
Instagram/Marilia Mendonça
Documentário de Marília Mendonça promete revelar lado desconhecido da cantora
Diretora Susanna Lira adianta que "Marília Mendonça: Sentimento Louco" mostrará aspectos do temperamento da artista que surpreenderão o público, incluindo questões familiares e posicionamento feminista
Série revela temperamento intenso de Marília
A diretora Susanna Lira (“Torre das Donzelas”) revelou que o documentário “Marília Mendonça: Sentimento Louco”, com estreia prevista para 2026 na Prime Video, retratará facetas inéditas da rainha da sofrência. Em entrevista à revista Veja, a cineasta adiantou que o público conhecerá características de temperamento que ficavam escondidas por trás da imagem pública da artista.
“Vai surpreender muita gente. As pessoas tinham uma ideia da Marília, e vamos mostrar também essas contradições de temperamento. Marília tinha temperamento bastante intenso”, declarou Susanna. A série documental, dividida em quatro episódios, contará com depoimentos de grandes nomes da música sertaneja como Zezé Di Camargo, Paula Fernandes, Maiara e Maraisa, além de familiares próximos como a mãe Ruth Dias e o ex-marido Murilo Huff.
Da infância à consagração
A produção mergulhará na trajetória completa de Marília, desde a infância marcada pela perda prematura do pai e momentos de dificuldade financeira da família. “A família entra num processo de decadência financeira grande”, revelou a diretora. Outro destaque será a apresentação das inspirações por trás de músicas famosas, com nomes de pessoas citadas pela primeira vez.
Marília Mendonça tinha posicionamento feminista?
A diretora afirmou ainda que Marília Mendonça tinha posicionamento feminista, mas que demorou para expressá-lo publicamente devido ao ambiente do mercado sertanejo. “Ela tinha medo desse meio conservador do sertanejo. Depois ela faz um encontro com o feminismo muito interessante, onde se posiciona e muitas pessoas do público dela não aceitam. E era uma superfeminista, porque levava outras mulheres junto, ela fortalecia parcerias de trabalho”, afirmou Susanna Lira.
A cantora foi uma das responsáveis por dar início ao fenômeno denominado “feminejo”, com o estilo dominado por mulheres, incluindo as duplas Maiara e Maraísa e Simone e Simaria. Marília se tornou uma das artistas de maior sucesso na música brasileira a partir de 2016, com hits como “Infiel” e “Eu Sei de Cor”, que caracterizaram esse movimento.
Como está o processo de produção do documentário?
O recorte da série se encerra com a morte trágica da cantora em 2021, aos 26 anos, e foca no legado deixado por ela. “O filme termina com a morte dela e com o legado, porque ela ganhou inclusive um Grammy pós-morte. Continua nas paradas de sucesso, como uma das mais tocadas no Brasil”, destacou Susanna. “Marília tem números ainda muito impressionantes, mesmo depois de quatro anos que já morreu”, completou a cineasta.
Susanna relatou que passou três meses em Goiânia realizando gravações e relatou que se encontra na etapa de edição do projeto. “Estou fazendo a série documental de quatro episódios. A gente já está na montagem do terceiro. Em breve teremos o quarto episódio e começaremos a finalizar ao longo do ano. Acredito que novembro do ano que vem a gente estreie”, declarou a cineasta.