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Oruam desabafa na prisão: “Fui leal a falsos amigos”
Rapper divulgou carta aberta em que pede desculpas a fãs e família, fala sobre fé, abandono e perseguição judicial
Carta aberta divulgada nas redes sociais
O rapper Oruam, preso desde 22 de julho, se manifestou pela primeira vez após mais de um mês de silêncio. Em uma carta publicada nas redes sociais nesta terça (9/9), ele pediu desculpas a fãs e familiares, falou sobre fé e relatou decepções pessoais.
“Fiquei famoso, ganhei o mundo… E me esqueci de Deus. Tive que ser preso para voltar a falar com Ele. Aceito meu castigo…”, escreveu.
“Fui leal a falsos amigos”
No texto, o artista afirmou que a prisão expôs quem realmente esteve ao seu lado. “Peço desculpas aos meus fãs e à minha família. Hoje sei quem são meus amigos de verdade e quem são meus amigos de mentira, quem é falso e quem é verdadeiro. Nunca vou esquecer de quem estendeu a mão no momento em que eu mais precisei. Fui leal a falsos amigos e máscaras caíram.”
Oruam também apontou que enfrenta um processo injusto. “Mais do que uma pena, sinto o peso de uma perseguição que tenta manchar a minha história e minha arte.”
Mensagem com referências bíblicas
O rapper mencionou passagens religiosas e comparou sua atual situação com as visitas que fazia ao pai quando este também estava preso. “Um leão ferido ainda é um leão. Ninguém prende quem tem a mente livre. Sempre visitei meu pai na prisão, me acostumei a ser visita… E, hoje, quando minha família vem me ver, o que mais quero é ir embora junto com eles.”
Ele completou dizendo que deseja se reerguer. “Quero que entendam: eu sou um trapper, não um traficante. Esse é o meu momento de rever meus erros, de refletir e de me levantar mais forte.”
Acusações contra o rapper
Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, foi preso durante uma operação da Polícia Civil na sua casa. Agentes que cumpriam mandato de busca e aprensão de um menor na residência foram recebidos por pedradas. Ele é acusado de tentativa de homicídio contra os policiais civis, além de tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público.