
Netflix lança trailer de “Caso Eloá – Refém ao Vivo”, documentário sobre o crime que parou o Brasil
Produção revisita o sequestro e assassinato de Eloá Cristina Pimentel, com imagens inéditas e depoimentos exclusivos de familiares e testemunhas
Netflix revisita o crime que parou o país
A Netflix revelou o trailer de “Caso Eloá – Refém ao Vivo”, documentário que revive um dos crimes mais marcantes da história recente do Brasil. A produção promete uma abordagem sensível e detalhada sobre o sequestro e assassinato da adolescente Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, mantida refém pelo ex-namorado Lindemberg Alves, de 22 anos, em outubro de 2008, em Santo André, na Grande São Paulo.
Depoimentos inéditos e imagens nunca vistas
O documentário reúne trechos inéditos do diário pessoal de Eloá Pimentel e apresenta, pela primeira vez, depoimentos do irmão da vítima, Douglas Pimentel, e da amiga Grazieli Oliveira. Ambos compartilham suas memórias e reflexões sobre a tragédia que comoveu o país.
A produção também traz relatos de jornalistas e autoridades que acompanharam o caso de perto, reconstituindo os momentos de tensão das mais de 100 horas de negociações. A cobertura midiática — transmitida ao vivo por diversos canais — incluiu entrevistas com vizinhos, análises sobre as motivações do crime e até uma conversa controversa da apresentadora Sonia Abrão com o próprio sequestrador, criticada até hoje pela interferência durante o sequestro.
Como foi o sequestro de Eloá Pimentel?
O crime começou em 13 de outubro de 2008, quando Lindemberg Alves invadiu o apartamento de Eloá armado e manteve a ex-namorada, sua melhor amiga Nayara Rodrigues e dois colegas de escola como reféns. O grupo estava reunido para fazer um trabalho escolar quando o sequestro teve início.
Após liberar parte das vítimas, o sequestrador manteve Eloá e Nayara sob ameaça por mais de 100 horas, enquanto o país acompanhava cada desdobramento em tempo real pela televisão. Em 17 de outubro, a polícia invadiu o apartamento. Durante a ação, Lindemberg disparou contra as duas jovens. Eloá foi baleada e morreu no hospital; Nayara sobreviveu, mas ficou tetraplégica.
Lindemberg Alves foi condenado a 39 anos, 3 meses e 10 dias de prisão em regime fechado por homicídio qualificado. O caso gerou amplo debate sobre o papel da imprensa em situações de crise e sobre a violência de gênero no Brasil, tornando-se símbolo de falhas na condução policial e no tratamento midiático de crimes envolvendo mulheres.
Caso já foi abordado pela Globo
O caso Eloá também rendeu abordagem documental recente pela rede Globo. A nova versão do programa “Linha Direta” foi lançada em 2023 focando o famoso sequestro seguido de homicídio, numa abordagem de reportagem policial com apresentação de Pedro Bial.
Data de estreia
“Caso Eloá – Refém ao Vivo” estreia em 12 de novembro na Netflix.
