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Divulgação/Paramount

Filme|11 de outubro de 2025

Diane Keaton, estrela de “O Poderoso Chefão” e “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”, morre aos 79 anos

Atriz premiada com o Oscar marcou o cinema americano e virou referência de estilo, com uma carreira que atravessou seis décadas


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1 Uma trajetória que uniu sensibilidade, humor e força
2 Da Broadway a Hollywood: o início de uma estrela
3 Kay Adams, a mulher por trás do mafioso
4 “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” e a transformação da comédia moderna
5 O mergulho no drama
6 A volta às comédias em nova parceria
7 Apoio a Woody Allen durante polêmicas
8 A fórmula dos últimos filmes
9 Diretora, produtora e escritora multifacetada
10 Relações, independência e maternidade tardia

Uma trajetória que uniu sensibilidade, humor e força

Diane Keaton, vencedora do Oscar de Melhor Atriz por “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” e intérprete de Kay Adams na trilogia “O Poderoso Chefão”, morreu aos 79 anos. Uma das maiores estrelas do cinema americano durante os anos 1970, ela construiu uma das carreiras mais sólidas e versáteis de Hollywood, transitando entre comédia e drama, e influenciou até a moda.

Da Broadway a Hollywood: o início de uma estrela

Nascida Diane Hall em Los Angeles, em 5 de janeiro de 1946, ela adotou o sobrenome de solteira da mãe ao iniciar a carreira artística. Durante o ensino médio, em Santa Ana, na Califórnia, destacou-se no teatro escolar e decidiu abandonar o curso universitário para se mudar para Nova York em busca de oportunidades como atriz. Em 1968, conquistou papel no musical “Hair”, mas recusou-se a participar da cena coletiva de nudez — atitude que chamou atenção e demonstrou o caráter independente que marcaria toda a sua trajetória.

No ano seguinte, ela se firmou nos palcos da Broadway como parceira de Woody Allen na comédia “Sonhos de um Sedutor”. O sucesso da peça a levou ao cinema e também deu início a um relacionamento amoroso com Allen, que duraria três anos e renderia uma das parcerias artísticas mais famosas do cinema.

Kay Adams, a mulher por trás do mafioso

A chegada em Hollywood se deu com impacto: Francis Ford Coppola a escalou como Kay Adams, a namorada e depois esposa de Michael Corleone (Al Pacino), em “O Poderoso Chefão” (1972). O sucesso mundial do filme e sua continuação, “O Poderoso Chefão – Parte II” (1974), consolidaram Keaton como uma intérprete de talento dramático raro.

Ela ainda voltaria ao papel na terceira parte da saga, “O Poderoso Chefão – Parte III” (1990), completando uma das mais complexas trajetórias femininas do cinema americano, marcada por amor, perda e culpa.

“Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” e a transformação da comédia moderna

Apesar do impacto de Coppola, foi com Woody Allen que Keaton atingiu o auge de popularidade e prestígio. Após trabalhar na versão cinematográfica de “Sonhos de um Sedutor” (1972), em “O Dorminhoco” (1973) e em “A Última Noite de Bóris Grushenko” (1975), ela estrelou “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” (1977), longa escrito especialmente para ela e inspirado em seu próprio relacionamento com o cineasta.

No filme, ela interpreta a desajeitada, espirituosa e livre Annie Hall, personagem batizada com seu sobrenome real e que redefiniu os papéis femininos nas comédias românticas. O desempenho lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz. Além disso, o visual andrógino, com calças largas, colete e chapéu masculino, virou tendência e transformou Keaton num dos maiores ícones de moda da década.

O mergulho no drama

Logo após o sucesso da comédia, Keaton mostrou coragem artística ao interpretar uma professora envolvida em um universo de violência e drogas no controverso “À Procura de Mr. Goodbar” (1977), adaptação do best-seller de Judith Rossner. O papel intenso e perturbador rompeu de vez com sua imagem de comediante leve e revelou uma atriz disposta a se arriscar emocionalmente.

Ela ainda manteve-se ativa em filmes de Woody Allen em “Interiores” (1978) e “Manhattan” (1979), mas sua opção de priorizar escolhas dramáticas a levaram a se afastar do diretor. Ao decidir viver a jornalista Louise Bryant na cinebiografia “Reds” (1981), dirigida e coestrelada por Warren Beatty, com quem também se envolveu sentimentalmente, conquistou sua segunda indicação ao Oscar.

A atriz seguiu buscando papéis desafiadores em “A Garota do Tambor” (1984), envolvida numa trama de espionagem, “Mrs. Soffel – Um Amor Proibido” (1984), no papel de uma mulher religiosa que se apaixona por um presidiário (Mel Gibson) condenado à morte, além dos dramas “Crimes do Coração” (1986) e “A Difícil Arte de Amar” (1984).

A volta às comédias em nova parceria

Ela deu uma grande guinada na carreira com a comédia “Presente de Grego” (1987), que se tornou um marco do retrato das executivas modernas. “Presente de Grego” também deu início a uma frutífera colaboração com a roteirista Nancy Meyers, que depois se tornaria diretora.

A parceria com Meyers consolidou Keaton como estrela de comédias de grande apelo popular, como nos dois filmes de “O Pai da Noiva” (1991 e 1995), em que contracenou com Steve Martin, e “Alguém Tem Que Ceder” (2003), interpretando uma dramaturga que se apaixona por um mulherengo vivido por Jack Nicholson. A performance neste filme lhe valeu mais uma indicação ao Oscar.

Apoio a Woody Allen durante polêmicas

Em 1993, Keaton e Allen voltaram a trabalhar juntos pela última vez em “Um Misterioso Assassinato em Manhattan”, comédia de humor ácido sobre um casal envolvido em uma investigação amadora. O reencontro se deu no auge da polêmica sobre o suposto abuso cometido por Allen em sua filha adotiva, que culminou em processo judicial e rompimento com Mia Farrow, a substituta de Keaton como musa cinematográfica do cineasta.

Os dois permaneceram amigos até o fim, com a atriz defendendo o diretor das acusações de Mia e Dylan Farrow por mais de duas décadas. “Woody Allen é meu amigo e continuo acreditando nele”, ela escreveu no Twitter em 2018.

A fórmula dos últimos filmes

Keaton ainda foi indicada ao Oscar por “As Filhas de Marvin” (1996), em que dividiu cenas com Meryl Streep e Leonardo DiCaprio. Mas no mesmo ano caiu numa fórmula cinematográfica, manifestada pela primeira vez no sucesso “O Clube das Desquitadas” (1996), ao lado de Bette Midler e Goldie Hawn.

Vários de seus filmes seguintes focaram em grupos de amigas de meia e – posteriormente – terceira idade, entre eles os dois “Do Jeito que Elas Querem” (de 2018 e 2023), “As Rainhas da Torcida” (2019) e seu último longa, “Summer Camp” (2024), juntando-se a várias estrelas de sua geração. Ela também fez várias comédias de casamento no estilo de “O Pai da Noiva”, incluindo “Casamento em Dose Dupla” (2008), “O Casamento do Ano” (2013) e “Casamento em Família” (2023).

Na lista de seus trabalhos, ainda há um clipe de Justin Bieber em 2021, “Ghost”, no qual interpretou a avó do cantor.

Diretora, produtora e escritora multifacetada

Além de atriz, Diane Keaton teve carreira paralela como diretora e produtora. Começou nos anos 1980, dirigindo diversos clipes da ex-cantora do Go-Go’s Belinda Carlisle, antes de partir para episódios de séries premiadas como “China Beach” e “Twin Peaks” no começo dos 1990. Em seguida, comandou o telefilme “Linda e Selvagem” (1991), mas só assinou dois longas nos cinemas: “Meus Tios Heróis” (1995) e “Linhas Cruzadas” (2000), este estrelado por ela, Meg Ryan e Lisa Kudrow. Ela também produziu o filme “Elefante” (2003), de Gus Van Sant, vencedor da Palma de Ouro em Cannes.

Fora das telas, lançou livros de fotografia e memórias de sua trajetória em Hollywood.

Relações, independência e maternidade tardia

Apesar dos relacionamentos com Woody Allen, Al Pacino e Warren Beatty, ela nunca se casou. Em entrevistas, explicou que a decisão estava ligada à observação da mãe, que “escolheu a família em vez dos próprios sonhos”.

Mesmo assim, aos 50 anos adotou sua primeira filha, Dexter, e cinco anos depois, seu filho, Duke, descrevendo a maternidade como “de longe, a melhor escolha que já fiz”.

✅ Post para redes sociais:
Diane Keaton, vencedora do Oscar por “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” e estrela de “O Poderoso Chefão”, morre aos 79 anos. Atriz foi ícone do cinema e da moda por seis décadas.
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