Peter Jason, astro de filmes de John Carpenter e Walter Hill, morre aos 80 anos
O ator veterano, com mais de 200 créditos no currículo, enfrentava um longo tratamento contra o câncer
Frank McRae (1944–2021)
Frank McRae, o ex-jogador de futebol americano que virou ator de filmes como “007 – Permissão Para Matar” e “O Último Grande Herói”, morreu no último dia 29 de abril, aos 80 anos, em decorrência de um infarto. McRae teve passagem breve pela NFL, a principal liga de futebol americano dos EUA, jogando pelo Chicago Bears e pelo Los Angeles Rams, mas sempre quis atuar, tanto que se forçou em artes cênicas. Em mais de 30 anos de carreira como ator, ele apareceu em cerca de 40 filmes, geralmente em papéis que se aproveitavam de sua grande estatura física. Os primeiros trabalhos surgiram nos anos 1970, com participações em filmes de ação como “Shaft na África” (1973) e “Lutador de Rua” (1975). Amigo de Sylvester Stallone, ele também apareceu em três longas de ação do astro: “F.I.S.T.” (1978), “A Taberna do Inferno” (1978) e “Rocky 2: A Revanche” (1979). Mas McRae também fez comédias e dramas, contracenando com Sally Field em dois exemplos bastante distintos destes gêneros, “Se Não Me Mato, Morro!” (1978) e “Norma Rae” (1979). Ele também foi dirigido três vezes por John Millius, nos cultuados “Amargo Reencontro” (1978), “Amanhecer Violento” (1984) e “Uma Vida de Rei” (1989). E cansou de aparecer em várias comédias famosas, como “1941: Uma Guerra Muito Louca” (1979), de Steven Spielberg, “Carros Usados” (1980), de Robert Zemeckis, “48 Horas” (1982), que lançou a carreira cinematográfica de Eddie Murphy, e “Férias Frustradas” (1983), que deu início a uma franquia com Chevy Chase. Ainda participou da cultuada sci-fi da Terceira Idade “O Milagre Veio do Espaço” (1987), produzida por Spielberg, e encerrou sua melhor década como amigo de James Bond (na versão de Timothy Dalton) em “007 – Permissão Para Matar” (1989). Nos anos 1990, preferiu zoar seus papéis em filmes de ação com participações em paródias como “Máquina Quase Mortífera” (1993), “Rapidinho no Gatilho” (1994) e a popular comédia “O Último Grande Herói” (1993), ao lado de Arnold Schwarzenegger. A última aparição de McRae nas telas foi no drama “O Amor Permanece na Alegria”, lançado em 2006.
Comédia policial clássica 48 Horas vai ganhar remake dos diretores de Bom Comportamento
Os irmãos Safdie chamaram atenção de Hollywood com o thriller indie “Bom Comportamento”, estrelado por Robert Pattinson, e agora vão comandar seu primeiro filme de estúdio: um remake da comédia de ação “48 Horas” para a Paramount. O filme original de 1982, escrito e dirigido por Walter Hill, marcou a estreia de Eddie Murphy no cinema, após se destacar como humorista no programa “Saturday Night Live”. E foi um sucesso enorme, lançando um subgênero cinematográfico: a comédia policial sobre parceiros incompatíveis, um deles geralmente negro, que rendeu franquias tão diferentes quanto “Máquina Mortífera” e “A Hora do Rush”. A trama acompanhava o policial Jack Cates (Nick Nolte), que sobrevive a um atentado que mata seus colegas e recorre ao criminoso Reggie Hammond (Eddie Murphy) para encontrar o culpado. Liberado da prisão por dois dias (as 48 horas do título) para rastrear um antigo comparsa, Reggie mostra-se mais interessado em recuperar uma bolada perdida do que propriamente ajudar, o que rende problemas de relacionamento com o parceiro forçado. A produção também teve uma sequência, “48 Horas – Parte 2” (1990), que não repetiu o mesmo sucesso. Josh Safdie vai escrever o roteiro com Ronald Bronstein (repetindo a colaboração de “Bom Comportamento”) e o humorista Jerrod Carmichael (“The Carmichael Show”).


