
Instagram/Bad Bunny
Show de Bad Bunny no Super Bowl sofre ameaça do governo Trump
Conselheiro do governo Trump disse que agentes da imigração vão agir durante o evento que terá o cantor no intervalo
Reação do governo Trump
Bad Bunny foi confirmado como atração principal do show do intervalo do Super Bowl de 2026 e fará história como o primeiro artista a se apresentar apenas em espanhol no evento. Mas a escolha gerou reação do governo Trump.
Qual foi a ameaça?
Corey Lewandowski, conselheiro da administração Trump, afirmou em entrevista ao programa “The Benny Show” que agentes do ICE, o serviço de imigração dos EUA, poderão atuar durante a partida. “Não há lugar onde você possa dar abrigo seguro para pessoas que estão neste país ilegalmente. Nem no Super Bowl, nem em nenhum outro lugar”, declarou.
Ele acrescentou: “Nós vamos encontrar, deter, colocar em um centro de detenção e deportar. Isso é uma realidade sob esta administração, completamente diferente de como era antes”.
“Se houver imigrantes ilegais, não importa se é um show do Johnny Smith, do Bad Bunny ou de qualquer outra pessoa, nós vamos fazer a fiscalização em qualquer lugar porque vamos garantir a segurança dos americanos”, disse. “Esse é um direcionamento do presidente. Se você está neste país ilegalmente, faça um favor a si mesmo: vá para casa”.
Críticas à escolha de Bad Bunny
Lewandowski chamou a decisão de colocar o cantor no palco do intervalo de “vergonhosa” e o acusou de parecer “odiar a América”. Segundo ele, “há muitas bandas e artistas que poderiam estar tocando nesse show”.
A confirmação do nome do artista, crítico da política migratória do governo Trump, realmente provocou indignação entre apoiadores de Trump. Mas, concordem ou não seus detratores, o show no maior palco da cultura pop deve reforçar ainda mais o status do artista porto-riquenho.
Popularidade em alta
Apesar da controvérsia, Bad Bunny segue entre os artistas mais populares do mundo. Ele foi o artista mais ouvido do Spotify por três anos consecutivos (2020 a 2022), detém o álbum mais reproduzido da história da plataforma — “Un Verano Sin Ti” — e superou a marca de 7 bilhões de streams em 2025 com “Debí Tirar Más Fotos”.
Antes do anúncio do Super Bowl, tinha decidido deixar os Estados Unidos de fora da nova turnê. E o motivo foi justamente ameaças como estas. “Havia muitos motivos para eu não me apresentar nos EUA, e nenhum deles foi por ódio. Já cantei lá muitas vezes, todos os shows foram bem-sucedidos. Mas tinha a questão de que, tipo, o ICE poderia estar do lado de fora. E era algo que nos preocupava muito”, afirmou.