em paisagens de cartão postal para inspirar importantes discussões sobre o mundo atual. A programação ainda traz três títulos brasileiros, entre eles uma minissérie paranaense em versão condensada, “Nóis por Nóis”, de Aly Muritiba e Jandir Santi, originalmente exibida – e pouco vista – em 2017 na TV Brasil. Ironicamente, ao abordar com bastante naturalismo o cotidiano de jovens de periferia, revela-se melhor “filme” que o terror gaúcho “Disforia” – atmosférico – e a comédia carioca “Solteira Quase Surtando” – risível, mas no pior sentido. Confira abaixo mais detalhes, com todos os títulos, sinopses e trailers das estreias da semana. Bloodshot | EUA | Ação Bloodshot é um ex-soldado com poderes especiais. Esses poderes foram desenvolvidos após injetarem nanites em seu sangue. Depois de apagarem sua memória, ele finalmente descobre quem é e parte em busca de vingança daqueles que o usaram como experiência. Aprendiz de Espiã | EUA | Comédia Um agente da CIA (Dave Bautista) de coração endurecido é enviado em uma missão secreta para vigiar uma família e acaba flagrado por uma menina precoce (Chloe Coleman), que passa a chantageá-lo para treiná-la como espiã. Terremoto | Noruega | Desastre No ano de 1904, um terremoto de magnitude 5,4 na escala Richter sacudiu Oslo. Seu epicentro foi no “Oslo Graben”, uma fenda que atravessa diretamente a cidade. Desde então, segundo geólogos, a população da capital norueguesa pode esperar futuros terremotos nessa área. E se justamente agora um deles estivesse se aproximando? O Oficial e o Espião | França | Drama Paris, final do século 19. O capitão Alfred Dreyfus é um dos poucos judeus que faz parte do exército francês. No dia 22 de dezembro de 1884, seus inimigos alcançam seu objetivo: conseguem fazer com que Dreyfus seja acusado de alta traição. Pelo crime, julgado à portas fechadas, o capitão é sentenciado à prisão perpétua no exílio. Intrigado com a evolução do caso, o investigador Picquart decide seguir as pistas para desvendar o mistério por trás da condenação de Dreyfus. Liberté | França, Espanha | Drama Pouco antes da revolução Francesa, os nobres Madame de Dumeval (Theodora Marcadé), o Duque de Tesis (Marc Susini) e o Duque de Wand (Baptiste Pinteaux) partem para a Alemanha em busca do apoio do lendário Duque de Walchen (Helmut Berger). O trio foi expulso da corte do Rei Luis XVI e esperam que o alemão os ajude a alcançar o esclarecimento. Doce Entardecer na Toscana | Polônia | Drama Um violento ataque terrorista ocorre em Roma, exaltando ânimos xenófobos pela Itália. Ao mesmo tempo, a poeta Linde, uma avó progressista e rebelde, aceita uma homenagem da prefeitura de sua pequena cidade. Na cerimônia, faz um provocativo e inflamado discurso, desagradando o país todo e virando pária. Nóis por Nóis | Brasil | Drama O baile rola solto e enquanto o rap ecoa das caixas de som, quatro amigos vagam pela pista com objetivos bem distintos. O que eles não sabem é que seus destinos estarão selados para sempre após esta noite. Disforia | Brasil | Terror Dário sofre pela dificuldade em se recuperar de um acontecimento assustador de seu passado. Ao se aproximar da menina Sofia, são despertadas memórias de um trauma. Atormentado, ele precisa encarar o passado e o mistério envolvendo a família de Sofia. Solteira Quase Surtando | Brasil | Comédia Solteira convicta (Mina Nercessian) de 35 anos e viciada em trabalho descobre que está entrando numa menopausa precoce e só tem seis meses para encontrar um pai para seu futuro filho. As Primeiras Férias Não se Esquece Jamais! | França | Comédia Os parisienses Marion e Ben, ambos na casa dos 30 anos de idade, se conhecem pelo Tinder. E isso é tudo o que eles têm em comum. Mas os opostos se atraem e, depois de um ótimo primeiro encontro, eles decidem, na manhã seguinte, sair juntos de férias. Eles decidem ir para a Bulgária, pois está no meio do caminho dos destinos dos seus sonhos: Beirute para Marion, Biarritz para Ben. Sem planejamento e com concepções muito diferentes do que deve ser umas férias de sonho, eles iniciam uma jornada que certamente mudará suas vidas. A Maldição do Espelho | Rússia | Terror Depois que o terrível fantasma da Rainha de Espadas ressurge, os alunos de um antigo colégio interno viram as próximas vítimas do banho de sangue. O terror começa a partir do momento em que eles recitam antigos encantamentos no banheiro do local para conquistar tudo o que desejam — mesmo que o preço seja suas almas. Technoboss | Portugal | Comédia Luís Rovisco é um homem divorciado e com uma vida profissional pouco estimulante. Para tornar a vida mais instigante, compõe músicas sobre as coisas que observa pelo caminho. Alva | Portugal | Drama Henrique (Henrique Bonacho) é um homem de meia-idade que foge para a floresta depois de cometer um crime grave. Sozinho com a natureza, suas lembranças e sentimentos misturam-se entre a esperança de conseguir fugir e o peso na consciência pelo que fez. Mulher | França | Documentário Um retrato íntimo que explora temas como a maternidade, educação, casamento, independência financeira e sexualidade, dando voz a 2 mil mulheres de 50 países diferentes. O filme denuncia as injustiças sociais que as mulheres sofrem ao redor do mundo, mas mais do que isso, mostra a força e capacidade que elas têm para mudar o mundo.

    Leia mais
  • Filme

    A Morte de Luís XIV é uma obra mórbida de arte

    26 de janeiro de 2017 /

    Um filme que cheira à morte. Assim pode ser descrito a nova obra de Albert Serra, “A Morte de Luís XIV”, que apesar de parecer um desafio para um público mais amplo, é tão fascinantemente mórbido que prende o espectador até seu doloroso fim. Quem teve a paciência de ver até o final o primeiro filme do cineasta catalão, “Honra dos Cavaleiros” (2006), pode até considerar “A Morte de Luís XIV” extremamente acessível. Mas é um filme de andamento narrativo lento e que abusa da sensação de claustrofobia – a história se passa quase que inteiramente dentro do quarto de Sua Majestade. O título deixa claro do que a produção se trata. E desde o começo da narrativa o rei da França já aparece extremamente debilitado, reclamando de uma dor na perna. É razoável imaginar que o fato de ser um monarca lhe permitiria maior conforto, mas o tratamento privilegiado apenas torna sua decadência física mais incômoda e escancaradamente visível. Vê-se a manifestação tangível da morte em cada etapa de sua deterioração, a começar pelo orgulho próprio. Ansioso por participar de uma missa ou de uma reunião importante, o rei percebe que não tem condições de fazer qualquer coisa a não ser ficar deitado em seu leito. “A Morte de Luís XIV” mostra sua agonia com muitos silêncios e muitos sussurros. O rei pouco fala, até porque não tem forças. Mas aqueles que estão monitorando e tentando salvá-lo da doença conversam o tempo todo sobre as possibilidades de cura, de tentar salvar a perna doente, de pensar na alimentação como possível inimiga da saúde etc. E a linguagem narrativa de Serra em seu filme é tão impressionantemente realista que é quase como se estivéssemos ali pertinho do rei moribundo, aguardando como urubus o momento de sua partida final. Mas, ao mesmo tempo que é realista na condução da dramaturgia, há todo um cuidado formal com a disposição da câmera, das cores (com destaque para o vermelho) na fotografia, e outros aspectos que valorizam a construção das cenas, refletindo os tons e a suntuosidade da pinturas de Hyacinthe Rigaud, retratista favorito do rei. Não custa lembrar que Luís XIV é considerado o maior rei da França. Recebeu a alcunha de “Rei Sol” e reinou longos 72 anos, sendo que foi durante o seu reinado que o país chegou à liderança das potências europeias. Saber esses e outros detalhes é importante para situar a comoção que a morte do rei pode ter causado na época. Mas, mesmo não sabendo nada a respeito do personagem, o filme de Serra tem uma força impressionante, com sua atmosfera lúgubre. Para os cinéfilos, também ressoa a escalação de Jean-Pierre Léaud, que será eternamente lembrado por seu papel como o inquieto e enérgico Antoine Doinel, cuja trajetória começou ainda criança nos filmes de François Truffaut. Quem apostaria, em 1959, que o menor de “Os Incompreendidos” continuaria no cinema por mais de meio século para se mostrar como um homem velho em estado terminal?

    Leia mais
  • Filme

    Até o Último Homem é a melhor estreia em semana cheia de filmes de chorar

    26 de janeiro de 2017 /

    Com nove estreias, os cinemas voltam a registrar novidades no circuito limitado após a temporada de blockbusters de férias. Em parte é o efeito Oscar, com o lançamento de “Até o Último Homem” conquistando destaque num circuito intermediário. Melhor filme da semana e indicado a seis Oscars, “Até o Último Homem” é a volta de Mel Gibson à direção, uma década após seu último longa-metragem e depois de muitas polêmicas em sua vida pessoal. A produção traz as marcas do diretor, vencedor do Oscar por “Coração Valente” (1995). Com explosões, tiros, abusos e carnificina, apresenta um espetáculo apocalíptico de guerra, com direito a cenas brutais para ilustrar o contraste entre a desumanização e a fé. A trama é baseada na história real do soldado Desmond T. Doss, que ganhou a Medalha de Honra do Congresso dos EUA depois de se recusar a pegar numa arma durante toda a 2ª Guerra Mundial. Vivido por Andrew Garfield (“O Espetacular Homem-Aranha 2”), Doss sofre bullying e humilhação de seus colegas recrutas, mas não abre mão de suas convicções, conquistando o direito de ir a combate desarmado. Taxado de covarde, ele se torna uma lenda ao salvar, sozinho, a vida de 75 homens durante a Batalha de Okinawa, resgatando feridos e ajudando a evacuar as linhas inimigas, mesmo atingido por uma granada e um franco-atirador japonês. Entre os Oscars a que concorre, estão os de Melhor Filme, Direção e Ator. O filme de Gibson é assumidamente emotivo e chega numa semana repleta de filmes manipulativos, embora alguns lançamentos deem outros motivos para chorar. Como é difícil definir qual o pior, “Resident Evil 6 – O Capítulo Final” ao menos tem o mérito de dar o fim numa franquia excruciante. Além disso, o público sabe exatamente no que está se metendo ao comprar o ingresso, após cinco filmes com zumbis que não assustam, lutas em câmera-lenta que ressaltam como o tempo demora a passar e 3D que não esconde o aspecto B da produção. “Max Steel”, por sua vez, merece todas as cópias dubladas que vai receber, pois não passa de um telefilme superestimado para crianças. Lançado em 2 mil cinemas nos EUA, a adaptação do brinquedo/desenho animado só fez US$ 3 milhões e conseguiu recorde de desaprovação no site Rotten Tomatoes, atingindo 0% de críticas positivas. O impressionante é que isso não abalou os planos da distribuidora nacional, que está ocupando salas com seu lançamento. O cheio de lixo também exala de “Beleza Oculta”, indicado ao Framboesa de Ouro de pior combinação de elenco. Melodrama apelativo, tenta contar uma história edificante com diversos atores conhecidos, mas resulta hilariante no pior sentido. A média no Rotten Tomatoes é 12%. “Quatro Vidas de um Cachorro” é outra dose canina de manipulação emotiva. Feito para ressaltar a ligação afetiva entre homens e cachorros, apela para a crença na vida após a morte para confortar crianças com a ideia de que, quando morrem, os cãezinhos viram magicamente um novo cachorro. Não bastasse, a trama ainda mostra as dúvidas metafísicas do bicho. Mas o escândalo do vídeo editado, com supostos maus tratos na filmagem, deve ter diminuído a vontade dos fãs do best-seller (sério, esta história vendeu horrores) de pagar para chorar no cinema. 30% no Rotten Tomatoes. Dentre tantos produtos infantilóides, a melhor opção para as crianças é a animação “A Bailarina”, produção franco-canadense que tenta replicar a magia da Disney e surpreende pela qualidade técnica. A trama gira em torno de uma menina órfã (dublada no Brasil por Mel Maia) que sonha virar uma grande bailarina na Paris do século 19, mas para seguir seu sonho precisa fugir de casa, com a ajuda de um menino que sonha virar um grande inventor. Não há fada madrinha para abrir caminhos de forma mágica, o que torna a mensagem desta Cinderela mais relevante, ao mostrar que trabalho e dedicação são o caminho para conquistar os sonhos. A realização de sonhos também é o mote de “O Ídolo”, uma espécie de “Quem Quer Ser um Milionário?” palestino. Escrito e dirigido por Hany Abu-Assad, acompanha um jovem da Faixa de Gaza, que sonha virar músico e vê no programa “Arab Idol” (o “Ídolos” do Oriente Médio) a oportunidade de trocar a penúria da zona de conflito pela vida de artista famoso. A fórmula bem conhecida de sucessos de Hollywood, baseada em “fatos reais”, desta vez é apresentada como filme de arte. E exibida em circuito limitado. Filme russo de maior destaque nos festivais mais recentes, “Paraíso” é trabalho de um mestre, Andrey Konchalovskiy, que recuperou o prestígio com vários troféus acumulados após voltar ao cinema de arte, tendo dirigido até Sylvester Stallone nos anos 1980. Filmado em preto e branco e apresentado como um pseudo-documentário, com depoimentos dos protagonistas, acompanha as circunstâncias dramáticas do reencontro entre uma aristocrata russa, condenada aos campos de concentração por abrigar judeus, e um oficial nazista que a amava desde a juventude. Completa o circuito o lançamento mais “artístico” e “difícil”, “A Morte de Luís XIV”. Mórbido, retrata a lenta agonia do rei da França, que começa a morrer cercado por seus súditos. Além da interpretação de Jean-Pierre Léaud, chama atenção a belíssima fotografia, que evoca pinturas dos grandes mestres do período. O diretor catalão Albert Serra já tinha tratado do tema da deterioração humana em seu filme anterior, “História da Minha Morte” (2013). Em suas obras, morrer não é bonito como em “Quatro Vidas de um Cachorro”. Clique nos títulos dos filmes para ver os trailers de cada uma das estreias.

    Leia mais
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie