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    Jonas Mello (1937 – 2020)

    19 de novembro de 2020 /

    O ator Jonas Mello, que participou de várias novelas e filmes clássicos, morreu na tarde de quarta (18/11), aos 83 anos, em seu apartamento no bairro de Santana, na Zona Norte de São Paulo. As informações foram confirmadas em uma publicação no Facebook do artista, feita por um amigo. A causa da morte, porém, ainda não foi divulgada. “Hoje infelizmente Jonas se foi, para tristeza de muitos. Fui seu amigo mais próximo nos últimos dez anos, pois me tornei seu ajudante para que entrasse no mundo digital, para que não ficasse parado no tempo. Tive o prazer de incluir ele no Facebook e ajudá-lo com seus e-mails”, escreveu Edson Brandão. Josefina Rodrigues de Mello, irmã do artista, disse à Agência Record que ele tinha uma rotina ativa e vivia sozinho. “Ele dirigia, fazia as compras, caminhava pelo bairro e estava bem para um senhor de 83 anos”, contou. Segundo ela, na tarde de ontem o ator ligou para um primo após passar mal. O parente foi até a casa e o encontrou morto na cama. O paulistano Jonas Mello estreou na TV em 1969, com “A Cabana do Pai Tomás”, da TV Globo, pouco depois de começar a carreira cinematográfica com “Hitler IIIº Mundo” (1968), de José Agripino de Paula, clássico do cinema marginal. No cinema, também atuou em “Um Anjo Mau” (1971), de Roberto Santos, “Nenê Bandalho” (1971), de Emilio Fontana, “A Carne” (1975) e “Passaporte para o Inferno” (1976), ambos de J. Marreco, e “Que Estranha Forma de Amar” (1977), do autor de novelas da Tupi Geraldo Vietri, além de produções mais recentes como “O Cangaceiro” (1997), de Anibal Massaini Neto, e o premiado “Um Céu de Estrelas” (1996), de Tata Amaral. Nos anos 1970, também fez novelas da Tupi e da Record, como “Os Inocentes”, “Os Deuses Estão Mortos”, “O Tempo Não Apaga” e “Sol Amarelo”, chegando a viver os papéis-títulos de “Meu Rico Português”, “Os Apóstolos de Judas” e “João Brasileiro, o Bom Baiano”, entre 1975 e 1978. Com a implosão da Tupi em 1980, Jonas foi para a Globo, onde continuou sua carreira de sucesso. Em dois anos de contrato, fez nada menos que cinco novelas, “Os Gigantes”, “Chega Mais”, “Coração Alado”, “Baila Comigo” e “Terras do Sem-Fim”. Mas, acostumado a ser protagonista, preferiu trocar papéis de coadjuvantes nas produções da emissora carioca por desempenhos mais destacados em produções paulistas do SBT, Band, Gazeta e TV Cultura. Sem exclusividade, ainda encaixou “Partido Alto”, da Globo, e o fenômeno “Dona Beija”, da Manchete, entre uma série de projetos de diversos canais. A carreira itinerante lhe permitiu atuar em “O Outro”, “Bambolê”, “Barriga de Aluguel” e “Vila Madalena” na Globo, “Mandacaru” na Manchete, “Dona Anja”, “Amor e Ódio” e “Canavial de Paixões” no SBT, “Estrela de Fogo” e “A Escrava Isaura”, na Record, entre muitos outros trabalhos. Seus últimos papéis o levaram de volta à Globo, com participações em “O Astro”, “Salve Jorge” e “Flor do Caribe”. Esta novela de 2013, por sinal, é atualmente reprisada na emissora. A Record emitiu uma nota de pesar: “Expressamos nossas condolências aos familiares, amigos e admiradores do talento deste profissional que ajudou a escrever a história da televisão brasileira.”

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    Ruth de Souza (1921 – 2019)

    28 de julho de 2019 /

    A atriz Ruth de Souza morreu na manhã deste domingo (28/7), aos 98 anos. Diagnosticada com pneumonia, ela estava internada, desde o início da semana passada, na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. Primeira atriz brasileira indicada a um prêmio internacional de cinema, o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1954, Ruth de Souza também foi a primeira atriz negra a construir uma carreira no teatro, no cinema e na televisão do Brasil. E continuava ativa. Seu último trabalho foi na minissérie “Se Eu Fechar os Olhos Agora” , exibida no início de 2019 na Globo. Ruth Pinto de Souza nasceu no dia 12 de maio de 1921 e se interessou pelo teatro ao completar a maioridade, quando descobriu a existência de um grupo de atores liderados por Abdias do Nascimento, que formaram o Teatro Experimental do Negro. Ela fez História ao participar da encenação de “O Imperador Jones”, de Eugene O’Neill, em 1945, como a primeira atriz negra a se apresentar no palco do Teatro Municipal do Rio, abrindo caminho para outros artistas. “Foi lindo aquele dia. A gente celebrando nossa estreia, e o mundo festejando o fim da 2ª Guerra Mundial. O centro da cidade estava lotado de gente”, recordou ela, em entrevista ao jornal O Globo. A repercussão de sua performance lhe rendeu indicações a prêmios e uma bolsa de estudo da Fundação Rockefeller, que a levou a viver um ano nos Estados Unidos. “Aprendi coisas que nunca teria a oportunidade de aprender ficando no Brasil. Ganhei respeito”, disse, sobre a experiência internacional. Ela fez sua estreia no cinema em 1948, no elenco de “Terra Violenta”, por indicação de Jorge Amado. O longa era a adaptação de “Terras do Sem Fim”, do autor baiano, e tinha direção do americano Edmond Bernoudy. E a partir daí se tornou presença constante nas telas, participando de diversas produções das maiores empresas da época: Atlântida, Maristela Filmes e Vera Cruz. Por seu desempenho em “Sinhá Moça” (1953), de Tom Payne e Oswaldo Sampaio, Ruth disputou o Leão de Ouro, no Festival de Veneza de 1954, com estrelas como Katherine Hepburn, Michele Morgan e Lili Palmer, para quem perdeu o troféu por dois pontos. Entre outros filmes do período, incluem-se ainda “Candinho” (1954), uma das comédias mais bem-sucedidas da carreira de Mazzaropi, “Ravina” (1958), de Rubem Biafora, “Fronteiras do Inferno” (1959), de Walter Hugo Khouri, e o clássico “O Assalto ao Trem Pagador” (1962), de Roberto Farias, marco do cinema policial brasileiro. O sucesso alcançado no cinema a levou à televisão, primeiro nos teleteatros da Tupi e da Record, até que, em 1968, foi contratada para integrar sua primeira novela da Globo, “Passo dos Ventos”, de Janete Clair, e nunca mais precisou se preocupar com o desemprego – mesmo aposentada, ela continuava a ter contrato vigente com a emissora carioca, mais de 50 anos depois. Na Globo, tornou-se a primeira atriz negra a protagonizar uma novela, “A Cabana do Pai Tomás” (1969). E participou de cerca de 20 novelas, numa sequência de clássicos do gênero que inclui “O Homem que Deve Morrer” (1971), “Bicho do Mato” (1972), “O Bem Amado” (1973), “Os Ossos do Barão” (1973), “O Rebu” (1974), etc. Também integrou o elenco da novela que adaptou a obra que a consagrou em Veneza, “Sinhá Moça”, em 1986, e do remake da mesma, em 2006, ao mesmo tempo em que se manteve ativa no cinema – em filmes como “Um Homem Célebre” (1974), de Miguel Faria Jr., “Ladrões de Cinema” (1977), de Fernando Campos, “Jubiabá” (1986), de Nelson Pereira dos Santos, e “Um Copo de Cólera” (1999), de Aluizio Abranches, entre outros. Ruth de Souza ainda conquistou o prêmio de Melhor Atriz do Festival de Gramado em 2004, por sua atuação no filme “Filhas do Vento”, de Joel Zito de Araújo. Na ocasião, ela disse: “É uma alegria imensa ter o trabalho reconhecido. As pessoas dizem que abri portas, mas nunca parei para pensar sobre o assunto. Trabalhei muito nesses 70 anos de carreira. Nunca parei, o que é algo difícil para qualquer ator no mundo, ainda mais para um ator negro”. Incansável, a atriz seguiu acrescentando muitas obras à sua imensa filmografia. Entre seus últimos papéis, estão contribuições em filmes como “O Vendedor de Passados” (2015), de Lula Buarque de Hollanda, e “Primavera” (2018), de Carlos Porto de Andrade Junior, inédito em circuito comercial. Na TV, despediu-se vivendo a si mesma na série “Mister Braun” e com a minissérie “Se Eu Fechar Os Olhos Agora”, seu último papel. Ao longo de oito décadas dedicada à dramaturgia, Ruth de Souza se tornou um ícone para várias gerações. Virou parte integral da cultura brasileira. E foi até tema de homenagem de escola de samba, a carioca Santa Cruz, no carnaval deste ano. Lembrada com carinho pelos colegas de profissão, sua morte inundou as redes sociais de lamentações. “Aos 98 anos nossa amada partiu, deixando um legado, uma história incrível e portas abertas para muitos jovens artistas negros”, escreveu a atriz Zezé Motta.

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