Criadores adiantam o que esperar do “final explosivo” de “Stranger Things”

Respostas sobre Will e o Mundo Invertido

A 5ª e última temporada de “Stranger Things” estreou seus quatro primeiros episódios na quarta (26/11) e o Volume 2, com mais três capítulos, chega no dia de Natal de 2025 antes do grande final em 31 de dezembro. Em conversa com o site americano Deadline, os irmãos Duffer e o elenco adiantaram que os novos episódios vão finalmente explicar por que Will Byers foi o escolhido por Vecna, o que exatamente é o Mundo Invertido e todos os mistérios da série.

“Tudo meio que fecha o ciclo”, garantiu Matt Duffer. Ele explicou que o Volume 2 foi desenhado justamente para amarrar as lacunas. “Especialmente quando entramos no Volume 2, começamos a responder cada vez mais por que o Will foi sequestrado e como isso se conecta com a Holly e com tudo isso”, prometeu o criador.​

Ross Duffer acrescentou que as respostas também passam por conexões que a série vinha guardando há anos. Ele citou Dimension X, apresentada na peça “Stranger Things: The First Shadow”, e a relação entre Vecna, o Devorador de Mentes e o próprio Mundo Invertido. “Bem no começo do Volume 2, a gente realmente começa a entender tudo sobre o Mundo Invertido”, disse. “É algo que foi planejado por 10 anos, e agora é a hora de revelar.”

Will vira feiticeiro e poderes não serão iguais aos de Eleven

Uma das grandes revelações do Volume 1 foi a confirmação dos poderes de Will. O título do capítulo “Will, o Sábio” indica que ele virou um feiticeiro e Noah Schnapp contou que o personagem exibirá seus poderes de forma mais clara no Volume 2.

Ele garantiu que sua “magia” evoluirá de forma distinta da telecinese de Eleven. “Originalmente, era para funcionar igual, mas no Volume 2 vem de um jeito diferente. Tive que garantir que a fisicalidade mostrasse isso”, explicou o ator. Schnapp ainda comparou a dinâmica de Will e Vecna à de Harry Potter e Voldemort, sugerindo uma ligação mental e destrutiva entre herói e vilão que será central para o desfecho.

Holly, Max e a Fuga de Camazotz

Holly Wheeler, que ganha bem mais destaque nesta temporada, também será peça-chave na reta final. A própria experiência de sequestro da garotinha ecoa o desaparecimento de Will na 1ª temporada, uma repetição proposital segundo os criadores, ajudando a amarrar a trama com referências ao livro “Uma Dobra do Tempo”, que ela lê obsessivamente.​ Holly também expôs um lado mais humano de Vecna, a quem ela chama de “Sr. Quequeé” (uma referência ao livro), e sua presença no Mundo Invertido deve ser a chave para desvendar o grande plano do vilão.

Enquanto isso, Jamie Campbell Bower (Vecna) revelou que a presença de Max (Sadie Sink) em sua mente é uma fonte de “vexação”. “Ter a Max fazendo o que ela está fazendo é incrivelmente frustrante para ele, especialmente porque ele está tentando usar a Holly, e a Max está tirando a Holly dele”, disse o ator. O confronto deve atingir o clímax no episódio 6, “Fuga de Camazotz”, dirigido por Shawn Levy.

Dra. Kay e o retorno de Kali

A ameaça humana da temporada atende pelo nome de Dra. Kay (Linda Hamilton). Diferente do Dr. Brenner, que tinha curiosidade científica, Kay é descrita pelos Duffers como uma militar implacável que vê Eleven apenas como uma arma. “Ela não quer resolver mistérios, ela quer atingir um objetivo. E vamos entender qual é esse objetivo no Volume 2”, disse Ross Duffer.

Depois de culpar Eleven por tudo e subestimar a verdadeira ameaça, o Exército deve rever sua postura após o vilão se manifestar de forma mais explícita. Os criadores evitaram dar detalhes, apenas provocando o público a esperar como essa reação vai se desenrolar — e se o sistema vai enfim entender que existe algo pior que uma adolescente superpoderosa.​

Esse arco se cruza com o retorno triunfal de Kali (Linnea Berthelsen), a “irmã” 008 de Eleven, que reapareceu no final do Volume 1 conectada a máquinas misteriosas. Os Duffers afirmam que sempre planejaram trazê-la de volta na temporada final para que a história não ficasse com “ponta solta” e para que a personagem ocupasse um papel realmente importante na jornada de Eleven, e não apenas como participação isolada.​ Ross Duffer confirmou que Kali terá um “papel realmente importante” na explicação do que a Dra. Kay está tramando.

Novos momentos musicais

Por fim, os criadores prometeram que a música continuará sendo um elemento vital, mas sem tentar replicar o fenômeno viral de “Running Up That Hill” e “Master of Puppets”. “Decidimos não perseguir isso para não parecer uma versão diluída, mas há momentos musicais muito legais e diferentes no Volume 2 e no final”, adiantou Matt.

Final de cinema

O diretor e produtor Shawn Levy, que comanda dois episódios do Volume 2 e co-dirige o último capítulo com os Duffers, afirmou que o episódio final de Stranger Things é “um dos melhores finais de série” que já viu, elogiando a “maestria” dos criadores. O episódio derradeiro será exibido em sessões especiais de cinema, em um encerramento pensado para a tela grande, com som e imagem no máximo, antes de ser lançado na Netflix na noite de Ano-Novo.​