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    Alain Tanner, pioneiro do cinema engajado, morre aos 92 anos

    11 de setembro de 2022 /

    O cineasta Alain Tanner, pioneiro do cinema engajado e cineasta suíço mais premiado e reconhecido no exterior, morreu neste domingo (11/9) aos 92 anos. Contemporâneo da nouvelle vague francesa, Tanner é creditado como um dos principais responsáveis por lançar a new wave cinematográfica da Suíça. Ele começou a chamar atenção com seus curtas nos anos 1960 – um deles premiado no Festival de Veneza – antes de abalar estruturas com a estreia em longa-metragem, “O Último a Rir”, em 1969. História de um empresário que decide abandonar o capitalismo para viver à margem da sociedade, o filme venceu o Leopardo de Ouro no Festival de Locarno. Logo em seguida, foi premiado no Festival de Berlim com o triângulo de “A Salamandra” (1971), o mais próximo que chegou da nouvelle vague. Mas a partir daí sua obra se tornou cada vez mais politizada, numa ruptura que o alinhou a Costa-Gavras (“Z”) e ao Cinema Novo brasileiro. Em “Amantes no Meio do Mundo” (1974), questionou a xenofobia dos políticos suíços. E em “Jonas Que Terá Vinte e Cinco Anos no Ano 2000” (1976), possivelmente seu filme mais conhecido entre os cinéfilos nacionais, apresentou uma utopia imaginada por jovens contestadores. Ele conquistou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes com “A Anos-Luz”, história metafórica sobre um homem que afirmava ter aprendido a voar com dicas dos pássaros. Então, em 1983 descobriu a “luz branca” que passou a definir a relação de Lisboa com o cinema, no clássico “A Cidade Branca”. Os portugueses adoram este filme, que venceu o César (o Oscar francês) de Melhor Filme Estrangeiro em Francês. Quinze anos depois, Tanner voltou a filmar Lisboa em “Réquiem – Um Encontro com Fernando Pessoa” (1998), baseado na obra do escritor italiano Antonio Tabucchi, em que busca entender o que constitui a identidade do povo português. Também retomou os personagens de “Jonas que Terá Vinte e Cinco Anos no Ano 2000” na sequência “Jonas e Lila, até Amanhã” (1999), em que o protagonista chega aos 25 na véspera do novo milênio, desiludido e sem os ideais de outrora. Depois de diversos filmes, encerrou a carreira em 2012 num pequeno filme para televisão, integrado numa série de obras comemorativas do aniversário de 300 anos de nascimento do filósofo Jean-Jacques Rousseau. Em 2010, recebeu um prêmio pelas realizações da carreira no Festival de Locarno, ocasião em que refletiu sobre sua trajetória, dizendo que chegara a hora de descansar, depois de tanto lutar.

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