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A Fazenda | Traição ao pôr do sol: Márcia Fu quer votar em Nadja e André chuta peoa
A reunião do grupo Por do Sol no Rancho do Fazendeiro teve Nadja Pessoa como um dos assuntos principais. Numa reviravolta, duas pessoas que Nadja considerava seus melhores amigos na casa decidiram lhe virar as costas. Márcia Fu fez mais, propôs que o grupo inteiro votasse contra ela na nova Roça, se juntando aos Crias para colocá-la na berlinda. “Por que a gente não vai na Nadja”, introduziu Márcia, após a constatação do voto dos Crias. Márcia foi prontamente rebatida por Lucas Souza: “Não, tá doida?”. Ele se explicou: “Aí a gente vai dar força pro discurso de traição dela, entendeu?”. Jaquelline Grohalski também foi contra, dizendo que tinha “gente pior”, e André disse que não poderia votar nela. A desculpa de André Entretanto, André revelou que rompeu com a peoa, que até recentemente ele declarava ser sua prioridade. Ele deu como justificativa o fato de que ela “salvou o Paiol” no último Resta Um. Nadja salvou Kally Fonseca, como Lucas faz sempre. André se aproximou mais de Lucas e Jaque durante a última Roça, mesmo os dois priorizando Kally. Entretanto, achou ruim Nadja fazer o mesmo. André explicou: “Evitei bastante depois da última votação. Eu achei estranho, ali ela se introduziu no Paiol. Ela salvou o Paiol”. Márcia Fu ressaltou: “A Kally”. O ator não se deu conta da contradição e seguiu: “É! Eu continue dando bom dia, boa tarde, boa noite. E aí depois meu coração começou a amolecer e dizer ‘oi, tudo bem? Já jantou? O que quer comer?’, pra tentar também não ficar um clima muito ruim. Aí depois dessa votação ela se fechou de novo. É só falando sozinha. Eu também me mantive mais distante. Eu fiquei muito decepcionado”, explica. Como se tivessem traído ela Depois desta justificativa, André disse que não salvaria mais Nadja com tanta facilidade durante a formação da Roça. “Se tivesse um Resta Um, por exemplo hoje, eu pensaria três vezes se salvaria ela. Não salvaria de primeira como fiz já”, declarou. Já Márcia Fu garante que não salvaria Nadja em hipótese alguma: “Eu não salvaria ela não! Pode esquecer!” Se a proposta era não dar discurso de traição para a peoa, foi um grande ato falho, ou esquecimento coletivo de que a transmissão do PlayPlus é 24 horas. Lucas ainda disse: “Pra sair da amizade, ela coloca como se você tivesse traído ela”… Nadja já tinha ficado triste com esse movimento, ao ver que André não queria mais ficar junto dela por influência de Lucas e Jaque, e a única pessoa que lhe amparou quando precisou desabafar foi justamente Kally. 🔥 Márcia cogita voto em Nadja, mas os amigos negam: "Acho ela infantil! Vai dar discurso de traição pra ela!" Black: "Acho que o Tonzão vai na Nadja." Márcia: "Por que a gente não vota na Nadja?" Jaquelline: "Eu não voto nela porque não tenho motivo. Acho ela infantil."… pic.twitter.com/5eStd4vTjG — Antenados (@canalantenados) November 18, 2023 André diz que se afastou de Nadja após a peoa salvar o Paiol na última Roça. pic.twitter.com/ITv4NCYqkL — Paola Debochada (@PaolaDeboche) November 18, 2023
Terror de O Nó do Diabo mostra que o Brasil é um país assombrado pela injustiça social
Muitas histórias de terror usam o arquétipo do “lugar ruim”: a casa assombrada, o cemitério, o castelo do cientista louco… E é sempre melhor quando eles têm uma história. Por exemplo, um dos mais famosos lugares ruins do terror, a Hill House do romance de Shirley Jackson – adaptado duas vezes para o cinema, no clássico “Desafio do Além” (1963) e no pavoroso, no mau sentido, “A Casa Amaldiçoada” (1999) – tinha uma história longa de eventos tenebrosos, exposta logo no início da obra, abrangendo várias décadas. Um catálogo de coisas ruins é um elemento que dá um sabor especial a um exemplar do gênero. O filme de terror brasileiro “O Nó do Diabo” é sobre um lugar ruim, e um lugar ruim com história. Uma fazenda, antigo engenho no sertão paraibano, serve como palco para cinco histórias assustadoras envolvendo o passado do lugar. As histórias se passam entre 2018 e 1818, regredindo no tempo, e sempre se relacionam de alguma forma ao trabalho escravo que havia no local. Trata-se de uma proposta não muito comum no cinema de gênero do Brasil, a de filme de antologia. Cada uma das histórias teve seu diretor – são eles Gabriel Martins, Ian Abré e Jhésus Tribuzi, com Ramon Porto Mota dirigindo duas – e seus próprios roteiristas, mantendo em comum os trabalhos do montador Daniel Bandeira, que confere um admirável ritmo fluido à produção – o filme chega a dar a impressão de ser mais curto do que as suas duas horas reais e as transições entre as histórias são suaves e inteligentes – e do diretor de fotografia Leonardo Feliciano, que explora de maneira brilhante tanto a luz quanto a escuridão, além de uma ou outra paisagem mais estranha. Ambos contribuem de maneira excepcional para o clima inquietante de maior parte da projeção, e esses dois elementos, a montagem e a fotografia, conferem ao filme uma unidade que filmes de antologia de terror no cinema dificilmente conseguem. O que também ajuda a manter viva a unidade temática central do projeto, a noção de um mal histórico, algo que se propaga no tempo e é tão essencialmente brasileiro. O mal da escravidão e das desigualdades sociais decorrentes assombra os personagens e está sempre presente como pano de fundo das histórias. A primeira delas, a atual, faz breves alusões à situação política conturbada dos últimos anos no país e toca de leve em questões raciais e econômicas, ressaltando a boa e velha capacidade do cinema de gênero de abordar essas questões, muitas vezes de forma até mais incisiva do que filmes, ditos, mais “sérios” e “elevados”. A tônica se mantém nas demais histórias, trazendo fantasmas; uma interessante desconstrução do espaço e tempo fílmicos (na quarta história); uma figura vilanesca vivida pelo ótimo ator Fernando Teixeira que, de maneira emblemática, aparece em todos os segmentos; e até zumbis na história final, com momentos que lembram o clássico “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968) do norte-americano George A. Romero. É o tipo de filme que, quanto menos se falar das tramas, melhor para o espectador. Claro, nenhuma das histórias reinventa a roda – qualquer espectador mais escolado no gênero terror consegue adivinhar como elas vão se desenvolver, e há um pouco de desnível entre elas. A quinta e última acaba sendo a menos interessante, e nem todos os espectadores devem abraçar a “viagem” da quarta história. Mesmo assim, “O Nó do Diabo” merece elogios, e muitos, por ser tão consistente, interessante, bem defendido pelos seus atores e tão incisivo na sua visão compartilhada sobre o horror de se viver no Brasil. Um país onde a propriedade é colocada muito, mas muito mesmo, acima do ser humano, onde a violência é constante, e o passado escravocrata e de séculos de exploração ainda está vivo, um espectro pairando sobre a sociedade. No mesmo ano em que também tivemos o excepcional “As Boas Maneiras”, “O Nó do Diabo” é mais uma prova de que o horror cinematográfico no Brasil está muito vivo. E deve mesmo: afinal, a vida real e a História são fontes de inspiração quase ilimitada. Seria o Brasil mais um “lugar ruim”? Talvez não seja para tanto, mas com certeza é um lugar assombrado.


