
Divulgação/Marvel
Atriz de “Mulher-Hulk” se junta a boicote contra a Disney por suspensão de Jimmy Kimmel
Tatiana Maslany incentivou cancelamentos da Disney+ como forma de pressionar pela volta do programa “Jimmy Kimmel Live!”
Protesto contra decisão da ABC
A suspensão do programa “Jimmy Kimmel Live!” pela rede ABC provocou reações de diversos artistas ligados à indústria do entretenimento. Tatiana Maslany, estrela da série “Mulher-Hulk” na Disney+, utilizou sua conta no Instagram para pedir que o público cancele as assinaturas dos serviços da companhia. A atriz publicou uma foto de bastidores, vestida com o traje de captura de movimento usado na série, acompanhada da frase: “cancelem suas assinaturas do Disney+, Hulu e ESPN!”.
Quem mais se manifestou?
A mobilização não ficou restrita a Maslany. Amy Landecker, de “Transparent”, casada com Bradley Whitford, de “The West Wing”, também publicou em suas redes sociais a tela de cancelamento de sua assinatura da Disney+.
O roteirista Damon Lindelof, criador de “Lost” e “The Leftovers”, afirmou em uma postagem no Instagram que não pretende trabalhar com a Disney até que o programa de Jimmy Kimmel volte ao ar. “Eu fiquei chocado, entristecido e enfurecido pela suspensão de ontem e espero que ela seja revertida em breve. Se não for, não posso, em boa consciência, trabalhar para a empresa que a impôs”, escreveu.
O que motivou a suspensão de “Jimmy Kimmel Live!”?
O programa foi retirado do ar após declarações do presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, que classificou os comentários de Kimmel sobre o suposto assassino do ativista conservador Charlie Kirk como “um dos comportamentos mais doentios possíveis”. Ele chegou a sugerir que a agência poderia tomar medidas contra a Disney, mas principalmente com as emissoras que continuassem a transmitir o programa. Carr disse no podcast de Benny Johnson: “Podemos fazer isso do jeito mais fácil ou do mais difícil. Essas empresas podem encontrar maneiras de mudar a conduta, de agir, francamente, em relação a Kimmel, ou haverá trabalho adicional para a FCC pela frente”.
O presidente Donald Trump apoiou a ideia, dizendo que não só os programas, mas os canais que o criticam deveriam ser tirados do ar.
Poucas horas depois, o grupo Nexstar, maior conglomerado de emissoras locais dos EUA, anunciou que não exibiria mais o talk show em suas afiliadas da ABC. O Sinclair Broadcast Group seguiu a mesma decisão. Pressionada, a ABC, controlada pela Disney, anunciou então a suspensão de Jimmy Kimmel por tempo indeterminado.
Decisão interna e reação pública
Segundo o site Deadline, a decisão partiu da executiva Dana Walden e do CEO Bob Iger. A medida gerou forte repercussão, incluindo um protesto em frente ao estúdio da emissora em Burbank, na Califórnia. Ao longo do dia, diversos sindicatos de Hollywood se juntaram ao protesto, emitindo notas de repúdio à capitulação da emissora diante das pressões do governo Trump. Em resposta, grupos também resolveram fazer pressão, mas atuando diretamente sobre o consumo de produtos da Disney.
A empresa Exhibitor Relations, especializada em análises de bilheteria, divulgou nas redes sociais um “manual de protesto” para “Salvar Jimmy Kimmel”, incentivando assinantes a cancelarem a Disney+, reduzirem gastos com produtos da companhia, boicotarem a audiência da ABC e pressionarem anunciantes. O grupo chegou a compartilhar o e-mail de Bob Iger e os contatos de atendimento da emissora.