
O que ver em streaming: as estreias deste domingo (2/10)
Nova série de "Robin Hood" é o principal lançamento do dia, com Sean Bean como Xerife de Nottingham e reinvenção da lenda do ladrão que roubava dos ricos para dar aos pobres
📺 ROBIN HOOD | MGM+
O lendário herói saxão que roubava dos ricos para dar aos pobres ganha uma nova série de aventura, passada na Inglaterra do século XII, durante a invasão normanda. Após a execução de seu pai pelo Xerife de Nottingham, Rob se torna líder de um grupo de bandidos rebeldes que lutam contra a corrupção e a injustiça da monarquia. A atração também reforça sua relação romântica com Lady Marian, filha de um lorde normando, que o ajuda a partir dos corredores do poder, buscando corrigir os rumos políticos da Inglaterra.
Desenvolvida pelo produtor e roteirista John Glenn (“Hatfields & McCoys”), a série é a primeira versão americana do herói folclórico para a TV, após adaptações clássicas britânicas como “As Aventuras de Robin Hood” (1955–1959), “Robin of Sherwood” (1984–1986) e “Robin Hood” (2006–2009). O elenco conta com Jack Patten (“NCIS: Sydney”) como Rob, Lauren McQueen (“Outlander: Sangue do Meu Sangue”) como Marian, Sean Bean (“Game of Thrones”) no papel do Xerife de Nottingham e Connie Nielsen (“Mulher-Maravilha”) como a Rainha Eleanor da Aquitânia.
🎞️ DESAPARECIDA | Netflix
Continuação temática de “Buscando…” (2018), o filme usa a mesma abordagem estética, mas apresenta novos personagens e uma mudança na dinâmica da situação: em vez de ser um pai buscando pela filha (como no original), agora é uma filha que investiga o desaparecimento da mãe. Storm Reid (“Euphoria”) passa o final de semana sozinha enquanto sua mãe (Nia Long, de “Como Seria Se…?”) viaja com o namorado. Porém, ao notar o sumiço da mãe e sem ajuda da polícia, a jovem resolve investigar o que aconteceu por contra própria – e tudo pela tela de seu computador.
Realizado num formato conhecido como “desktop horror” ou “desktop film”, na qual toda a ação acontece na tela de um computador, “Buscando…” foi um sucesso de público e de crítica, com mais de US$ 75 milhões nas bilheterias e uma avaliação positiva de 92% no Rotten Tomatoes. A sequência foi escrita e dirigida por Nicholas D. Johnson e Will Merrick, que trabalharam como editores no longa de 2018.
🎞️ A VISÃO | Vod*
Baseado em uma história real inspiradora, o drama biográfico retrata a jornada de Dr. Ming Wang, um renomado oftalmologista sino-americano. O diretor Andrew Hyatt (“Paulo, Apóstolo de Cristo”) adapta o livro autobiográfico escrito pelo próprio Dr. Wang, trazendo para as telas uma narrativa de superação que atravessa continentes. A produção tem a marca do Angel Studios – estúdio voltado a filmes edificantes – , o que indica uma abordagem evangélica e, de fato, a adaptação transita entre a ciência e a espiritualidade. A trama conta como Ming Wang, nascido na China durante a Revolução Cultural, emigrou para os Estados Unidos e desafiou probabilidades impossíveis até se tornar pioneiro em técnicas de restauração da visão.
A produção dialoga com questões universais: a busca pelo “sonho americano”, a reconciliação entre tradição oriental e oportunidades ocidentais, e a capacidade da fé de iluminar os momentos mais sombrios. O filme inicia mostrando o jovem Ming enfrentando adversidades durante a adolescência. Em meio à pobreza e ao regime repressivo, ele nutre um sonho audacioso de estudar no Ocidente. Conseguindo emigrar, Ming entra no competitivo mundo acadêmico americano, superando barreiras linguísticas e preconceitos para graduar-se em medicina. Já estabelecido como médico, o drama central emerge quando um pequeno órfão cego aparece em sua clínica buscando um milagre. Esse encontro confronta Ming com memórias dolorosas de seu próprio passado e representa um desafio de fé e ciência: para devolver a visão à criança, ele precisará enfrentar limites tecnológicos e demônios pessoais. A narrativa, então, alterna entre flashbacks e o presente, onde ele lidera pesquisas de ponta em cirurgia ocular. Em determinado momento crucial, Ming testa um procedimento inovador, recorrendo não apenas ao conhecimento científico, mas à esperança quase sobrenatural de dar luz aos olhos da criança e, simbolicamente, dissipar a escuridão de seu próprio passado.
Terry Chen (“House of Cards”) vive Ming Wang em todas as fases, do jovem idealista recém-chegado aos EUA ao experiente cirurgião lidando com dúvidas sobre si mesmo, e Greg Kinnear (“Melhor É Impossível”) co-estrela como Dr. Misha Bartnovsky, mentor e parceiro de pesquisa de Ming nos EUA. Além deles, há participações marcantes de Fionnula Flanagan (“Os Outros”) como uma freira que influenciou Ming em seu despertar espiritual, Natasha Mumba (“Beacon 23”) no papel de Ruth, uma assistente social que acompanha o caso do órfão cego, e Wai Ching Ho (“Demolidor”, da Marvel) vivendo Alian, a mãe de criação de Ming na China
Tematicamente, o filme aborda a fé de maneira sutil: Ming é apresentado como cristão convertido, e há instantes em que ele reza por orientação antes de uma decisão difícil, mas “A Visão” evita pregação aberta e foca mais na dimensão humana universal, buscando o público que valoriza histórias edificantes. Nos Estados Unidos, porém, o filme teve uma carreira discreta nos cinemas, arrecadando cerca de US$ 7 milhões – um resultado modesto, mas significativo para um drama biográfico independente.
* Os lançamentos em VoD (Video on Demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Google TV, Claro TV+, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.