
Divulgação/United Artists
Woody Allen publica homenagem a Diane Keaton: “Anos maravilhosos”
Cineasta relembra o relacionamento, as parcerias e a amizade com a atriz, que morreu aos 79 anos em Los Angeles
Woody Allen presta tributo à amiga e parceira de longa data
O cineasta americano Woody Allen publicou um ensaio em homenagem à atriz Diane Keaton no site The Free Press, que destacou a influência da atriz em sua carreira. Keaton morreu no sábado (11/10), aos 79 anos.
Memórias de uma parceria criativa e afetiva
No texto, Allen, de 89 anos, relembra o primeiro encontro com Keaton em 1969, durante os ensaios da peça “Sonhos de um Sedutor”, e o relacionamento amoroso que durou cinco anos. “Ela era tão encantadora, tão linda, tão mágica que eu questionei minha sanidade. Eu pensei: é possível se apaixonar tão rápido?”, lembrou.
“Com o passar do tempo, passei a fazer filmes para um público de uma só pessoa: Diane Keaton”, declarou o diretor. “Nunca li uma crítica sobre o meu trabalho e só me importava o que Keaton tinha a dizer”, acrescentou.
Allen não poupou elogios à sua primeira musa e parceira. “É gramaticalmente errado dizer ‘mais única’, mas todas as regras da gramática, e acho que de todo o resto, são suspensas quando falamos de Diane Keaton. Diferente de qualquer pessoa que o mundo já tenha visto ou que possa ver novamente, seu rosto e sua risada iluminavam qualquer espaço em que ela estivesse”, escreveu.
Declarações sobre a perda da atriz
“Alguns dias atrás, o mundo era um lugar que incluía Diane Keaton. Agora é um mundo que não a inclui. Portanto, é um mundo mais triste. Ainda assim, restam seus filmes. E sua risada incrível ainda ecoa na minha cabeça”, escreveu Allen, que já havia definido a atriz como sua “estrela-guia” em suas memórias publicadas em 2020. Eles trabalharam juntos em oito filmes, incluindo colaborações posteriores ao fim do namoro, e mantiveram amizade até o fim da vida da atriz.
No ensaio, Allen também recorda momentos pessoais, como um Dia de Ação de Graças que passaram jogando pôquer com a família de Keaton. “Tivemos alguns anos maravilhosos juntos e, no fim, seguimos caminhos diferentes. Só Deus e Freud talvez possam explicar por quê”, escreveu.
Relação marcada por apoio e admiração
Keaton sempre defendeu Woody Allen das acusações de abuso contra Dylan Farrow, filha adotiva dele e de Mia Farrow, em 1992. O caso foi amplamente investigado e arquivado por falta de provas. “Woody Allen é meu amigo e continuo acreditando nele”, disse Keaton quando o assunto voltou à tona durante o movimento #MeToo.
Em 2017, o diretor, que evita cerimônias de premiação, abriu uma exceção para entregar a Keaton o prêmio pelo conjunto da obra concedido pelo American Film Institute. “Do momento em que a conheci, ela foi uma grande, grande inspiração para mim. Muito do que conquistei na vida devo, sem dúvida, a ela. Ver a vida através dos olhos dela. Ela é realmente extraordinária. É uma mulher que é boa em tudo o que faz”, declarou na ocasião.
A atriz morreu em sua casa em Los Angeles após passar mal. Segundo uma fonte da revista Variety, sua saúde havia piorado recentemente, embora nenhuma doença tenha sido divulgada. Amigos próximos disseram não saber que ela estava doente.
Woody Allen escreveu um ensaio emocionante sobre Diane Keaton, relembrando amor, amizade e a parceria que marcou o cinema americano. “Fazia filmes para um público de uma só pessoa”, disse o cineasta. #WoodyAllen #DianeKeaton #CinemaAmericano #Obituário 🔗 https://pipocamoderna.com.br/2025/10/woody-allen-homenagem-diane-keaton