
Divulgação/Netflix
“Pssica” se mantém no Top 3 mundial da Netflix e reforça força da ficção brasileira
Minissérie gravada em Belém aparece no ranking global em 68 países durante sua segunda semana de exibição
Minissérie amazônica alcança público global
A minissérie brasileira “Pssica” se manteve pelo segundo fim de semana consecutivo no Top 3 global entre as produções mais vistas da Netflix em língua não inglesa. Com 8,8 milhões de visualizações acumuladas e presença no ranking de 68 países diferentes. A lista inclui Canadá, França, Marrocos, México, Portugal, Turquia, Chile e Argentina. Segundo a plataforma, o feito reafirma a força da ficção brasileira no radar internacional.
Como foi a evolução do desempenho?
Na semana passada, a atração brasileira abriu em 2º lugar entre as séries da Netflix não faladas em inglês, perdendo apenas para a argentina “Na Lama”. Agora, perdeu uma posição, ficando atrás das estreias da espanhola “Duas Covas” e da sul-coreana “Bon Appétit, Vossa Majestade”, enquanto “Na Lama” caiu para o 5º lugar.
“Pssica” é a quarta produção nacional a conquistar espaço no Top 10 mundial da Netflix. Antes dela, “Sintonia”, “DNA do Crime” e “Pedaço de Mim” haviam alcançado a marca.
O que é “Pssica”?
O reencontro entre o roteirista Bráulio Mantovani e o diretor Fernando Meirelles, parceiros indicados ao Oscar por “Cidade de Deus” (2002), é uma minissérie ambientada na região Norte do Brasil. Criada por Mantovani em colaboração com Fernando Garrido (“Cangaço Novo”) e Stephanie Degreas (“Albatroz”), a obra é produzida por Meirelles, que dirige um dos quatro episódios, enquanto os demais ficam a cargo de seu filho, Quico Meirelles (“Pico da Neblina”).
Gravada no Pará, com passagens pelos rios da Amazônia, a narrativa acompanha três personagens em jornadas distintas, mas entrelaçadas pela violência, pela criminalidade e pela crença em uma maldição. Janalice (Domithila Cattete) é uma jovem vítima do tráfico humano; Preá (Lucas Galvino) lidera uma gangue de “ratos d’água” que domina as rotas fluviais da Amazônia atlântica; e Mariangel (Marleyda Soto) persegue vingança após perder a família. Seus caminhos se cruzam em um cenário de sobrevivência e redenção, onde todos acreditam estar sob a “pssica”, força sombria que ameaça seus destinos. A história é inspirada no livro homônimo lançado em 2015 pelo autor paraense Edyr Augusto.