Críticos de Los Angeles elegem Me Chame por Seu Nome como Melhor Filme do ano
A Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles divulgou os vencedores de sua premiação anual. E embora a temporada de distribuição de troféus mal tenha começado, a lista já assinala o surgimento das primeiras unanimidades. Assim como no Gotham Awards, a associação de Los Angeles considerou “Me Chame por Seu Nome” o Melhor Filme do Ano. Não só isso. O jovem Timothée Chalamet voltou a vencer como Melhor Ator. “Me Chame por Seu Nome”, que tem produção do brasileiro Rodrigo Teixeira, ainda rendeu reconhecimento para o diretor Luca Guadagnino. O cineasta italiano dividiu com o mexicano Guillermo del Toro, de “A Forma da Água”, o prêmio de Direção. O empate, na verdade, se estendeu ao número de prêmios dos dois filmes. “A Forma da Água” também conquistou três troféus. Os demais foram Melhor Fotografia, para Dan Laustsen, e Atriz, para Sally Hawkins. Os Melhores Coadjuvantes foram Laurie Metcalf (por “Lady Bird”) e Willem Dafoe (“Projeto Flórida”). Jordan Peele foi saudado como Melhor Roteirista por “Corra”. E Jonny Greenwood, da banda Radiohead, levou o prêmio de Trilha Sonora por “Trama Fantasma”, sua quarta parceria com o diretor Paul Thomas Anderson. Em resumo, prêmios para o cinema independente. Até uma produção indie venceu como Melhor Animação: “The Breadwinner”, desenho irlandês que desbancou “Viva – A Vida É uma Festa”. Apenas dois filmes de estúdio entraram na lista: o blockbuster “Dunkirk” e a sci-fi “Blade Runner 2049”, com vitórias em categorias técnicas. Para completar, a premiação também apontou convergência de opiniões em relação a Documentário e Filme em Língua Estrangeira. As produções francesas “Faces Places”, de Agnes Varda e JR, e “120 Batimentos por Minuto”, de Robin Campillo, são as que mais estão acumulando vitórias em suas categorias. Desta vez, o filme de Campillo empatou com o russo “Loveless”, de Andrey Zvyagintsev. São favoritos ao Oscar 2018. Veja abaixo a lista completa dos favoritos da crítica de Los Angeles. Melhores de 2017: Los Angeles Film Critics Association Melhor Filme: “Me Chame por Seu Nome” 2º lugar: “Projeto Flórida” Melhor Direção: Guillermo del Toro (“A Forma da Água”) e Luca Guadagnino (“Me Chame por Seu Nome”) – empate Melhor Atriz: Sally Hawkins (“A Forma da Água”) 2º lugar: Frances McDormand (“Três Anúncios para um Crime”) Melhor Ator: Timothée Chalamet (“Me Chame por Seu Nome”) 2º lugar: James Franco (“O Artista do Desastre” Melhor Atriz Coadjuvante: Laurie Metcalf (“Lady Bird”) 2º lugar: Mary J. Blige (“Mudbound”) Melhor Ator Coadjuvante: Willem Dafoe (“Projeto Flórida”) 2º lugar: Sam Rockwell (“Três Anúncios para um Crime”) Melhor Animação: “The Breadwinner” 2º lugar: “Viva – A Vida É uma Festa” Melhor Filme em Língua Estrangeira: “120 Batimentos por Minuto” (França) e “Loveless” (Rússia) – empate Melhor Documentário: “Faces Places” 2º lugar: “Jane” Melhor Roteiro: Jordan Peele (“Corra”) 2º lugar: Martin McDonagh (“Três Anúncios Para um Crime”) Melhor Edição: Lee Smith (“Dunkirk”) 2º lugar: Tatiana S. Riegel (“I, Tonya”) Melhor Design de Produção: Dennis Gassner (“Blade Runner 2049”) 2º lugar: Paul D. Austerberry (“A Forma da Água”) Melhor Trilha Sonora: Jonny Greenwood (“A Trama Fantasma”) 2º lugar: Alexandre Desplat (“A Forma da Água”) Melhor Fotografia: Dan Laustsen (“A Forma da Água”) 2º lugar: Roger Deakins (“Blade Runner 2049”) Melhor Filme/Video Experimental: “Purge This Land” Prêmio pela Carreira: Max von Sydow
Trailer final de A Forma da Água estraga o suspense e conta quase todo o filme de Guillermo del Toro
A Fox Searchlight divulgou o pôster e o trailer finais de “A Forma da Água” (The Shape of Water), novo filme do diretor Guillermo Del Toro (“A Colina Escarlate”). Mais sangrento que os anteriores, o vídeo conta praticamente a história inteira, mostrando inclusive como se resolvem cenas de suspense, o que deveria ser considerado uma ofensa grave e render demissão do responsável pelo marketing. Que falta de bom senso! Vencedor do Leão de Ouro no recente Festival de Veneza, o filme se passa em 1963 e acompanha a rotina de trabalho de uma mulher muda e solitária (Sally Hawkins, de “Godzilla”), que faz faxina num laboratório secreto do governo americano, onde uma criatura marinha (Doug Jones, como seu quinto monstro dirigido por Del Toro) é mantida em cativeiro. Logo, um laço se forma entre aquela não tão bela e sua “fera”, que estabelecem uma comunicação que nenhum cientista é capaz de formar. E quando o chefe da experiência (Michael Shannon, de “O Homem de Aço”) decide que a única forma de estudar a criatura é dissecá-la, a mulher resolve arriscar-se e soltá-la. O elenco também inclui Octavia Spencer (“Estrelas Além do Tempo”), Michael Stuhlbarg (“A Chegada”) e Richard Jenkins (“Kong: A Ilha da Caveira”). A estreia no circuito comercial brasileiro está marcada para 11 de janeiro, um mês após o lançamento nos Estados Unidos.
A Forma da Água: Premiado filme de monstro de Guillermo Del Toro finalmente ganha trailers legendados
A Fox finalmente divulgou os trailers legendados de “A Forma da Água” (The Shape of Water), novo filme do diretor Guillermo Del Toro (“A Colina Escarlate”). E dois de uma vez, para compensar o atraso – o primeiro saiu em julho nos Estados Unidos! – e aproveitar que o filme está na programação do Festival do Rio. Vencedor do Leão de Ouro no recente Festival de Veneza, o filme se passa em 1963 e acompanha a rotina de trabalho de uma mulher muda e solitária (Sally Hawkins, de “Godzilla”), que faz faxina num laboratório secreto do governo americano, onde uma criatura marinha (Doug Jones, como seu quinto monstro dirigido por Del Toro) é mantida em cativeiro. Logo, um laço se forma entre aquela não tão bela e sua “fera”, que estabelecem uma comunicação que nenhum cientista foi capaz de formar. E quando o chefe da experiência (Michael Shannon, de “O Homem de Aço”) decide que a única forma de estudar a criatura é dissecá-la, a mulher resolve arriscar-se e soltá-la. O elenco também inclui Octavia Spencer (“Estrelas Além do Tempo”), Michael Stuhlbarg (“A Chegada”) e Richard Jenkins (“Kong: A Ilha da Caveira”). A estreia no circuito comercial brasileiro está marcada para 11 de janeiro, um mês após o lançamento nos Estados Unidos.
A Forma da Água: Vídeo de bastidores destaca trabalho monstruoso de Doug Jones
A Fox Searchlight divulgou um vídeo de bastidores de “A Forma da Água” (The Shape of Water), novo filme do diretor Guillermo Del Toro (“A Colina Escarlate”), que venceu o Leão de Ouro no recente Festival de Veneza. A prévia destaca o trabalho do ator Doug Jones, que interpreta a criatura fantástica da trama, em seu sexto trabalho como monstro para Del Toro. E a criatura até chega a lembrar Abe Sapien, seu personagem em “Hellboy”, originário de um ambiente aquático. Segundo Jones, o diretor lhe descreveu o novo monstro como uma combinação do Surfista Prateado (outro papel do ator) com um toureador. A trama se passa em 1963 e acompanha a rotina de trabalho de uma mulher muda e solitária (Sally Hawkins, de “Godzilla”), que faz faxina num laboratório secreto do governo americano, onde uma criatura marinha (Jones) é mantida em cativeiro. Logo, um laço se forma entre aquela não tão bela e sua “fera”, que estabelecem uma comunicação que nenhum cientista foi capaz de formar. E quando o chefe da experiência (Michael Shannon, de “O Homem de Aço”) decide que a única forma de estudar a criatura é dissecá-la, a mulher resolve arriscar-se e soltá-la. O elenco também inclui Octavia Spencer (“Estrelas Além do Tempo”), Michael Stuhlbarg (“A Chegada”) e Richard Jenkins (“Kong: A Ilha da Caveira”). O filme está na programação do Festival do Rio e só chega ao circuito comercial brasileiro em 11 de janeiro, um mês após a estreia marcada para 8 de dezembro nos Estados Unidos.
A Forma da Água abre o desfile de prestígio do Festival do Rio
O Festival do Rio 2017 começa nesta quinta-feira (5/10) com a exibição de “A Forma da Água”, de Guillermo Del Toro, que há menos de um mês venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Segundo a diretora artista do evento carioca, Ilda Santiago, o filme de abertura é sempre uma escolha delicada porque, de alguma forma, “serve sempre de termômetro para o que o público vai ver” ao longo da programação do festival. E o que se pode ver são muitos filmes premiados e de prestígio, mas também muitos títulos que entrarão na programação comercial dos cinemas em pouco tempo, como o próprio “A Forma da Água”, que estreia em três meses no Brasil. A mostra Panorama do Cinema Mundial, principal do evento, conta com obras de diretores renomados, mas segue a mesma linha. Entre os destaques, estão “Pequena Grande Vida”, de Alexander Payne, e “Me Chame Pelo Seu Nome”, de Luca Guadagnino, que estreiam em janeiro, e até “Detroit em Rebelião”, de Kathryn Bigelow, cujo lançamento comercial está agendado para a semana que vem. Até a seção Expectativas, voltada a revelações, inclui longas com estreias próximas, como “Terra Selvagem”, de Taylor Sheridan, e “Patti Cake$”, de Geremy Jasper, ambos com lançamentos em novembro. É preciso garimpar bastante para encontrar títulos que dificilmente chegarão ao país. Mas é possível, uma vez que o evento exibirá 250 filmes de mais de 60 países, espalhados por 15 mostras diferentes. Há, por exemplo, “Eu Não Sou uma Feiticeira”, de Rungano Nyoni, “Anjos Vestem Branco”, de Vivian Qu, “Lobisomem”, de Ashley McKenzie, e muitos outros que deram o que falar nos festivais internacionais. Difícil resistir a nomes de cineastas famosos, como Roman Polanski, Stephen Frears, Michel Hazanavicius, John Cameron Mitchell, Hong Sang-soo, Fatih Akin, André Téchiné, Joachim Trier, Agnieszka Holland, Bruno Dumont e Sergei Loznitsa, mas seus filmes têm mercado garantido no país, graças à proliferação de distribuidoras independentes voltadas ao nicho do “cinema de arte”, ainda que seu alcance seja restrito ao Rio e São Paulo. Mas quem aguenta esperar meses para ver “Em Pedaços”, de Fatih Akin, sobre terrorismo, premiado no Festival de Cannes, ou “120 Batimentos por Minuto”, de Robin Campillo, candidato francês à vaga no Oscar 2018 de Melhor Filme de Lingua Estrangeira, quando ambos já estarão disponíveis na mostra carioca? Entretanto, pode ser mais instigante embarcar numa retrospectiva do cinema “pink” (erótico) japonês, na seção Midnight Movies, ou conhecer a tecnologia ainda experimental da Mostra VR, que explora filmes em realidade virtual. Afinal, entre as ofertas cinematográficas, estas são realmente oportunidades únicas. Mais significativa ainda é a mostra Première Brasil, que há alguns anos se revela um festival à parte, chegando a ofuscar as atrações internacionais. Além de contar com a presença de diretor e elenco de todos os filmes, o que gera mais volume de mídia, grande parte dos títulos nacionais enfrentarão tanta dificuldade para chegar aos cinemas brasileiros quanto obras russas ou iranianas, por incrível que pareça – que o diga “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, vencedor de 2011, que só foi exibido comercialmente em 2015. A quantidade de filmes nacionais selecionados é recorde em eventos de cinema no país: 75. Mas só os 22 longas da Première Brasil já demonstram como o Festival do Rio virou a principal plataforma de lançamentos do mercado. Nenhum outro festival de cinema nacional chega perto de sua capacidade. Um documentário foi escolhido para abrir a seção: “Em Nome da América”, de Fernando Weller, que investiga a chegada de jovens americanos ao Nordeste do Brasil nos anos 1960 e 1970 como voluntários da agência governamental Corpos da Paz, com vistas a evitar o surgimento de uma nova Cuba. A lista ainda inclui o terror “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, já premiado no Festival de Locarno, na Suiça, entre novas obras de outros cineasta interessantes. Importante acrescentar que, ao contrário de festivais como Cannes, Berlim e Veneza, criticados pelo pouco espaço dado às cineastas femininas, a maioria dos filmes de ficção selecionados na Première Brasil é dirigido ou codirigido por mulheres. Apesar de oferecer tantas possibilidades, o festival está mais compacto, com apenas 11 dias de duração. Neste ano, acontecerá entre 5 e 15 de outubro. Com menos tempo, os cinéfilos sofrerão com ainda mais dilemas na hora de selecionar o que ver – e o que deixarão de ver.
A Forma da Água, de Guilhermo Del Toro, vai abrir o Festival do Rio 2017
O Festival do Rio anunciou que “A Forma da Água” (The Shape of Water), de Guillermo del Toro, foi selecionado como filme de abertura. Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, “A Forma da Água” é uma fantasia romântica passada nos anos 1960, que aborda o relacionamento entre uma faxineira muda (Sally Hawkins) e um monstro aquático, trancado num laboratório secreto. O filme será exibido no primeiro dia do festival, que vai de 5 a 15 de outubro, e só terá lançamento comercial no Brasil em janeiro de 2018. “A Forma da Água” se junta a outros filmes exibidos nos festivais internacionais, que foram selecionados para a mostra carioca, como “Pequena Grande Vida”, de Alexander Payne, que abriu o Festival de Veneza, “Me Chame Pelo Seu Nome”, de Luca Guadagnino, premiado no Festival de Toronto, “120 Batimentos por Minuto”, de Robin Campillo, exibido no Festival de Cannes e candidato francês ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, além dos novos longas de Roman Polanski, Kathryn Bigelow, Stephen Frears, Michel Hazanavicius, John Cameron Mitchell, Hong Sang-soo, Fatih Akin, André Téchiné, Joachim Trier, Agnieszka Holland, Bruno Dumont e Sergei Loznitsa, entre outros. Entre as mostras temáticas, Clássicos do Queer Britânico celebra os 50 anos da descriminalização da homossexualidade no Reino Unido, com cópias restauradas de “Orlando – A Mulher Imortal” (1992), de Sally Potter, “Eduardo II” (1991), de Derek Jarman, e “Minha Adorável Lavanderia” (1985), de Stephen Frears. Há ainda a mostra Foco Itália, com produções recentes do país, que passaram por Cannes e Veneza, a Expectativas, voltada a revelações, a Midnight Movies, que este ano destaca o erotismo clássico japonês, e a Mostra VR, que explora filmes em realidade virtual. A seleção nacional, por sua vez, terá número recorde de produções: 75, entre longas e curtas. A mostra competitiva contará com 33 filmes, com destaque para “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, já premiado no Festival de Locarno, na Suiça, assim como novas obras de outros cineasta interessantes. Vale destacar que, ao contrário de festivais como Cannes, Berlim e Veneza, criticados pelo pouco espaço dado às cineastas femininas, a maioria dos filmes de ficção selecionados na Première Brasil é dirigido ou codirigido por mulheres. Veja aqui a lista completa dos filmes da mostra internacional e aqui os filmes nacionais do Festival do Rio.
Filme de monstro que venceu o Festival de Veneza ganha novo trailer
A Fox Searchlight divulgou o pôster e o segundo trailer de “A Forma da Água” (The Shape of Water), novo filme do diretor Guillermo Del Toro (“A Colina Escarlate”), que venceu o Leão de Ouro no recente Festival de Veneza. Curiosamente, a prévia é voltada para maiores, devido dois palavrões, um deles dito pela protagonista muda na linguagem dos sinais. De resto, apesar dos elementos de terror, notadamente de “O Monstro da Lagoa Negra” (1954), o filme tem um tom de fábula sobrenatural típico das obras do cineasta, como “O Labirinto do Fauno” (2006) e “Hellboy” (2004). Assim como nesses longas, o ator Doug Jones interpreta uma criatura fantástica, que chega a lembrar Abe Sapien, seu personagem em “Hellboy”, também originário de um ambiente aquático. A trama se passa em 1963 e acompanha a rotina de trabalho de uma mulher muda e solitária (Sally Hawkins, de “Godzilla”), que faz faxina num laboratório secreto do governo americano, onde uma criatura marinha (Jones) é mantida em cativeiro. Logo, um laço se forma entre aquela não tão bela e sua “fera”, que estabelecem uma comunicação que nenhum cientista foi capaz de formar. E quando o chefe da experiência (Michael Shannon, de “O Homem de Aço”) decide que a única forma de estudar a criatura é dissecá-la, a mulher resolve arriscar soltá-la. O elenco também inclui Octavia Spencer (“Estrelas Além do Tempo”), Michael Stuhlbarg (“A Chegada”) e Richard Jenkins (“Kong: A Ilha da Caveira”). A estreia está marcada para 8 de dezembro nos Estados Unidos e apenas um mês depois, em 11 de janeiro, no Brasil.
Novo filme de Guillermo del Toro vence o Festival de Veneza 2017
O novo filme de Guillermo del Toro, “A Forma da Água” (The Shape of Water), foi o vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza 2017. Combinação de fábula, romance e terror, o filme conta a história de uma faxineira muda que se apaixona por uma criatura aquática aprisionada em um laboratório secreto do governo americano. “Quero dedicar esse prêmio a todos os diretores americanos e latino-americanos que desejam fazer filmes que mexam com nossa imaginação”, disse Del Toro ao receber o troféu. “Eu acredito em vida, amor e cinema. E nesse momento da minha vida eu me sinto cheio de vida, amor e de cinema”. Criador da série “The Strain” e especializado em filmes de terror e fantasia (como “Hellboy”, “O Labirinto do Fauno” e “A Colina Escarlate”), Del Toro é o terceiro cineasta mexicano a lançar uma produção bem recebida em Veneza nos últimos anos. Embora Alfonso Cuarón (“Gravidade”, 2013) e Alejandro Iñárritu (“Birdman”, 2015) não tenham vencido o Leão de Ouro, eles saíram do festival italiano embalados por críticas positivas e acabaram vencendo o Oscar com seus filmes. O Grande Prêmio do Júri, considerado o 2º lugar da premiação, foi para “Foxtrot”, do israelense Samuel Maoz. O cineasta tinha vencido o Leão de Ouro de 2009 com sua estreia, o drama de guerra “Lebanon”. Em sua nova obra, ele descreve três momentos da família de um bem-sucedido arquiteto de Tel Aviv a partir do instante em que recebe a notícia da morte do filho mais velho, um soldado do Exército. O Prêmio do Júri, equivalente ao 3º lugar, ficou com “Sweet Country”, de Warwick Thorton, um western ambientado no outback australiano dos anos 1920. Thornton tinha vencido a Câmera de Ouro em Cannes com sua estreia, “Sansão e Dalila” (2009), e é o único cineasta aborígene consagrado pela crítica internacional. O Leão de Prata de Melhor Direção foi para o francês Xavier Legrand, pelo drama “Custody” (Jusqu’à la Garde), sobre um marido com fama de violento que consegue o direito de passar os fins de semana com o filho mais novo. É o primeiro longa dirigido por Legrand, que também venceu o Leão do Futuro, dado à melhor obra estreante do festival. O jovem cineasta entrou no cinema ainda criança, como ator no clássico “Adeus, Meninos” (1987), de Louis Malle, mas já tem uma indicação ao Oscar no currículo, por seu curta “Avant que de Tout Perdre” (2013). A Copa Volpi de Melhor Atriz foi para Charlotte Rampling, por sua interpretação em “Hannah”, da italiana Andrea Pallaoro (“Medeas”). A veterana estrela inglesa, que estreou no filme dos Beatles “Os Reis do Ié-Ié-Ié” (1964) e foi sex symbol dos anos 1970, experimenta um renascimento da carreira na Terceira Idade, após vencer o Urso de Prata do Festival de Berlim por seu filme anterior, “45 Anos” (2015), pelo qual também concorreu ao Oscar. Em “Hannah”, ela vive a personagem-título, uma mulher septuagenária em crise de identidade, provocada por uma revelação relacionada ao marido. Já a Copa Volpi de Melhor Ator foi para Kamel El Basha, pelo drama libanês “The Insult”, de Ziad Doueiri (ex-assistente de câmera de Tarantino), sobre uma briga judicial entre um mecânico cristão e um empreiteiro palestino de origem muçulmana, em Beirute. O prêmio de Melhor Roteiro ficou com “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”. Ainda mais sombria que “Na Mira do Chefe” (2008) e “Sete Psicopatas e um Shih Tzu” (2012), a terceira comédia de humor negro do inglês Martin McDonagh acompanha uma mãe (Frances McDormand) de uma pequena cidade do Missouri, inconformada com a incompetência da polícia após o estupro da filha, e foi um dos filmes mais comentados do festival. O troféu Marcello Mastroianni de melhor ator ou atriz revelação foi para o americano Charlie Plummer, por sua performance no drama “Lean on Pete”, dirigido por Andrew Haigh (de “45 Anos”), no qual interpreta um adolescente de 15 anos que arranja um emprego como assistente de um treinador fracassado de cavalos de corrida. O rapaz foi um dos finalistas ao papel do novo Homem-Aranha, está atualmente em cartaz no Brasil em “O Jantar” e poderá ser visto no fim do ano no novo longa de Ridley Scott, “All the Money in the World”. O júri da competição oficial deste ano foi presidido pela atriz americana Annette Bening (“Mulheres do Século 20”) e formado pelo diretor americano Edgar Wright (“Em Ritmo de Fuga”), a atriz inglesa Rebecca Hall (“Homem de Ferro 3”), a cineasta húngara Ildiko Enyedi (“On Body and Soul”), o diretor mexicano Michel Franco (“Depois de Lúcia”), a atriz francesa Anna Mouglalis (“Coco Chanel & Igor Stravinsky”), o crítico inglês David Stratton, a atriz italiana Jasmine Trinca (“Saint Laurent”) e o cineasta taiwanês Yonfan (“Príncipe das Lágrimas”). Além da competição oficial, também foram divulgados os trabalhos premiados nas mostras paralelas. O principal destaque coube ao vencedor da seção Horizontes: “Nico, 1988”, da italiana Susanne Nicchiarelli (“Cosmonauta”), sobre os últimos anos de vida da ex-modelo e cantora alemã Nico, ex-vocalista da banda Velvet Underground. Outro filme que chamou atenção foi o argentino “Hunting Season” (Temporada de Caza), primeiro longa de Natalia Garagiola, vencedor da seção Semana da Crítica, cujo prêmio é conferido pelo público. Confira abaixo a lista dos premiados. Vencedores do Festival de Veneza 2017 Mostra Competitiva Melhor Filme: “The Shape of Water”, de Guillermo del Toro Grande Prêmio do Júri: “Foxtrot”, de Samuel Maoz Melhor Diretor: Xavier Legrand (“Custody”) Melhor Ator: Kamel El Basha (“The Insult”) Melhor Atriz: Charlotte Rampling (“Hannah”) Melhor Roteiro: “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”, de Martin McDonagh Prêmio Especial do Júri: “Sweet Country”, de Warwick Thorton. Ator/Atriz Revelação: Charlie Plummer (“Lean on Pete”, de Andrew Haigh) Prêmio Leão do Futuro (Diretor Estreante): Xavier Legrand (“Jusqu’à la Garde”) Mostra Horizontes Melhor Filme: “Nico, 1988”, Susanna Nicchiarelli Melhor Direção: Vahid Jalilvand, “No Date, No Signature” Prêmio Especial do Júri: “Caniba”, Verena Paravel and Lucien Castaing-Taylor Melhor Atriz: Lyna Khoudri, “Les bienheureux” Melhor Ator: Navid Mohammadzadeh, “No Date, No Signature” Melhor Roteiro: “Oblivion Verses”, Dominique Wellinski e Rene Ballesteros Melhor curta-metragem: “Gros chagrin”, Céline Devaux Mostra Semana da Crítica Melhor Filme: “Hunting Season”, de Natalia Garagiola Leão do Futuro Prêmio “Luigi De Laurentiis” de Filme de Estreia: “Custody”, de Xavier Legrand Clássicos de Veneza Melhor Documentário sobre Cinema: “The Prince and the Dybbuk”, de Elvira Niewiera e Piotr Rosolowski Melhor Filme Restaurado: “Vá e Veja” (1985), de Elem Klimov Competição de Realidade Virtual Melhor Realidade Virtual: “Arden’s Wake (Expanded)”, de Eugene Y.K. Chung Melhor Experiência de Realidade Virtual: “La Camera Isabbiata”, de Laurie Anderson e Hsin-chien Huang Melhor História de Realidade Virtual: “Bloodless”, de Gina Kim
Festival de Veneza começa com filme americano e ambição de antecipar o Oscar 2018
O Festival de Veneza 2017, que inicia nesta quarta (30/8) com uma sessão de “Downsizing”, de Alexander Payne, programou grandes estreias de mestres europeus e asiáticos, mas embute uma competição paralela entre os americanos. Os Oscars conquistados por filmes que estrearam em Veneza em anos recentes, como “Gravidade” (2013), “Birdman” (2014), “Spotlight” (2015) e “La La Land” (2016), consagraram o festival italiano como o ponta-pé inicial das candidaturas à premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Não por acaso, os americanos que exibirão seus filmes em Veneza também estarão no Festival de Toronto, buscando ainda mais visibilidade. Entre os selecionados, incluem-se a comédia “Suburbicon”, dirigida por George Clooney, a fantasia “A Forma da Água” (The Shape of Water), de Guillermo del Toro, o terror “Mãe!”, de Darren Aronofsky, e o mencionado “Downsizing”, que recebeu o título “Pequena Grande Vida” no Brasil – perdendo sua metáfora econômica. Curiosamente, nenhum deles é um drama, gênero mais afeito aos Oscars. Combinação de sátira econômica e fantasia sci-fi, o filme de Payne é estrelado por Matt Damon (que também está no longa de Clooney) e Kristen Wiig, como um casal que decide se submeter a um procedimento de miniaturização, na esperança de assim contribuir para a preservação do planeta e, ao mesmo tempo, levar uma existência financeiramente mais confortável. Alimentar-se de migalhas ao longo de um ano custa menos que um simples prato de almoço, por exemplo. “É um filme surpreendente, dá o tom exato do festival”, disse Alberto Barbera, diretor artístico da mostra italiana, em entrevista coletiva. “Se há um tema dominante na seleção de filmes deste ano, é o das famílias em crise, como reflexo do que acontece fora dela, na economia, na vida social, no meio ambiente. O momento que atravessamos tem feito a maior parte dos cineastas demonstrar preocupação em relação à sociedade contemporânea e ao futuro do planeta. São filmes de diferentes gêneros, ambientados em diferentes épocas, mas todos trabalham com a realidade”. Entre as atrações não hollywoodianas, Veneza terá a estreia de “Mektoub, My Love: Canto Uno”, novo trabalho do cineasta tunisiano Abdellatif Kechiche, vencedor da Palma de Ouro de Cannes por “Azul É a Cor Mais Quente” (2013), de Foxtrot”, o segundo longa de Samuel Maoz, após o diretor vencer o Leão de Ouro com sua estreia, “Lebanon” (2009), além de filmes do artista chinês Ai Weiwei (“Human Flow”), do cineasta japonês Hirokazu Koreeda (“The Third Murder”) e nada menos que quatro longas italianos: “The Leisure Seeker”, de Paolo Virzì, “Ammore e Malavita”, dos irmãos Manetti (foto do post), “Hannah”, de Andrea Pallaoro, e “Una Famiglia”, de Sebastiano Riso. O ponto negativo é a baixa presença feminina: apenas uma mulher — a chinesa Vivian Qu — teve um longa selecionado para a mostra principal do Festival. O Brasil aparece representado pela coprodução internacional “Zama”, drama de época dirigido pela argentina Lucrecia Martel, que será exibido fora da competição. O filme tem Matheus Nachtergaele no elenco e investimento da produtora brasileira Bananeira Filmes. Entre as homenagens previstas, os atores americanos Jane Fonda, 79, e Robert Redford, 80, receberão um prêmio pelas realizações de suas carreiras. Por “coincidência”, os dois acabam de filmar um novo trabalho juntos, o drama “Our Souls at Night”, produção da Netflix que convenientemente será exibida depois da cerimônia de entrega do prêmio.
Festival de Veneza anuncia os filmes que disputarão o Leão de Ouro de 2017
A organização do Festival de Veneza anunciou seus primeiros filmes selecionados. E a lista é bastante parecida com a antecipada para seu concorrente norte-americano, o Festival de Toronto. Entre os selecionados, incluem-se a comédia “Suburbicon”, dirigida por George Clooney, a fantasia “A Forma da Água” (The Shape of Water), de Guillermo del Toro, e o thriller “mother!”, de Darren Aronofsky. A 74ª edição do festival será aberta em 30 de agosto com uma sessão de “Downsizing”, de Alexander Payne, que também está na programação de Toronto. As diferenças se dão entre as atrações não hollywoodianas. Veneza terá a estreia de “Mektoub, My Love: Canto Uno”, novo trabalho do cineasta tunisiano Abdellatif Kechiche, vencedor da Palma de Ouro de Cannes por “Azul É a Cor Mais Quente” (2013), de Foxtrot”, o segundo longa de Samuel Maoz, “Foxtrot”, após o diretor vencer o Leão de Ouro com sua estreia, “Lebanon” (2009), além de filmes do artista chinês Ai Weiwei (“Human Flow”), do cineasta japonês Hirokazu Koreeda (“The Third Murder”) e nada menos que quatro longas italianos: “The Leisure Seeker”, de Paolo Virzì, “Ammore e Malavita”, dos irmãos Manetti (foto do post), “Hannah”, de Andrea Pallaoro, e “Una Famiglia”, de Sebastiano Riso. O ponto negativo é a baixa presença feminina: apenas uma mulher — a chinesa Vivian Qu — teve um longa selecionado para a mostra principal do Festival. O Brasil aparece representado pela coprodução internacional “Zama”, drama de época dirigido pela argentina Lucrecia Martel, que será exibido fora da competição. O filme tem Matheus Nachtergaele no elenco e investimento da produtora brasileira Bananeira Filmes. Entre as homenagens previstas, os atores americanos Jane Fonda, 79, e Robert Redford, 80, receberão um prêmio pelas realizações de suas carreiras. Por “coincidência”, os dois acabam de filmar um novo trabalho juntos, o drama “Our Souls at Night”, produção da Netflix que convenientemente será exibida depois da cerimônia de entrega do prêmio. Confira abaixo a lista dos filmes anunciados. Festival de Veneza 2017 Filmes na competição do Leão de Ouro “Human Flow”, Ai Weiwei “mother!”, Darren Aronofsky “Suburbicon”, George Clooney “The Shape of Water”, Guillermo del Toro “L’insulte”, Ziad Doueiri “La Villa”, Robert Guediguian “Lean on Pete”, Andrew Haigh “Mektoub, My Love: Canto Uno”, Abdellatif Kechiche “The Third Murder”, Hirokazu Koreeda “Jusqu’a la Garde”, Xavier Legrand “Ammore e Malavita”, irmãos Manetti “Foxtrot”, Samuel Maoz “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”, Martin McDonagh “Hannah”, Andrea Pallaoro “Downsizing”, Alexander Payne “Angels Wear White”, Vivian Qu “Una Famiglia”, Sebastiano Riso “First Reformed”, Paul Schrader “Sweet Country”, Warwick Thornton “The Leisure Seeker”, Paolo Virzi “Ex Libris – The New York Public Library”, Frederick Wiseman Fora da competição “Our Souls at Night”, Ritesh Batra “Il Signor Rotpeter”, Antonietta de Lillo “Victoria & Abdul”, Stephen Frears “La Melodie”, Rachid Hami “Outrage Coda”, Kitano Takeshi “Loving Pablo”, Fernando Leon de Aranoa “Zama”, Lucrecia Martel “Wormwood”, Errol Morris “Diva!”, Franceso Patierno “Le FIdele”, Michael R. Roskam “Diva!”, Franceso Patierno “Il Colore Nascosto Delle Cose”, Silvio Soldini “The Private Life of a Modern Woman”, James Toback “Brawl in Cell Block 99”, S. Craig Zahler Documentários fora de competição “Cuba and the Cameraman, Jon Alpert “My Generation”, David Batty “Piazza Vittorio”, Abel Ferrara “The Devil and Father Amorth”, William Friedkin “This is Congo”, Daniel McCabe “Ryuichi Sakamoto: Coda”, Stephen Nomura Schible “Jim & Andy: The Great Beyond. The Story of Jim Carrey”, Andy Kaufman and Tony Clifton, Chris Smith “Happy Winter”, Giovanni Totaro
A Forma da Água: Novo filme de monstro de Guillermo Del Toro ganha primeiro trailer
A Fox Searchlight divulgou o primeiro trailer de “A Forma da Água” (The Shape of Water), novo filme do diretor Guillermo Del Toro (“A Colina Escarlate”). Apesar dos elementos de terror, notadamente de “O Monstro da Lagoa Negra” (1954), o filme assume o tom de fábula sobrenatural como outras obras do cineasta, casos de “O Labirinto do Fauno” (2006) e “Hellboy” (2004). Assim como nesses longas, o ator Doug Jones interpreta uma criatura fantástica, que chega a lembrar Abe Sapien, seu personagem em “Hellboy”, também originário de um ambiente aquático. A trama se passa em 1963 e acompanha a rotina de trabalho de uma mulher muda e solitária (Sally Hawkins, de “Godzilla”), que faz faxina num laboratório secreto do governo americano, onde uma criatura marinha (Jones) é mantida em cativeiro. Logo, um laço se forma entre aquela não tão bela e sua “fera”, que estabelecem uma comunicação que nenhum cientista foi capaz de formar. E quando o chefe da experiência (Michael Shannon, de “O Homem de Aço”) decide que a única forma de estudar a criatura é dissecá-la, a mulher resolve arriscar soltá-la. O elenco também inclui Octavia Spencer (“Estrelas Além do Tempo”), Michael Stuhlbarg (“A Chegada”) e Richard Jenkins (“KOng: A Ilha da Caveira”). A estreia está marcada para 8 de dezembro nos Estados Unidos e apenas um mês depois, em 11 de janeiro, no Brasil.








