Pluto entra em domínio público na quinta. O que muda?

Solto no mundo

Um dos ícones mais antigos da Disney está prestes a perder a proteção dos direitos autorais. A partir de 1º de janeiro de 2026, Pluto, o fiel cachorro de estimação do Mickey Mouse, entrará em domínio público nos Estados Unidos. A mudança ocorre porque a primeira aparição do personagem completa 95 anos, atingindo o limite de proteção da lei de direitos autorais americana. Criado por Walt Disney e Norm Ferguson, ele estreou em setembro de 1930 no curta “The Chain Gang”, onde curiosamente não era um pet dócil, mas um cão de caça perseguindo Mickey após uma fuga da prisão.

O que isso significa na prática?

Com a liberação, qualquer pessoa poderá reproduzir, adaptar ou criar novas histórias usando a versão original de 1930 do personagem, sem pagar royalties à Disney. No entanto, há regras claras: apenas o design daquela época está liberado. As versões modernas, coloridas e com traços arredondados, continuam protegidas. Além disso, a marca “Pluto” segue registrada pela Disney, impedindo o uso comercial do nome para confundir consumidores sobre a origem de produtos oficiais.

A expectativa é que Pluto siga o caminho de Ursinho Pooh e Mickey Mouse (versão “Steamboat Willie”), inspirando produções independentes bizarras, especialmente filmes de terror de baixo orçamento. Vale lembrar que Mickey, liberado em 2024, já virou assassino no longa “Mouse Trap: A Diversão Agora é Outra”.

Quem são os próximos da fila?

A “festa” do domínio público não para por aqui. O cronograma prevê a liberação de outros clássicos da Disney nos próximos anos: Pateta (2028), Pato Donald (2030), Huguinho, Zezinho e Luisinho (2034) e Tio Patinhas (2043). É importante ressaltar que essas datas valem para a lei dos EUA. No Brasil, a regra é diferente: obras entram em domínio público 70 anos após a morte do autor, independentemente da data de publicação.