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Divulgação/RCA Victor

Música|20 de dezembro de 2025

Morre Lindomar Castilho, “rei do bolero” e autor de feminicídio histórico

Cantor de sucessos como "Tapas e Beijos" e "Doida Demais" assassinou a ex-esposa durante show em 1981 e cumpriu pena pelo crime

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1 Fim de uma trajetória controversa
2 Sucessos na música e trilhas de TV
3 O crime que chocou o país
4 Anos finais e relação com a filha

Fim de uma trajetória controversa

O cantor Lindomar Castilho, conhecido como o “rei do bolero” e figura central de um dos crimes mais impactantes da crônica policial brasileira, morreu aos 85 anos. A notícia foi confirmada neste sábado (20/12) por sua filha, Lili De Grammont, através de uma postagem reflexiva no Instagram. “Meu pai partiu! E como qualquer ser humano, ele é finito, ele é só mais um ser humano que se desviou com sua vaidade e narcisismo”, escreveu ela.

Lili, que era apenas um bebê quando o pai assassinou sua mãe, a cantora Eliane de Grammont, em 1981, usou o momento para refletir sobre o peso desse ato. “E, ao tirar a vida da minha mãe, também morreu em vida. O homem que mata também morre”, desabafou.

Sucessos na música e trilhas de TV

Nascido em Rio Verde (GO), Lindomar Cabral iniciou sua carreira fonográfica em 1962 com o álbum “Canções que Não se Esquecem”, já adotando o sobrenome artístico Castilho. Ao longo de décadas, lançou 38 discos e se consagrou como um dos maiores vendedores do mercado nacional. Entre seus hits mais memoráveis estão “Vou Rifar Meu Coração” — que inspirou documentário homônimo de Ana Rieper sobre o gênero brega — e clássicos que embalaram gerações recentes através da TV Globo: “Entre Tapas e Beijos”, tema da série “Tapas & Beijos”, e “Você É Doida Demais”, que marcou a abertura de “Os Normais”.

O crime que chocou o país

A carreira musical, no entanto, ficou permanentemente sombreada pelo feminicídio de Eliane de Grammont. Os dois se conheceram em 1977 na gravadora RCA e casaram-se no ano seguinte, quando o cantor exigiu que ela abandonasse os palcos. Já separada e tentando retomar a carreira aos 26 anos, Eliane foi morta na madrugada de 30 de março de 1981.

Lindomar invadiu a boate Belle Époque, em São Paulo, onde a ex-esposa se apresentava ao lado do violonista Carlos Randall. Armado com um revólver calibre 38, ele disparou contra o palco, atingindo Eliane no peito. Randall também foi ferido, mas conseguiu conter o agressor com ajuda do proprietário da casa. O assassinato gerou uma onda histórica de protestos feministas pelo Brasil. Condenado a 12 anos e dois meses de prisão, Lindomar cumpriu sete anos em regime fechado e completou sua sentença em 1996.

Anos finais e relação com a filha

Após a liberdade, o artista tentou regressar à música com um álbum ao vivo em 2000, mas acabou se isolando e vivendo de forma reservada, enfrentando problemas de saúde que comprometeram sua voz.

Lili de Grammont, que se reaproximou do pai na adolescência, finalizou sua despedida com uma mensagem sobre perdão e cura: “Se eu perdoei? Essa resposta não é simples como um sim ou não, ela envolve tudo e todas as camadas das dores e delícias de ser, um ser complexo e em evolução. Diante de tudo isso, desejo que a alma dele se cure, que sua masculinidade tóxica tenha sido transformada.”

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Um post compartilhado por Lili De Grammont (@lilidegrammont)

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