Tom Holland revela que vai viver Fred Astaire no cinema
O jovem ator inglês Tom Holland (“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”) revelou que interpretará o lendário astro de Hollywood Fred Astaire (1899–1987), que brilhou em musicais clássicos do cinema. “Vou interpretar Fred Astaire. O roteiro chegou uma semana atrás, mas ainda não o li. Eles não liberaram pra mim”, disse Holland à agência Associated Press, durante uma jornada de entrevistas (junket) em Londres para “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”. Considerado um dos maiores dançarinos de todos os tempos, Astaire teve uma trajetória de sete décadas no cinema e no teatro. Algumas de suas interpretações mais marcantes foram ao lado de Ginger Rogers, com quem formou uma famosa dupla no começo da carreira – em filmes como “O Picolino” (1935), “Ritmo Louco” (1936) e “Vamos Dançar?” (1937). Mas ele também brilhou com Jane Powell em “Núpcias Reais” (1951), Cyd Charisse em “A Roda da Fortuna” (1953) e “Meias de Seda” (1957), e Audrey Hepburn em “Cinderela em Paris” (1957). Seu último musical foi “O Caminho do Arco-Íris” (1968), de Francis Ford Coppola, no qual trabalhou com a cantora Petula Clark. Quando a idade não lhe permitiu mais dançar, ele seguiu em papéis dramáticos em séries como “Dr. Kildare” (1965), “O Rei dos Ladrões” (1969-1970) e “Battlestar Galactica” (1979) e filmes como “Inferno na Torre” (1974) e “Histórias de Fantasmas” (1981). Holland acrescentou que a cinebiografia do ator tem produção de Amy Pascal, responsável também pela franquia do “Homem-Aranha”. “Ela conversou comigo pelo FaceTime mais cedo. Eu estava no banho e tivemos uma conversa adorável”, ele afirmou. Tom Holland será visto a seguir em “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, que estreia em 16 de dezembro no Brasil, e dois meses depois em “Uncharted – Fora do Mapa”, com lançamento marcado para 17 de fevereiro nos cinemas brasileiros. Veja abaixo uma seleção das 10 melhores danças de Fred Astaire no cinema.
Nanette Fabray (1920 – 2018)
Morreu Nanette Fabray, estrela do teatro, do cinema e da TV americana, que venceu o Tony nos anos 1940 e três Emmys nos 1950. Fabray tinha 97 anos e faleceu na quinta (22/2) em sua casa em Palos Verdes, na Califórnia. Californiana criada em Los Angeles, Nanette praticamente saiu da formatura no colegial para sua estreia no cinema, com apenas 19 anos de idade. Seu primeiro papel foi como uma aia da rainha Elizabeth I (Bette Davis) em “Meu Reino Por um Amor” (1939), quando ainda assinava Nanette Fabares. Mas sua carreira acabou tomando o rumo do palco. Quando voltou ao cinema no famoso musical “A Roda da Fortuna”, em 1954, já era uma estrela premiada da Broadway. Por isso mesmo, o filme aproveitou seu talento para incluir uma coreografia memorável, em que ela, Fred Astaire e Jack Buchanan interpretavam bebês, com cabeças e torsos de tamanho adulto, mas pernas curtas de crianças. No mesmo ano, ela estrelou seu primeiro papel fixo na TV, na série “Caesar’s Hour”, do humorista Sid Caesar. E em 1956 venceu dois prêmios Emmy como Melhor Comediante (como a categoria era chamada na época) e Melhor Atriz Coadjuvante por seu trabalho. Nanette ainda bisou a segunda categoria no ano seguinte, com um detalhe vexatório para os produtores da atração: a vitória aconteceu após ela ter sido demitida, após seu agente exigir um melhor salário. Não quiseram nem ouvir que ela quase deu sua vida para a série. Em 1955, Nanette ficou hospitalizada duas semanas depois de ter sido nocauteada pela queda de tubos nos bastidores do programa, durante uma transmissão. Ela não emplacou mais nenhum sucesso televisivo, mas fez inúmeras aparições em séries e programas de variedades. Nos anos 1970, teve participações recorrentes como mãe de duas personagens icônicas da TV: de Mary Tyler Moore na série que levava o nome da atriz e de Ann Romano, personagem de Bonnie Franklin na sitcom “One Day at a Time”. Uma década mais tarde, ela ainda viveu outra mãe na série “Coach”, desde vez da personagem Christine Armstrong, vivida por sua sobrinha Shelley Fabares. Foi o último trabalho de Nanette. Os problemas de audição acabaram encurtando sua carreira. Ela deixou de cantar ao vivo aos 30 anos, quando percebeu que não conseguia ouvir direito a orquestra, durante a apresentação de um musical. Foi isso que a fez migrar da Broadway para a TV. A atriz foi diagnosticada com otosclerose, uma doença em que o crescimento excessivo nos ossos da orelha média interfere na transmissão do som. Mas guardou isso em segredo, vendo o problema se agravar a cada ano, até ficar praticamente surda. Quando assumiu a doença, virou porta-voz do Conselho Nacional sobre Deficiência e lutou pelos direitos dos deficientes, o que lhe rendeu inúmeros prêmios humanitários, inclusive do Sindicato dos Atores.

