Roteirista acusa Richard Dreyfuss de tentativa de estupro nos anos 1980
Menos de uma semana após Harry Dreyfuss, filho do ator Richard Dreysfuss (“Tubarão”, “A Garota do Adeus”), acusar Kevin Spacey (série “House of Cards”) de tê-lo assediado, seu próprio pai virou alvo de uma denúncia. A roteirista Jessica Teich resolveu trazer à tona uma tentativa de estupro ocorrida nos anos 1980, justamente após ler o relato de Harry. “Quando vi que ele estava apoiando a história do filho, que eu jamais questionaria, pensei: ‘Espere um minuto, esse cara me assediou por meses. Ele estava em uma posição de muito poder sobre mim, e na época senti que eu não poderia falar com ninguém sobre isso. Me pareceu muito hipócrita”, diz Teich ao site Vulture, que publicou a denúncia. Jessica Teich trabalhou como roteirista no documentário “Funny, You Don’t Look 200: A Constitutional Vaudeville”, sobre o bicentenário da constituição americana, apresentado por Richard Dreyfuss em 1987. A escritora lembra que o ator a chamou no seu trailer um dia e, quando ela chegou, ele mostrou seu pênis. “Lembro-me de subir os degraus do trailer e virar à esquerda… e ele estava na parte de trás do carro com o pênis para fora, e ele tentou me puxar para perto dele”, disse. “Estava ereto e ele empurrou meu rosto em direção ao pênis”, conta Teich, que acredita ter sido vítima de uma tentativa de sexo oral. Ela conseguiu escapar. “Ele criou um ambiente de trabalho hostil, onde eu me sentia constantemente objetificada, sexualizada e insegura”, acrescentou. Diante da denúncia, Dreyfuss emitiu um comunicado em que nega o abuso, afirmando que nunca se expôs para Jessica, a quem considerava sua amiga havia 30 anos. Ele admite, no entanto, que nos anos 1970 flertava com todas as mulheres. “Eu flertei com ela, e me lembro de tentar beijar Jessica como algo que eu pensava ser um jogo de sedução consensual que durou muitos anos”, explica o ator. “Estou horrorizado e desconcertado por descobrir que não era consensual”, continuou ele. “Não entendi. Isso me faz reavaliar cada relacionamento que eu já pensei ser divertido e mútuo”, completou o ator, que venceu o Oscar por “A Garota do Adeus” (1977).
BBC suspende produção e estreia de séries estreladas por Ed Westwick
A rede britânica BBC anunciou nesta sexta-feira (10/11) que não vai mais exibir a minissérie “Ordeal by Innocence”, adaptação do romance de mistério “Punição para a Inocência”, de Agatha Christie, que inclui Ed Westwick em seu elenco. A decisão foi tomada após vir à tona a segunda acusação de estupro contra o ator. “Estas acusações que Ed Westwick nega vigorosamente são sérias. A BBC não está fazendo nenhum julgamento, mas enquanto este assunto não for resolvido, não vamos incluir ‘Ordeal by Innocence’ na programação”, disse a emissora em um comunicado. A minissérie tinha estreia prevista para o Natal, dando sequência a uma leva de minisséries derivadas da obra da escritora, como “And Then There Were None”, “The Witness for the Prosecution” e “Partners in Crime”. Além disso, as gravações já iniciadas da 2ª temporada da série “White Gold”, protagonizada por Westwick, foram suspensas. A atração passada nos anos 1980 é uma coprodução entre a BBC e a Netflix. Ed Westwick está sendo investigado pela polícia de Los Angeles após as denúncias da atriz Kristina Cohen (série “Ladies Like Us”) e de Aurélie Wynn.
Ellen Page acusa Brett Ratner de homofobia nas filmagens de X-Men: O Confronto Final
A atriz Ellen Page publicou um longo post em sua conta pessoal no Facebook onde reflete sobre as diversas acusações de abuso sexual em Hollywood, revelando momentos conturbados que ela própria passou durante sua carreira. Logo no começo, ela destaca ter sofrido um ataque homofóbico do diretor Brett Ratner, um dos nomes envolvidos em escândalos sexuais. De acordo com a atriz, ela tinha 18 anos quando chegou no primeiro dia de trabalho para o encontro com o elenco de “X-Men: O Confronto Final” (2006), no qual interpretou a mutante Kitty Pryde, quando Brett Ratner fez uma piadinha homofóbica que expôs sua sexualidade para todos os presentes. “Ele olhou para uma mulher próxima de mim, dez anos mais velha, apontou para mim e disse: ‘Você deveria fod*-la para ela perceber que é lésbica’. Ele era o diretor do filme, Brett Ratner”, ela recordou. “Eu era uma jovem adulta que ainda não tinha assumido para mim mesmo. Eu sabia que era gay, mas não sabia, por assim dizer. Senti-me violada quando isto aconteceu. Olhei para os meus pés, não disse nada e vi que ninguém o fez. Este homem começou os nossos meses de filmagens num encontro de trabalho com este terrível e incontestado ato. Ele ‘me tirou do armário’ sem consideração pelo meu bem-estar, um ato que todos reconhecemos como homofóbico. A partir daí, comecei a vê-lo no set dizendo coisas degradantes para as mulheres (…) como ‘boc*tas caídas'”. “Esta saída forçada e pública do armário me deixou com sentimento de vergonha por muito tempo, um dos resultados mais destrutivos da homofobia. Fazer com que alguém se sinta envergonhado de quem é, é uma manipulação cruel, concebida para oprimir e reprimir. Fui roubada de mais do que autonomia sobre a minha capacidade de me definir. O comentário de Ratner foi repetido em minha mente muitas vezes ao longo dos anos, todas as vezes que eu encontrei homofobia e tive que lidar com sentimentos de relutância e incerteza sobre meu futuro na indústria do entretenimento”, ela acrescentou. Ratner também foi descrito como misógino pelas mulheres que o acusaram de abuso sexual em uma reportagem do jornal Los Angeles Time, publicada no dia 1 de novembro, entre elas as atrizes Natasha Henstridge (“A Experiência”) e Olivia Munn (“X-Men: Apocalipse”). Ellen Page também lembrou outras situações inconvenientes de sua carreira. Sem citar o nome do diretor, ela contou ter sido assediada aos 16 anos de idade. “Quando eu tinha 16 anos, um diretor me levou para jantar (uma obrigação profissional bem comum). Ele acariciou minha perna debaixo da mesa e disse: “Você tem que tomar a iniciativa, eu não posso”. Eu não tomei e tive a sorte de me afastar dessa situação. Mas foi uma percepção dolorosa: minha segurança não estava garantida no trabalho. Uma figura de autoridade adulta para quem eu trabalhava pretendia me explorar fisicamente. Fui assaltada sexualmente meses depois. E um diretor pediu que eu transasse com um homem de 20 e poucos anos e depois lhe contasse. Isto foi o que me aconteceu durante os meus 16 anos, um adolescente na indústria do entretenimento”. Ela comentou que, enquanto vítimas sofrem, os abusadores seguem festejados em Hollywood. E, neste contexto, menciona que o maior erro de sua carreira foi ter trabalhado com Woody Allen, que foi acusado de ter abusado de sua filha. “Fiz um filme do Woody Allen e é o maior arrependimento da minha carreira. Tenho vergonha de ter feito isto. Eu ainda tinha que encontrar a minha voz e não era quem eu sou agora e me senti pressionada, porque “Claro que você tem que dizer sim a este filme Woody Allen”. No final das contas, no entanto, é minha responsabilidade decidir que fazer e fiz a escolha errada. Cometi um erro terrível.” A atriz participou de “Para Roma, com Amor” (2012), de Allen. Desde então, se assumiu lésbica. E voltou a ser convidada a viver a mutante Kitty Pryde em “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014), logo após sair do armário publicamente. Desta vez, sem traumas.
Astro da série Transparent é investigado pela Amazon após acusação de assédio sexual
A Amazon está investigando uma acusação de assédio sexual contra o ator Jeffrey Tambor, protagonista da série “Transparent”. Segundo o site Deadline, a investigação começou nesta semana após denúncia de Van Barnes, ex-assistente transgênero de Tambor, em uma publicação no seu perfil privado do Facebook, na qual relatava um suposto comportamento inadequado por parte do ator. O ator de 73 anos foi a público negar “de maneira contundente e veemente” qualquer tipo de comportamento inadequado. “Estou a par de que uma contrariada ex-assistente fez uma publicação privada insinuando que eu tinha atuado de modo inadequado com ela”, disse Tambor como resposta. “Rejeito e nego de maneira contundente e veemente qualquer insinuação ou acusação de que eu tenha mantido alguma vez algum tipo de comportamento inadequado com esta pessoa ou com qualquer outra com quem tenha trabalhado. Estou consternado e angustiado por esta acusação infundada”, ele se manifestou. Tambor venceu dois prêmios Emmy de Melhor Ator de Série de Comédia por “Transparent”, em que interpreta um transexual novato da Terceira Idade, cuja transição de gênero pega a família de surpresa. “Tudo o que diminui o nível de respeito, segurança e inclusão tão fundamental para o nosso ambiente de trabalho é completamente antitético aos nossos princípios”, disse Jill Soloway, criadora de “Transparent”, em um comunicado, após o surgimento das acusações. “Estamos cooperando com a investigação sobre este assunto”. A denúncia sobre Tambor chega poucas semanas depois de o ex-presidente do Amazon Studios, Roy Price, renunciar após a produtora Isa Dick Hackett (série “The Man in the High Castle”) o acusar de assédio. Após o escândalo em torno do poderoso produtor Harvey Weinstein, acusado por dezenas de mulheres em diferentes casos de abuso sexual, Hollywood vive sob a sombra de novas e constantes acusações de assédio, que já envolveram atores como Kevin Spacey, Ed Westwick e Steven Seagal e cineastas como Brett Ratner e James Toback.
Mais uma mulher acusa ator de Gossip Girl de estupro
O ator Ed Westwick, que viveu Chuck Bass na série “Gossip Girl”, foi acusado de estupro por mais uma mulher. Após a atriz Kristina Cohen (série “Ladies Like Us”) denunciá-lo por forçá-la sem consentimento e ele ter negado, dizendo que nem sequer conhecia “essa mulher”, Aurélie Wynn também usou o Facebook para publicar seu relato. E é bastante similar à primeira denúncia. Ela relata que o estupro teria ocorrido em julho de 2014. “Estava com uma amiga em uma casa com o cara que ela saía, um ator do elenco de ‘Glee’. Ele dividia apartamento com Ed. Ficamos acordados até cinco da manhã, mas decidimos dormir porque tínhamos compromissos nesse dia”, explicou Aurélie que, assim como Kristina, disse que estava dormindo no momento do ataque. “Como Kristina, eu disse não para ele, e fui empurrada até perder a força. Estava vestida com um maiô que ele acabou rasgando. Fiquei completamente em choque, ainda mais porque sou muito pequena”. Aurélie também relatou que ao fim do sexo sem consentimento, ela se deu conta que sua amiga não estava mais no apartamento, e que teve dificuldades para voltar para casa pois não tinha internet. A moça foi aconselhada pelos amigos a não contar sobre o caso, já que seria classificada de mentirosa e teria seu nome manchado. “As pessoas iriam achar que eu queria meus dez minutos de fama”, escreveu ela. Ela chegou a contar para o namorado, o ator Mark Salling, intérprete de “Glee”, que está atualmente preso por consumir pornografia infantil. Mas, como os amigos avisaram, ele não acreditou nela e acabou terminando o relacionamento. Ed Westwick já está sendo investigado pela polícia, pois Kristina Cohen registrou queixa criminal após ele usar as redes sociais para negar que a conhecia. In July 2014, I went through a very similar ordeal with Ed Westwick, I was ubered by Ed to the Glendower Estates where… Publicado por Aurélie Wynn em Quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Pedro Almodóvar lamenta “sensacionalismo” das acusações de estupro contra Bertolucci
O diretor espanhol Pedro Almodóvar lamentou no fim de semana que “o sensacionalismo” tenha triunfado nas recentes acusações contra seu colega de profissão, o cineasta italiano Bernardo Bertolucci, devido a uma antiga controvérsia do filme “O Último Tango em Paris” (1972). “Tenho certeza que o roteiro era bem conhecido e estava pactuado”, declarou Almodóvar em Breslávia, na Polônia, durante a cerimônia de premiação da Academia Europeia de Cinema, em que disputava por seu filme “Julieta”. “Eu nunca poria um intérprete em risco, nem psíquico nem físico”, disse o espanhol, que considerou que no caso do filme de Bertolucci estaria tudo pactuado entre diretor e atores, além de opinar que há problemas atuais mais relevantes. “São acusações que tanto tempo depois já não têm importância”, disse o cineasta sobre a polêmica gerada após a divulgação de uma entrevista de Bertolucci de 2013, na qual assegurava que não informou à protagonista, Maria Schneider, das mudanças na controvertida cena de estupro de “O Último Tango em Paris”. O desabafo foi entendido como confissão de abuso e originou acusações de estupro em diversos sites e nas redes sociais. Diante da controvérsia, as declarações foram relativizadas pelo próprio Bertolucci, que divulgou um comunicado no qual assegura que Schneider conhecia a cena com antecipação e a “única novidade” foi a manteiga que Marlon Brando usou como lubrificante. Isto não encerrou a controvérsia.
Denúncia de O Último Tango em Paris revela o padrão da cultura do estupro
As explicações de Bernardo Bertolucci não acalmaram os ânimos exaltados pela denúncia de estupro cometido contra Maria Schneider durante as filmagens de “O Último Tango em Paris”. Ao contrário, a discussão continua em plena evolução. Os mais velhos, e principalmente o público masculino, perguntam-se o que teria originado uma reação tão apaixonada, após anos de evidências ignoradas. Em busca de uma explicação, o jornal americano The Washington Post publicou um longo artigo que recapitula o caso, lembrando que ninguém prestava muita atenção neste tipo de denúncia até recentemente. O que pode ter mudado isso foi o escândalo envolvendo o comediante Bill Cosby, acusado de estuprar dezenas de mulheres durante décadas. As denúncias também eram conhecidas há anos, mas só em 2014 se tornaram notícia, lembra a publicação. O jornal espanhol El País partiu dessa análise para destacar uma evolução de fatos que contribuíram para o clima de revolta, lembrando como atrizes vêm trazendo à tona denúncias de abuso sexual, que no passado eram ignoradas. No final de outubro, Tippi Hedren publicou um livro de memórias em que voltou a denunciar o tratamento que recebeu de Alfred Hitchcock durante a filmagem de “Os Pássaros” (1963). Ela sofreu uma situação de abuso, não muito diferente da vivida por Schneider, quando o diretor não a avisou que os ataques das aves seriam mais reais do que imaginava. Embora já fosse conhecida a complicada relação entre ambos, em seu livro Hedren finalmente definiu o caso como assédio sexual. Outras situações muito comentadas no passado foram abusos entre Lars Von Trier e seus elencos femininos, Stanley Kubrick e Shelley Duvall e até, de forma mais recente, Abdellatif Kechiche e Léa Seydoux. Nada, entretanto, foi devidamente apurado em relação às denúncias. O El Pais aponta que há um padrão evidente nestes casos, que condiz com a cultura do estupro, cujos conceitos incluem: a normalização do impulso agressor, a impunidade, a culpabilização da vítima e a necessidade de filmar a agressão. Tudo isso se encaixa na acusação contra Bertolucci.
Bernardo Bertolucci se pronuncia sobre suposto estupro em O Último Tango em Paris
[Texto revisado pelo editor] O diretor Bernardo Bertolucci decidiu se pronunciar diante da polêmica criada por um artigo da revista Elle, que o acusa de ter conspirado para “filmar uma cena de estupro não consentido” da atriz Maria Schneider, durante a famosa cena da manteiga em “O Último Tango em Paris”. A acusação foi baseada numa suposta admissão do próprio diretor, registrada em vídeo durante um encontro com cinéfilos na Cinémathèque Française em 2013. Diante da escalada de acusações, o cineasta emitiu um comunicado em italiano nesta segunda-feira (5/12), dizendo: “Eu gostaria, pela última vez, de esclarecer um mal-entendido ridículo que continua a gerar reportagens sobre ‘O Último Tango em Paris’ em todo o mundo. Vários anos atrás, no Cinémathèque Française, alguém me perguntou detalhes sobre a famosa cena da manteiga. Eu especifiquei, mas talvez não tenha sido claro o suficiente, que eu decidi com Marlon Brando não informar a Maria de que usaríamos manteiga na cena. Queríamos sua reação espontânea ao uso impróprio. E é nisto que se resume o mal-entendido. Alguém pode ter achado que Maria não tinha sido informado sobre a violência que aconteceria contra ela. Isso é falso! Maria sabia de tudo porque ela tinha lido o roteiro, onde tudo foi descrito. A única novidade foi a ideia da manteiga. “E isso, eu aprendi muitos anos depois, ofendeu Maria. Não foi a violência a que ela foi submetida na cena, que estava escrita no roteiro.” No vídeo referido pela publicação, porém, o diretor inclui mais detalhes sobre o uso da manteiga na cena, que ele e Marlon Brando tinham combinado de acrescentar na manhã das filmagens. Conforme o diretor diz naquele registro: “Estava especificado no roteiro que teríamos que mostrar seu estupro de alguma forma. E enquanto eu e Marlon tomávamos café da manhã no piso do apartamento onde estávamos filmando, havia um baguette e havia manteiga, e olhamos um para o outro e, sem dizer nada, sabíamos o que queríamos fazer”. Ele acrescentou que se sentiu horrível pela forma como tratou Schneider, mas defendeu-se, explicando que “queria a reação dela como garota, não como atriz.” “Eu não queria que Maria interpretasse sua humilhação e sua raiva, eu queria que ela sentisse… a raiva e a humilhação. Então ela me odiou pelo resto de sua vida.” Maria Schneider também deu sua versão sobre os fatos em vida. Leia aqui o depoimento da atriz.
Houve estupro em O Último Tango em Paris? Saiba o que Maria Schneider falou sobre o assunto
[Texto revisado pelo editor] Um artigo da revista Elle que acusa o diretor Bernardo Bertolucci de ter conspirado com Marlon Brando para cometer estupro em Maria Schneider durante as filmagens de “O Último Tango em Paris” (1972) vem causando sensação nas redes sociais. Mas o que realmente aconteceu durante a encenação da famosa cena da manteiga? Bertolucci e Brando são monstros que combinaram estuprar Maria Schneider para dar mais realismo ao filme, como afirma a Elle? Não foram tão longe, mas abusaram da atriz para a cena? E assim, considerando que abuso sexual é estupro, foi o que aconteceu contra ela? Schneider e Brando já estão mortos. Bertolucci muito doente – o vídeo da entrevista usada como tese de que ele admite ter abusado da atriz é de 2013. Mesmo assim, os principais personagens dessa história já falaram bastante sobre o assunto ao longo dos anos. Bertolucci sempre com remorso, mas nunca arrependido. Schneider, que faleceu em 2011, sempre com raiva. A própria jornalista da Elle cita trecho de uma entrevista da atriz que dá força à sua tese. Na mesma entrevista, Schneider nega ter acontecido sexo real no filme, mas acusa veementemente Bertolucci de manipulação, humilhação e de abuso de poder, por não informá-la sobre como seria a cena do estupro. O trecho citado pela Elle é o seguinte: “Eu me senti humilhada e, para ser honesta, um pouco estuprada, tanto por Marlon quanto por Bertolucci. Após a cena, Marlon nem veio me consolar ou pedir desculpas. Felizmente, foi apenas um take.” A entrevista foi dada em 2007 para o jornal Daily Mail, por ocasião da celebração dos 35 anos de “O Último Tango em Paris”. Veja o artigo original aqui e abaixo a tradução do depoimento de Maria Schneider para o jornal sobre o filme e suas consequências: “É incrível. Eu fiz 50 filmes em minha carreira e ‘O Último Tango’ tem 35 anos, mas ainda é sobre ele que todo mundo me pergunta até hoje.” “Marlon era tímido sobre seu corpo, mas a nudez não era um problema para mim naqueles dias, porque eu pensava que era bonito.” “No entanto, eu nunca mais fiquei nua em um filme novamente depois de ‘Último Tango’, embora tenham me oferecido muitos desses papéis. As pessoas hoje estão acostumados com essas coisas, mas quando o filme estreou em 1972 foi um escândalo.” [nota: ela fez um filme completamente nua no ano seguinte, “Reign” (1973), e vários outros com nudez parcial, encenando inclusive cenas de sexo lésbico em “A Woman Like Eve” (1979)] “Eu o assisti novamente três anos atrás, depois que Marlon morreu e me pareceu cafona.” “Eu acho que Bertolucci é superestimado e nunca fez nada depois de ‘Último Tango’ que tivesse o mesmo impacto.” “Ele era gordo e suado e muito manipulador, tanto de mim quanto de Marlon, e fazia certas coisas para obter uma reação minha. Algumas manhãs no set ele era muito agradável e dizia ‘Olá’, e em outros dias ele não dizia nada mesmo.” “Eu era muito jovem para saber melhor. Marlon disse mais tarde que ele se sentiu manipulado, e ele era Marlon Brando, então você pode imaginar como eu me sentia. As pessoas pensavam que eu era como a menina [personagem] no filme, mas eu não era.” “Eu me senti muito triste porque fui tratada como um símbolo sexual. Eu queria ser reconhecida como uma atriz e todo o escândalo e repercussão do filme me deixou um pouco louca e eu tive um colapso.” “Agora, porém, eu posso olhar para o filme e gostar do meu trabalho nele.” “Aquela cena não estava no roteiro original. A verdade é que foi Marlon quem teve a idéia.” “Ele só me falou sobre isso na véspera de filmar a cena e eu fiquei com muita raiva.” “Eu deveria ter chamado meu agente ou fazer meu advogado vir para o set, porque você não pode forçar alguém a fazer algo que não está no script, mas, na época, eu não sabia disso.” “Marlon disse para mim: ‘Maria, não se preocupe, é apenas um filme,’ mas, durante a cena, embora o que Marlon estava fazendo não fosse real, eu estava chorando lágrimas de verdade.” “Eu me senti humilhada e, para ser honesta, um pouco estuprada, tanto por Marlon quanto por Bertolucci. Após a cena, Marlon nem veio me consolar ou pedir desculpas. Felizmente, foi apenas um take.” [O Daily Mail escreve: “Muitos acreditavam que as cenas de sexo entre Brando e Schneider foram reais, mas ela insiste que não”. Segue a entrevista:] “De forma alguma. Não havia atração entre nós. Para mim, ele era mais como uma figura paterna e eu como uma filha…” “Marlon me disse: ‘Você parece Cheyenne [sua filha, que, posteriormente, se suicidou em 1995] com o seu rosto de bebê.” “Ele me deu conselhos sobre a indústria do cinema.” “Quando eu comemorei meu aniversário de 20 anos durante as filmagens, meu trailer ficou cheio de flores e havia uma nota dizendo: ‘De um admirador desconhecido’.” “Nós ficamos amigos até o fim, embora, por um tempo, não podíamos falar sobre o filme. Sem dúvida, a minha melhor experiência em fazer o filme foi conhecer Marlon.” “Eu quase me recusei a fazer o filme, porque tinha uma oferta para estrelar outro filme, com Alain Delon, mas a minha agência, William Morris, disse: ‘É um papel de protagonismo com Marlon Brando – você não pode recusar’.” “Eu era tão jovem e relativamente inexperiente e eu não entendi todo o conteúdo sexual do filme. Eu tinha um pouco de mau pressentimento sobre aquilo tudo.” “Ficar famosa de repente em todo o mundo foi assustador. Eu não tinha guarda-costas como eles têm hoje. As pessoas pensavam que eu era como meu personagem e eu gostava de inventar histórias para a imprensa, mas aquela pessoa não era eu.” [O circo da mídia] “me fez enlouquecer e me envolver com drogas – maconha e, em seguida, cocaína, LSD e heroína. Era como uma fuga da realidade. Eram os anos 1970 e, naquele momento, era isto que estava acontecendo.” “Eu não gostava de ser famosa de forma alguma e as drogas foram a minha fuga. Tomei pílulas para tentar cometer suicídio, mas eu sobrevivi, porque Deus decidiu que não era o momento de eu ir.” “Acho que foi como um suicídio, já que eu tive duas ou três overdoses, mas em todas as vezes eu acordei quando a ambulância chegou.” “Eu tive muita sorte. Perdi muitos amigos para as drogas. Mas eu conheci alguém em 1980 que me ajudou a parar. Eu chamo essa pessoa de meu anjo e estamos juntos desde então. Eu não digo se é um homem ou uma mulher. Esse é o meu jardim secreto. Eu gosto de mantê-lo um mistério.” [O artigo começa a discutir sua carreira e vida pessoal, até voltar ao tema do “Último Tango em Paris” para uma última frase sobre a animosidade da atriz contra Bertolucci] “Eu não o perdoei realmente pela maneira como ele me tratou e, embora tenhamos nos encontrado em Tóquio, há 17 anos, eu o ignorei. Além disso, ele e Marlon fizeram uma fortuna com o filme e eu fiz cerca de £ 2.500. E Bertolucci era um comunista, também!”
Investigação teria encontrado cartas que culpam Jim Carrey pelo suicídio da ex-namorada
As investigações sobre o suicídio de Cathriona White, ex-namorada de Jim Carrey, teriam encontrado novas evidências que comprovariam acusações feitas pela mãe e o ex-marido da jovem, segundo o site TMZ. Novas cartas da maquiadora teriam sido encontradas e, nelas, ela supostamente acusa o ator de ser o responsável pela decisão extrema de se matar. O site descreve o conteúdo das cartas. Numa delas, escrita em 2013, ela acusava Jim Carrey de tê-la contaminado com doenças sexualmente transmissíveis, culpando-o também por seus pensamentos suicidas. Cathriona ainda diz “meu sangue está em suas mãos” e “você puxou o gatilho contra mim”, referindo-se ao astro de Hollywood. O bilhete suicida de Cathriona, encontrado junto de seu corpo, menciona coração partido, mas não fala nada sobre as doenças sexualmente transmissíveis. Ela escreveu que Jim era sua família e o deixou encarregado de seu funeral e testamento. Cathriona morreu em setembro do ano passado, aos 28 anos, por conta de uma overdose de remédios. Seu ex-marido e sua mãe estão movendo um processo contra Jim Carrey, onde alegam que o ator lhe transmitiu doenças sexuais e foi o responsável por comprar as drogas utilizadas pela jovem para se matar.
Jim Carrey é acusado de ter passado doenças sexuais e remédios ilegais à ex-namorada que se matou
O ator Jim Carrey terá que se defender de um segundo processo relacionado à morte da ex-namorada, a maquiadora Cathriona White, por ter fornecido a ela os remédios que a mataram. Após a queixa registrada no mês passado pelo ex-marido de Cathriona, Mark Burton, agora é a mãe da jovem falecida que quer uma reparação. Cathriona morreu em setembro do ano passado, aos 28 anos, por conta de uma overdose de remédios. Brigid Sweetman agora alega que Carrey passou doenças sexualmente transmissíveis para sua filha, pressionou para que ela se tratasse em segredo e lhe deu os remédios que ela usou para se matar. Burton já tinha feito denúncia similar, alegando que as substâncias estavam em um frasco com rótulo identificado com o nome Arthur King, que seria um pseudônimo do ator. É ilegal nos EUA comprar remédios com o nome de outra pessoa. Em um comunicado divulgado nesta terça-feira (11/10), Sweetman disse: “Como uma família, nós queremos que o mundo saiba a verdade sobre quem Jim Carrey realmente é – um homem que infectará a sua filha com três doenças sexualmente transmissíveis, mentirá sobre isso, a chamará de nomes terríveis e a desvalorizará, usando seus advogados caros para tentar calá-la e a sua família, e, em seguida, lhe dando drogas ilegais”. Sweetman alega ainda Carrey terminou seu relacionamento com sua filha depois que ela o confrontou sobre as doenças, e depois contratou “fixers” para mantê-la quieta sobre o assunto. Em sua ação, que foi apresentado em um tribunal de Los Angeles, Sweetman descreve Carrey como “puro mal”, “insensível”, “explorador”, “desprezível”, e “oportunista”, entre outros adjetivos. Gossip Cop tem estendeu a mão para Carrey reps para comentar o assunto, mas ainda tenho que ouvir de volta. Carrey ainda não se pronunciou sobre as acusações. Ele e Cathriona se conheceram em 2012, namoraram por alguns meses e depois e separaram. Em maio do ano passado, o casal voltou a namorar e terminou uma semana antes dela ser encontrada morta. Na época, fontes do TMZ diziam que a jovem deixou uma carta de suicídio dirigida a Carrey. Declarando-se “chocado” e “profundamente entristecido”, Carrey disse, na ocasião: “Ela era uma flor irlandesa verdadeiramente gentil e delicada, muito sensível para este solo, para quem amar e ser amado era tudo o que importava. Meu coração vai para sua família e amigos e para todos aqueles que amavam e se preocupavam com ela.”
Jim Carrey é acusado de ter comprado os remédios que mataram sua ex-namorada
O ator Jim Carrey está sendo acusado de ter facilitado a morte da ex-namorada, a maquiadora Cathriona White, por ter fornecido a ela os remédios que a mataram. De acordo com o site TMZ, a queixa foi registrada nesta segunda-feira (19/9) pelo ex-marido de Cathriona, Mark Burton. Cathriona morreu em setembro do ano passado, aos 28 anos, por conta de uma overdose de remédios. Segundo a denúncia, as substâncias estavam em um frasco com rótulo identificado com o nome Arthur King, que seria um pseudônimo do ator. É ilegal nos EUA comprar remédios com o nome de outra pessoa. Na acusação, Mark também alega que Carrey tentou esconder as evidências após a morte, enviando uma mensagem para ela, perguntando se tinha pego os seus remédios sem permissão. O texto também revela que o ator estava ciente das tendências depressivas e suicidas da Cathriona. Carrey ainda não se pronunciou sobre as acusações. Ele e Cathriona se conheceram em 2012, namoraram por alguns meses e depois e separaram. Em maio do ano passado, o casal voltou a namorar e terminou uma semana antes dela ser encontrada morta. Na época, fontes do TMZ diziam que ela deixou uma carta de suicídio dirigida a Carrey. Declarando-se “chocado” e “profundamente entristecido”, Carrey disse, na ocasião: “Ela era uma flor irlandesa verdadeiramente gentil e delicada, muito sensível para este solo, para quem amar e ser amado era tudo o que importava. Meu coração vai para sua família e amigos e para todos aqueles que amavam e se preocupavam com ela.”










