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    Gael García Bernal entra no comitê do Oscar 2017

    16 de março de 2016 /

    Academia de Artes e Ciências Cinematográficas integrou três novos membros em seu conselho de 51 membros (chamados pela organização de “governadores”) e nomeou seis membros de minorias para outras posições de liderança, incluindo o ator mexicano Gael García Bernal (“Cartas para Julieta”). A presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, anunciou as nomeações depois de uma reunião do conselho administrativo da organização. Além de Bernal, os novos membros do comitê incluem a cinegrafista Amy Vincent (“A Entidade 2”) e a produtora Effie Brown (“Mulheres de Verdade Têm Curvas”). Já os novos “governadores” são o roteirista Gregory Nava (“Frida”), a diretora Jennifer Yuh Nelson (“Kung-Fu Panda”) e o produtor Reginald Hudlin (“Django Livre”), que produziu a cerimônia do Oscar 2016. O conselho também ratificou outras mudanças propostas em janeiro para aumentar a diversidade dentro da Academia, reagindo à falta de diversidade do Oscar 2016. A decisão mais polêmica é a limitação do direito de voto ao Oscar, que só será permitido à pessoas ativas na indústria cinematográfica nos últimos dez anos. Com isso, vários membros atuais perderão o direito a votar no Oscar 2017 – o que gerou revolta entre os membros veteranos. Na manhã desta quarta-feira, a academia emitiu um comunicado em que dizia lamentar “qualquer aspecto da transmissão televisiva do Oscar que tenha sido ofensivo”, em resposta ao protesto, assinado entre outros pelo diretor Ang Lee (“As Aventuras de Pi”), contra piadas feitas, durante a cerimônia de premiação, às custas de estereótipos racistas asiáticos.

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    Após nova polêmica racial, Academia se desculpa por piadas contra asiáticos no Oscar

    16 de março de 2016 /

    A polêmica racial que alimentou o Oscar 2016, sobre a falta de artistas negros entre os indicados à premiação, acabou criando outra saia-justa. Algumas piadas do apresentador Chris Rock tiveram conotação racista, perpetuando estereótipos negativos sobre a população asiática. Como resultado, 25 membros asiáticos da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas assinaram uma carta de protesto, entre eles o cineasta Ang Lee, vencedor de dois Oscar de Melhor Direção, por “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005) e “As Aventuras de Pi” (2012). “Temos orgulho de saber que o Oscar atinge milhões de pessoas no mundo todo e que 60% dessas pessoas são asiáticas e potenciais consumidores do mercado cinematográfico”, escreveram os integrantes do protesto, pedindo que a Academia tome atitudes concretas para evitar que piadas de mau gosto contra asiáticos ocorressem novamente, como aconteceu na última cerimônia. Na ocasião, três crianças asiáticas subiram ao palco com envelopes, como se fossem fiscais da auditoria que endossa os resultados da premiação (veja foto acima). Chris Rock ainda mencionou que elas foram responsáveis pela fabricação do telefone celular da maioria do público presente ao evento. O contexto foi interpretado como uma alusão jocosa ao trabalho infantil na Ásia. Após receber a carta de protesto, a Academia se desculpou oficialmente. “A Academia compreende a insatisfação e se desculpa por todos os momentos da cerimônia que possam ter parecido ofensivos. Estamos atentos para dar o nosso melhor e garantir que as próximas cerimônias sejam mais sensíveis no aspecto cultural”, disse um porta-voz da entidade. Segundo fontes da revista Variety, o apresentador Chris Rock foi o responsável pelo roteiro da cerimônia, inclusive a piada com crianças asiáticas. Já a aparição do ator Sacha Baron Cohen como o personagem Ali G, que fez uma alusão a genitais minúsculas de amarelos, numa alusão com duplo sentido aos Minions, teria sido uma decisão do próprio ator e surpreendido a Academia. De qualquer forma, por causa da politização da cerimônia em torno da questão racial e com muita discussão sobre a falta de diversidade na indústria, a piada com asiáticos acabou gerando mais indignação do que risadas.

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    Oscar 2016: Justiças, injustiças e as mudanças que a premiação antecipa

    29 de fevereiro de 2016 /

    Leonardo DiCaprio conquistou seu Oscar. Mas, para os cinéfilos, a vitória de Ennio Morricone por “Os Oito Odiados” foi a mais significativa. Autor de trilhas clássicas do spaghetti western, com 87 anos de idade e já merecedor de um Oscar honorário pela carreira, ele foi reconhecido sob aplausos esfuziantes dos integrantes da Academia, que nem sempre têm a chance de corrigir lacunas históricas na premiação. O Oscar 2016 foi, por sinal, um evento focado nas injustiças da premiação, desde a falta de artistas negros em sua seleção, razão de vários discursos, até vitórias que relevaram o receio de repetir os eleitos do ano passado, casos de Alejandro G. Iñarritu, Melhor Diretor pelo segundo ano consecutivo, e Emmanuel Lubezki, único cinematógrafo a vencer o Oscar de Melhor Direção de Fotografia por três anos seguidos. Os vitoriosos por “O Regresso” eram, de fato, os melhores em suas categorias. Mas a premiação de “Spotlight – Segredos Revelados” como Melhor Filme, sobre o longa com a melhor direção, fotografia e ator (DiCaprio), aponta que os critérios da Academia não foram muito “justos”. Ao menos, não foram cinematográficos. Venceu a melhor história, supostamente, visto que “Spotlight” também conquistou o Oscar de Melhor Roteiro Original. Entretanto, há pouco cinema em “Spotlight”, que é praticamente um docudrama convencional, comparável, tecnicamente, a alguns telefilmes da TV paga. Além disso, seu diretor, Tom McCarthy, vem de realizações medíocres, entre elas a comédia “Trocando os Pés”, que, também neste ano, apareceu na lista do Framboesa de Ouro de piores filmes. Além de dirigir, ele assina o roteiro de “Spotlight” em parceria com Josh Singer, autor da bomba “O Quinto Poder” (2013), filme superficialíssimo sobre o Wikileaks execrado por todos, da esquerda à direita, do público à crítica. O que os cerca de 7 mil eleitores do Oscar se esquecem, na hora de votar, é que suas escolhas serão sempre lembradas e cobradas pela História. Será que Tom McCarthy seguirá fazendo filmes que mereçam novas indicações ao Oscar? Ou ganhará o ensaiado Framboesa de Ouro nos próximos anos? Ou, ainda, sumirá rumo à irrelevância, como Paul Haggis, o roteirista e diretor de “Crash: No Limite”, filme que venceu o Oscar de 2006 sobre “Brokeback Mountain”? Após sofrer a injustiça, Ang Lee fez novos filmaços, como “Desejo e Perigo” (2007) e “As Aventuras de Pi” (2012). E Haggis? Para ficar, então, no roteiro, que os acadêmicos de Hollywood consideraram o melhor do ano, não deixa de ser relevante que a trama de “Spotlight” falhe nas duas frentes em que avança. Como filme-denúncia, pouco tem a denunciar, uma vez que a questão da pedofilia na Igreja já foi absorvida pelo Vaticano. Mesmo assim, o assunto é tratado pela produção com um distanciamento burocrático que consegue fazer assepsia no asco. Sobre o mesmo tema e no mesmo ano, o drama chileno “O Clube”, também passado entre quatro paredes, é muito mais porrada. As paredes da redação de jornal, por sinal, fornecem o cenário em que “Spotlight” avança. A opção não é apenas teatral, mas pouco enaltecedora do jornalismo investigativo que o filme supostamente celebra. Os repórteres da tela não vão a campo investigar suspeitas. Eles recebem tudo mastigadinho, numa caixa repleta de depoimentos de vítimas, todas muito solícitas. E suas principais “descobertas” são notícias antigas, do arquivo da própria redação. O máximo de esforço investigativo se resume à leitura de anuários da Igreja, filtrada pelo cruzamento de informações. Assim, boa parte de sua “ação” acontece em salas cheias de pastas e papéis. Era assim que ainda se pesquisava nos anos 2000. Mas, se fosse trazida para os dias atuais, a trama mostraria simplesmente um jornalismo paralisado diante do Google. Desta forma, as comparações com “Todos os Homens do Presidente” (1976) não podem ser mais equivocadas. Quando o filme do mestre Alan J. Pakula chegou aos cinemas, não fazia uma década desde que o escândalo abordado esfriara – como em “Spotlight” – , mas apenas 20 meses que o presidente Richard Nixon renunciara. Além disso, o perigo da reportagem sobre Watergate era tamanho que as fontes não vinham à redação felizes pela atenção, balançando as provas nas mãos, mas se escondiam, falavam em off, usavam pseudônimo e forneciam apenas pistas de fatos que os jornalistas precisavam desvendar. Jornalismo investigativo com risco de vida é bem diferente de redação de pesquisa de texto – que é o que o roteiro premiado de “Spotlight” exibe. Só quem nunca trabalhou num grande jornal é capaz de confundir os dois. Como críticos de blog, roteiristas de filmes superficiais e eleitores da Academia. “Spotlight” era o filme favorito dos atores, maior grupo de votantes da Academia, como comprovou seu prêmio de Melhor Elenco na eleição do Sindicato. O SAG (Sindicato dos Atores) também emplacou três dos quatro vitoriosos de sua eleição sindical. A exceção ficou por conta de Sylvester Stallone, que perdeu para Mark Rylance, ator do teatro britânico, bastante elogiado por sua carreira nos palcos, mas que, num dos filmes mais fracos de Steven Spielberg, aparece sempre cansado, de pescoço enrijecido e dando impressão de sofrer de Alzheimer, alheio ao drama e lento em sua formulação de frases. Menosprezado por sua carreira repleta de filmes ruins, Stallone perdeu para que a Academia pudesse premiar o teatro inglês e o convencionalismo do filme menos polêmico da noite, “Ponte de Espiões”. A consagração de Alicia Vikander, por sua vez, premia a “it girl” do momento, para usar uma expressão da era de ouro de Hollywood. Ela é o que se salva do melodrama “A Garota Dinamarquesa”, sem dúvida, mas está ainda melhor em “Ex Machina”, filme que venceu a categoria de Efeitos Visuais de forma surpreendente – tinha o orçamento mais baixo entre os concorrentes – , talvez como compensação por sua ausência na lista de Melhor Filme. Já a vitória de DiCaprio era tão esperada que havia festas preparadas para esta comemoração. Assim como era esperado, pelo trabalho apresentado, o Oscar da estrela menos badalada da noite, Brie Larson. Embora tenha sido tratada como revelação pela mídia que não acompanha a indústria de perto, ela começou a fazer séries com 10 anos de idade e vem se destacando em filmes indies desde 2010. Aliás, já deveria ter sido indicada por “Temporário 12” (2013), filmaço que venceu o Festival SWSW – seu próximo drama será um filme do mesmo diretor. O Oscar de Melhor Atriz pode, inclusive, ser considerado uma antítese da vitória de DiCaprio. Enquanto o prêmio de Melhor Ator consolida o sistema alimentado por astros famosos, a conquista da “desconhecida” Larson destaca o valor do cinema independente. Isto porque “O Quarto de Jack” era a única produção realmente indie na disputa, tendo fechado sua distribuição com a pequena A24 apenas após sua exibição no Festival de Toronto – que, inclusive, venceu. Os demais supostos indies da competição, como “Spotlight” e “Carol”, além de destacar estrelas já consagradas, foram realizados com toda a estrutura de estúdio e distribuição garantidas. Brie Larson não era visada por paparazzi antes de “O Quarto de Jack”. O filme não é repleto de famosos, não tem diretor incensado e seus produtores não frequentam a lista dos VIP de Hollywood. Além disso, trata de questões femininas, de abuso e maternidade, representadas sem maquiagem ou glamour algum. Menos comentado entre todos os indicados, trata-se, entretanto, do filme que mais bem representa as mudanças que se espera do Oscar, pós-velhos brancos: renovação, talento e sensibilidade. Justiças e injustiças feitas, há mesmo promessas de grandes mudanças para o Oscar 2017. E a festa da cerimônia de domingo (28/2), carregada de discursos indignados, foi, no fundo, uma forma encontrada pela presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, de preparar terreno, inclusive com uma tentativa explícita, em sua intervenção durante o evento, de engajar os acadêmicos na sua agenda. Afinal, assim que anunciou seus planos, protestos ruidosos começaram a surgir entre a parcela mais velha do eleitorado, que ela pretende afastar. Isaacs anunciou, ainda em janeiro, que o direito a voto dos acadêmicos deixará de ser perpétuo. A partir do Oscar 2017, só poderão votar os integrantes da Academia que permaneceram ativos na última década, visando, com isso, eliminar a influência dos aposentados, profissionais que não acompanham mais o dia-a-dia da indústria e que vem impedindo, pelo conservadorismo típico da idade avançada, a implementação de mudanças desejadas. Ao mesmo tempo, a Academia tentará buscar maior diversidade ao escolher novos integrantes para as vagas que se abrirão. As premiações do Oscar refletem, sim, a composição étnica, etária e sexual da Academia, que, de acordo com relatos da mídia, é majoritariamente formada por homens brancos velhos – 94% são brancos, 77% do sexo masculino e a média de idade entre os votantes é superior a 60 anos. Visando mudar a composição desses eleitores, a Academia ainda adicionou três novos assentos para mulheres e minorias no conselho de sua administração. Assim, a governança da entidade passará a contar com 54 membros, que serão responsáveis por aprovar novas reformas nos próximos Oscars, com o objetivo de dobrar o número de mulheres e minorias votantes até 2020. É esperar para ver se, com isso, mais minorias serão destacadas entre os indicados ao Oscar 2017 e se, quem sabe, no próximo ano seja possível eleger o Melhor Filme de verdade. Clique aqui para conferir a lista completa dos vencedores do Oscar 2016.

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    Oscar 2016: Cerimônia exibirá a maior saia justa da história da Academia de Hollywood

    28 de fevereiro de 2016 /

    A premiação do Oscar 2016, que acontece na noite deste domingo (28/2), já é considerada a maior saia justa da história da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Criticada pela ausência, pelo segundo ano consecutivo, de artistas negros entre seus indicados, a situação constrangedora tem sido reforçada por vitórias de atores negros em outras premiações importantes da temporada. E amplificada por novas gafes da produção do evento, como a exclusão da cerimônia da cantora transexual Anohni, indicada ao Oscar de Melhor Canção (por “Manta Ray”, de “A Corrida contra a Extinção”). Discursos contundentes são esperados. Mas grandes mudanças já estão em curso, que tendem a fazer deste o último Oscar à moda antiga. O último Oscar escolhido por uma maioria esmagadora de homens brancos idosos. Não deixa de ser interessante que a premiação chegue a seu crepúsculo dividida, em seu favoritismo, entre seus três candidatos mais brancos e masculinos, “O Regresso”, “A Grande Aposta” e “Spotlight – Segredos Revelados”, que expõem a macheza de seus protagonistas, capazes de vencer a natureza, a economia e as instituições, rangendo os dentes e se dizendo mais puros e dignos que seus rivais. Esta divisão foi expressa nas votações dos sindicatos de Hollywood, em que diretores preferiram “O Regresso”, produtores “A Grande Aposta” e atores “Spotlight”. Dos favoritos, o mais fraco agrada ao maior grupo de votantes. “Spotlight” não é apenas um filme conservador, no sentido de não ousar esteticamente como os demais, mas se mostra reducionista até naquilo que tem motivado elogios à sua realização. Para o filme do diretor Tom McCarthy, jornalismo investigativo se resume à pesquisa de arquivos, especialmente reportagens antigas. Como a história se passa no começo dos anos 2000, boa parte de sua “ação” acontece em salas cheias de pastas e papéis. Mas se fosse trazida para os dias atuais, a trama mostraria um jornalismo paralisado diante do Google. “A Grande Aposta” é o mais arrojado. Usando técnicas de documentário e derrubando a quarta parede, o diretor Adam McKay surpreende por tornar interessante, da forma mais cínica possível, um tema que afeta a todos, mas que a maioria prefere ignorar: o funcionamento da bolsa de valores. Não que suas explicações convençam. Ao contrário, apenas entretêm. Mas a acidez com que corroem o capitalismo é bastante subversiva para o padrão dos liberais de Hollywood. Por sua vez, “O Regresso” já foi sublimado, pelo grande público, como o Oscar de Leonardo DiCaprio. Fãs que seguem o ator desde “Titanic” (1997) decidiram que o filme representará sua canonização no firmamento cinematográfico, tantas são as romarias anunciadas para celebrar o fim de seu martírio e sua esperada consagração como vencedor do Oscar. Entretanto, como cinema, o filme dirigido por Alejandro González Iñárritu é, na verdade, do diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, que pode fazer História ao se tornar o primeiro cinematógrafo a vencer o Oscar por três anos consecutivos. Vista por outro ângulo, a escolha poderia ser bem mais simplificada. Afinal, quem merece vencer o Oscar 2016, o novo filme do diretor da bomba “Trocando os Pés” (2014), do pastelão “Tudo Por um Furo” (2013) ou do oscarizado “Birdman” (2014)? Azarão nesta disputa, “Mad Max: Estrada da Fúria”, de George Miller, mantém a torcida de uma parcela da crítica, que destaca suas cenas insanas e um diretor que merece mais reconhecimento. Além disso, o filme deixa um legado de frases impactantes e uma protagonista feminina poderosa, algo ainda raro na centenária Hollywood. O apuro de sua produção deve render muitos prêmios técnicos. Porém, todo esse talento é colocado a serviço de uma longa perseguição, que visa o espetáculo visual sem pretender chegar a lugar algum – tanto que é, de forma mais instigante que a jornada de DiCaprio, circular. Embora seja possível enxergar alegorias profundas em sua realização, até os fanboys mais radicalizados apostariam contra “Mad Max” numa disputa de roteiro – categoria a qual nem foi indicado. Há questões importantes de gênero embutidas também nas indicações periféricas de “Carol” e “A Garota Dinamarquesa”, que trazem o universo LGTB ao Oscar. Entretanto, quando barrou a participação de Anohni da cerimônia, a própria Academia tratou de colocar o tema em seu devido lugar, como figurante da festa, que não deve chamar mais atenção que já conquistou. Os dois sequer foram convidados a disputar o Oscar de Melhor Filme. Mesmo assim, “A Garota Dinamarquesa”, que resulta num filme mais convencional que seu tema, acabou criando uma polêmica inesperada. Mais uma. Isto porque a Academia permite aos produtores decidirem em que categoria os candidatos irão concorrer. E “A Garota Dinamarquesa” inscreveu sua protagonista, a atriz sueca Alicia Vikander, como coadjuvante. Graças a esta artimanha, ela se tornou favorita ao prêmio. Mas gerou protestos de quem ficou fora da disputa. Vikander pode ser responsável por impedir a reunião dos astros de “Titanic” na premiação, pois Kate Winslet vinha vencendo troféus como Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em “Steve Jobs”. Indiretamente, ao evitar a disputa de Melhor Atriz, ela também deixa aberto o caminho para Brie Larson levar seu Oscar por “O Quarto de Jack”. Embora a seleção de filmes indicados apresente uma tendência inquietante, os flashes quase ofuscam outro tipo de conservadorismo. Afinal, o tapete vermelho é mais que um ritual cafona, em que estrelas desfilam vestidos de grife. É o instante em que a Academia, com a ajuda da mídia, tenta evocar o antigo glamour de Hollywood. Um conceito que também emana da visão de homens brancos idosos, que guardam saudades de uma época em que astros e estrelas, em suas roupas de gala, pareciam descer de carruagens num baile de contos de fadas. A consagração dessa nostalgia, por uma mídia mais interessada em vestidos e sapatinhos de cristal, é o que inspira as torcidas fabulosas por DiCaprio. A generalização do “será que DiCaprio vence?” é digna do público de novelas, que torce pela reviravolta redentora, mesmo que o desfecho tenha sido vazado com antecedência. Melhor seria, ainda, se houvesse a consagração simultânea de Kate Winslet, materializando o final feliz que faltou a “Titanic”, como num conto de fadas da “vida real”. E tudo isso sem que os filmes atuais tenham qualquer relevância para a torcida. Isto é o Oscar para o público e a imprensa médias. O mesmo simbolismo alimenta a torcida por Sylvester Stallone, que concorre como Melhor Coadjuvante por “Creed – Nascido para Lutar”, 39 anos após disputar como Ator e Roteirista pelo mesmo personagem, Rocky. O público, de fato, gosta de um final feliz no cinema. A antítese dessa narrativa à moda antiga pode virar a vitória mais importante do Oscar 2016, encaminhada pelo resultado do Sindicato dos Atores, que já reconheceu, como sendo a melhor, a estrela menos badalada da festa: Brie Larson. Ela não é exatamente uma revelação, pois começou a fazer séries com 10 anos de idade e vem se destacando em filmes indies desde 2010. Aliás, já deveria ter sido indicada por “Temporário 12” (2013), filmaço que teve como pecado ser uma produção sem dinheiro para campanha de premiação. A importância de seu potencial Oscar, por sinal, reside em “O Quarto de Jack” ser a única produção realmente indie na disputa deste domingo, tendo fechado sua distribuição com a pequena A24 apenas após sua exibição no Festival de Toronto – que, inclusive, venceu. Os demais supostos indies da competição, como “Spotlight” e “Carol”, além de destacar estrelas já consagradas, foram realizados com toda a estrutura de estúdio e distribuição garantidas. Brie Larson não era visada por paparazzi antes de “O Quarto de Jack”. O filme não é repleto de famosos, não tem diretor incensado e seus produtores não frequentam a lista dos VIP de Hollywood. Além disso, trata de questões femininas, de abuso e maternidade, representadas sem maquiagem ou glamour algum. Menos comentado entre todos os indicados, trata-se do filme que mais bem representa as mudanças que se espera do Oscar, pós-velhos brancos. Já no outro extremo, o Oscar dos velhos brancos é mais bem representado por “Ponte dos Espiões”, que fez Steven Spielberg bater um recorde, atingindo nove indicações, como o diretor que mais vezes disputou o Oscar de Melhor Filme em todos os tempos. Infelizmente, também é o mais fraco dos trabalhos com que o cineasta concorreu, discutindo justiça e espionagem num cenário de Guerra Fria – a analogia serve, mas seria mais corajoso se, de fato, tratasse do mundo em que vive Edward Snowden. A propósito, a presença de “Ponte dos Espiões” é um dos motivos de questionamento da lista do Oscar de Melhor Filme do ano. Produção apenas mediana, deixou de fora “Straight Outta Compton: A História do N.W.A.”, “Creed – Nascido para Lutar” e “Carol”, para citar apenas os mais evidentes – dois filmes estrelados e dirigidos por negros e um terceiro sobre um casal lésbico. Mas a lista poderia incluir ainda “Tangerine”, a maior provocação de todas, protagonizado por uma transgênero negra. Afinal, “Tangerine” também vem conquistando prêmios importantes. Além disso, as regras da Academia permitem até dez indicações nesta categoria, e os escolhidos foram apenas sete, passando a mensagem de que os demais não eram bons – ou dignos – o suficiente para o Oscar. Vale destacar que nenhum filme premiado no Festival de Sundance foi selecionado – nem mesmo o brasileiro “Que Horas Ela Volta?”. Por fim, o foco da polêmica mais recente, o Oscar de Melhor Canção, pode se tornar ainda mais constrangedor. Único negro indicado a qualquer coisa no Oscar 2016, the Weeknd tem tudo para repetir o que aconteceu no ano passado, quando John Legend, o negro de 2015, levou a estatueta de Melhor Canção pelo tema do filme “Selma”. Infelizmente, the Weeknd também representa o pior filme do ano, “Cinquenta Tons de Cinza”, e, junto com Lady Gaga e Sam Smith, entra no mix como sugestão de que a Academia está atenta ao pop moderno. Tão atenta que deixou de fora a melhor música de cinema da temporada, “See You Again”, da trilha de “Velozes e Furiosos 7”, que emocionou tanto quanto o incensado tema de “Titanic”, cantado por Celine Dion. O consolo do rapper Wiz Khalifa é que a Academia jamais considerou rap digno da categoria de Melhor Canção, embora tenha tolerado Common na companhia de John Legend no ano passado – a música, porém, era um gospel. Talvez isto também explique porque nenhum diretor negro tenha, até hoje, “merecido” indicação ao Oscar. Mas nem tudo é apocalipse. Houve uma evolução positiva, por conta da internacionalização da categoria de Melhor Animação. Em vez das produções bobinhas da DreamWorks, acompanham “Divertida Mente” um filme indie (“Anomalisa”) e produções do Reino Unido (“Shaun, o Carneiro”), Japão (“Quando Estou com Marnie”) e até do Brasil! “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu, emplacou a primeira indicação de um filme 100% brasileiro no Oscar desde que “Cidade de Deus” surpreendeu em 2004. Apesar disso, a vitória de “Divertida Mente” é considerada até mais garantida que o Oscar de Leonardo DiCaprio. Justos ou injustos, os vencedores do Oscar 2016 serão conhecidos na noite deste domingo (28/2), em cerimônia que será realizada no Dolby Theatre, em Los Angeles, com apresentação do comediante Chris Rock (“Gente Grande”) e transmissão ao vivo para o Brasil pelos canais TNT e Globo. Confira abaixo a lista completa dos indicados: INDICADOS AO OSCAR 2016 FILME “A Grande Aposta” “Ponte dos Espiões” “Brooklyn” “Mad Max: Estrada da Fúria” “Perdido em Marte” “O Regresso” “O Quarto de Jack” “Spotlight – Segredos Revelados” DIREÇÃO Adam McKay, “A Grande Aposta” George Miller, “Mad Max: Estrada da Fúria” Alejandro G. Iñarritu, “O Regresso” Lenny Abrahamson, “O Quarto de Jack” Tom McCarthy, “Spotlight: Segredos Revelados” ATOR Bryan Cranston, “Trumbo – Lista Negra” Leonardo DiCaprio, “O Regresso” Eddie Redmayne, “A Garota Dinamarquesa” Michael Fassbender, “Steve Jobs” Matt Damon, “Perdido em Marte” ATOR COADJUVANTE Christian Bale, “A Grande Aposta” Tom Hardy, “O Regresso” Mark Ruffalo, “Spotlight – Segredos Revelados” Mark Rylance, “Ponte dos Espiões” Sylvester Stallone, “Creed: Nascido Para Lutar” ATRIZ Cate Blanchett, “Carol” Brie Larson, “O Quarto de Jack” Jennifer Lawrence, “Joy: O Nome do Sucesso” Charlotte Rampling, “45 Anos” Saoirse...

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    Transexual indicada ao Oscar decide boicotar a cerimônia de premiação

    26 de fevereiro de 2016 /

    A cerimônia do Oscar 2016 ganhou mais uma polêmica, na véspera de sua realização. E novamente envolve a questão da diversidade. Segundo artista transexual da História a ser indicada a uma estatueta, a cantora inglesa Anohni anunciou que vai boicotar a premiação, porque não poderá cantar a música pela qual concorre na categoria de Melhor Canção Original. Líder da banda Antony and the Johnsons, que fundou quando ainda era conhecida como Antony Hegarty, a cantora foi indicada pela música “Manta Ray”, composta em parceria com J. Ralph para o documentário “Racing Extinction”. Entretanto, ela não foi convidada para se apresentar no palco da festa marcada para o próximo domingo (29/2). Em um desabafo postado em seu site oficial, ela explicou porque decidiu boicotar a premiação, ao mesmo tempo em que comete uma gafe, ao desconsiderar a pioneira Angela Morley. “Sou a primeira transgênero a ser indicada, e devo agradecer por isso aos artistas que votaram em mim. Estava na Ásia quando recebi a notícia. Desde então, passei a procurar algo, no caso de ser convidada para apresentar a canção. Todo mundo me ligou para dar os parabéns. Uma semana depois, os nomes de Sam Smith, Lady Gaga e the Weeknd foram anunciados. Outros seriam revelados ‘em breve’. Confusa, sentei e esperei. No entanto, ninguém me procurou”. Apesar de sua declaração, Anohni não é a primeira artista transgênero a disputar a premiação da Academia. A pioneira Angela Morley (nascida Walter Stott) concorreu não apenas uma, mas duas vezes ao Oscar na categoria musical durante os anos 1970, como compositora de canções de “O Pequeno Príncipe” (1974), seu primeiro trabalho após a cirurgia de “ajuste sexual”, e “O Sapatinho e a Rosa: A História de Cinderela” (1976). Na época, entretanto, sua condição sexual era mantida em sigilo. Foi por isso, também, que Morley preferiu trabalhar, sem receber créditos, nas trilhas de seu amigo John Williams, a partir de 1977. Sim, ela compôs boa parte das músicas ouvidas na trilha de “Guerra nas Estrelas” (1977). Morley também trabalhou sem o devido reconhecimento em “O Império Contra-Ataca” (1980), “Superman – O Filme” (1978) e “E.T. – O Extraterrestre” (1982), entre muitos outros sucessos de bilheteria, mas venceu três Emmys (dois deles para especiais televisivos de Julie Andrews) e conquistou o respeito da indústria, a ponto de ser convidada pela própria Academia a arranjar um medley das trilhas indicadas ao Oscar de 2001, apresentado durante a cerimônia. Ela faleceu em 2009, aos 84 anos de idade. Apesar de ignorar Morley, Anohni disse, em seu desabafo, não acreditar ter sido excluída por ser trans, aceitando o fato de que os artistas anunciados têm mais apelo comercial. No entanto, ressaltou que uma vida marcada por rejeições fez com que ela não pudesse deixar de notar mais essa. “Todo mundo me disse que, mesmo assim, eu deveria ir ao prêmio. Que passar pelo tapete vermelho seria ‘bom para a minha carreira’. Noite passada, tentei me forçar a entrar num avião rumo a Los Angeles para os eventos que envolvem os indicados. Mas o sentimento de constrangimento e raiva me nocauteou. E não pude entrar na aeronave”. Como Antony Hegarty, ela gravou quatro discos da banda Antony and the Johnsons. Mas, no ano passado, anunciou a decisão de seguir em carreira solo, prometendo a estreia de seu primeiro álbum como Anohni, “Hopelessness”, para 2016.

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    Sylvester Stallone considerou boicotar o Oscar em apoio aos colegas de Creed

    10 de fevereiro de 2016 /

    Indicado ao Oscar de Melhor Coadjuvante, Sylvester Stallone revelou que pensou em boicotar a premiação da Academia em respeito aos colegas de trabalho em “Creed: Nascido para Lutar”, especialmente o ator Michael B. Jordan e o diretor e roteirista Ryan Coogler, que para o astro também deveriam ter sido nomeados. “Me lembro de conversar com Ryan sobre a polêmica do #OscarsSoWhite. Disse: ‘Como você quer lidar com isso? Eu realmente acredito que você é o responsável por eu estar aqui'”, contou o ator, em entrevista á revista US Weekly. “Eu disse, ‘Se você quiser que eu vá, eu vou. Se você não quiser, não vou”, continuou. “Ele disse, ‘Não, quero que você vá. E é esse o tipo de cara que ele é. Ele quer que a gente represente o filme.” Além de elogiar seu diretor, Stallone ainda destacou a importância da atuação de Jordan. “Toda vez que eu olho nos olhos dele como ator, eu digo que ele está me fazendo um ator melhor. Acho que ele merecia mais respeito e atenção”, disse o ator veterano. “Eu realmente devo muito a esses dois jovens homens”. Para completar, o eterno Rocky previu: “Todos os talentos acabarão subindo ao topo. É apenas uma questão de quebrar um paradigma e criar uma nova forma de pensar.”

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    Veteranos da Academia se revoltam contra mudanças na votação do Oscar

    29 de janeiro de 2016 /

    Nem todos gostaram das mudanças anunciadas pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas após os protestos por mais diversidade entre os indicados ao Oscar. No anúncio feito na sexta-feira (22/1) em Los Angeles, a principal novidade foi que o voto dos acadêmicos – profissionais da indústria cinematográfica que somam cerca de 7 mil membros – não será mais perpétuo. Os integrantes da Academia terão direito a votar no Oscar por dez anos desde sua filiação, prolongando este direito por nova década se permanecerem ativos – isto é, se continuarem filmando ao longo do período. Com isso, vários membros atuais perderão o direito a votar no Oscar 2017, eliminando um dos maiores obstáculos para as mudanças desejadas. Mas a solução já virou problema, originando uma nova controvérsia. Os eleitores mais velhos, que perderão o direito a votar, começam se insurgir contra a reforma, argumentando terem sido, injustamente, transformados em bodes expiatórios para um suposto racismo de Hollywood. O cineasta Sidney J. Furie, de 82 anos, alega que sua geração foi pioneira ao premiar Sidney Poitier, o primeiro negro vencedor do Oscar de Melhor Ator, em 1963, e a indicar “No Calor da Noite”, estrelada pelo mesmo ator, como Melhor Filme em 1968. “Os mesmos que votaram para aqueles prêmios agora estão sendo acusados de serem entraves para a diversidade”, ele desabafou em um email. Furie, entretanto, continua na ativa e não será afetado pela mudança das regras. O mesmo não acontece com o diretor Sam Weisman (“Perdidos em Nova York”), que não filma desde 2003. Ele assinou artigo na revista The Hollywood Reporter em que lista suas realizações, questionando porque deveria pagar o pato. “Estou sendo condenado por ter vivido quando vivi, após trabalhar duro e fazer sucesso o suficiente para me juntar à Academia. O torna a minha experiência de vida menos digna para não merecer um lugar ativo na Academia?”, ele questiona. Segundo as publicações especializadas dos EUA, nos últimos dias a Academia recebeu diversas cartas raivosas. A ponto de Rod Lurie, diretor do remake de “Sob o Domínio do Medo” (2011), pedir “calma”. “A conversa se tornou muito violenta. Ninguém na Academia deve ser taxado de racista, mas obviamente há preconceitos criados pela demografia dos votantes”, disse, defendendo o ponto de vista da diretoria da entidade. O fato é que a maioria dos membros da Academia não compreendem porque há uma insatisfação profunda pela falta de diversidade no Oscar. Afinal, até aqui, a premiação do Oscar sempre foi um consenso entre homens brancos idosos. De acordo com relatórios da mídia, 94% dos integrantes da Academia são brancos, 77% do sexo masculino e a média de idade entre os votantes é superior a 60 anos. “Nós, os homens brancos, tivemos o poder nos últimos dez mil anos. Neste país, há pelo menos 250 anos. Você se acostuma a falar alto e a não ouvir ninguém. Então, essa insatisfação na Academia é semelhante ao barulho de dinossauros morrendo”, decretou o polêmico documentarista Michael Moore.

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  • Filme

    Charlotte Rampling alimenta a polêmica ao dizer que boicote ao Oscar é racismo contra brancos

    22 de janeiro de 2016 /

    A controvérsia envolvendo a falta de diversidade no Oscar ganhou vozes dissonantes. A inglesa Charlotte Rampling, indicada ao prêmio de Melhor Atriz por “45 Anos”, disse, em entrevista à rádio francesa Europe1, que o boicote à premiação levado adiante por artistas negros, como Spike Lee e Will Smith, é, na verdade, “racismo contra os brancos”. Ela completou a afirmação, acrescentando: “É difícil saber se é o caso, mas pode ser que atores negros não merecessem estar na lista”. Por isso, ela se diz contrária à criação de cotas para melhorar a diversidade na premiação. “Por que classificar as pessoas? Vivemos numa época onde somos mais ou menos aceitos. Mas sempre haverá problemas. Por isso é preciso criar milhares de pequenas minorias em todo canto?”, questionou. A ela se juntou a voz de outro ator veterano inglês, Michael Caine, que não foi indicado por seu desempenho em “Juventude”, apesar de ter premiado pela Academia Europeia de Cinema. Vencedor de dois Oscars, Caine disse em entrevista à rádio BBC que não deveria ser obrigatório votar em um ator só porque ele é negro. “Há vários atores negros. Você não pode votar em um ator só porque ele é negro. Você não pode simplesmente dizer, ‘Ele não é muito bom, mas ele é negro. Vou votar nele.’ Você tem que votar em uma boa performance.” Entretanto, Caine também disse ter ficado surpreso ao saber que o ator negro Idris Elba não foi indicado ao Oscar pelo seu trabalho em “Beasts of No Nation”. Perguntado se ele pretende ir à premiação, respondeu que “é uma viagem muito longa para apenas ficar sentado e aplaudir o Leonardo DiCaprio”.

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  • Etc,  Filme

    Após polêmica racial, Academia vai se reunir para modificar as regras do Oscar 2017

    22 de janeiro de 2016 /

    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas sentiu o peso das críticas e ameaças de boicote pela falta de diversidade no Oscar 2016. De acordo com o jornal The New York Times, a organização planeja mudar o formato da premiação, na tentativa de evitar que 2017 se torne o terceiro ano consecutivo sem artistas negros nas categorias principais. De acordo com o jornal, a Academia está estudando fixar o número de indicados a Melhor Filme em dez candidatos. Atualmente, a relação pode incluir até dez, mas tem preferido eleger menos. O critério para a seleção seria a qualidade. Assim, para a Academia, no ano passado “Selma” não teve qualidade suficiente e este ano “Creed – Nascido para Lutar” e “Straight Outta Compton – A História do NWA” tampouco, o que limitou a lista de Melhor Filme a oito longa-metragens. Assim como nenhum filme de diretor negro foi considerado bom o suficiente, seus cineastas tampouco entraram na lista do Oscar de Melhor Direção. Também não há bons roteiristas negros, segundo a Academia. E entre os 20 candidatos nas categorias de interpretação, nenhum ator negro se destacou nem no ano passado nem neste. Curiosamente, integrantes brancos de filmes dirigidos e estrelados por negros conseguiram indicações, casos dos roteiristas de “Straight Outta Compton” e o coadjuvante de “Creed”, Sylvester Stallone. Além de fixar a lista de concorrentes a Melhor Filme, a direção da Academia, que é presidida por uma negra, Cheryl Boone Isaacs, estuda aumentar a quantidade de indicados a Melhor Ator e Atriz, o que possibilitaria a inclusão de mais etnias. Mas esta saída pode se voltar contra a própria Academia, se apenas aumentar o número de brancos indicados ao prêmio. A mudança mais polêmica, porém, pode atingir os votantes. Os organizadores do Oscar estudam aumentar a representação das minorias e aposentar integrantes da Academia que estão efetivamente aposentados – isto é, não atuam na indústria cinematográfica há mais de uma década. Atualmente, apenas 2% dos membros da Academia são negros, sendo essa porcentagem ainda menor entre os latinos. A maioria dos cerca de 7 mil votantes é branca, masculina e idosa, o que dá um viés conservador à premiação. A eliminação dos integrantes mais velhos, que já não fazem cinema há muito tempo, pode ter uma influência profunda não apenas no processo de seleção de indicados, mas também nos próprios premiados. Como esquecer de Tony Curtis dizendo que jamais apoiaria um filme de gays para justificar não ter visto “Brokeback Mountain”, mentalidade que permitiu que o fraquíssimo “Crash” vencesse o Oscar de 2005? As mudanças serão discutidas em reunião da Academia marcada para o dia 26 de janeiro.

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  • Filme

    Linda Perry afirma que Lady Gaga não compôs a música que concorre ao Oscar

    18 de janeiro de 2016 /

    A compositora Linda Perry criou polêmica ao vir a público dizer que Lady Gaga só contribuiu com uma frase para a canção “‘Til It Happens To You”, tema do documentário “The Hunting Ground”, indicada ao Oscar 2006. A controvérsia começou quando a ex-vocalista da banda 4 Non Blondes usou o Twitter para parabenizar a compositora Diane Warren pela indicação e a Lady Gaga pela interpretação, sendo corrigida pelos fãs de Gaga sobre a coautoria da canção. Foi a deixa para ela descer o verbo, dizendo que “normalmente eu não respondo essas coisas, mas não sei, estou me sentindo corajosa”. E atacou: “Originalmente, uma outra artista iria cantar ‘Til It Happens To You’. Eu tenho a demo original da Diane com ela cantando. A única linha que foi modificada foi ‘Till you’re at the end, the end of your rope’, que originalmente era ‘Til you got a hole ripped in your soul. Então eu acredito que tecnicamente uma linha foi mudada para assegurar que Gaga ‘reescreveu’ uma linha. Mas as chances são de que Diane, ainda assim, tomou parte ao reescrever a linha e Gaga contribuiu com poucas palavras. Isso é compor? Não pelas minhas anotações. Eu amo a Gaga e tenho muito amor e respeito por essa canção, isso não tem nada ver com alguma outra coisa.” Ela prosseguiu: “Por que Gaga ganhou crédito? Talvez porque Diane quis assegurar seu apoio ao promover a música. Gaga é uma mulher de negócios inteligente e sabia que uma música composta por Diane Warren estaria apta para Oscar. E, você sabe, é difícil colocar uma música no mundo e ela ser amplamente ouvida, especialmente num documentário. Então Diane sabia que se ela desse a Gaga os créditos isso iria assegurar o apoio que essa canção precisava e merecia. E Gaga sabe do seu poder. Eu não tô querendo diminuir nada nem ninguém, eu estou falando a verdade. Eu dou o crédito à Diane por ter composto a música, é a experiência dela, sua dor, suas palavras. É isso, crianças.” A revelação incendiou o Twitter. Para os fãs de Gaga, Linda Perry estaria com dor de cotovelo porque sua canção, composta para o filme “Freeheld” e cantada por Miley Cyrus, não conseguiu uma indicação. Em meio aos ataques, até Diane Warren veio à rede social, reafirmando que a música é o resultado de “uma parceria especial” entre ela e Lady Gaga. “Quando liguei pra ela (Gaga) e toquei a música era mais uma balada sombria, mas ela realmente a tornou épica. Ela pegou pra si e a levou para um outro nível”, explicou a compositora. A melhor canção, porém, não foi indicada: “See You Again”, cantada pelo rapper Whiz Khalifa para a trilha de “Velozes & Furiosos 7”. A música foi premiada no Critics Choice Awards 2016 da categoria, mas o Oscar jamais indicou um rap para sua premiação. Já Diane Warren está em sua oitava indicação.

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  • Etc,  Filme

    Spike Lee e Jada Pinkett Smith protestam contra a falta de diversidade do Oscar 2016

    18 de janeiro de 2016 /

    O diretor Spike Lee e a atriz Jada Pinkett Smith usaram as redes sociais para protestar contra a ausência de negros entre os indicados ao Oscar 2016, fato que se repetiu pelo segundo ano consecutivo. “Como pode em dois anos consecutivos todos os 20 indicados serem brancos? E nem vamos falar de outras etnias. Nós não podemos atuar? Que p… é essa?”, escreveu Lee no Instagram, avisando que, por conta disso, vai boicotar a cerimônia de premiação. “Dr. [Martin Luther] King disse: ‘Chega um momento em que você deve tomar uma posição que não é nem segura, política ou popular, mas deve tomá-la porque a consciência lhe diz que está certa”, ele postou, justificando-se. Por sua vez, Jada usou o Facebook para protestar. “Nós somos dignos e poderosos, não vamos esquecer isso”, disse em vídeo. Seu marido, Will Smith, era cotado para ser indicado como melhor ator por “Um Homem Entre Gigantes”, mas ficou de fora das nomeações. A própria presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, Cheryl Boone Isaacs, disse ter ficado desapontada logo após o anúncio dos indicados, na última quinta-feira (14/1), afirmando que a Academia precisa “acelerar o processo” no que diz respeito ao aumento da diversidade do Oscar.

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  • Etc,  Filme

    Campanha do Oscar evidencia falta de indicações a artistas negros em 2016

    17 de janeiro de 2016 /

    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA divulgou novos comerciais e os pôsteres do Oscar 2016. E as peças chamam atenção, indiretamente, para algo que não se verá na premiação deste ano: artistas negros “sonhando em dourado”, como diz o slogan da campanha. A presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, chegou a se dizer desapontada pela falta de diversidade na premiação, apesar de indicações a “Creed – Nascido para Lutar” e “Straight Outta Compton – A História do N.W.A.” Com apresentação do comediante Chris Rock (“No Auge da Fama”), que deve abordar a polêmica, a entrega dos prêmios Oscar 2016 vai acontecer no dia 28 de fevereiro, em cerimônia que será realizada no Dolby Theatre, em Los Angeles, e transmitida para o Brasil pelos canais TNT e Globo.

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