Terror clássico “A Mosca” vai ganhar continuação
Diretora de "A Babá" desenvolve projeto ambientado no universo do filme de David Cronenberg, explorando o horror corporal
David Hedison (1927 – 2019)
O ator americano David Hedison, conhecido por viver o Capitão Lee Crane na série “Viagem ao Fundo do Mar” e o agente da CIA Felix Leiter na franquia 007, morreu na última quinta-feira (17/7), em Los Angeles, aos 92 anos de idade. O belo ator também retratou o cientista André Delambre, que se tornou um inseto em The Fly (1958) muito antes de Jeff Goldblum, e interpretou o agente da CIA Felix Leiter nos filmes de James Bond, Live and Let Die (1973) e License to Kill (1989). De 1964 a 1968, o personagem de Hedison trabalhou a bordo do submarino Seaview sob o comando do Almirante Harriman Nelson (Richard Basehart) em 110 episódios de Voyage to the Bottom of the Sea . O show foi criado por Irwin Allen, baseado em seu filme de 1961 com o mesmo nome. Nascido Al David Hedison em 20 de maio de 1927, em Providence, Rhode Island, Hedison estudou no célebre Actors Studio em Nova York e trabalhou em produções da Broadway antes de fazer sua estreia em Hollywood, no clássico de guerra naval “A Raposa do Mar” (1957), como um oficial da marinha americana. Seu papel seguinte foi um dos mais impactantes de sua carreira, como um cientista que se transforma em mosca humana no famoso terror “A Mosca da Cabeça Branca” (The Fly, 1958). A história marcou época, ganhou sequências e até um famoso remake com Jeff Goldblum em 1986. Ele também viveu o papel-título de “Arqueiro Misterioso – O Filho de Robin Hood” (1958) e encontrou dinossauros na Amazônia em “O Mundo Perdido” (1960), fantasia escrita e dirigida por Irwin Allen. O cineasta acabou fechando contrato com a 20th Century Fox Television para produzir séries sci-fi que mudaram a TV na década de 1960, como “Perdidos no Espaço”, “Túnel do Tempo” e “Terra de Gigantes”, e a primeira e mais bem-sucedida delas foi lançada em 1964. “Viagem ao Fundo do Mar” chegou à TV como uma produção dramática, em preto e branco, que explorava temas da Guerra Fria, acompanhando a tripulação de um submarino nuclear no futuro próximo – os anos 1980. A série era adaptação do filme homônimo de Allen, lançado em 1961. Hedison foi escalado como o capitão Lee Crane, comandante do submarino Seaview, em tramas que combinavam missões militares e mistérios submarinos, geralmente envolvendo temas de sci-fi. Mas, a partir da 2ª temporada, a série ganhou cores e os elementos fantásticos foram enfatizados, incluindo o monstro da semana e o apocalipse do mês. As mudanças refletiam o sucesso de “Perdidos no Espaço”, lançado em 1965, e aumentaram a audiência da atração, que ficou quatro anos no ar, até 1968, sem contar infinitas reprises. Seu próximo papel de destaque foi como Felix Slater em “Com 007 Viva e Deixe Morrer” (1975), estrelado por Roger Moore. Ele repetiria a participação como o espião americano da franquia em “007 – Permissão Para Matar” (1989), desta vez contracenando com Timothy Dalton no papel de James Bond. Na atual encarnação do personagem, Leiter é vivido por Jeffrey Wright (“Westworld”). Hedison também apareceu em inúmeras séries entre as décadas de 1970 e 1980, como “As Panteras”, “A Ilha da Fantasia”, “Supermáquina” e “O Barco do Amor”, e entrou no elenco de “The Colbys”, spin-off de “Dinastia” produzido por sua esposa, Bridget Hedison. Após um período afastado das telas, ainda retornou com destaque na novela “The Young and the Restless”, em 2003. Uma de suas filhas, Alexandra Hedison, é casada com a atriz Jodie Foster. “Mesmo em nossa profunda tristeza, somos consolados pela memória de nosso pai maravilhoso”, disseram Alexandra e Serena Hedison em um comunicado. “Ele nos amava muito e expressava esse amor todos os dias. Ele era adorado por muitos, que se beneficiavam de seu coração caloroso e generoso. Nosso pai levou alegria e humor a todos os projetos que participou e fez isso com grande estilo.”
Clássico de terror A Mosca pode ganhar mais um remake
O terror de inspiração sci-fi “A Mosca” pode ganhar um novo remake. Segundo o site Deadline, o cineasta indie J.D. Dillard abriu negociações com a 20th Century Fox para dirigir e escrever uma nova versão. Ele dividiria a história com Alex Theurer, com quem desenvolveu o único longa-metragem de sua filmografia, “Sleight”, mistura de filme de super-herói e drama urbano, ao estilo da série “Luke Cage”, que teve première no último Festival de Sundance. A trama original envolvia um brilhante e excêntrico cientista, que, ao sofrer um acidente durante uma experiência com um aparelho de teletransporte, mistura seu DNA com o de uma mosca e se transforma numa espécie de inseto-humano. O primeiro filme é de 1958 e foi lançado no Brasil como “A Mosca da Cabeça Branca”. O primeiro remake foi feito três décadas depois por David Cronenberg. Como se passaram mais três décadas, Hollywood segue a tendência de forma inexorável. Todos os filmes anteriores tiveram sequências menos famosas, e para não perder o costume a Fox também planeja usar o novo remake para lançar uma potencial franquia. Ainda não há data prevista para o começo da produção.


