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Geoffrey Palmer (1927 – 2020)
O ator britânico Geoffrey Palmer, conhecido pela longa série “As Time Goes By”, exibida de 1992 a 2005 na rede BBC, morreu na quinta-feira (5/11) em sua casa, enquanto dormia, aos 93 anos. Ele começou a carreira como coadjuvante de séries britânicas em 1955, interpretando personagens severos, geralmente figuras de autoridade e representantes de retidão moral, mas só foi ganhar proeminência no Reino Unido a partir dos anos 1970, graças a três produções de comédia bastante populares. Além de “As Time Goes By”, elas incluem “The Fall and Rise of Reginald Perrin” (1976-1979) e “Butterflies” (1978-1983). Esta última chegou a ganhar um especial de reencontro em 2000. Palmer estrelou sua série mais duradoura, “As Time Goes By”, ao lado de Judi Dench, e os dois chegaram a contracenar no cinema durante a auge da produção, em “007 – O Amanhã Nunca Morre” e “Sua Majestade, Mrs. Brown”, filmes que fizeram sucesso em 1997, época da 6ª temporada da atração da BBC. O ator também apareceu em várias outras séries icônicas, como os thrillers de ação “O Santo” e “Os Vingadores” nos anos 1960, além de “Colditz”, “Fawlty Towers” e “Doctor Who” nos 1970. Recentemente, voltou a aparecer em “Doctor Who”, como um novo personagem em 2007, e ainda pôde ser visto em “Ashes to Ashes” e “Rev.”. No cinema, seus papéis notáveis incluem participações em “Um Homem de Sorte” (1973), “O Cônsul Honorário” (1983), “Um Peixe Chamado Wanda” (1988), “As Loucuras do Rei George” (1994), “Anna e o Rei” (1999), “A Pantera Cor de Rosa 2” (2009), “W.E.: O Romance do Século” (2011) e “As Aventuras de Paddington” (2014). Sua último trabalho foi em “An Unquiet Life”, cinebiografia do escritor Roald Dahl, atualmente em pós-produção.
Ricky Jay (1948 – 2018)
Morreu o ator e entertainer novaiorquino Ricky Jay, conhecido por papéis em filmes de David Mamet e pela série “Deadwood”. Ele tinha 70 anos e também era um mágico profissional renomado, que se especializou como consultor de grandes produções que envolviam ilusionismo no cinema. Richard Jay Potash já era uma figura conhecida do showbusiness por seus números de mágica em talk shows e especiais televisivos quando chegou a Hollywood. Seu primeiro trabalho no cinema foi como consultor de Francis Ford Coppola na produção de “O Pequeno Mágico” (1982), mas seu talento foi explorado até para ensinar Robert Redford a fazer truques com moedas em “Um Homem Fora de Série” (1984). Sua estreia diante das câmeras se deu pelas mãos do diretor David Mamet. O suspense dramático “Jogo de Emoções” (1987), que também foi o primeiro longa de Mamet, inaugurou uma grande parceria, que se estendeu à praticamente todos os filmes do cineasta, como “As Coisas Mudam” (1988), “Homicídio” (1991), “A Trapaça” (1997), “Deu a Louca nos Astros” (2001), “O Assalto” (2001) e “Cinturão Vermelho” (2008), além do especial de mágica “Ricky Jay and His 52 Assistants” (1996). Em muitos desses filmes, Ricky Jay também trabalhou como consultor técnico. Entre esses longas, ele atuou em dois dos melhores filmes de outro jovem iniciante em Hollywood, Paul Thomas Anderson, “Boogie Nights” (1997) e “Magnolia” (1999), antes de entrar na série western “Deadwood” (2004) para viver um jogador de pôquer que usava habilidades especiais para ser sempre vencedor. As habilidades mágicas de Ricky Jay também lhe renderam destaque num episódio de 2000 de “Arquivo X”, em que Mulder e Scully investigavam o assassinato de um famoso ilusionista, e principalmente um papel em “O Grande Truque” (2006), o filme de mágicos de Christopher Nolan, do qual também foi consultor. Como mágico, ele foi responsável por criar o truque da cadeira de rodas que dava a impressão de que Gary Sinise não tinha pernas em “Forest Gump” (1994) e foi consultor dos truques de “O Ilusionista” (2006), de Neil Burger, e “Treze Homens e um Novo Segredo” (2013), de Steven Soderbergh. Como ator, a filmografia de Ricky Jay ainda inclui “Últimos Dias” (2005), de Gus Van Sant, “Vigaristas” (2008), de Rian Johnson, e um papel de vilão num filme de James Bond, “007 – O Amanhã Nunca Morre” (1997).
Al Matthews (1942 – 2018)
O ator Al Matthews, que os fãs de sci-fi lembram como o Sargento Apone em “Aliens, o Resgate” (1986), foi encontrado morto neste domingo (23) em sua casa na Espanha. Ele tinha 75 anos. Matthews curtia os últimos anos na paradisíaca Orihuela Costa desde 2005, após viver por décadas no Reino Unido. Mas não tinha se aposentado completamente da atuação. Ainda tem filme inédito para ser lançado. Sua carreira artística começou pela música, com o sucesso do single “Fool”, que estourou nas paradas britânicas em 1975. Mas após estrear no cinema em 1979, acabou tomando outro rumo, requisitado para papéis que refletiam sua experiência militar. Ele lutou na Guerra do Vietnã e se tornou o primeiro soldado negro na 1ª divisão da Marinha a ser promovido a sargento. Em seu primeiro filme, “Os Yankees Estão Voltando”, interpretou um soldado após a 2ª Guerra Mundial. Em “Alucinações do Mal” (1981), foi um veterano do Vietnã, assim como em “Os Piratas do Ar” (1986). E ainda viveu o chefe dos bombeiros em “Superman III” (1983). As pequenas participações abriram caminho para o papel em “Aliens”, que o projetou. O ator incorporou muito de sua própria experiência em Apone, um sargento durão e corajoso, que não abandona seus homens mesmo quando cercado por alienígenas mortais. Sua presença ajudou a dar maior realismo na fantasia do diretor James Cameron, dando casca grossa aos marines do filme. Apone marcou tanto que acabou resgatado, recentemente, no game “Aliens: Colonial Marines” (2013), em que Matthews voltou a dublar o personagem. Outros papéis de militar em sua carreira incluem o general de “O Quinto Elemento” (1997) e o sargento de “007: O Amanhã Nunca Morre” (1997). Seu último filme é um western independente chamado “The Price of Death”, filmado na Espanha e com lançamento direto em DVD previsto para o mês que vem.



