Roman Polanski processa organizadores do Oscar após ser expulso da Academia
O diretor Roman Polanski está processando a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que organiza a cerimônia do Oscar, exigindo sua reintegração à organização após ser expulso em maio do ano passado em meio à campanha #MeToo. A ação, registrada no estado da Califórnia, afirma que o processo não seguiu o protocolo adequado e que, por isso, ele deve ser anulado. No processo, Polanski diz ainda que as conclusões da Academia não são “apoiadas por evidências”. Polanski foi expulso da Academia junto do ator Bill Cosby. Ambos foram condenados por estupro, mas o diretor franco-polonês fugiu dos Estados Unidos nos anos 1970, época do crime, e se exilou na França, evitando a prisão. Apesar disso, Polanski foi premiado pela Academia em 2003, com o Oscar de Melhor Direção por “O Pianista”. A Academia só mudou de opinião sobre o diretor após o recente movimento #MeToo, de denúncia aos abusos sexuais acobertados por Hollywood. Ao anunciar a expulsão, a Academia justificou a decisão salientando que a presença de Polanski ia contra “os padrões de conduta da organização” e que, assim, seus representantes esperavam “defender seus valores de respeito à dignidade humana”. A vítima de Polanski, Samantha Geimer, atualmente com 56 anos, apontou a hipocrisia da Academia ao banir Polanski após lhe dar um Oscar, descrevendo a expulsão de “um membro que há 41 anos se declarou culpado de uma única acusação e cumpriu sua sentença” como um “ato cruel que só serve às aparências”. “Isso não contribui em nada para mudar a cultura sexista em Hollywood e prova que eles comeriam uns aos outros para sobreviver”, ela escreveu em seu blog. O advogado do diretor chamou a expulsão de “abuso de idoso”, já que o cineasta tem 85 anos. “O que aconteceu tem a característica de abuso psicológico a nosso cliente, uma pessoa idosa. Colocar Bill Cosby e Roman Polanski no mesmo nível é um mal-entendido, uma perseguição”, manifestou-se o advogado Jan Olszewski na ocasião. “Polanski teve apenas um incidente em sua vida, pelo qual foi considerado culpado, assumiu a responsabilidade, e pelo qual sua vítima o perdoou”, afirmou ainda, comparando o caso do diretor com o de Cosby, que não assumiu erro, foi acusado por mais de 40 mulheres e jamais perdoado. Polanski e Cosby foram os primeiros membros enquadrados no novo código de conduta da Academia, motivado pelo escândalo de Harvey Weinstein. Ele aponta que os membros da organização poderiam ser expulsos por abuso, assédio e discriminação sexual. Assim como Polanski, Woody Allen também se defendeu em tribunal da acusação de abuso de menor (a própria filha Dylan Farrow), mas o caso não resultou em condenação.
CEO da Warner se demite após escândalo sexual
O executivo Kevin Tsujihara se demitiu da diretoria da Warner Bros. em meio a denúncias de que ele teria usado sua posição para ajudar a atriz Charlotte Kirk a conseguir papéis, após ter feito sexo com ela. A decisão aconteceu após Tsujihara sobreviver a uma investigação interna e ser promovido a CEO na estrutura da nova empresa WarnerMedia, resultante da aquisição da Time-Warner pela AT&T. Mas uma reportagem da revista The Hollywood Reporter, que teve acesso à troca de mensagens de texto entre o executivo, a atriz e outros envolvidos, levou os novos proprietários a realizar um novo inquérito, mais meticuloso. Em memorando, Tsujihara deu a entender que foi pressionado a pedir demissão. Ele disse para os funcionários que decidiu se demitir após “refletir sobre como suas ações do passado podem impactar o futuro da empresa”. “Após muita introspecção, e conversas com John Stankey durante a última semana, decidimos que o melhor para a Warner Bros. é que eu me afaste da posição de CEO”, escreveu o executivo. “Eu amo esta empresa e as pessoas que a fazem ser tão incrível”. “Eu tive a honra de liderar esta organização, e de trabalhar ao lado de empregados talentosos, nos últimos 25 anos”, continuou. “Juntos, construímos um estúdio que é inegavelmente um líder em sua indústria. No entanto, ficou claro que, se eu continuasse na liderança, me transformaria em uma distração e um obstáculo”. O escândalo que derrubou Tsujihara também jogou luz no costume de troca de favores sexuais para fechar negócios e avançar carreiras em Hollywood. E desta vez ele não teve origem numa denúncia feminina. A fonte é desconhecida – provavelmente um rival do executivo abatido ou uma das partes que se deu mal. Porque a atriz, que recebeu diversas vantagens, mesmo dizendo-se “usada” nos textos, nega tudo. Ela emitiu um comunicado em que afirma não ter interesse em processar nem acusar ninguém, e que todos os seus envolvimentos foram consensuais. Em outras palavras, ela foi a uma reunião num quarto de hotel sabendo exatamente o que ia acontecer e o que poderia conseguir com isso – o oposto das denúncias do movimento #MeToo. Tudo começou quando Charlotte Kirk se envolveu com o produtor James Packer em 2013. E foi instada por ele, em mensagem de texto, a ir a um encontro no quarto de hotel de Kevin Tsujihara, um dos executivos mais poderosos da Warner, que ajudaria sua carreira. Na manhã seguinte, ela relatou a Packer que Tsujihara não quis nem conversar, só “f*ck”. Três dias depois, Tsujihara e Packer fecharam um negócio de US$ 450 milhões, criando uma parceria de produção entre o estúdio de cinema Warner Bros. e a RatPac-Dune Entertainment, empresa de Packer e do cineasta Brett Ratner (que enfrenta processos por assédio sexual). A relação de Tsujihara com a atriz aconteceu quando ele já era casado com Sandy Tsujihara, com quem tem dois filhos. Sabendo disso, Charlotte Kirk passou a enviar textos para Tsujihara exigindo papéis em filmes da Warner. Um dos textos publicados pela THR diz: “Você está muito ocupado, eu sei, mas quando estávamos naquele hotel fazendo sexo você disse que iria me ajudar. Quando você simplesmente me ignora, como está fazendo agora, faz com que eu me sinta usada. Você vai me ajudar como disse que faria?”. Kirk foi escalada em pequenos papéis em dois filmes da Warner: “Como Ser Solteira” (2016) e “Oito Mulheres e um Segredo” (2018). E, de acordo com documentos obtidos pela THR, fez testes para vários outros projetos na Warner e na produtora Millenium de Avi Lerner. Os textos publicados mostram que, ao longo do tempo, Kirk ficou cada vez mais agitada porque não estava conseguindo tantos papéis quanto imaginou. Até que Brett Ratner resolveu assumir o controle da situação, mandando seu advogado Marty Singer intermediar um acordo que daria à atriz preferência para participar de testes, além de lhe garantir uma aparição em um filme dirigido por Ratner. O acordo proposto nunca foi assinado, segundo Singer, que (suspeitamente) atendeu a reportagem da revista, porque o próprio Ratner viu sua carreira implodir. Diretor de “X-Men: O Confronto Final” (2006) e da trilogia “A Hora do Rush”, ele foi acusado por seis mulheres de assédio sexual. Entre as vítimas estavam as atrizes Olivia Munn e Natasha Henstridge, que detalharam suas experiências ao jornal Los Angeles Times, durante o auge do movimento #MeToo. Com o escândalo, a atriz Gal Gadot teria condicionado sua participação na sequência de “Mulher-Maravilha” ao afastamento de Ratner da produção. Assim, o acordo milionário entre a Ratpac-Dune e a Warner foi cancelado. Kevin Tsujihara escapou ileso deste escândalo inicial. Mas rumores sobre o contrato com a Ratpac-Dune envolver sexo começaram a chegar à THR nesta ocasião. Fontes anônimas instigaram a publicação a investigar. Perguntado sobre Kirk, Tsujihara contratou um advogado, negou qualquer relacionamento com ela e ameaçou uma ação judicial contra a revista. A questão surgiu novamente em setembro de 2018. Desta vez, por meio de uma carta anônima enviada à John Stankey, CEO da WarnerMedia. A THR não explicou como soube detalhes dessa correspondência, como a alusão a uma atriz identificada como “CK”. Mas o texto teria sido tão explosivo que a empresa contratou a firma de advocacia Munger Tolles & Olson para verificar os fatos relatados. A conclusão da investigação interna foi que não haveria nenhuma evidência de má conduta. Com isso, Stankey promoveu Tsujihara no organograma da nova companhia, transformando-o em chefão do icônico estúdio Warner Bros., além de lhe dar o controle do Cartoon Network e de uma divisão de animação, o que o tornou um dos executivos mais poderosos de Hollywood. A retaliação veio três dias depois, nas páginas do THR, que finalmente teve acesso a provas materiais do escândalo que estava sendo acobertado.
Morgan Freeman supera acusações de assédio e entra na continuação de Dupla Explosiva
O veterano ator Morgan Freeman (“O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos”) vai reforçar o elenco da sequência de “Dupla Explosiva”, filme de ação estrelado por Samuel L. Jackson (“Capitã Marvel”) e Ryan Reynolds (“Deadpool”). O papel de Freeman ainda não foi divulgado, mas sinaliza que o ator segue com a carreira inabalada pelas acusações trazidas à tona numa reportagem da rede de notícias CNN há 10 meses. Ele foi acusado de assédio sexual por oito mulheres. Mas se defendeu dizendo que havia diferença muito grande em “elogios fora de lugar e brincadeiras humorísticas” e “casos horríveis de abuso sexual”. O advogado do ator afirmou que a acusação feita com estardalhaço foi leviana e poderia causar prejuízo à imagem de um homem inocente. Desde então, Freeman completou duas filmagens de thrillers de ação, a produção italiana “The Poison Rose” e “Angel Has Fallen”, continuação de “Invasão à Londres” (2016) e “Invasão a Casa Branca” (2013). A continuação de “Dupla Explosiva” mostrará uma nova reunião entre o guarda-costas Michael Bryce (Reynolds) e o assassino de aluguel Darius Kincaid (Jackson), além da mulher deste, Sonia (Salma Hayek), numa missão secreta nas praias de Amalfi, na Itália. O diretor Patrick Hughes e o roteirista Tom O’Connor, responsáveis pelo primeiro filme, também retornam na sequência, que ainda não tem data de estreia definida. “Dupla Explosiva” teve um desempenho modesto nas bilheterias, arrecadando quase US$ 180 milhões em todo o mundo. Só que foi feito por apenas US$ 30 milhões, o que incentivou o estúdio Liongate a investir na franquia.
Após polêmicas, SMILF é cancelada em sua 2ª temporada
O canal pago Showtime anunciou o cancelamento da série “SMILF” após sua 2ª temporada. A série viu sua audiência desabar nos novos episódios, caindo de uma média de quase 550 mil telespectadores no primeiro ano para 200 mil ao vivo. Para completar, ainda enfrentou denúncias de bastidores. Várias queixas foram registradas numa linha criada pela Disney para reclamações sobre o ambiente de trabalho em suas produções – o estúdio é coprodutor da série, via ABC Signature, junto do Showtime. Uma atriz chegou a abandonar o programa, dizendo-se perseguida pela criadora, showrunner e protagonista da série, Frankie Shaw (a Shayla Nico na série “Mr. Robot”), alegando quebra de contrato por violação de regras profissionais. Outras reclamações incluem a separação dos roteiristas da série por raça. As denúncias tornaram Shaw a primeira produtora feminina denunciada após o surgimento do movimento #MeToo. Uma lista detalhada dos problemas, envolvendo cenas de nudez e comportamento impróprio, pode ser lida aqui. “Depois de pesar vários fatores, a Showtime decidiu que ‘SMILF’ não avançará para uma 3ª temporada. O restante da 2ª temporada continuará a ir ao ar como programado no Showtime até o final dos episódios em 31 de março. Nós continuamos extremamente orgulhosos das duas temporadas de ‘SMILF’, e agradecemos a Frankie Shaw por sua voz singular e criação única, bem como aos dezenas de escritores, produtores, atores, diretores e membros da equipe em Los Angeles e em Boston, que contribuíram para esta série excepcional”, disse o Showtime em um comunicado. Considerada uma das melhores comédias recentes da TV americana, com 100% de aprovação em sua 2ª temporada no Rotten Tomatoes, “SMILF” era baseada no curta-metragem indie homônimo de Frankie Shaw, premiado no festival de Sundance de 2015. Além de escrever, dirigir e produzir, Shaw encarnava a protagonista Bridgette, uma garota de 20 e poucos anos, que mora em Boston e tenta ter uma carreira, amizades e sexo, enquanto reluta em aceitar a realidade de ser uma mãe jovem e solteira. O título, por sinal, é uma gíria sexista, abreviatura de Single Mom I’d Like to F* (mãe solteira que eu gostaria de… transar). Mas como mostrava a série, apesar de bonitinha, jovem e solteira, a protagonista tinha muita dificuldade para transar, justamente por causa de seu bebê.
Cardeal denunciado no novo filme de François Ozon é condenado por acobertar abusos da Igreja na França
O cardeal Philippe Barbarin, um dos padres católicos abordados no filme “Grâce à Dieu”, de François Ozon, vencedor do Urso de Prata no recente Festival de Berlim, foi considerado culpado de encobrir o abuso sexual de crianças pela justiça francesa nesta quinta-feira (7/3), durante julgamento realizado na cidade de Lyon. Ele foi condenado a seis meses de prisão, mas a sentença foi convertida em condicional – ele se mantém em liberdade se não violar a lei. Barbarin anunciou que renunciaria à igreja após ser condenado por acobertar os casos de abuso sexual praticados por padres na França, em particular o caso do padre Bernard Preynat, que é alvo do filme de Ozon. Preynat foi à justiça para tentar impedir o lançamento de “Grâce à Dieu”, alegando que o filme era o linchamento público de alguém que não tinha sido condenado pela justiça. O caso dele também irá a julgamento, em data ainda não definida. Os advogados de Barbarin também acusaram o filme de ter responsabilidade pela condenação de seu cliente, dizendo que Ozon influenciou os juízes. “Foi difícil para o tribunal resistir à pressão com um filme”, disse o advogado Jean-Felix Luciani. “Isso coloca questões reais sobre o respeito pela justiça.” Em entrevista ao jornal Le Parisien, Ozon elogiou a decisão. “Esta é simbolicamente uma decisão muito importante para todas as vítimas de abuso sexual, o que permitirá uma maior liberdade de expressão”, disse o diretor. “A justiça não precisou do meu filme para dar seu veredito. Os fatos já eram amplamente conhecidos – em artigos, livros, relatos e especialmente nos testemunhos das vítimas”. O filme de Ozon conta a história do nascimento de La Parole Liberee, uma organização dedicada a denunciar os abusos cometidos por padres, e segue três vítimas que se unem para levar a público suas histórias. A forte repercussão do caso, que levou até o Papa Francisco a se pronunciar, fez com que “Grâce à Dieu” se tornasse um sucesso na França, com 500 mil ingressos vendidos desde seu lançamento em 20 de fevereiro – o que é muito para um drama de tema tão pesado.
Alto Executivo da Warner é denunciado em escândalo sexual com atriz aspirante e contrato milionário
Um escândalo sexual de proporções weistenianas estourou na WarnerMedia, envolvendo um de seus principais executivos, um acordo de parceria de centenas de milhões de dólares e uma atriz aspirante. Uma série de mensagens trocadas por todos os envolvidos veio à tona numa reportagem da revista The Hollywood Reporter, que começou a investigar o caso no final de 2017, quando o movimento #MeToo explodiu. A apuração joga luz no costume de troca de favores sexuais para fechar negócios e avançar carreiras em Hollywood. E desta vez o escândalo não teve origem numa denúncia feminina. A fonte é desconhecida – provavelmente um rival do executivo abatido ou uma das partes que se deu mal. Porque a atriz, que recebeu diversas vantagens, mesmo dizendo-se “usada” nos textos, nega tudo. Ela emitiu um comunicado em que afirma não ter interesse em processar nem acusar ninguém, e que todos os seus envolvimentos foram consensuais. Trata-se do lado B do “teste do sofá” denunciado pelo #MeToo, quando uma atriz vai a uma reunião num quarto de hotel sabendo exatamente o que vai acontecer e o que pode conseguir com isso. Foi o que houve com a britânica Charlotte Kirk. Ela se envolveu com o produtor James Packer em 2013. E foi instada por ele, em mensagem de texto, a ir a um encontro no quarto de hotel de Kevin Tsujihara, um dos executivos mais poderosos da Warner, que ajudaria sua carreira. Na manhã seguinte, ela relatou a Packer que Tsujihara não quis nem conversar, só “f*ck”. Três dias depois, Tsujihara e Packer fecharam um negócio de US$ 450 milhões, criando uma parceria de produção entre o estúdio de cinema Warner Bros. e a RatPac-Dune Entertainment, empresa de Packer e do cineasta Brett Ratner (que enfrenta processos por assédio sexual). A relação de Tsujihara com a atriz aconteceu quando ele já era casado com Sandy Tsujihara, com quem tem dois filhos. Sabendo disso, Charlotte Kirk passou a enviar textos para Tsujihara exigindo papéis em filmes da Warner. Um dos textos publicados pela THR diz: “Você está muito ocupado, eu sei, mas quando estávamos naquele hotel fazendo sexo você disse que iria me ajudar. Quando você simplesmente me ignora, como está fazendo agora, faz com que eu me sinta usada. Você vai me ajudar como disse que faria?”. Kirk foi escalada em pequenos papéis em dois filmes da Warner: “Como Ser Solteira” (2016) e “Oito Mulheres e um Segredo” (2018). E, de acordo com documentos obtidos pela THR, fez testes para vários outros projetos na Warner e na produtora Millenium de Avi Lerner. Os textos publicados mostram que, ao longo do tempo, Kirk ficou cada vez mais agitada porque não estava conseguindo tantos papéis quanto imaginou. Até que Brett Ratner resolveu assumir o controle da situação, mandando seu advogado Marty Singer intermediar um acordo que daria à atriz preferência para participar de testes, além de lhe garantir uma aparição em um filme dirigido por Ratner. O acordo proposto nunca foi assinado, segundo Singer, que (suspeitamente) atendeu a reportagem da revista, porque o próprio Ratner viu sua carreira implodir. Diretor de “X-Men: O Confronto Final” (2006) e da trilogia “A Hora do Rush”, ele foi acusado por seis mulheres de assédio sexual. Entre as vítimas estavam as atrizes Olivia Munn e Natasha Henstridge, que detalharam suas experiências ao jornal Los Angeles Times, durante o auge do movimento #MeToo. Com o escândalo, a atriz Gal Gadot teria condicionado sua participação na sequência de “Mulher-Maravilha” ao afastamento de Ratner da produção. Assim, o acordo milionário entre a Ratpac-Dune e a Warner foi cancelado. Kevin Tsujihara escapou ileso deste escândalo inicial. Mas rumores sobre o contrato com a Ratpac-Dune envolver sexo começaram a chegar à THR nesta ocasião. Fontes anônimas instigaram a publicação a investigar. Perguntado sobre Kirk, Tsujihara contratou um advogado, negou qualquer relacionamento com ela e ameaçou uma ação judicial contra a revista. A questão surgiu novamente em setembro de 2018. Desta vez, por meio de uma carta anônima enviada à John Stankey, CEO da WarnerMedia. A THR não explicou como soube detalhes dessa correspondência, como a alusão a uma atriz identificada como “CK”. Mas o texto teria sido tão explosivo que a empresa contratou a firma de advocacia Munger Tolles & Olson para verificar os fatos relatados. A conclusão da investigação interna foi que não haveria nenhuma evidência de má conduta. Com isso, Stankey promoveu Tsujihara no organograma da nova companhia, transformando-o em chefão do icônico estúdio Warner Bros., além de lhe dar o controle do Cartoon Network e de uma divisão de animação, o que o tornou um dos executivos mais poderosos de Hollywood. A retaliação veio três dias depois, nas páginas do THR, que finalmente teve acesso a provas materiais do escândalo que estava sendo acobertado. Após a reportagem ser publicada, a WarnerMedia anunciou ter iniciado uma nova investigação para comprovar a veracidade das acusações contra Tsujihara – que incluem, além de comportamento impróprio, extorsão e suborno para manter o caso abafado, de acordo com as mensagens ventiladas.
Novos – e provavelmente últimos – episódios de Arrested Development ganham trailer
A Netflix divulgou o trailer dos últimos episódios de “Arrested Development”, com um hiato escandaloso. A segunda metade da 5ª temporada da série será exibida dez meses após o lançamento da primeira parte. A palavra “escandaloso” não é fortuita. O grande espaçamento reflete uma tentativa de se distanciar dos problemas envolvendo Jeffrey Tambor, intérprete do trambiqueiro patriarca da família Bluth. O ator não só foi demitido de “Transparent”, na Amazon, como ainda foi acusado de tumultuar as gravações da série da Netflix. A atriz Jessica Walker, que interpreta sua esposa na série, acusou-o de assédio verbal e intimidação psicológica nos bastidores da nova temporada da atração. Originalmente exibida de 2003 a 2006 na rede americana Fox, “Arrested Development” consagrou-se como uma das séries de comédia mais elogiadas pela crítica na década passada. Mesmo assim – e com um elenco de primeira – nunca conquistou grande audiência. Na verdade, a Fox ensaiou cancelá-la desde o final da 1ª temporada, mas os prêmios do Emmy e Globo de Ouro a mantiveram no ar por três anos. Fora do ar, virou cult. E acabou resgatada pela Netflix para uma 4ª temporada em 2013, seis anos após a exibição de seu último episódio na TV aberta americana. O começo da 5ª temporada, por sua vez, chegou ao streaming após novo hiato de cinco anos. E agora o final se aproxima após mais um ano de “desenvolvimento arrastado”. Os novos episódios deve concluir a história de Michael Bluth (Jason Bateman), seu filho George Michael (Michael Cera), dos pais George Bluth Sr. (Jeffrey Tambor) e Lucille (Jessica Walter), dos irmãos George Oscar Bluth II (Will Arnett), Buster Bluth (Tony Hale) e Lindsay Funke (Portia de Rossi), do cunhado Tobias (David Cross) e da sobrinha Maeby (Alia Shawkat). Eles chegam ao streaming em 15 de março.
Roseanne Barr chama mulheres do movimento #MeToo de prostitutas
A comediante Roseanne Barr resolveu atacar o movimento #MeToo em uma entrevista no novo programa “The Candace Owens Show”, que foi ao ar na manhã deste domingo (3/3) na página do YouTube dedicada à organização de extrema direita PragerU – que tem vários vídeos censurados por ofensas e abusos dos limites do serviço. O propósito da entrevista era dar a Barr uma plataforma para justificar seu ataque racista a uma ex-assessora da administração Obama, Valerie Jarrett, que causou sua demissão de sua própria série, “Roseanne” – a atração acabou voltando ao ar como “The Conners”, sem a matriarca falastrona. O assunto acabou mudando para o que Owens chamou de “a coisa das mulheres” – as reclamações do movimento #MeToo. Foi quando Barr definiu quem reclama de assédio após ir num encontro de negócios num quarto de hotel como “prostitutas”, para usar uma palavra mais branda. Ela disse que as mulheres estão “fingindo que não foram trocar favores sexuais por dinheiro”. “Se você não saí imediatamente do recinto numa situação dessas, mas fica pensando que talvez possa conseguir um emprego, bem, você não é nada além de uma prostituta”, concluiu Barr. Aproveitando o gancho, ela ainda aproveitou para atacar a senadora Kamala Harris, possível postulante à candidatura presidencial pelo Partido Democrata, chamando-a de “Kama Sutra Harris”. “Todos nós sabemos o que ela fez… ela usou sexo para chegar ao topo”, disse Barr, referindo-se ao relacionamento anterior da senadora com o ex-prefeito de São Francisco, Willie Brown. Papo vai, papo vem, a entrevistadora também decidiu compartilhar seu quinhão de sabedoria, ao concordar com Barr sobre o movimento #MeToo. “Como elas não conseguiram a carreira que queriam, 30 anos depois aproveitam, você sabe, como minha carreira nunca decolou, então eu vou pegar carona nisso e dizer que algo horrível aconteceu comigo”, disse Owens, que em seguida se definiu feminista. “O que estamos falando aqui é o feminismo real, porque estamos protegendo as vítimas reais, porque há mulheres que realmente são estupradas, há homens que são predadores de verdade”, acrescentou. Barr aproveitou outro momento durante a entrevista para dizer que Christine Blasey Ford, mulher que, no ano passado, acusou o juíz da Suprema Corte Brett Kavanaugh de agressão sexual na década de 1980, “deveria estar na prisão”. “Ela não foi nem obrigada a apresentar um boletim de ocorrência da polícia nem nada, e mesmo assim arrecadou milhões de dólares”, concordou Owens, referindo-se a várias contas da GoFundMe que surgiram em apoio à Ford. (“Esses fundos foram usados exclusivamente para cobrir os custos necessários de segurança física e moradia ocasionados pela divulgação de sua agressão sexual por Brett Kavanaugh”, disseram os advogados da Ford na época, acrescentando que qualquer dinheiro não utilizado seria doado para “organizações que apoiam sobreviventes traumatizados”.) No final da entrevista, Barr revelou que planejava voltar à comédia stand-up. “Eu vou dizer às pessoas o que diabos eu penso delas, eu vou dizer às mulheres que elas não são nada além de prostitutas, eu vou dizer aos homens ‘Por que vocês estão deixando as mulheres fazerem isso com vocês?”. Veja abaixo essas e outras pérolas da sabedoria de Roseanne Barr e sua entrevistadora “feminista” no vídeo com a íntegra do programa.
Justiça francesa arquiva acusação de estupro contra o diretor Luc Besson
A promotoria de Paris arquivou nesta segunda-feira (25/2), após nove meses de investigação, o processo que acusava o cineasta Luc Besson de estupro. De acordo com a instituição, as investigações “não permitiram caracterizar a infração denunciada em todos os seus elementos constitutivos”. O protocolo oficial revelou o nome da acusadora. Besson foi denunciado por Sand Van Roy, uma atriz e modelo belgo-holandesa de 30 anos, que figurou em seu filme mais recente, “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” (2017). Ela também participou do já filmado “Anna”, próximo lançamento do diretor, que não tem previsão de estreia devido ao escândalo. Van Roy acusou o produtor e cineasta francês de estupro em maio passado, afirmando à polícia ter se sentido obrigada a manter relações íntimas com ele por causa da carreira. Em julho, a atriz protocolou uma segunda denúncia por estupro por atos anteriores. No total, ela denunciou quatro estupros. A investigação começou a revelar detalhes incongruentes, como o fato de ela ter um relacionamento de dois anos com Besson e mesmo assim acusar o diretor de tê-la drogado para estuprá-la, dois dias antes de fazer a primeira denúncia. Exames de sangue realizados a pedido da polícia não encontraram evidências toxicológicas no organismo da atriz que corroborassem sua alegação. Besson comemorou a decisão da Justiça. “O senhor Luc Besson ressalta sua satisfação da decisão do procurador da República de arquivar as acusações da senhora Sand Van Roy, às quais sempre desmentiu formalmente”, informou seu advogado em um breve comunicado. Após a denúncia de Sand Van Roy, outras mulheres acusaram o diretor de gestos inoportunos e abusos sexuais, numa reportagem do site Mediapart. Na sexta-feira, o mesmo site publicou o testemunho da nona acusadora, uma atriz que vive nos Estados Unidos. Nenhuma delas se identificou ou deu entrada em processo criminal. Mas a mais recente acusadora chegou a escrever ao procurador da República para investigar melhor as alegações de Van Roy, porque seu próprio caso, ocorrido em 2002, já era considerado prescrito pelas leis francesas.
Diretor do filme mais premiado é “esquecido” no Oscar 2019
Com quatro estatuetas, “Bohemian Rhapsody” foi o filme mais premiado do Oscar 2019. Mas nenhum dos vencedores lembrou de agradecer seu diretor. O nome de Bryan Singer não foi mencionado uma vez sequer nos discursos dos premiados. Isto já tinha acontecido nas premiações anteriores, desde que a tática foi implementada no Globo de Ouro. A opção foi a estratégia escolhida pela Fox para separar o filme das controvérsias que acompanham o diretor. Singer foi denunciado por abuso sexual de menores antes, durante e após as filmagens do longa. São denúncias de fatos que teriam acontecido em outra década, mas que podem ter abalado o cineasta durante a produção, já que ele foi demitido antes do final das filmagens, supostamente porque precisava de um tempo para lidar com problemas de saúde de sua mãe. Ninguém comenta abertamente detalhes dos bastidores, mas rumores mencionam brigas no set com Rami Malek, vencedor do Oscar de Melhor Ator, ausências seguidas durante datas de filmagens – coincidindo com a descoberta de uma reportagem sobre novas denúncias – e comportamento descrito como “não profissional”. As revelações mais recentes, da tal reportagem, vieram à tona ao fim de janeiro pela revista The Atlantic, e levaram o cineasta a ser excluído das indicações ao BAFTA, o “Oscar britânico”. Além disso, seu mais recente projeto, uma nova versão dos quadrinhos de “Red Sonja”, acabou engavetado após a repercussão. O diretor Dexter Fletcher (do vindouro filme de Elton John, “Rocketman”) foi quem completou as filmagens de “Bohemian Rhapsody”. E se tornou ainda mais invisível que Singer, pois, além de não receber nenhum agradecimento sequer, nem teve seu nome incluído nos créditos do longa. Singer manteve-se como diretor solitário da produção. Ele se defendeu das acusações publicadas pela revista The Atlantic acusando um dos repórteres de homofobia e revelando que a mesma denúncia tinha sido vetada por supostos problemas de apuração pela revista Esquire. Os autores da reportagem confirmaram que a editora da Esquire barrou a publicação original, mas disseram “não saber porquê”. Mas o cineasta já tinha sido alvo de duas ações legais por abuso sexual de menor, ambas antes de filmar “Bohemian Rhapsody”. A mais recente é de 2017, quando foi acusado de estupro por Cesar Sanchez-Guzman. O jovem conta que tinha 17 anos quando compareceu a uma festa em um iate na qual Singer era um dos convidados. A ação ainda tramita na justiça americana. Mas chama atenção o fato de o advogado de Cesar Sanchez-Guzman ser Jeffrey Herman, o mesmo que representou Michael Egan em 2014, quando este também fez acusações de abuso sexual de menor contra vários figurões de Hollywood, inclusive Singer. Mais tarde, Egan voltou atrás nas denúncias, após inúmeras contradições em seus depoimentos. No caso de Singer, por exemplo, ele acusou o diretor de estuprá-lo numa viagem ao Havaí. Entretanto, Singer estava no Canadá filmando um dos longas dos “X-Men” no período apontado, e diante das evidências o caso foi retirado. Singer garante que também é inocente das demais acusações. Ironicamente, ele alega que as novas denúncias quiseram se aproveitar de seu destaque como diretor de “Bohemian Rhapsody”.
Filha acusa diretor de Velozes e Furiosos de abuso sexual
A filha mais velha do diretor Rob Cohen, responsável pelo lançamento das franquias “Velozes e Furiosos” e “Triplo X”, acusou o pai de tê-la abusado sexualmente na infância, num post publicado no Facebook. Valkyrie Weather, que nasceu Kyle Cohen há 32 anos, afirmou que seu processo de transição sexual – de homem para mulher – a fez lembrar de muitas coisas dolorosas. Ela escreveu que “quando era muito nova, Rob usou meu corpo para a sua própria satisfação pessoal”. “Minha mãe testemunhou um desses ataques quando eu tinha entre 2 a 3 anos”, completou. Em entrevista à revista The Hollywood Reporter, Valkyrie reforçou a acusação, dizendo que se lembra “principalmente da dor, a memória do lugar e do tempo. Apenas estando lá, no banho”. Ela disse ainda que foi “tão doloroso que não conseguia verbalizar por muito tempo”. Questionada sobre a lembrança de fatos que aconteceram quando era tão nova, Valkyrie revelou que só soube dos fatos por causa de sua mãe, que lhe contou num desabafo emocional em 2017, enquanto ela fazia sua transição. Procurado pela publicação, o diretor Rob Cohen respondeu que a alegação é “categoricamente falsa”. Ele acrescentou que “espera e reza para que um dia a filha entenda que não importa o que alguém diga ou tente convencê-la de algo aconteceu quando ela era criança, trata-se de um relato falso e inimaginável”, afirmou. Valkyrie afirmou que a transição fez com ela começasse a dissecar todos os momentos de sua infância, despertando muitos ressentimentos e amarguras. Ela contou que confrontou seu pai por e-mail durante várias semanas. “Ele basicamente disse que minha mãe era psicótica e a comparou com o serial killer Son of Sam em termos da profundidade de sua psicose.” Ela disse que há muito suspeitava que havia algo errado, embora ela não fosse capaz de identificar. “Eu apenas pensei que eu tinha memórias indignas de confiança, que estava fantasiando”, contou. “O que realmente me despertou, inesperadamente, foi um episódio de ‘Game of Thrones’, ‘Hold The Door’. Não foi nem mesmo uma cena de violência sexual. Foi a visão de Hodor como um garotinho no chão gritando, mergulhando em uma imensa quantidade de dor, uma convulsão”. Para completar, também alegou que Cohen a levou para transar com prostitutas em estabelecimentos na Tailândia e na República Tcheca a partir dos 13 anos de idade. “Eu demonstrei desde muito cedo que eu provavelmente era trans e queer, e essa não era a criança que meu pai queria. Ele queria que seu filho fosse um bastardo heterossexual e mulherengo como ele. Eu tenho minha própria teoria de que ele pensa que me quebrou quando me molestou e estava de alguma forma tentando desfazer esse dano me heterossexualizando desde muito jovem”.
Woody Allen vai retomar a carreira com novo filme rodado na Espanha
Woody Allen decidiu retomar sua carreira na Europa, longe das pressões do movimento #MeToo. Após abrir processo contra a Amazon para encerrar seu contrato com o estúdio, que não planeja lançar mais seus filmes, ele fechou acordo com a produtora espanhola Mediapro, uma das maiores distribuidoras independentes da Europa. As negociações entre Allen e a Mediapro vieram à tona em setembro, quando o sócio-fundador da produtora, Jaume Roures, revelou que pretendia produzir um novo filme do diretor na Espanha. Será a segunda vez que o cineasta americano de 82 anos filmará na cidade espanhola. A primeira vez foi com o sucesso “Vicky, Cristina, Barcelona” (2008), que rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para Penélope Cruz. Na ocasião, a produção também contou com apoio da Mediapro, responsável ainda pelas filmagens de “Meia-Noite em Paris” (2011), na França. Segundo o jornal espanhol El País, Allen e sua equipe já estão procurando locações para a filmagem na Espanha. Allen teve a carreira interrompida após a Amazon decidir não lançar “A Rainy Day in New York”, o 48º filme dirigido pelo cineasta, que foi rodado em 2017 e se tornou dano colateral do movimento #MeToo. A filha de Allen, Dylan Farrow, aproveitou o movimento de denúncias de assédios sexuais para retomar suas acusações de pedofilia contra Allen, pressionando especificamente a Amazon para que não bancasse mais o diretor. Na véspera do lançamento de “Roda Gigante”, último filme de Allen a chegar aos cinemas, Dylan publicou uma carta aberta no jornal The Los Angeles Times, questionando o tratamento diferenciado dado a ele em relação a Weinstein. “Qual o motivo de Harvey Weinstein e outras celebridades acusadas de abuso terem sido banidas de Hollywood enquanto Allen recentemente conseguiu um contrato milionário de distribuição para seu próximo filme?”, ela questionou, referindo-se, justamente, à Amazon. Embora a pergunta tenha sido retórica, a grande diferença entre Allen e Weinstein sempre foi que apenas Dylan acusa o diretor, enquanto Weinstein acumulou uma centena de acusadoras. Dylan sabe disso, a ponto de dizer: “Estou falando a verdade e acho importante que as pessoas entendam que uma vítima importa e é suficiente para mudar as coisas”, ela disse. O caso chegou a ir parar na Justiça nos anos 1990, durante a separação do diretor de sua ex-mulher Mia Farrow, mas nada foi provado. Allen sempre se disse inocente e culpou Mia por fazer lavagem cerebral em sua filha. Moses Farrow, outro filho do diretor, recentemente contestou a irmã, apontando inconsistências na denúncia, culpando a mãe por violência física e psicológica e testemunhando que Allen jamais ficou sozinho com Dylan durante o alegado abuso. Nenhuma atriz ou ator filmados por Woody Allen ao longo de meio século de carreira acusou o diretor de qualquer coisa que não fosse extremo distanciamento. No entanto, a campanha de Dylan fez vários deles dizerem que não voltariam a filmar com o diretor, inclusive os integrantes de “A Rainy Day in New York”. Timothée Chalamet e Rebecca Hall chegaram a doar seus salários após participarem do filme. Para complicar, “A Rainy Day in New York” tem tema controverso, contando a história do relacionamento entre um homem de 44 anos e uma adolescente de 15 anos. O que torna seu lançamento ainda mais delicado diante de toda a polêmica revivida por Dylan Farrow. Graças à campanha da filha, Woody Allen teve a carreira interrompida. O ano de 2018 foi o primeiro em quase quatro décadas que o diretor ficou sem realizar uma nova produção. O último hiato tinha sido em 1981, após o fracasso comercial de “Memórias” (1980), seu primeiro filme sem a parceira Diane Keaton. O contrato de Allen com a Amazon foi assinado em 2014, e o estúdio já havia lançado dois de seus filmes anteriores, “Café Society” e “Roda Gigante”, além da minissérie “Crisis in Six Scenes”. Além disso, havia previsão para outros títulos após “A Rainy Day in New York”.
Novos – e provavelmente últimos – episódios de Arrested Development ganham pôster e fotos
A Netflix divulgou seis fotos e o pôster dos últimos episódios de “Arrested Development”. As imagens pertencem à segunda metade da 5ª temporada da série, que será exibida dez meses após o lançamento da primeira parte. O grande espaçamento reflete uma tentativa de se distanciar dos problemas envolvendo Jeffrey Tambor, intérprete do trambiqueiro patriarca da família Bluth. O ator não só foi demitido de “Transparent”, na Amazon, como ainda foi acusado de tumultuar as gravações da série da Netflix. A atriz Jessica Walker, que interpreta sua esposa na série, acusou-o de assédio verbal e intimidação psicológica nos bastidores da nova temporada da atração. Originalmente exibida de 2003 a 2006 na rede americana Fox, “Arrested Development” consagrou-se como uma das séries de comédia mais elogiadas pela crítica na década passada. Mesmo assim – e com um elenco de primeira – nunca conquistou grande audiência. Na verdade, a Fox ensaiou cancelá-la desde o final da 1ª temporada, mas os prêmios do Emmy e Globo de Ouro a mantiveram no ar por três anos. Fora do ar, virou cult. E acabou resgatada pela Netflix para uma 4ª temporada em 2013, seis anos após a exibição de seu último episódio na TV aberta americana. O começo da 5ª temporada, por sua vez, chegou ao streaming após novo hiato de cinco anos. E o final levou mais um ano de “desenvolvimento arrastado”. Os novos episódios continuarão a história de Michael Bluth (Jason Bateman), seu filho George Michael (Michael Cera), dos pais George Bluth Sr. (Jeffrey Tambor) e Lucille (Jessica Walter), dos irmãos George Oscar Bluth II (Will Arnett), Buster Bluth (Tony Hale) e Lindsay Funke (Portia de Rossi), do cunhado Tobias (David Cross) e da sobrinha Maeby (Alia Shawkat). Eles chegam ao streaming em 15 de março.








