Linda Lawson (1936–2022)
A atriz e cantora Linda Lawson, que viveu uma sereia no cult “A Noite do Terror” (1961), morreu de causas naturais no retiro de artistas de Los Angeles, aos 86 anos. A morte aconteceu em 18 de maio, mas só foi revelada neste domingo (5/6) pelo jornal Los Angeles Times. Filha de imigrantes italianos e batizada como Linda Spaziani, ela começou a carreira artística como cantora e dançarina, apresentando-se em Las Vegas em meados dos anos 1950 com a irmã Diana, para entreter o público na abertura de shows de artistas como Frank Sinatra e Lena Horn. Atraída pelo brilho de Hollywood, ela se mudou para Los Angeles e chegou a trabalhar como office girl da MGM, antes de conseguir virar atriz. Seus primeiros créditos foram participações em séries de TV do final dos anos 1950, como “Peter Gunn” e “Maverick”. Em 1959, ela emplacou seu primeiro papel recorrente na série “Adventures in Paradise”, produção gravada nas praias da Califórnia até 1961, onde apareceu quase sempre de maiô. No ano seguinte, lançou seu primeiro disco solo como cantora, “Introducing Linda Lawson”. E em 1961 virou sereia. Em “A Noite do Terror”, Lawson interpretou Maura, uma mulher misteriosa que atuava como sereia num circo, mas que o marinheiro vivido por Dennis Hopper acreditava ser uma criatura marinha de verdade, responsável por atrair homens para a morte durante as noites de lua cheia. O filme escrito e dirigido pelo especialista em terrores baratos Curtis Harrington foi o maior sucesso de sua carreira – apesar dos efeitos visuais de cair o queixo de tão malfeitos. Despois desta produção, ela estrelou a série de comédia “Don’t Call Me Charlie” (1962-1963) e teve um arco na atração dramática “Ben Casey” (em 1965), antes de voltar ao cinema na comédia de terror “Plano para Matar” (1966), de William Castle, um maiores gênios ou picaretas do cinema B da época. Numa mudança radical para sua filmografia, Lawson também integrou o elenco do segundo filme dirigido pelo astro Paul Newman, a aventura “Uma Lição Para não Esquecer” (1972). Isto aconteceu porque a atriz era próxima de Newman, já que se casara em 1958 com o produtor John Foreman, responsável por um dos maiores sucessos da carreira do ator, o western clássico “Butch Cassidy”. O casal teve dois filhos e ficaram juntos até a morte de Foreman, em 1992. Mais recentemente, ela integrou a série “That’s Life” (2000-2002), da criadora Diane Ruggiero-Wright, e se despediu das telas com uma aparição em “Plantão Médico” (E.R.) em 2005. Veja abaixo o trailer de “A Noite do Terror”, que é cultuado tanto pela história inovadora quanto por sua precariedade.
Bryan Marshall (1938 – 2019)
O ator britânico Bryan Marshall, que participou da franquia 007, morreu na terça-feira (25/6) aos 81 anos de causa não divulgada. Marshall viveu o comandante Talbot em “007 – O Espião que me Amava” (1977), contracenando com Roger Moore no 10º filme do agente secreto James Bond. Seu personagem teve seu submarino capturado no início do filme, antes de ser resgatado por Bond. Ele já era conhecido por séries britânicas, que começou a fazer ainda nos anos 1960, entre elas uma das primeiras minisséries derivadas do clássico literário “Feira das Vaidades”, e por filmes de terror do estúdio Hammer, como “A Face do Demônio” (1996) e “Uma Sepultura na Eternidade” (1967), além do romance “Sementes de Tamarindo” (1974). Depois de aparecer no filme de 007, Marshall ainda se destacou no clássico de gângsteres “A Noite do Terror” (1980), ao lado de Bob Hoskins, e viveu um dos vilões da primeira adaptação dos quadrinhos de “O Justiceiro” (1989), estrelada por Dolph Lundgren. Por ocasião da produção de “Bicicletas Voadoras” (1983), ele acabou se estabelecendo na Austrália, onde se tornou apresentador de um programa popular de reportagens criminais, o “Australia’s Most Wanted” (1989), que buscava a resolução de crimes não solucionados pela polícia, além de aparecer nas novelas “infinitas” “Neighbours” e “Home and Away”.

