
André Geraissati morre aos 74 anos em São Paulo
Músico foi referência no violão de 12 cordas e marcou a música instrumental brasileira
Músico é lembrado por trajetória marcante no violão brasileiro
O violonista André Geraissati, figura central da música instrumental brasileira, morreu nesta quarta-feira (19/11), aos 74 anos. A confirmação foi feita pelo filho, Gabriel Geraissati, em comunicado publicado nas redes sociais. “Com imensa tristeza comunico aos amigos e fãs o falecimento de meu pai, André Geraissati, hoje, 19 de novembro, em São Paulo. Meu pai foi um violonista único, um artista que tocou muitas vidas – e um pai de coração generoso e amor imenso. Agradeço pelo carinho de todos neste momento tão difícil”, escreveu.
Como André Geraissati se destacou na música instrumental?
Geraissati ficou conhecido pelo trabalho no violão de 12 cordas e pela combinação de música brasileira, jazz e experimentalismo. Ganhou projeção nos anos 1970 e 1980 como integrante do grupo D’Alma, ao lado de André Ribeira e Ulisses Rocha, trio que se tornou referência pela técnica apurada e pelo uso contemporâneo do violão acústico.
Em carreira solo, lançou álbuns que evidenciam texturas sofisticadas, improvisação e forte sensibilidade melódica. O primeiro trabalho, “Entre Duas Palavras”, saiu em 1982 com participação de Egberto Gismonti. Nos anos 1980, vieram “Insight”, “Solo” e “Dadgat”.
Projetos, colaborações e legado internacional
Em 1992, Geraissati fundou o selo independente Tom Brasil, originado do Projeto Banco do Brasil Musical, voltado à difusão da música instrumental. Participou de festivais internacionais como Montreux Jazz Festival, Paris Jazz Festival e Montreal Jazz Festival.
O músico também colaborou com nomes como Hermeto Pascoal, Arthur Moreira Lima, Wagner Tiso e o flautista americano Paul Horn, ampliando o alcance de sua obra dentro e fora do país.