Documentário de Taylor Swift ignora morte de fã brasileira e gera revolta

Omissão causa polêmica

A série documental de Taylor Swift, que mostra os bastidores da monumental “The Eras Tour”, tornou-se alvo de críticas nas redes sociais nesta quarta-feira (24/12), após exibir seus últimos capítulos na Disney+. O motivo é a ausência de qualquer menção à morte da fã brasileira Ana Benevides, estudante de 23 anos que faleceu devido ao calor extremo durante a passagem da cantora pelo Rio de Janeiro, em novembro de 2023.
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A expectativa de parte do público brasileiro era que a tragédia fosse abordada ou, ao menos, houvesse uma homenagem à fã na produção. No entanto, “Taylor Swift: The End of an Era” optou por um recorte temporal que exclui a etapa sul-americana. A série começa a registrar os bastidores da cantora a partir de 2024, quando a turnê já estava na Europa. Como as câmeras oficiais da produção não estavam acompanhando a artista em 2023, não há registros de como Taylor lidou com o incidente nos bastidores.
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Dois pesos, duas medidas?

A revolta dos fãs aumentou devido à comparação com outros eventos dramáticos da turnê. Enquanto o caso do Rio foi ignorado, a produção detalhou minuciosamente o episódio do atentado terrorista planejado para os shows em Viena, na Áustria, que resultou no cancelamento de três apresentações em 2024.
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O último episódio da série encerra a narrativa focando em acontecimentos pessoais felizes da artista, como o noivado com Travis Kelce em agosto de 2025 e os novos rumos de sua carreira.

Decepção dos fãs

A falta de um tributo final a Ana Benevides decepcionou os fãs brasileiros e foi vista como falta de sensibilidade da cantora, conforme repercutiram as reclamações nas redes sociais. ​

Na época da tragédia, Taylor publicou uma nota de pesar no Instagram e, dias depois, encontrou-se de forma reservada com a família da estudante nos bastidores de um show em São Paulo.
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Impacto histórico

Apesar de ignorada na série, a morte da estudante impulsionou mudanças legislativas históricas, como a Lei Ana Benevides (Lei Estadual 10.557/24 no Rio de Janeiro), que tornou obrigatória a distribuição gratuita de água potável em grandes eventos e garantiu o direito do público de entrar em qualquer show com garrafas d’água de uso pessoal.
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Em âmbito federal, o caso também motivou portarias da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) estabelecendo regras rígidas de hidratação para produtoras de shows, um marco na defesa do consumidor que surgiu diretamente do luto pela jovem sul-mato-grossense.
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