Morre Paulo Hesse, ator de “O Cravo e a Rosa”, aos 81 anos
Paulo Hesse, ator conhecido como o delegado Sansão de “O Cravo e a Rosa” (2000), morreu aos 81 anos na terça-feira (14/11). A informação foi confirmada pela atriz Bárbara Bruno, filha de Nicette Bruno (1933-2020) e Paulo Goulart (1933-2014) no Instagram. “Vá em paz, Paulo”, escreveu ela. A última aparição de Hesse em novela foi em “Água na Boca” (2008), exibido na Band. Ele ainda participou de produções da Record TV e teve uma carreira no teatro e cinema. O artista ainda poderá ser visto na reprise de “Paraíso Tropical” (2007), que será exibida a partir de dezembro na Globo. Sobre Paulo Hesse Paulo César Boeta, mais conhecido como Paulo Hesse, fez sua grande estreia numa peça no Teatro Municipal de São Paulo em 1966 e passou a aparecer nas telinhas na década de 1970. Na Record, ele fez folhetins como “Venha Ver o Sol Nascer na Estrada” (1973). Mas um de seus destaques foi a parceria com a atriz Dercy Gonçalves (1907-2008) em “Dulcinéa Vai à Guerra” (1980), exibida na Band. Hesse também fez cinema, atuando em diversas pornochanchadas, como “A Super Fêmea” (1973), ao lado de Vera Fischer, “O Signo de Escorpião” (1974) com Kate Lyra, “A Casa das Tentações” (1975) com Selma Egrei, e “A Árvore dos Sexos” (1976), escrita pelo crítico de cinema Rubens Ewald Filho (1945-2019) e dirigida pelo futuro autor de novelas Sílvio de Abreu. A parceria com Rubens e Silvio acabou se estendo para a TV, com Paulo integrando do elenco da adaptação de “Éramos Seis” (1994), no SBT.
Morre Luiz Antônio Piá, diretor de “Chiquititas” e “Carrossel”
Luiz Antônio Piá morreu na manhã de terça-feira (12/9) aos 81 anos. O diretor marcou a televisão brasileira com suas passagens por canais como SBT, Band, Record e Globo. Ele fez mais de 40 produções nos postos de diretor, ator e roteirista. A informação do falecimento foi dada pelas redes sociais do Museu da TV, mas segue sem causa confirmada. No entanto, Piá havia fraturado o fêmur recentemente e vinha se queixando de fortes dores na perna nos últimos meses, conforme publicado pela família. O velório de Pia será nesta quarta-feira (13/9) a partir das 10h, ao lado do Cemitério Municipal de Santana de Parnaíba, no interior de São Paulo. Carreira de Piá Luiz Antônio Piá fez sua estreia como diretor da TV Globo no extinto seriado “Plantão de Polícia”, entre 1979 e 1981. Nos anos seguintes, ele repetiu a função nas minisséries “Lampião e Maria Bonita” (1982) e “Bandidos da Falange” (1983), além das novelas “Eu Prometo” (1983) e “Partido Alto” (1984). O diretor também trabalhou na Record TV, onde ele foi o responsável por “Estrela de Fogo” (1998). Em 2004, Piá entrou na equipe de direção do SBT e ficou responsável pelo remake de “Esmeralda” (2004), porém saiu da emissora para uma curta temporada na Band, onde ele dirigiu as novelas “Dance, Dance, Dance” (2007) e “Água na Boca” (2008). Seus últimos trabalhos foram “Carrossel”, “Chiquititas” e “Cúmplices de um Resgate” (2015), na emissora de Silvio Santos. Mas o currículo de Piá não se resume às telinhas. Ele ainda foi cineasta durante a década de 1970, quando ficou responsável por “As Massagistas Profissionais” (1976), “O Varão de Ipanema” (1976) e “O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros contra as Panteras” (1978). Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por MBRTV – Museu Brasileiro de Rádio e Televisão (@museudatv)
Berta Zemel (1934 – 2021)
A atriz e professora de teatro Berta Zemel morreu na noite de quinta-feira (25/2) em São Paulo, aos 86 anos, em decorrência de broncopneumonia. Filha de imigrantes poloneses, Berta Zemelmacher nasceu na capital paulista em 1934, um ano após a chegada de seus pais ao Brasil. Ao virar atriz, mudou seu nome para facilitar a pronúncia em português, por sugestão do colega Sérgio Cardoso. Com uma carreira que remonta aos anos 1950, ela desenvolveu muitos trabalhos no teatro como atriz e, posteriormente, professora, tendo formado uma geração de atores na escola Teatro Móvel, de São Paulo, ao lado do marido, o ator Wolney de Assis (1937-2015). Sua ligação com as telas também é antiga, vindo desde 1956, como uma das intérpretes principais do “Grande Teatro Tupi”, um dos primeiros programas de ficção da TV brasileira. Sua ascensão, porém, esbarrou na política. Após interpretar um de seus papéis mais populares, a personagem-título da novela “Vitória Bonelli” (1972), na Tupi, optou por ficar em menor evidência, porque seu marido se engajou na militância clandestina contra o regime. Ela abandonou o teatro, virando professora, e fez poucos trabalhos nos anos seguintes. Apesar disso, ainda protagonizou “Os Apóstolos de Judas” (1976) e apareceu em “As Gaivotas” (1979), um dos últimos sucessos da Tupi. Fez ainda “Renúncia” (1982), adaptação da obra de Emmanuel/Chico Xavier na Band, e “Jogo de Amor” (1985), já no SBT. Apesar da longa carreira, Berta Zemel só surgiu na tela da Globo em 1997, numa breve participação como professora na 3ª temporada de “Malhação”, antes de encerrar a trajetória televisiva com a novela “Água na Boca” (2008), na Band. No cinema, ela participou de “O Quarto” (1968), de Rubem Biafora. Mas foi Geraldo Vietri, diretor da novela “Vitória Bonelli”, quem lhe o primeiro destaque cinematográfico, como protagonista do filme “Que Estranha Forma de Amar” (1977), baseado no romance “Iaiá Garcia”, de Machado de Assis. Após três décadas afastada, ela retornou em “Desmundo” (2002), de Alain Fresnot, que lhe rendeu um troféu de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Brasília, e a motivou a estender as atuações cinematográficas com papéis em “O Casamento de Romeu e Julieta” (2004), de Bruno Barreto, “A Casa de Alice” (2007), de Chico Teixeira, “Fronteira” (2008), de Rafael Conde, e ainda três curtas em 2010. Sua história inspirou o livro biográfico “A Alma das Pedras”, escrito por Rodrigo Antunes Corrêa e publicado na Coleção Aplauso.


