
Divulgação/Prime Video
“Corrida dos Bichos”: Elenco revela detalhes da sci-fi brasileira na CCXP
Filme com Rodrigo Santoro, Bruno Gagliasso e Isis Valverde transforma o jogo do bicho em corrida brutal de sobrevivência num Rio de Janeiro distópico
O bicho vai pegar no Rio distópico
A presença de Rodrigo Santoro na CCXP25 não se resumiu à emocionante homenagem que recebeu no palco Thunder. O astro também integrou o painel da Prime Video para apresentar “Corrida dos Bichos”, ambiciosa ficção científica nacional dirigida por Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”), Rodrigo Pesavento (“Pico da Neblina”) e Ernesto Solis (“O Último Animal”). O longa imagina um Rio de Janeiro futurista onde o tradicional jogo do bicho evoluiu para um espetáculo violento e midiático. Ao lado de colegas de elenco como Bruno Gagliasso, Isis Valverde e Matheus Abreu, Santoro detalhou a superprodução prevista para 2026.
Na trama, os “bichos” deixaram de ser apenas símbolos de apostas para se tornarem corredores reais que lutam pela sobrevivência em disputas de adrenalina extrema. “O jogo se transformou e agora é uma corrida, em que os corredores personificam esses bichos. É uma corrida pela vida, do próprio bicho que corre, por quem ele corre e por que ele corre”, explicou Matheus Abreu, que interpreta um dos competidores.
Ação física extrema e dublês de dublês
Abreu destacou a intensidade física das filmagens, que misturam parkour e lutas corporais. O desafio foi tamanho que a produção precisou reforçar a equipe de dublês. “Todo dia tinha dois dublês e, às vezes, três para o Mano, meu personagem. Um dublê não ia aguentar. Tinha uma maca de massagem pros intervalos, pra dar conta do outro dia”, revelou o ator, arrancando risadas da plateia ao contar que até seu dublê precisou de um substituto.
Isis Valverde ressaltou a complexidade técnica do projeto, enfatizando a experiência de atuar cercada de efeitos visuais ao lado de Santoro e Gagliasso. “Achei muito incrível que eu, o Bruno e o Rodrigo atuávamos com fundo verde”, contou a atriz, ao explicar como a ambientação distópica será finalizada digitalmente. O cenário constrói um Rio de Janeiro irreconhecível, sem mar e sem o Cristo Redentor, servindo de alerta sobre o futuro. “O que a gente está fazendo hoje pra construir um mundo que a gente fez lá? (…) Será que a gente vai ficar lá? A gente pode chegar”, provocou Bruno Gagliasso.
Um showrunner vaidoso no comando
Rodrigo Santoro descreveu seu personagem como uma figura central nessa nova engrenagem social: um “showrunner” vaidoso que transformou a contravenção em entretenimento de massa. “Não é o jogo do bicho. É inspirado em uma transformação de um jogo que sobreviveu. É um show, além de ser um jogo”, pontuou.
Segundo o ator, o filme não se apega a datas específicas ou tecnologias, mas foca nas relações humanas e sociopolíticas de um mundo colapsado. “Eu me diverti muito fazendo esse personagem. (…) Ele descobriu como fazer um show disso. Ele está por trás de uma grande performance. E é muito vaidoso, adora um flash”, adiantou Santoro, definindo a obra como um gênero inédito que o cinema brasileiro “nunca fez” nessa escala e ambição.
O lançamento de “Corrida dos Bichos” está previsto para 2026, em dia ainda não marcado pela Prime Video.