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Instagram/Heloisa Bolsonaro

Etc|11 de dezembro de 2025

Produtora de filme de Bolsonaro pagou R$ 12 milhões a suspeito de feminicídio com verba da Prefeitura de SP

Karina Pereira da Gama, executiva de "Dark Horse", teria contratado Alex Leandro Bispo dos Santos, preso pela morte da esposa, usando recursos de programa de wi-fi gratuito, segundo reportagem


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1 Conexão entre verba pública, cinema e crime
2 Irregularidades e pagamentos por serviços inexistentes
3 O dinheiro público da produtora do filme de Bolsonaro
4 O papel do suspeito de feminicídio no esquema
5 Prisão por feminicídio e defesa da Prefeitura

Conexão entre verba pública, cinema e crime

Uma investigação jornalística revelou uma conexão inesperada envolvendo verba pública da Prefeitura de São Paulo, a produção de uma cinebiografia sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e um caso brutal de feminicídio. Documentos obtidos pelo colunista Demétrio Vecchioli no portal Metrópoles mostram que Alex Leandro Bispo dos Santos, preso sob suspeita de espancar a esposa e jogá-la do 10º andar de um prédio, recebeu R$ 12 milhões de Karina Pereira da Gama, produtora executiva do filme “Dark Horse”, que narra a trajetória de Bolsonaro.

Karina Pereira da Gama é sócia da produtora Go Up, responsável pelo longa-metragem, e simultaneamente comanda o Instituto Conhecer Brasil (ICB), entidade contratada supostamente sem licitação pela gestão Ricardo Nunes (MDB) para instalar wi-fi em comunidades carentes da capital paulista. Foi desse montante público que saíram os recursos milionários transferidos para a Favela Conectada, empresa de Alex Bispo, criando um elo financeiro indireto entre a produtora do filme bolsonarista e o suspeito de feminicídio.

Irregularidades e pagamentos por serviços inexistentes

Demétrio Vecchioli também colaborou em reportagem do The Intercept Brasil, que revelou o recebimento de R$ 108 milhões pelo ICB por meio de um contrato com a Prefeitura em junho de 2023. O objetivo era instalar 5.000 pontos de internet em regiões de baixa renda. No entanto, o Tribunal de Contas do Município apontou pelo menos 20 irregularidades no edital, incluindo critérios genéricos para a escolha da organização social responsável. Além disso, segundo a denúncia, Karina não possuía experiência prévia em telecomunicações e foi a única concorrente na licitação.

A execução do projeto teria apresentado discrepâncias financeiras graves. Enquanto a Prodam, empresa municipal de tecnologia, cobra R$ 306 pela manutenção de cada ponto de wi-fi, o contrato com o instituto de Karina estipulou o valor de R$ 1.800 por instalação e mais R$ 1.800 mensais para manutenção. Além disso, a gestão Nunes aceitou pagar retroativamente por serviços que ainda não existiam, resultando em um repasse de R$ 26 milhões por manutenção de pontos fantasmas.

O dinheiro público da produtora do filme de Bolsonaro

A trajetória de Karina Ferreira da Gama é marcada por conexões com políticos conservadores e captação de recursos públicos. Outra ONG presidida por ela, a Academia Nacional de Cultura (ANC), recebeu R$ 2,6 milhões em emendas de deputados bolsonaristas como Carla Zambelli, Bia Kicis e Alexandre Ramagem para produzir uma série documental chamada “Heróis Nacionais”, que nunca saiu do papel. Mario Frias, roteirista de “Dark Horse”, também destinou R$ 2 milhões em emendas para o ICB em 2025. Ela ainda obteve R$ 1 milhão da Secretaria de Cultura de São Paulo para um evento de dança ligado à Igreja Universal.

O papel do suspeito de feminicídio no esquema

Alex Bispo, que já cumpriu pena pelo sequestro de um sobrinho do deputado Eduardo Suplicy (PT), entrou no esquema como terceirizado. Sua empresa, a Favela Conectada, foi contratada para cuidar da manutenção de 2.000 pontos, recebendo R$ 712 por mês por unidade. Em um dos casos citados, a empresa recebeu o equivalente a 12 meses de serviço por pontos que funcionaram por apenas dois meses.

O contrato entre o ICB e a empresa de Alex, no valor total de R$ 12 milhões, traz a assinatura de Maria Katiane Gomes da Silva, esposa do empresário, como testemunha. Segundo apuração do Intercept, a sede da Favela Conectada funciona no mesmo endereço de um escritório cujo aluguel era pago com recursos do instituto de Karina, evidenciando a mistura de interesses e verbas.

Prisão por feminicídio e defesa da Prefeitura

A trama financeira ganhou contornos policiais na última terça-feira (9/12), quando Alex Leandro Bispo dos Santos teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele é o principal suspeito da morte de Maria Katiane, ocorrida em 29 de novembro. Imagens de segurança flagraram o empresário agredindo a esposa no estacionamento e no elevador do prédio onde moravam, na zona sul de São Paulo, momentos antes de ela cair da janela do apartamento.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo defendeu o programa de wi-fi, classificando-o como fundamental para famílias vulneráveis, e negou qualquer irregularidade na contratação do ICB. A administração municipal também repudiou a associação entre o contrato e a produção do filme sobre Bolsonaro.

A defesa de Alex Bispo e os representantes do Instituto Conhecer Brasil não foram localizados pelas reportagens para comentar as denúncias, mas o espaço segue aberto para posicionamentos, declarações e atualizações das partes citadas, que queiram responder, refutar ou acrescentar detalhes em relação ao que foi noticiado. Como o assunto é sensível, mas também de interesse público, receberá atualizações para conter as versões de todas as partes.

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