Casagrande e Tiago Leifert trocam farpas pela internet: “Problemas de esquecimento”
O comentarista Walter Casagrande e o apresentador Tiago Leifert deram início a uma troca de farpas afiadas pela internet, que parece longe de acabar. Eles começaram a se estranhar na quarta-feira (7/12), quando Casagrande acusou Leifert de prejudica-lo enquanto ainda trabalhava na Globo, além de representar a “burguesia reacionária que se impõe através de carteirada”. “Existem provas sobre isso, até em vídeo na internet. Ele tentou me ridicularizar algumas vezes ao vivo, na TV Globo, para favorecer comentaristas amigos”, acusou Casão em sua coluna no Uol. “Ele desrespeitava superiores na frente de todos por ser filho do diretor [Gilberto Leifert]”, acrescentou o ex-atleta. A resposta de Leifert aconteceu em uma publicação pelo Instagram nesta quinta (8/12). “Escrevo esse texto em missão de paz”, iniciou o jornalista. “Casagrande: não te conheço direito, mal conversamos na vida, não temos nenhuma intimidade e por isso não tenho nem nunca tive seu telefone. Espero que chegue em você. O que você escreveu sobre mim na sua coluna não é verdade e você sabe”, iniciou. Leifert afirmou que nunca destratou nenhum chefe com quem trabalhou. O apresentador explicou que foi “homenageado ao vivo no horário nobre” quando saiu da Globo devido a ótima relação com os superiores. Esse teria sido o motivo também para o seu retorno esportivo. “Me chamaram para voltar, estou na mesma redação e com a mesma turma. Se você tem alguma prova, data, hora, e-mail, fico no aguardo. Eu nunca tentei te prejudicar, jamais faria isso com você ou qualquer pessoa.” “A história que você conta não tem sentido algum: você sempre foi o comentarista número 1 da Globo, sempre nas maiores viagens, nos melhores jogos, nunca ninguém te prejudicou. E nós não trabalhamos juntos, certo? Eu nunca tive nenhuma ingerência sobre sua escala ou de qualquer narrador ou comentarista, nunca fui chefe de redação, nunca fui diretor.” O apresentador esportivo acrescentou que Casagrande não faz parte de sua carreira, até porque teriam divido um programa no máximo três vezes. “Nós discordamos em várias coisas sobre a vida e a bola, e isso é do jogo. Você acha que não precisamos do Neymar para o hexa, eu discordo bastante, e ambos vocalizamos isso. É a bola! Faz parte da resenha esportiva. Temos outras discordâncias, supernormal. De resto, o que você escreveu de mim é falso. Após a declaração de Tiago Leifert, o ex-atleta Casagrande se pronunciou novamente num novo textão intitulado “Tiago, só vou refrescar sua memória e chega: quero paz na minha vida”. Na coluna, Casagrande descreveu que o apresentador possui “sérios problemas de esquecimento” sobre a carreira de ambos na rede Globo. “Caro Tiago Leifert, como você pode dizer que nunca trabalhamos juntos, se quando voltei depois da minha internação, em 2009, fizemos o GE [Globo Esporte] todas às sextas-feiras, por exigência do saudoso Marco Mora?”, iniciou. “O Mora nos chamou na sala dele e deu essa ordem, porque você só queria o Caio Ribeiro (e quero deixar claro que o Caio não tem nada a ver com isso).” Na extensa declaração de Casagrande, ele relatou alguns momentos em que foi supostamente ridicularizado por Leifert, como num aniversário do “Globo Esporte” em que não foi convidado. Ele também descreveu outro episódio envolvendo uniforme da emissora, onde o apresentador o expôs num primeiro bloco do “Show do Intervalo”. “Entendo você não querer assumir que foi até a direção pedir a minha cabeça por causa do meu texto. E você que pediu pra sair depois que foi reclamar do meu texto para o diretor. Até porque o diretor disse que cada um tinha dado a sua opinião. Mas é simples: quem se interessar pode pegar as datas das nossas colunas e ver a data em que você saiu.” Em relação ao retorno de Leifert à emissora televisiva, Casão ainda afirmou que as pessoas que o jornalista destratou “não trabalham mais na Globo há tempos.” Walter Casagrande deixou a rede Globo em julho, após 25 anos como comentarista nas principais transmissões esportivas da emissora. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Tiago Leifert (@tiagoleifert)
Julgamento de Danny Masterson por estupro é anulado
O julgamento do ator Danny Masterson (das séries “That ’70s Show” e “O Rancho”) foi encerrado de maneira inconclusiva. A juíza da Corte Superior de Los Angeles, Charlaine Olmedo, declarou a anulação do julgamento na quarta (30/11) depois que o júri chegar a um impasse e não conseguir chegar a um veredito em relação às três acusações de estupro contra o ator. “Acho que o júri está em um impasse irremediável”, disse Olmedo. “Portanto, eu declaro a anulação do julgamento”. Parte do júri se inclinava em absolver o acusado, mas eles não conseguiram chegar a um consenso. O advogado de Masterson, Philip K. Cohen, era contra ampliar o tempo de debates do júri, e pediu a anulação do julgamento, o que acabou acontecendo. O júri, composto por sete homens e cinco mulheres, deliberou por seis dias. Eles recomeçaram as deliberações na segunda (28/11), depois que dois deles foram substituídos por suplentes após contraírem covid-19. Segundo a deliberação, o júri favoreceu a absolvição de Masterson em cada uma das acusações, com uma votação de 10 a dois (em uma acusação), oito a quatro (em outra) e sete a cinco (na última). Olmedo leu uma carta do júri que dizia que “após uma discussão completa e considerável, está claro que nós, como jurados, que somos inflexíveis quanto a manter nossas posições individuais em cada uma das três acusações.” Uma conferência de status para discutir os próximos passos entre a corte, a promotoria e a defesa está marcada para 10 de janeiro, com um novo julgamento preventivamente marcado para começar em 27 de março. Mas ele pode não acontecer. Masterson se recusou a comentar o impasse, mas seu advogado, Cohen, disse que os promotores deveriam considerar o resultado divisivo e desistir das acusações, cancelando um novo julgamento. “Este foi um júri que examinou cada testemunho e teve algumas discussões sinceras e significativas sobre a credibilidade [das acusações]”, disse ele. “Tendo em conta os fatos deste caso, os testemunhos neste caso e a evolução das declarações neste caso, seria muito difícil encontrar 12 pessoas que realmente considerassem este um caso condenável”, acrescentou, afirmando que vai mover uma ação para descartar as acusações. Sobre a possibilidade de os promotores prosseguirem com um novo julgamento, Ariel Anson, vice-promotor público, disse: “É uma conversa que precisamos ter com nosso escritório”. As três mulheres que acusaram Masterson de estupro testemunharam contra ele, assim como uma quarta acusadora, embora as alegações desta não tenham se transformado em acusações. Durante o julgamento, os promotores detalharam um padrão de Masterson, que convidava suas acusadoras para sua casa em Hollywood Hills e dava-lhes uma bebida que rapidamente as deixava desconcertadas, antes de estuprá-las. “Se você fosse uma mulher jovem, como cada uma dessas mulheres era na época, você estava longe de se sentir segura”, disse o vice-promotor distrital, Reinhold Mueller, durante seus argumentos finais. “Porque, se você estivesse incapacitada na cama dele, ele iria estuprar você. Se você estivesse incapacitada em outro lugar da casa, ele viria e a encontraria. E se você estivesse na casa dele e ainda não estivesse embriagada, ele lhe ofereceria álcool para incapacitá-la e depois a estupraria à força”. Uma das vítimas acusou Masterson de supostamente arrastá-la para uma banheira antes que ela desmaiasse. Ela testemunhou que acordou em uma cama com ele a penetrando. Quando ela revidou, Masterson a sufocou e brandiu uma arma para fazê-la parar de resistir. Outra acusadora alegou ter sido estuprada enquanto dormia, mas a defesa enfatizou que ela é uma ex-namorada de Masterson e que o casal teve sexo consensual. Segundo o advogado, a outra acusadora forneceu testemunho inconsistente e mostrou uma foto da acusadora sorrindo com uma amiga logo após ela ter sido supostamente estuprada, apesar de dizer que tinha hematomas por todo o corpo e que sua dor era insuportável devido à agressão. A defesa de Masterson sustentou que todas as acusadoras consentiram em fazer sexo com ele. Cohen disse durante as alegações finais que uma das supostas vítimas “ordenou que ele viesse para cima” e que ela teve um “caso” com seu cliente. Durante o julgamento, a Igreja da Cientologia também desempenhou um papel importante. As três acusadoras são ex-cientologistas que afirmam ter sido ameaçadas de excomunhão se fossem à polícia para denunciar seus estupros contra o ator, membro destacado da seita. Em 2004, uma das acusadoras escreveu uma carta ao chefe de justiça internacional da igreja pedindo permissão para denunciar Masterson. Ela disse ter sido encaminhada para um “curso” sobre “pessoas repressivas”, instruída a não usar a palavra “estupro” e a omitir referências a Masterson, sendo ameaçanda com uma arma. Esta acusadora acabou concordando em fechar um acordo de confidencialidade de US$ 400 mil, o que a impediu de falar sobre o estupro. Mas foi abordada pela polícia em 2016 e acabou abrindo um processo civil contra o ator, em busca de indenização. Este processo corre em paralelo às queixas criminais. As acusadoras do processo civil de Masterson, que incluem as três que abriram queixas criminais, disseram em um comunicado que a “luta legal está longe de terminar”. “Estamos obviamente desapontadas porque, pelo menos por enquanto, Daniel Masterson escapou da responsabilidade criminal por seus atos deploráveis”, disseram elas. “No entanto, estamos decididas coletivamente a continuar nossa luta por justiça, inclusive no tribunal civil, onde alegamos que o Sr. Masterson, junto com a Igreja da Cientologia, seu líder David Miscavige e outros, conspiraram para nos perseguir, assediar e nos intimidar sistematicamente quando procurávamos lançar luz sobre as ações do Sr. Masterson.”
Kevin Spacey vai enfrentar mais sete acusações de abuso sexual
O ator Kevin Spacey (“House of Cards”) deve enfrentar mais sete acusações de crimes sexuais no Reino Unido, elevando o seu total acusações para 12. De acordo com o Crown Prosecution Service (CPS), as acusações adicionais contra o ator incluem três denúncias de agressão indecente, três de agressão sexual e uma de atividade sexual sem consentimento. “O CPS autorizou acusações criminais adicionais contra Kevin Spacey, 63, por várias agressões sexuais contra um homem entre 2001 e 2004”, disse Rosemary Ainslie, chefe da Divisão Especial de Crimes do CPS. “O CPS também autorizou uma acusação por fazer com que uma pessoa se envolva em atividade sexual sem consentimento. A acusação segue uma revisão das evidências coletadas pela Polícia Metropolitana em sua investigação”. “O Crown Prosecution Service lembra a todos os envolvidos que os processos criminais contra o Sr. Spacey estão ativos e que ele tem direito a um julgamento justo”, completou. Spacey já está sendo julgado no Reino Unido por outras cinco acusações de agressão sexual. As denúncias foram feitas por três homens e são relativas à época em que Spacey morava em Londres e atuou como diretor artístico do teatro Old Vic. Ele se declarou inocente de todas elas em julho e voltará ao tribunal em junho de 2023 para se defender. As novas acusações acontecem quase um mês depois que um júri de Nova York o inocentou de um processo civil de US$ 40 milhões, concluindo que ele não molestou o ator Anthony Rapp (“Star Trek: Discovery”) quando o denunciante era adolescente. Apesar de ter sido inocentado nesse caso, o ator foi acusado por mais de 20 homens de má conduta sexual, um volume tão expressivo que acabou com sua carreira. Desde a acusação inicial de Rapp em 2017, ele foi retirado da série “House of Cards” (uma vez que os integrantes da equipe fizeram suas próprias denúncias contra ele) e também perdeu o papel no filme “Todo o Dinheiro do Mundo” (2017), tendo sido substituído por Christopher Plummer depois que o filme já estava pronto – as refilmagens ocorrem de forma acelerada para o filme não perder sua data de estreia. Spacey também já foi condenado a pagar US$ 31 milhões de indenização à produtora MCR pelo cancelamento da série “House of Cards”, após o juiz do caso considerar que seu comportamento foi responsável pela decisão da Netflix de encerrar a série premiada. Mas outras acusações feitas contra ele acabaram não indo adiante por diferentes motivos. Dois acusadores que o processaram morreram antes de seus casos chegarem nos tribunais. O escritor norueguês Ari Behn, ex-marido da princesa da Noruega, cometeu suicídio no Natal de 2019, três meses após um massagista que acusava o ator falecer subitamente. Para completar, Spacey teve outro processo, movido por um rapaz que tinha 18 anos na época do assédio, retirado abruptamente na véspera de ir a julgamento. Graças à falta de condenação, Spacey conseguiu voltar a atuar em um filme italiano, “L’Uomo che Disegnò Diò”, dirigido e estrelado pelo astro Franco Nero. Ele também interpretou um vilão no filme de baixo orçamento “Peter Five Eight”, que foi levado ao Marché du Film, o mercado de negócios do Festival de Cannes, para conseguir distribuidores internacionais. Além disso, Spacey vai ministrar uma masterclass no Museu Nacional de Cinema da Itália, em Turim, onde também receberá um prêmio pelo conjunto de sua obra. O evento vai acontecer em 16 de janeiro de 2023.
House of Hammer: Público flagra “fake news” e série decide deletar foto polêmica
O público descobriu que uma foto exibida na série documental “House of Hammer: Segredos de Família”, apontada como marca de uma suposta mordida de Armie Hammer no corpo de Courtney Vucekovich, é na verdade a imagem de uma tatuagem aleatória encontrada na rede social Pinterest. Vucekovich é uma das ex-parceiras que acusa o ator de comportamento sexual violento, com tendências de psicopatia canibal. Foi ela própria quem forneceu a imagem para a produção da série, disponibilizada na plataforma Discovery+. Após a repercussão, ela se justificou dizendo que foi levada pelo ator a acreditar que se tratava do registro de um hematoma sobre seu corpo. “A marca de mordida mostrada era uma foto enviada por Armie em nosso tópico de texto arquivado e, mais de um ano depois, acreditei que fosse uma foto minha, já que tenho dezenas de fotos retratando seu abuso em meu corpo”, alegou a jovem em comunicado. Após a confirmação de que estaria corroborando “fake news”, a produtora Talos Films, responsável pela série documental, decidiu remover o trecho da série. “Levamos a sério a responsabilidade de representar as histórias das vítimas. Quando novas informações surgiram sobre esta série, começamos imediatamente a investigá-la e faremos as alterações apropriadas o mais rápido possível”, afirmou a produtora, também por meio de comunicado. Esta é a segunda polêmica envolvendo “House of Hammer: Segredos de Família”. A mulher identificada como Effie, que está processando o ator Armie Hammer na Justiça por abuso sexual, acusou os responsável pela produção, Elli Hakami e Julian Hobbs, de “explorar seu trauma e sua dor” na série, e que o material, ao invés de servir de alerta, é nocivo para ela e outras sobreviventes. “A forma como eles estão explorando meu trauma é nojenta. Quando eu grito que ‘não’ e eles continuam, dizendo que não precisam da minha permissão, eles me lembram de Armie”, ela declarou. A série, com três episódios, foi lançada na sexta-feira (2/9) na plataforma Discovery+. Veja o trailer.
Vítima de Armie Hammer acusa série documental de “explorar seu trauma”
A mulher identificada como Effie, que está processando o ator Armie Hammer na Justiça por abuso sexual, enviou uma nota ao jornal Los Angeles Times em que critica a série documental “House of Hammer: Segredos de Família”, sobre os escândalos da família do ator. Ela acusou os responsável pela produção, Elli Hakami e Julian Hobbs, de “explorar seu trauma e sua dor”, e que o material, ao invés de servir de alerta, é nocivo para ela e outras sobreviventes. Effie, que prefere não dar detalhes de sua identidade, foi a primeira mulher a vir a público com acusações contra Hammer, em 2021. Na época, ela contou a história em seu Instagram, chamado “House of Effie”, e acusou Hammer de tê-la estuprado e de manifestar tendências de psicopata, com preferências canibalescas. O post fez com que dezenas de outras mulheres também relatassem suas experiências traumáticas com o ator. Logo depois surgiram acusações de que Hammer convenceu mulheres a participarem de práticas sexuais inseguras. Uma das mulheres, Paige Lorenze, alega que Hammer marcou uma letra “A” em sua pele usando uma faca, e queria que ela removesse uma costela para que ele pudesse comer. Courtney Vucekovich, que ficou com o ator por alguns meses do ano passado, disse que conviver com Hammer era como namorar Hannibal Lecter — o famoso personagem canibal de “O Silêncio dos Inocentes” e da série “Hannibal”, e que ele também queria fazer churrasco com sua costela. “É extremamente inapropriado explorar um momento tão trágico e vulnerável nas vidas das pessoas, sem preocupações com nosso processo de cura ou privacidade”, declarou Effie em nota enviada ao jornal. Ela conta que chegou a ser abordada pelos produtores para que fosse incluída no documentário, mas recusou. “A forma como eles estão explorando meu trauma é nojenta. Quando eu grito que ‘não’ e eles continuam, dizendo que não precisam da minha permissão, eles me lembram de Armie”, declarou. O documentário usa capturas de tela da conta de Effie no Instagram e até mesmo um vídeo publicado por ela no YouTube. Effie também ficou chateada por sua advogada, Gloria Allred, não tê-la comunicado de que iria participar de “House of Hammer”. Mas a série documental não investiga apenas os abusos cometidos pelo ator, revelando vários segredos de sua família para demonstrar que as práticas envolvendo BDSM, suposto canibalismo e violência remontam a seu bisavô, Armand Hammer, um bilionário da indústria do petróleo. A série, com três episódios, foi lançada na sexta-feira (2/9) na plataforma Discovery+. Veja o trailer.
Produtor de “Scrubs” teria abusado de mulheres por mais de duas décadas
O produtor e roteirista Eric Weinberg, responsável por séries de sucesso como “Scrubs” e “Californication”, teria abusados de diversas mulheres ao longo de mais de 20 anos. É isso que aponta o site da revista The Hollywood Reporter, que fez uma reportagem sobre o passado sórdido do produtor e entrevistou cerca de 30 mulheres que relataram seus encontros com Weinberg. Weinberg foi preso em 14 de julho por mais de 20 acusações de agressão sexual, incluindo estupro. Atualmente ele está em liberdade, depois de ter pago uma fiança de US$ 3,25 milhões. Nas entrevistas do Hollywood Reporter, as vítimas afirmam que o produtor as abordava na rua, exibia suas credenciais como produtor de séries de sucesso, e as convencia a posar enquanto ele tirava fotos. Ao menos duas das mulheres fotografadas eram menores de idade na época, sendo que uma era colega de escola dos filhos de Weinberg. O produtor também usava aplicativos de namoro para conhecer mulheres e depois abusar delas. As acusações vão de 2000 até 2021. Claire Wilson, uma artista de Los Angeles, alegou que foi agredida por Weinberg e, em 2020, ela postou um aviso para outras mulheres da região em um grupo privado no Facebook. “Estou entrando em contato para ver se alguma outra mulher encontrou esse homem Eric Weinberg. Eu o conheci em um aplicativo de namoro e, embora a noite tenha começado de forma consensual, mais tarde ele violou meu consentimento várias vezes e me forçou a fazer coisas que eu não queria”, escreveu Wilson. “Quero saber se mais alguém teve alguma experiência com ele. Ele é um roteirista e produtor proeminente e eu fico doente só de pensar que provavelmente faz isso o tempo todo.” Mais tarde naquele ano, a esposa de Weinberg, Hilary Bidwell, também encontrou o grupo no Facebook. Ela ficou sabendo da postagem de Wilson depois de pesquisar no Google por “agressão sexual de Eric Weinberg”. A mulher de Weinberg ligou para Wilson e pediu que ela lhe contasse tudo. Na ocasião, Wilson respondeu: “Você tem certeza? É muita coisa”. Bidwell pediu divórcio de Weinberg três vezes ao longo das duas décadas em que os dois foram casados. A gota d’água foi em 2020, quando ela descobriu que ele mantinha um registro das mulheres alvos, no qual rastreava as suas rotinas e fazia descrições de onde poderia encontrá-las. Registros judiciais da batalha pela custódia dos filhos também revelam que Weinberg apresentava um “comportamento impulsivo, violento e de alto risco” com o filho mais velho. Em 2014, várias mulheres apresentaram alegações à polícia de Los Angeles, mas foram informadas de que não havia provas suficientes para investigar as alegações. Mas mesmo quando haviam evidências, o caso não ia adiante. Segundo apurou o Hollywood Reporter, em pelo menos dois casos a polícia de Los Angeles acreditava que havia evidências suficientes para acusar Weinberg, mas o Gabinete do Procurador Distrital de Los Angeles se recusou a processá-lo. A atriz Azure Parsons (“Salem”), que conheceu Weinberg quando ele era o showrunner da série “Death Valley”, disse ao site que ele a assediou sexualmente durante toda a série. Anos depois, ele a abordou na rua e disse que adoraria fotografá-la. Parsons gritou para ele: “Você está brincando comigo?” Nisso, Weinberg ficou irritado e “agarrou o meu braço e tentou me puxar para dentro do carro dele”. Ela escapou e correu, chamando seu empresário e depois a polícia, que não seguiu adiante com a investigação do caso. Um detetive envolvido na investigação afirmou que mesmo com todas as acusações contra o produtor, “nós não arranhamos a superfície”. Segundo ele, “é impressionante a quantidade de novas mulheres que se apresentaram.” Weinberg chegou a fazer cursos de controle da raiva e terapia para viciados em sexo. “Não vou dizer que tudo o que digo ou faço é perfeito. Eu não sou perfeito. Eu sei disso. Estou tentando o meu melhor. Estou tentando o meu melhor com todo tipo de terapia que possa fazer para ter certeza de que tomo todas as decisões certas na vida”, disse ele numa entrevista anterior. A advogada de Weinberg, Karen Silver, emitiu uma declaração sobre as dezenas de acusações de agressão. “Como infelizmente vimos nos dias de hoje, mais e mais vezes, uma disputa de custódia fortemente litigiosa e amarga deu origem a alegações criminais estrategicamente colocadas. Essas alegações foram investigadas e revisadas anteriormente pela polícia e pelo tribunal de família de Los Angeles e os resultados continuaram a revelar uma infinidade de evidências, documentação e análise de especialistas que minam totalmente a narrativa que está sendo divulgada”, afirmou ela. “Embora o próprio Weinberg esteja impedido de comentar sobre qualquer aspecto deste litígio devido a ordens judiciais, regras de direito de família e no melhor interesse de seus filhos menores, ele continuará cooperando por meio de advogados em todos os aspectos desta investigação e, se necessário, abordará essas alegações no único fórum que deve importar – um tribunal público.”
JK Rowling volta a atacar direitos de transexuais
A escritora britânica JK Rowling, criadora de “Harry Potter”, não abre mão de ser rotulada como transfóbica. Quando os fãs começam a esquecer suas declarações mais polêmicas, ela volta a carga para lembrar a todos que é contra os direitos de pessoas transexuais. Na segunda-feira (7/3), Rowling entrou em conflito com a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, depois que um Projeto de Lei de Reforma do Reconhecimento de Gênero foi apresentado na semana passada em Holyrood, o parlamento escocês. A mudança legislativa visa simplificar a burocracia para o reconhecimento de gênero de pessoas transexuais, independente de relatórios médicos ou provas de uma transição. “Vários grupos de mulheres apresentaram evidências de boa fonte ao governo de Nicola Sturgeon sobre as prováveis consequências negativas dessa legislação para mulheres e meninas, especialmente as mais vulneráveis. Tudo foi ignorado”, escreveu Rowling em sua conta no Twitter. “Se a legislação for aprovada e essas consequências ocorrerem como resultado, não podem fingir que não foram avisados”, acrescentou. Uma fã com pseudônimo de personagem de quadrinhos questionou a escritora se ela queria mesmo ver seu legado morrer nesta “colina”, uma forma de se referir a batalha em inglês. “Sim, querida. Vou ficar aqui nesta colina, defendendo o direito de mulheres e meninas falarem sobre si mesmas, seus corpos e suas vidas da maneira que bem entenderem. Você se preocupa com seu legado, eu me preocupo com o meu”, Rowling respondeu. A primeira-ministra da Escócia também lamentou a posição da escritora. Em entrevista no programa de rádio “The World at One” da BBC Radio 4, ela afirmou que discordava “fundamentalmente” da oposição de Rowling ao Projeto de Reforma do Reconhecimento de Gênero sob a alegação de que ameaçaria mulheres vulneráveis. A legislação proposta “não dá mais direitos às pessoas trans, não dá às pessoas trans um único direito adicional que elas não têm agora. Nem tira das mulheres nenhum dos direitos atuais existentes que as mulheres têm sob a lei de igualdade”, argumentou Sturgeon. Rowling subiu na colina da intransigência em junho de 2020, quando tuitou pela primeira vez sobre um artigo de opinião a respeito de “pessoas que menstruam” e zombou do texto por não usar a palavra “mulheres”. O tuite gerou uma reação, já que mulheres transexuais não menstruam, o que levou a autora a se defender e elaborar seus pontos de vista em um ensaio, onde se declarou claramente contra os direitos dos transexuais, explorando a descrição mais sensacionalista e preconceituosa possível, reduzindo mulheres trans a estupradores em potencial. “Eu me recuso a me curvar a um movimento que eu acredito estar causando um dano demonstrável ao tentar erodir a ‘mulher’ como uma classe política e biológica e oferecer cobertura a predadores como poucos antes dele”, ela escreveu. “Quando você abre as portas dos banheiros e dos vestiários para qualquer homem que acredite ser ou se sinta mulher – e, como já disse, os certificados de confirmação de gênero agora podem ser concedidos sem a necessidade de cirurgia ou hormônios -, você abre a porta a todo e qualquer homem que deseje entrar. Essa é a verdade simples”, disse a autora. A declaração foi confrontada por ninguém menos que Nicole Maines, estrela de “Supergirl” que viveu a primeira super-heroína transexual da TV. Ela se tornou conhecida aos 15 anos de idade por enfrentar o mesmo preconceito defendido por Rowling, sendo constantemente humilhada e impedida de frequentar o banheiro feminino de sua escola. Como também não podia ir ao banheiro masculino, onde sofria bullying, sua família entrou com uma ação na Justiça contra discriminação. Em junho de 2014, a Suprema Corte dos Estados Unidos concluiu que o distrito escolar havia violado seus direitos humanos. A família Maines recebeu uma indenização de US$ 75 mil e todas as escolas americanas foram proibidas de impedir alunos transgêneros de entrar no banheiro com qual se identificassem. Sem argumentos para discutir com Maines, Rowling foi adiante, escrevendo um livro sobre um assassino travesti, “Sangue Revolto” (Troubled Blood), lançado no ano passado dentro da coleção de mistérios do detetive Cormoran Strike. Rowling também defendeu uma pesquisadora demitida após protestar contra mudanças de leis britânicas que passaram a reconhecer os direitos de pessoas transexuais, escrevendo no Twitter que “homens não podem se transformar em mulheres”. Esta postura transfóbica, disfarçada de feminismo, criou atrito até com os atores Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, que renegaram os argumentos da criadora de “Harry Potter”, colocando-se ao lado das pessoas transexuais. Daniel Radcliffe chegou a tuitar um pedido de desculpas em seu nome para a comunidade trans. Embora não tenha comentado as críticas dos intérpretes de “Harry Potter”, ela apagou um elogio a Stephen King nas redes sociais após escritor defender mulheres trans. Foi além: devolveu um prêmio humanitário que recebeu da fundação de Direitos Humanos batizada com o nome do falecido senador Robert F. Kennedy após Kerry Kennedy, filha do célebre político americano, manifestar sua “profunda decepção” com os comentário transfóbicos. Por “acaso”, ela também não apareceu no recente reencontro com o elenco dos filmes de “Harry Potter”, disponibilizado pela HBO Max, após ser rejeitada até por comunidades de fãs da franquia. Oficialmente, ela teria dito que as imagens de arquivo seriam suficientes. and those consequences ensue as a result, the @SNP govt can’t pretend it wasn’t warned. 2/2 — J.K. Rowling (@jk_rowling) March 7, 2022 Yes, sweetheart. I'm staying right here on this hill, defending the right of women and girls to talk about themselves, their bodies and their lives in any way they damn well please. You worry about your legacy, I'll worry about mine 😉 https://t.co/wLekwpMQEe — J.K. Rowling (@jk_rowling) March 8, 2022
Escola inglesa tira nome de J.K. Rowling de seu prédio em crítica à transfobia
Uma escola britânica decidiu rebatizar um de seus prédios para tirar o nome da escritora J.K. Rowling, criadora de “Harry Potter”, devido às polêmicas declarações da autora sobre questões de transexualidade, que lhe valeram acusações de transfobia. A Boswells School, em Chelmsford, no leste da Inglaterra, que atende alunos de 11 a 18 anos, explicou que mudou o nome do prédio para homenagear a medalhista de ouro olímpico Kelly Holmes. “Na Boswells School, promovemos uma comunidade escolar inclusiva e democrática, onde estimulamos os alunos a se desenvolverem como cidadãos autoconfiantes e independentes”, disse o diretor da instituição, Stephen Mansell. Os seis edifícios da instituição foram nomeados em homenagem a “destacados cidadãos britânicos”. “No entanto, após os vários pedidos de alunos e funcionários, estamos revisando o nome da nossa casa vermelha ‘Rowling’, à luz dos comentários e opiniões de J.K. Rowling sobre pessoas trans”, explicou. Rowling também não apareceu no recente reencontro com o elenco dos filmes de “Harry Potter”, disponibilizado pela HBO Max, após ser criticada pelos principais intérpretes da saga e rejeitada até por comunidades de fãs de “Harry Potter”. Oficialmente, ela teria dito que as imagens de arquivo seriam suficientes. Mas sua postura transfóbica, disfarçada de feminismo, criou atrito com Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, que renegaram os argumentos da criadora de “Harry Potter”, colocando-se ao lado das pessoas transexuais. A cruzada de Rowling veio à tona há pouco mais de um ano, quando usou o Twitter para criticar uma reportagem que citava “pessoas que menstruam” para designar indivíduos do sexo feminino. “Tenho certeza que costumava existir uma palavra para essas pessoas”, escreveu ela, insinuando que a matéria deveria dizer apenas “mulheres”. Ela fez questão de esquecer que homens trans podem menstruar. Logo em seguida, a escritora acirrou sua campanha, explorando a descrição mais sensacionalista possível, ao considerar transexuais como estupradores em potencial. “Eu me recuso a me curvar a um movimento que eu acredito estar causando um dano demonstrável ao tentar erodir a ‘mulher’ como uma classe política e biológica e oferecer cobertura a predadores como poucos antes dele”, ela escreveu. “Quando você abre as portas dos banheiros e dos vestiários para qualquer homem que acredite ser ou se sinta mulher – e, como já disse, os certificados de confirmação de gênero agora podem ser concedidos sem a necessidade de cirurgia ou hormônios -, você abre a porta a todo e qualquer homem que deseje entrar. Essa é a verdade simples”, disse a autora. A declaração foi confrontada por ninguém menos que Nicole Maines, estrela de “Supergirl” que viveu a primeira super-heroína transexual da TV. Ela se tornou conhecida aos 15 anos de idade por enfrentar o mesmo preconceito defendido por Rowling, sendo constantemente humilhada e impedida de frequentar o banheiro feminino de sua escola. Como também não podia ir ao banheiro masculino, onde sofria bullying, sua família entrou com uma ação na Justiça contra discriminação. Em junho de 2014, a Suprema Corte dos Estados Unidos concluiu que o distrito escolar havia violado seus direitos humanos. A família Maines recebeu uma indenização de US$ 75 mil todas as escolas americanas foram proibidas de impedir alunos transgêneros de entrar no banheiro com qual se identificassem. Inconformada, Rowling foi adiante, escrevendo um livro sobre um assassino travesti, “Sangue Revolto” (Troubled Blood), lançado no ano passado dentro da coleção de mistérios do detetive Cormoran Strike. Rowling também defendeu uma pesquisadora demitida após protestar contra mudanças de leis britânicas que passaram a reconhecer os direitos de pessoas transexuais, escrevendo no Twitter que “homens não podem se transformar em mulheres”. Embora não tenha comentado as críticas que recebeu dos intérpretes dos filmes de “Harry Potter”, ela apagou um elogio a Stephen King nas redes sociais após escritor defender mulheres trans. Foi além: devolveu um prêmio humanitário que recebeu da fundação de Direitos Humanos batizada com o nome do falecido senador Robert F. Kennedy após Kerry Kennedy, filha do célebre político americano, manifestar sua “profunda decepção” com os comentário transfóbicos. Daniel Radcliffe chegou a tuitar um pedido de desculpas em seu nome para a comunidade trans.
J.K. Rowling volta a fazer comentários transfóbicos no Twitter
A Warner convidou o ator Johnny Depp a “se demitir” de “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”, após o escândalo da praticada contra sua então esposa, Amber Heard, vir à público. Também demitiu o ator Jamie Waylett da conclusão de “Harry Potter”, após o intérprete de Vincent Crabbe em seis filmes ser pego com maconha. Mas a escritora J.K. Rowling segue sem qualquer tipo de punição e cada vez mais à vontade em sua campanha para espalhar ódio contra a comunidade transexual nas redes sociais. Sete horas antes do estúdio liberar o primeiro trailer de “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”, a autora do roteiro do filme fez uma nova postagem transfóbica em seu Twitter. O assunto é o de sempre, sua obsessão favorita: atacar a autodeterminação de gênero sexual. Anexando o link de uma reportagem do jornal The Times, sobre uma decisão da polícia britânica de registrar estupros cometidos por criminosos com genitais masculinos como “femininos”, caso este seja o gênero com o qual se identificam, ela ironizou: “Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força. O indivíduo com pênis que estuprou você é uma mulher”. Escolhida a dedo para não encontrar muita resistência entre defensores dos direitos transexuais – um fã de Rowling chegou ao ponto ao dizer que quem defende estupradores não pode estar certo – , a frase não é isolada. Ela integra uma conhecida história de ataques similares da escritora. A cruzada de Rowling veio à tona há pouco mais de um ano, quando também usou o Twitter para criticar uma reportagem que citava “pessoas que menstruam” para designar indivíduos do sexo feminino. “Tenho certeza que costumava existir uma palavra para essas pessoas”, escreveu ela, insinuando que a matéria deveria dizer apenas “mulheres”. Ela fez questão de esquecer que homens trans podem menstruar. Logo em seguida, a escritora acirrou sua campanha, explorando a descrição mais sensacionalista possível, ao considerar transexuais como estupradores em potencial. “Eu me recuso a me curvar a um movimento que eu acredito estar causando um dano demonstrável ao tentar erodir a ‘mulher’ como uma classe política e biológica e oferecer cobertura a predadores como poucos antes dele”, ela escreveu. “Quando você abre as portas dos banheiros e dos vestiários para qualquer homem que acredite ser ou se sinta mulher – e, como já disse, os certificados de confirmação de gênero agora podem ser concedidos sem a necessidade de cirurgia ou hormônios -, você abre a porta a todo e qualquer homem que deseje entrar. Essa é a verdade simples”, disse a autora. A declaração foi confrontada por ninguém menos que Nicole Maines, estrela de “Supergirl” que viveu a primeira super-heroína transexual da TV. Ela se tornou conhecida aos 15 anos de idade por enfrentar o mesmo preconceito defendido por Rowling, sendo constantemente humilhada e impedida de frequentar o banheiro feminino de sua escola. Como também não podia ir ao banheiro masculino, onde sofria bullying, sua família entrou com uma ação na Justiça contra discriminação. Em junho de 2014, a Suprema Corte dos Estados Unidos concluiu que o distrito escolar havia violado seus direitos humanos. A família Maines recebeu uma indenização de US$ 75 mil todas as escolas americanas foram proibidas de impedir alunos transgêneros de entrar no banheiro com qual se identificassem. Inconformada, Rowling foi adiante, escrevendo um livro sobre um assassino travesti, “Sangue Revolto” (Troubled Blood), lançado no ano passado dentro da coleção de mistérios do detetive Cormoran Strike. Rowling também defendeu uma pesquisadora demitida após protestar contra mudanças de leis britânicas que passaram a reconhecer os direitos de pessoas transexuais, escrevendo no Twitter que “homens não podem se transformar em mulheres”. A agenda assumida de ódio fez o trio de intérpretes principais dos filmes de “Harry Potter”, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, criticarem suas posições e defenderem a comunidade LGBTQIAP+. Até as maiores comunidades de fãs da franquia a renegaram publicamente, declarando que não mencionariam mais qualquer atividade da escritora que não tivesse a ver com Harry Potter. Ela não se manifestou sobre essas opiniões, mas apagou um elogio a Stephen King nas redes sociais após escritor defender mulheres trans. Foi além: devolveu um prêmio humanitário que recebeu da fundação de Direitos Humanos batizada com o nome do falecido senador Robert F Kennedy após Kerry Kennedy, filha do célebre político americano, manifestar sua “profunda decepção” com os comentário transfóbicos. A Warner não parece se importar. O único comunicado que o estúdio emitiu juntou uma frase sobre valorização dos “contadores de histórias” que dividem “suas criações conosco” (caso de Rowling) com outra sobre “responsabilidade de mostrar empatia e defender a compreensão de todas as comunidades e pessoas” (LGBTQIAP+ incluídos). E foi isso. Como dizer: peixe vive no mar, gostamos de maçãs. Sem qualquer sentido. “Valorizamos muito nossos contadores de histórias, que dão tanto de si para dividir suas criações conosco. Reconhecemos nossa responsabilidade de mostrar empatia e defender a compreensão de todas as comunidades e pessoas, particularmente aquelas com quem trabalhamos e aqueles que alcançamos com nosso conteúdo”, dia a íntegra do comunicado. Portanto, Rowling segue incentivada e imune a cancelamento. Nunca é demais lembrar que transexuais integram a comunidade com o maior número de vítimas de crimes violentos, nunca o contrário, e os perpetradores desses ataques sempre podem contar com um incentivo a mais. War is Peace.Freedom is Slavery.Ignorance is Strength.The Penised Individual Who Raped You Is a Woman.https://t.co/SyxFnnboM1 — J.K. Rowling (@jk_rowling) December 12, 2021
Chris D’Elia se defende de acusações de assédio dizendo-se viciado em sexo
O comediante Chris D’Elia (“Os Impegáveis”) voltou a aparecer no YouTube, depois de oito meses afastado, para falar sobre as acusações de que teria assediado duas adolescentes de 17 anos, além de outras três mulheres adultas. Ele publicou um vídeo em que repete sua defesa, afirmando que as relações sexuais que teve foram consensuais e dentro da lei, mas pela primeira vez assumiu que é viciado em sexo. “Eu sei que faz um tempo que vocês não têm notícias minhas. Eu fiz uma declaração quando a notícia apareceu dizendo que tudo o que eu tinha feito foi legal e consensual e que era verdade, e eu queria que essa declaração falasse por si mesma”, afirmou ele. “Durante esse tempo fora, eu procurei muitos conselhos médicos e terapia. Percebi que o sexo controlava minha vida. Foi meu foco o tempo todo. Tive um problema”, explicou. Cinco mulheres se apresentaram em junho de 2020 para acusar D’Elia de assédio sexual. Duas das denunciantes tinham 17 anos e estavam no ensino médio quando D’Elia começou a iniciar contato com elas. Após a acusação, o humorista foi dispensado por sua agência de talentos, a CAA, e teve todos os seus especiais retirados do canal Comedy Central. A Netflix também cancelou o programa que teria com o comediante, mas manteve no ar os episódios da 2ª temporada de “Você” (You), em que ele vive uma celebridade que assediava adolescentes. A plataforma apoiou a decisão do diretor Zack Snyder de apagar o ator de seu filme de zumbis, “Army of the Dead”, que já se encontrava totalmente filmado quando o escândalo veio à tona. D’Elia foi substituído pela comediante lésbica Tig Notaro (“Star Trek: Discovery”) em refilmagens.
HBO revela série documental de Mia Farrow contra Woody Allen
A HBO produziu em segredo uma série documental sobre a guerra de versões entre Woody Allen e sua ex, Mia Farrow, em torno da acusação de suposto abuso sexual cometido pelo diretor em sua filha Dylan, com 7 anos de idade em 1992. Intitulada “Allen v. Farrow”, a atração foi revelada junto com um primeiro trailer, que destaca entrevistas de apenas um dos lados da história, apresentando uma indignada Mia Farrow e cenas atuais de Dylan adulta, junto com imagens de arquivo de Allen e um tom de narrativa escandalosa. Dirigida pelos documentaristas Kirby Dick e Amy Ziering, a série tem quatro episódios e se concentra no período do julgamento de custódia dos filhos do ex-casal, quando Farrow fez acusações contra Allen e trouxe à luz o relacionamento do diretor com sua filha adotiva, Soon-Yi Previn. Allen e Soon-Yi estão casados até hoje, e adotaram duas meninas, que nunca trouxeram queixas à público. A lista de entrevistados para o programa, entretanto, não inclui Allen, Soon-Yi ou suas filhas. Nem mesmo Moses Farrow, irmão de Dylan, que era o único filho de Mia com idade suficiente para dar um testemunho válido sobre o que realmente aconteceu. Ele diz que Allen é inocente e a mãe manipulou os filhos para que mentissem. Em compensação, todos os acusadores terão voz. Mia Farrow, Dylan Farrow, Ronan Farrow, amigos da família e até o promotor do caso, Frank Maco. Ao lado de “especialistas”, a série da HBO também promete apresentar gravações, vídeos caseiros e “testemunhas oculares em primeira mão, muitas delas falando publicamente sobre os eventos pela primeira vez”, além de uma dissecação da obra de Woody Allen “num contexto mais amplo”, o que sugere um ataque também à arte e não apenas ao artista. Dick e Ziering são especialistas em documentários sobre abuso sexual. Seu filme “The Invisible War” (2012), sobre o estupro de militares femininas por colegas masculinos, foi indicado ao Oscar, e seu trabalho mais recente, “On the Record” (2020), detalha acusações de estupro contra o magnata do hip-hop Russel Simmons. A HBO vai estrear a série em 21 de fevereiro às 21h, com novos episódios indo ao ar nos domingos subsequentes.
Deixando Neverland vai ganhar continuação
O diretor Dan Reed decidiu filmar uma sequência do seu documentário “Deixando Neverland”, em que pretende mostrar as batalhas legais de Wade Robson e James Safechuck, os dois acusadores de Michael Jackson que deram seus depoimentos para seu filme. Ambos alegam que Jackson cometeu abuso sexual contra eles quando eram menores de idade, e processam a MJJ Productions e a MJJ Ventures, que administram o legado do cantor, para tentar ganhar algum reconhecimento de culpa. Paralelamente, os responsáveis pelo legado de Jackson querem impedir a produção dessa continuação, processando o diretor e sua companhia de produção, a Amos Pictures. Os advogados também querem que o juiz obrigue Reed a testemunhar em julgamento e entregar documentos de produção do filme. O diretor rebateu a tentativa de processo com uma moção alegando que ele e sua companhia não são baseados nos EUA, e sim no Reino Unido, além de dizer que não tem nenhuma afiliação pessoal com Safechuck e Robson, que não foram pagos para aparecer nos filmes. O canal britânico Channel 4, que está apoiando a produção do documentário, acrescentou que o novo filme buscará abordar as ramificações legais do caso de todos os ângulos, inclusive o da defesa de Jackson. O diretor anexou à sua moção cópias de e-mails entre ele e Howard Weitzman, o principal advogado do legado de Jackson no caso. Weitzman chegou a ter uma reunião com os produtores, mas acabou recusando-se a aparecer no filme. O caso da MJJ Productions contra Reed chegará a julgamento em abril de 2021. Já o caso de Safechuck foi rejeitado por um juiz ontem, e o acusador de Jackson prepara recurso. A demanda de Robson, por sua vez, deve chegar aos tribunais só em junho do ano que vem. A continuação de “Deixando Neverland” não tem data de estreia definida e nem a HBO, que exibiu o primeiro filme em todo o mundo (inclusive no Brasil), ainda não fechou acordo para fazer o mesmo com a sequência. Além de dar o que falar, “Deixando Neverland” venceu o prêmio Emmy de Melhor Documentário e um BAFTA de melhor série factual.









