
Divulgação/Netflix
O que ver em streaming: 50 estreias da semana para assistir em casa
Estreias da semana incluem "Monstro: A História de Ed Gein", "Extermínio: A Evolução", "M3GAN 2.0", "Chad Powers", "Dark Winds", o terror brasileiro "Vermelho Sangue" e dezenas de animes
A programação de streaming desta semana tem quantidade e variedade. O tom sombrio se sobressai com “Monstro: A História de Ed Gein”, nova temporada da antologia sobre assassinos infames dos EUA, desta vez focando o psicopata que inspirou “Psicose”, “O Massacre da Serra Elétrica” e “O Silêncio dos Inocentes”.
O terror também se manifesta na nova série juvenil brasileira “Vermelho Sangue”, em que lobimoça vira lobo-guará, e em filmes como “Extermínio: A Evolução”, “O Ritual” e “M3GAN 2.0”. As opções incluem produções inéditas com vencedores do Oscar, como os dramas “O Ônibus Perdido” com Matthew McConaughey e “Steve” com Cillian Murphy.
Entre as séries, chamam atenção a comédia “Chad Powers: O Quarterback” com Glen Powell e a elogiada atração policial “Dark Winds”, com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Os destaques incluem ainda muitas animações, de longas infantis como “Os Caras Malvados 2” e “Patos!” à dezenas de animes para adolescentes e adultos, refletindo o começo da temporada de outono no Japão. Ao todo, são 50 títulos peneirados entre os lançamentos que chegam nas principais plataformas até domingo, dia 5 de outubro. Confira a seleção.
AGORA
🎞️ OS CARAS MALVADOS 2 | VoD*
A sequência da animação de sucesso da DreamWorks dá continuidade à saga da gangue de ex-vilões — Sr. Lobo, Sr. Cobra, Sr. Tubarão, Sr. Piranha e Sra. Tarântula — agora reformados e tentando levar uma vida honesta após os eventos do primeiro filme.
Mesmo após se redimirem, os “Bad Guys” enfrentam dificuldades para conquistar a confiança da sociedade e encaixar-se como mocinhos. A situação se complica quando um grupo de criminosas lideradas pela ardilosa Felina pressionam os vilões reformados a participar de um assalto ousado envolvendo um foguete experimental, sem lhes dar chances de recusar. Acuados, eles decidem ir adiante na missão, mas com planos de salvar o dia e provar seu valor como heróis. A narrativa explora as dinâmicas de amizade e confiança dentro da equipe, enquanto entrega sequências vibrantes de perseguições e planos mirabolantes típicos do gênero “heist” (de assaltos elaborados), tudo traduzido para o universo colorido dos desenhos animados.
A ampliação da escala da aventura não afeta o carisma dos personagens, que são baseados nos livros infantis de Aaron Blabey, mantendo o estilo visual inspirado em ilustrações à base de aquarelas que distinguiu o primeiro longa. A direção segue a cargo do francês Pierre Perifel (que comandou o filme original) em codireção com o venezuelano JP Sans (animador de “Rio”), enquanto a dublagem original segue com as vozes de Sam Rockwell (“Três Anúncios para um Crime”), Marc Maron (“GLOW”), Awkwafina (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) e Craig Robinson (“The Office”) nos papéis principais. As novidades são Danielle Brooks (“Pacificador”) como Felina, além de Natasha Lyonne (“Poker Face”) e Maria Bakalova (“Borat: Fita de Cinema Seguinte”).
🎞️ M3GAN 2.0 | VoD*
Após “M3GAN” se tornar fenômeno cultural, a sequência expande o universo da boneca androide assassina para o território da ficção científica de grande escala, num salto em ação e orçamento, mantendo o DNA de horror que conquistou 93% de aprovação no Rotten Tomatoes em 2023. A sequência, porém, passou longe de repetir a mesma repercussão, recebendo apenas 58% da crítica e uma bilheteria desapontadora. Os fãs queriam outro filme de terror, mas ganharam um thriller genérico com mais efeitos visuais.
A trama se passa dois anos após o massacre provocado pela boneca de IA no primeiro longa. Gemma transformou-se em uma voz pública na defesa da regulamentação da inteligência artificial, enquanto mantém a IA da robô M3GAN confinada em um pequeno corpo de brinquedo. Porém, a paz é ameaçada quando a tecnologia da androide é roubada por uma corporação militar inescrupulosa. O resultado é AMELIA, uma avançada robô humanoide de combate criada a partir do projeto original, que adquire autoconsciência e inicia uma revolta tecnológica catastrófica. Diante de uma ameaça que combina força bélica e inteligência artificial descontrolada, Gemma reluta em reativar sua criação original. Mas sua sobrinha Cady – sobrevivente traumatizada dos eventos anteriores – a convence de que apenas uma versão aprimorada de M3GAN pode enfrentar a nova máquina assassina. Inicia-se assim uma corrida contra o tempo para que a inventora e a menina reconstruam a boneca com upgrades de combate, antes delas próprias serem atacadas por AMELIA.
O filme reúne grande parte do elenco original, pontuando a continuidade da história. Allison Williams retorna como Gemma, consolidando-se em papéis de terror após “M3GAN” e o clássico moderno “Corra!”. Violet McGraw vive novamente a jovem Cady, enquanto Amie Donald e Jenna Davis reprisam, respectivamente, a presença física e a voz marcante de M3GAN – cuja figura frágil esconde uma letalidade inumana. Entre as adições ao elenco, destaca-se o humorista neozelandês Jemaine Clement (“O Que Fazemos nas Sombras”) e a atriz ucraniana Ivanna Sakhno (vista recentemente em “Ahsoka”), no papel de AMELIA, a nova antagonista mecânica. Brian Jordan Alvarez e Jen Van Epps também retomam seus personagens coadjuvantes, reforçando a ligação direta com o capítulo anterior. A equipe criativa também é a mesma atrás das câmeras, incluindo o diretor neozelandês Gerard Johnston e a roteirista Akela Cooper – que ficou conhecida por “Maligno” (2021).
🎞️ O RITUAL | VoD*
Inspirado em acontecimentos verídicos que assombraram os Estados Unidos nos anos 1920, “O Ritual” insere Al Pacino (“O Irlandês”) de forma inédita no gênero de terror religioso. Aos 85 anos, o veterano ator assume o papel de um exorcista, vivendo o padre Theophilus Riesinger, figura real que liderou um dos casos de possessão demoníaca mais famosos do século 20. Com direção de David Midell (“The Killing of Kenneth Chamberlain”), o longa recria com fidelidade de época o Exorcismo de Emma Schmidt – jovem americana supostamente possuída em 1928, cujo caso foi relatado no panfleto “Begone, Satan!” e serviu de inspiração para o romance “O Exorcista” (1971), que virou o famoso filme de 1973.
Essa conexão histórica confere ao filme um peso cultural significativo, mas sob uma ótica diferente: aqui, a trama mergulha no contexto rural de Iowa no entreguerras, enfatizando as raízes religiosas do Meio-Oeste americano e as tensões entre fé e ceticismo. A narrativa acompanha dois padres católicos de perfis opostos. Riesinger (Pacino) é experiente e devoto, um clérigo conhecido por realizar rituais de exorcismo oficiais, enquanto o jovem padre Joseph Steiger, vivido por Dan Stevens (“Godzilla e Kong: O Novo Império”), enfrenta uma crise de fé e carrega traumas pessoais.
Quando Emma (Abigail Cowen, “Amor de Redenção”), uma moça de família devota, passa a apresentar comportamentos violentos e inexplicáveis, a Igreja autoriza um exorcismo e envia Riesinger à pequena cidade. Steiger, relutante, acompanha-o como assistente – cético quanto à possessão e marcado pelo suicídio recente de um irmão, ele personifica o olhar moderno diante do sobrenatural. Confinados num convento, os sacerdotes iniciam um ritual extenuante de várias semanas, durante o qual Emma manifesta vozes distintas e fenômenos aterradores que desafiam explicações racionais. A situação revisita todos os clichês do gênero estabelecidos por “O Exorcista”, sem trazer nada de novo. Por sua ausência de criatividade, recebeu avaliações predominantemente negativas nos EUA, apesar do desempenho magnético de Pacino.
📺 REGRAS DO AMOR NA CIDADE GRANDE | VoD*
Na comédia romântica sul-coreana, uma amizade improvável entre uma jovem irreverente e um escritor gay desafia padrões sociais conservadores em Seul. Kim Go-eun (de “Goblin”) interpreta Jae-hee, personagem carismática e excêntrica, que decide morar com o amigo Heung-soo (Steve Sanghyun Noh, de “Pachinko”) após boatos sobre a natureza do relacionamento dos dois. Com uma convivência baseada em afeto, confidências e enfrentamento de preconceitos, eles constroem uma relação que vai além dos rótulos.
O longa é baseado no livro homônimo de Park Sang-young e marca a estreia de Lee Eon-hee na direção. A diretora preserva as nuances LGBTQIA+ do romance original e destaca a química entre os protagonistas, embalada por uma estética urbana, enquanto questiona convenções de forma sutil, mas contundente.
SEGUNDA
📺 A GATHERER’S ADVENTURE IN ISEKAI | Crunchyroll
Entre os inúmeros isekais da temporada, a produção que destaca o gênero no título aposta no caminho clássico do assalariado transportado para um mundo de fantasia. A série adapta a light novel de Masuo Kinoko e traz direção de Yoshinori Odaka (conhecido pela comédia “Dia de Folga do Vilão”), reunindo a experiência dos estúdios Tatsunoko Production (cocriador de “Neon Genesis Evangelion”) e SynergySP (“Solo Camping for Two”). O protagonista é Takeru Kamishiro, um funcionário de escritório comum que desperta em Madeus, terra de magia e espadas, e descobre ter renascido com habilidades sobre-humanas: força ampliada, magia avassaladora e um poder especial de “busca” que lhe permite encontrar tesouros ocultos. Munido desses “cheat skills”, Kamishiro inicia sua nova vida de aventureiro nesse universo isekai, em busca de propósito e sobrevivência.
No decorrer da jornada, Kamishiro explora masmorras e reinos fantásticos enquanto tira proveito de suas vantagens únicas. Porém, logo forças sombrias e inimigos poderosos emergem para testar os limites de suas recém-adquiridas habilidades. Determinado a forjar seu próprio destino em Madeus, o protagonista enfrenta desafios mortais e alianças inesperadas, ao mesmo tempo que tenta desvendar por que foi convocado para aquele mundo e qual papel deve cumprir naquela realidade mágica. “A Gatherer’s Adventure in Isekai” abraça os cliquês clássicos do gênero com energia, prometendo diversão escapista aos fãs de fantasia e RPG.
📺 A WILD LAST BOSS APPEARED! | Crunchyroll
A fantasia dark, baseada na light novel de Firehead (feita em colaboração com o ilustrador YahaKo), imagina o improvável despertar de um jogador de MMO no corpo de um lendário vilão. Dirigido por Yūya Horiuchi (“Solo Leveling”) no estúdio WAO World, o anime segue a história de Lufas Maphaahl – conhecida como a “Tirana Alada” –, uma conquistadora temível que foi derrotada e selada séculos atrás. Até que um dia, um jovem gamer se vê repentinamente no corpo dessa vilã histórica, e descobre que a derrota de Lufas 200 anos antes desencadeou uma era de caos: monstros terríveis foram libertados e espalharam terror pelo reino. Agora, preso no corpo da mais temida conquistadora da história, o protagonista precisa sobreviver em um mundo que clama por sua cabeça, enquanto lida com a reputação aterradora que ela deixou.
Ao longo da trama, ele explora um continente hostil e tenta entender como – e por que – foi parar naquela posição de poder sombrio. Antigos companheiros e inimigos de Lufas ressurgem: alguns buscam vingança pela tirania do passado, enquanto outros desejam sua volta ao trono. Em meio a batalhas épicas contra criaturas demoníacas e intrigas políticas, o protagonista forma alianças inesperadas para desvendar o mistério de sua reencarnação. Com roteiros supervisionados por Kazuyuki Fudeyasu, que já explorou o isekei de reencarnação em “That Time I Got Reincarnated as a Slime”, a produção mistura elementos de isekai e game fantasy numa jornada cheia de reviravoltas.
📺 THE FATED MAGICAL PRINCESS: WHO MADE ME A PRINCESS | Crunchyroll
A adaptação do enorme sucesso dos manhwa (quadrinhos coreanos) é na verdade um donghua (animação chinesa) produzido originalmente para a plataforma iQIYI. Baseada na obra de Plutus, a história acompanha uma jovem que se vê despertando dentro de seu romance favorito. Ela reencarna como Athanasia de Algeroba, a adorável princesinha do livro – que todos sabem estar destinada a morrer tragicamente pelas mãos de seu próprio pai, o imperador tirano Claude, ao atingir a maioridade. Armada com o conhecimento prévio da trama original, a protagonista está determinada a reescrever esse destino cruel.
Nos seus primeiros anos de vida no palácio, Athanasia (agora com a alma da fã reencarnada) usa toda sua esperteza e fofura para conquistar o afeto do pai. Ela sabe que precisa amolecer o coração frio e implacável do Imperador Claude antes que a desconfiança dele se transforme em ódio mortal. A cada dia, Athy – como é apelidada – ensaia estratégias: desde gestos inocentes de carinho até impressioná-lo com truques de magia, tudo para sobreviver. Mas, para seu alívio e surpresa, o imperador começa genuinamente a se encantar pela filha, ainda que de forma lenta e sutil, ao mesmo tempo em que ela descobre segredos de seu passado que nem a autora original escreveu. Aos poucos, Athanasia percebe que as pessoas ao seu redor têm profundidade além dos estereótipos do romance original. Mas por isso mesmo seu plano de fuga falha, já que história tem muitos detalhes que o livro não mencionou. Athanasia percebe que precisará de aliados. Ela faz amizade com personagens secundários subestimados – um jovem mago tímido, uma dama de companhia gentil – e juntos elaboram novas “páginas” para a trama.
Com uma animação belíssima do estúdio chinês Colored Pencil e direção de Yingying Zhang (“Ya She”), “The Fated Magical Princess” equilibra romance, fantasia e comédia, enquanto explora o dilema do livre-arbítrio versus destino: será que Athanasia pode realmente escapar de um enredo predeterminado e criar seu próprio final feliz?
TERÇA
📺 CHAD POWERS: O QUARTERBACK | Disney+
A comédia esportiva traz Glen Powell (“Top Gun: Maverick”) como Russ Holliday, um quarterback universitário que destruiu a própria carreira por se portar como um babaca. Inconformado com o cancelamento, ele tenta uma segunda chance ao se disfarçar para ingressar em um time de futebol americano no sul dos Estados Unidos. Inspirando-se no filme “Uma Babá Quase Perfeita”, adota maquiagem e peruca para virar Chad Powers. O problema é que passa a fazer enorme sucesso no esporte, chamando a atenção da mídia, o que ameaça sua farsa.
O projeto nasceu de um caso real: um episódio do programa esportivo “Eli’s Places”, da ESPN+, em que o ex-quarterback do New York Giants, Eli Manning, usou o disfarce de Chad Powers para treinar na Penn State sem ser reconhecido. A série leva essa ideia adiante em formato de comédia, com Powell também atuando como co-criador e produtor executivo ao lado de Michael Waldron, responsável por “Loki”.
A atração aposta em um humor próximo ao de “Ted Lasso”, mesclando crítica esportiva e narrativa de redenção. Powell descreveu o papel como um de seus maiores desafios, por contrapor a persona desagradável de Russ com a simpatia fabricada de Chad. O elenco se completa com Steve Zahn (“Silo”), Toby Huss (“A Hora do Mal”), Clayne Crawford (“Máquina Mortífera”), Perry Mattfeld (“Uma Ideia de Você”), Wynn Everett (“Doces Magnólias”), Colton Ryan (“Querido Evan Hansen”) e Frankie A. Rodriguez (“High School Musical: A Série: O Musical”).
📺 DARK WINDS | Netflix
A elogiada série policial do canal pago americano AMC, com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, finalmente chega ao Brasil após três temporadas e renovação para a 4ª nos EUA. A trama transporta o espectador para o início dos anos 1970 em uma reserva indígena Navajo, onde crimes violentos se entrelaçam com crenças espirituais locais. A produção adapta a obra literária de Tony Hillerman (Skinwalkers) e apresenta Zahn McClarnon (“Longmire”, “Westworld”) como o oficial Joe Leaphorn, que precisa investigar um duplo homicídio com sinais de serial killer enquanto confronta seus próprios valores e tradições. Ao lado dele está Jim Chee (Kiowa Gordon, da “Saga Crepúsculo”), recém-chegado à polícia tribal, que enxerga elementos sobrenaturais por trás dos assassinatos.
O título da atração remete à crença Navajo de que “ventos sombrios” penetram a alma dos homens que praticam o mal, um conceito que permeia a atmosfera da narrativa. A produção é criada por Graham Roland (“Jack Ryan”) e tem o respaldo de George R.R. Martin (autor dos livros que inspiraram “Game of Thrones”) e do astro recém-falecido Robert Redford (“Todos os Homens do Presidente”), que assinam como produtores.
O elenco inicial ainda traz Jessica Matten (“Frontier”), Rainn Wilson (“The Office”) e Noah Emmerich (“The Americans”), integrantes da mistura entre suspense policial e espiritualidade indígena que sustenta a trama.
📺 EU NÃO SOU UM ROBÔ | Netflix
Comédia romântica já exibida na HBO Max e imensamente popular da Coréia do Sul, a produção de 2017 gira em torno de uma garota que se passa por robô. A história envolve Min Kyu, um rapaz rico, que tem uma alergia severa a seres humanos e só sai de casa de luvas e máscaras. Impossibilitado de ter um relacionamento devido à sua condição, ele conhece a Android AJI-3, desenvolvida por uma equipe de seu conglomerado, e se impressiona por sua capacidade de interação. Só que, na verdade, o robô não é o que parece. Uma jovem chamada Jo Ji Ah foi contratada às pressas para fingir ser a robô, após a verdadeira androide pifar e a equipe ficar com medo de perder o financiamento. Sem poder dizer a verdade, ela acaba confundida com um robô real, com quem o rapaz consegue interagir e… se apaixonar.
Repleta de momentos divertidos e fofos, a fantasia tem direção de Jung Dae-yoon (“Renascendo Rico”) e destaca Chae Soo-bin (“Rookie Cops”) e Yoo Seung-ho (“Memorist”) nos papéis principais.
📺 FADA DO LEVANTAMENTO DE PESO, KIM BOK JOO | Netflix
O K-drama mistura romance jovem, comédia e esportes, acompanhando a vida universitária de uma atleta de halterofilismo. Kim Bok Joo (Lee Sung-kyung, “Isso Se Chama Amor”) é uma jovem promissora no levantamento de peso cuja vida ganha novos contornos ao reencontrar Joon-hyung (Nam Joo-hyuk, “Apostando Alto”), amigo de infância e nadador profissional. O enredo acompanha o amadurecimento pessoal, os dilemas de amor e a construção de identidade em meio à pressão esportiva.
Finalmente lançada no Brasil, a série foi inspirada na carreira da halterofilista olímpica Jang Mi-ran e se tornou um grande sucesso da TV sul-coreana em 2016. A autoria do roteiro é de Yang Hee-seung, autora consagrada de comédias românticas como “Oh My Ghost” e “Intensivão do Amor”, e a direção ficou a cargo de Oh Hyun-jong (“Médicos em Colapso”).
🎞️ A PEDRA | Netflix
O thriller tailandês acompanha Ake (Jinjett “Jaonaay” Wattanasin, “Delete”), um jovem que tenta levantar dinheiro para custear o tratamento médico do pai. Para isso, ele leva uma coleção de amuletos ao mercado de Bangkok, mas descobre que uma das peças é uma relíquia cobiçada e passa a ser perseguido por colecionadores e organizações criminosas.
A trama mistura drama e suspense em torno do comércio de amuletos sagrados, explorando a tensão entre fé, superstição e ganância. Conforme o valor espiritual dos objetos se choca com sua transformação em mercadoria, o protagonista se vê em meio a conspirações e reviravoltas violentas. O lançamento marca a estreia na direção do ator Arak Amornsupasiri, conhecido por diversas produções de sucesso da Tailândia, como “Fora dos Muros da Escola” e “Reencarnação da Vingança”.
📺 YANO-KUN’S ORDINARY DAYS | Crunchyroll
A comédia romântica escolar acompanha o florescer de um amor improvável entre dois colegas: Kiyoko Yoshida, a dedicada representante de classe que leva muito a sério a responsabilidade de cuidar do bem-estar dos colegas, e Tsuyoshi Yano, o garoto quieto que se senta ao seu lado. Yano-kun chega todo dia atrasado, coberto de machucados e curativos, resultado de uma maré de azar aparentemente infinita. Ele tropeça nas escadas, é atingido por bolas perdidas no treino de educação física, derruba pilhas de livros na biblioteca – se há uma Lei de Murphy em ação, Yano parece atrair todas as desventuras. Compadecida (e um pouco intrigada), Kiyoko toma para si a missão de ajudar Yano a ter uma vida escolar normal… ou o mais próxima disso possível.
A cada episódio, Kiyoko surge com um novo “plano de proteção” para o colega azarado: desde fazê-lo usar amuletos da sorte, até escoltá-lo pelos corredores sob um guarda-chuva mesmo em dias ensolarados (afinal, quem sabe um vaso possa cair do nada?). Enquanto ela cuida dos ferimentos dele e lhe empresta materiais perdidos, uma afeição genuína começa a florescer – embora Kiyoko inicialmente interprete seus sentimentos como mero senso de dever.
Adaptado do mangá de Yui Tamura, o anime do estúdio Ajia-do (“Ascendance of a Bookworm”) é dirigido por Shinpei Matsuo (“A Sign of Affection”) e registra o romance nascente com delicadeza e humor. Mesmo sem grandes reviravoltas nem vilões, “Yano-kun’s Ordinary Days” se destaca pela história singela e o um design de personagens adorável, que entrega uma das animações mais belas da temporada.
QUARTA
🎞️ JOGO SUJO | Prime Video
O thriller de ação adapta a série literária “Parker”, criada por Donald E. Westlake sob o pseudônimo Richard Stark, e traz Mark Wahlberg (“Uncharted: Fora do Mapa”) como protagonista, após Jason Statham viver o personagem em “Parker” (2013). Desta vez, o ladrão profissional precisa reunir uma nova equipe para executar um grande assalto.
Na trama, Parker sobrevive a uma emboscada que custou a vida de seu time e vai atrás de Zen (Rosa Salazar, de “Alita: Anjo de Combate”), responsável pelo massacre. Quando descobre que ela planeja roubar um tesouro perdido, o ladrão decide unir forças com a rival e recruta um novo grupo de cúmplices, entre eles seu velho amigo Grofield (LaKeith Stanfield, de “Judas e o Messias Negro”). A associação coloca os dois em rota de colisão com a máfia de Nova York. O elenco reúne ainda Nat Wolff (“Cidades de Papel”), Keegan-Michael Key (“Key & Peele”), Thomas Jane (“O Justiceiro”), Gretchen Mol (“Boardwalk Empire”), Chukwudi Iwuji (“Pacificador”), Hemky Madera (“A Rainha do Sul”) e Tony Shalhoub (“Monk”), que interpreta um mafioso.
A produção combina ação, violência estilizada e diálogos afiados, reforçando a marca autoral do cineasta Shane Black no gênero policial. O diretor estava sumido e volta após sete anos, apostando no esquecimento da polêmica que quase acabou com sua carreira – o convite para um amigo fichado como predador sexual para figurar em “O Predador” (2018). O projeto tem produção executiva de Robert Downey Jr., retribuindo a confiança do diretor, que escalou o ator em “Beijos e Tiros” (2005) quando ninguém o contratava devido à sua prisão por drogas. Os dois também trabalharam juntos em “Homem de Ferro 3” (2013).
📺 ZOEY E A SUA FANTÁSTICA PLAYLIST | Netflix
A série estrelada por Jane Levy (“O Homem nas Trevas”) mistura comédia, drama e números musicais em uma trama que parte de uma premissa inusitada: após um exame médico, Zoey passa a ouvir os pensamentos das pessoas ao seu redor, mas eles se manifestam na forma de canções acompanhadas de coreografias elaboradas.
Criada por Austin Winsberg, responsável pela adaptação de “A Noviça Rebelde Ao Vivo!” (2013), a atração foi produzida pelo cineasta Paul Feig (“Missão Madrinha de Casamento”) e reúne em seu Lauren Graham (“Gilmore Girls”), Skylar Astin (“A Escolha Perfeita”), Alex Newell (“Glee”), John Clarence Stewart (“Luke Cage”), Peter Gallagher (“Covert Affairs”) e Mary Steenburgen (“The Last Man on Earth”).
Apesar de sua boa recepção crítica — alcançou 79% de aprovação no Rotten Tomatoes — e do crescimento de audiência nas plataformas digitais, a produção foi cancelada após a 2ª temporada, exibida nos EUA pela rede NBC em 2021. Mesmo assim, ganhou um especial de Natal “póstumo”, que chega no pacote junto das temporadas completas. No Brasil, foi exibida pela Globoplay antes de estrear no catálogo da Netflix.
📺 KAKURIYO – BED & BREAKFAST FOR SPIRITS | Crunchyroll
Aoi Tsubaki está de volta para uma aguardada 2ª temporada da fantasia romântica inspirada no folclore japonês. Continuando a adaptação das novels de Midori Yūma, a nova temporada é produzida pelos estúdios GONZO (veterano responsável por “Hellsing”) e Makaria, dando sequência direta aos eventos da primeira parte. Após quitar a dívida de seu avô gerenciando a pensão para espíritos “Tenjin-ya”, a jovem Aoi estabeleceu seu próprio restaurante, o Moonflower, no mundo oculto dos ayakashi. A premissa segue encantadora: Aoi, uma chef humana capaz de ver criaturas sobrenaturais, prepara pratos deliciosos que saciam não apenas a fome, mas também o coração de seus clientes do além. No entanto, a tranquila rotina gastronômica de Aoi é interrompida quando uma nova crise se aproxima de Tenjin-ya, ameaçando o delicado equilíbrio entre as casas de espíritos rivais.
Determinada a proteger seus amigos e seu negócio, Aoi enfrenta desafios inéditos – desde buscar ingredientes mágicos raros até mediar conflitos políticos entre líderes youkai. Personagens queridos retornam: o ogro Odanna, agora ainda mais próximo de Aoi, e Ginji, a raposa kitsune leal, continuam a apoiá-la. Juntos, eles precisam desvendar intrigas ancestrais para evitar que desavenças entre clãs espirituais resultem em guerra aberta. A 2ª temporada equilibra momentos ternos e místicos enquanto aprofunda a rica mitologia apresentada originalmente.
📺 LET’S PLAY | Crunchyroll
Baseado num popular webtoon de romance e tecnologia, que acumula mais de 700 milhões de visualizações online, “Let’s Play” aborda o universo dos desenvolvedores de games indie e das estrelas da internet. A protagonista é Samara “Sam” Young, uma tímida programadora de Los Angeles que finalmente realiza o sonho de lançar seu primeiro jogo independente. Porém, a alegria dura pouco: um famoso streamer – Marshall Charles, carismático e impulsivo – faz uma crítica devastadora do jogo em seu canal, desencadeando uma onda de avaliações negativas dos fãs dele. Para completar o azar de Sam, esse influenciador problemático acaba de se mudar como seu novo vizinho no mesmo prédio!
A convivência forçada coloca Sam frente a frente com o homem que, inadvertidamente, arruinou sua estreia no mercado de games. A série, ambientada na ensolarada Califórnia, aborda temas contemporâneos como ansiedade social, pressão das redes sociais e fandoms tóxicos, de forma leve e bem-humorada. Sam é introvertida e lida com crises de ansiedade – sua válvula de escape são seu cachorro de estimação e longas listas de tarefas –, enquanto Marshall, por trás da persona barulhenta na internet, revela ter suas próprias inseguranças. Entre encontros constrangedores no elevador e discussões acaloradas sobre jogos, memes e música geek, surge uma inesperada amizade com potencial para algo mais. Quem dirige a adaptação dos quadrinhos de Leeanne M. Krecic (conhecida como Mongie) é Daiki Tomiyasu, que trabalhou em inúmeros projetos de “Pokémon” – da série original aos novos spin-offs.
QUINTA
📺 MONSTRO: A HISTÓRIA DE ED GEIN | Netflix
A nova temporada da antologia de Ryan Murphy e Ian Brennan mergulha no caso real de Ed Gein, o serial killer de Wisconsin cujo legado atravessou décadas de cultura pop e inspirou alguns dos maiores clássicos do terror, como “Psicose” (1960), “O Massacre da Serra Elétrica” (1974) e “O Silêncio dos Inocentes” (1991). Charlie Hunnam (“Sons of Anarchy”) interpreta o assassino, enquanto Laurie Metcalf (“Lady Bird”) vive sua mãe em uma relação marcada por obsessão e distúrbios psicológicos.
A narrativa explora a reconstrução dos crimes, mostrando como a fazenda onde Gein viveu nos anos 1950 se tornou sinônimo de pesadelo americano. No papel principal, Hunnam materializa situações de violência extrema e repulsa, incluindo cenas em que o assassino veste a pele das vítimas e dança em sua fazenda, repleta de objetos feitos de pele humana. A presença de Tom Hollander (“The White Lotus”) como Alfred Hitchcock reforça a ligação entre a história real e a ficção, lembrando como o diretor usou a figura de Gein como base para “Psicose”.
O elenco ainda reúne a cantora Addison Rae (“Ela É Demais”), Olivia Williams (“The Crown”), Charlie Hall (“A Vida Sexual das Universitárias”), Suzanna Son (“Rua do Medo: Rainha do Baile”), Vicky Krieps (“Os Três Mosqueteiros: Milady”), Lesley Manville (“The Crown”), Joey Pollari (“American Crime”), Tyler Jacob Moore (“SEAL Team”), Mimi Kennedy (“Mom”), Will Brill (“Maravilhosa Sra. Maisel”) e Robin Weigert (“O Rastreador”). O roteiro é assinado por Ian Brennan, que também dirige ao lado de Max Winkler (“Flower”). Os três dividem a produção executiva com Ryan Murphy e Charlie Hunnam.
📺 VERMELHO SANGUE | Globoplay
A série criada por Rosane Svartman (“Dona de Mim”) aposta em um território pouco explorado pela dramaturgia brasileira: o romance juvenil sobrenatural. A produção mescla fantasia, terror e melodrama a partir da relação entre Luna (Leticia Vieira, de “Vale Tudo”), uma adolescente que se transforma em lobo-guará, e outros jovens sobrenaturais. Ambientada na Serra da Canastra, a história evoca a mitologia de lobisomens e vampiros sob uma ótica brasileira, em sintonia com o modelo romântico popularizado por “Crepúsculo”.
Inspirada em elementos nacionais, a narrativa desenvolve uma mitologia própria, na qual o lobo-guará substitui a tradicional figura do lobisomem. O simbolismo da transformação é central na trajetória de Luna, que luta para conter sua natureza e encontrar uma “cura”. Em contraponto, sua amiga Flora (Alanis Guillen, de “Pantanal”) rejeita sua normalidade e se lança na busca por uma existência extraordinária. A tensão entre as duas conduz o arco dramático da temporada, que dialoga com temas de autoaceitação, amadurecimento e identidade queer.
Com direção de Patricia Pedrosa (“Cine Holliúdy”), a produção também traz no elenco Laura Dutra (“Irreversível”), Rodrigo Lombardi (“Carcereiros”), Geoffrey Russell (“Rio Connection”), Heloísa Jorge (“A Dona do Pedaço”) e Milhem Cortaz (“Os Outros”).
A temporada inaugural tem 10 episódios, divididos em dois blocos de lançamento, e a produção já se encontra renovada para seu segundo ano.
📺 O JOGO | Netflix
A série indiana acompanha uma desenvolvedora de jogos vivida por Shraddha Srinath (“Olhar Franco”) que se torna alvo de ataques virtuais e repercussões perturbadoras no mundo real após sua criação se tornar um sucesso. Conforme as fronteiras entre o digital e o físico se desfazem, ela precisa lidar com traições, violência e perseguição de um mascarado misterioso, que inspira seu visual no próprio jogo da vítima.
Os roteiros são assinados por Deepthi Govindarajan (“Vilarejo Macabro”) e a direção é de Rajesh M. Selva (“Irai”).
📺 A CRISE DOS CARAS | Netflix
Versão alemã da comédia “Machos Alfa”, série espanhola criada por Alberto e Laura Caballero para a Netflix, a narrativa acompanha quatro amigos na faixa dos 40 anos — Ulf (Tom Beck, “Operação Implacável”), Cem (Serkan Kaya, “Hysteria”), Erik (David Rott, “Kabul”) e Andi (Moritz Führmann, “Stella: Vítima e Culpada”) — que percebem estar fora de sintonia com as exigências modernas da vida masculina.
Ulf enfrenta o risco de ser substituído no trabalho por alguém mais jovem, Cem explora as novas dinâmicas de relacionamento, Erik encara o pedido de abertura conjugal de sua parceira e Andi se sente pressionado pela libido elevada de sua esposa. Tentando se reinventar, os amigos decidem participar de um curso que promete desconstrução e reeducação de masculinidades — porém, colocar em prática as lições aprendidas revela-se mais complicado do que previam.
Com 8 episódios, a produção de Arne Nolting e Jan-Martin Scharf (criadores de “Bárbaros”) aposta numa abordagem bem-humorada e atual para discutir os desafios da masculinidade na era contemporânea.
🎞️ DIAS PERFEITOS | Netflix
O primeiro filme de um cineasta ocidental a concorrer ao Oscar pelo Japão mergulha na vida de Hirayama (interpretado por Kōji Yakusho, de “13 Assassinos”), um limpador de banheiros em Tóquio que encontra satisfação em sua rotina diária meticulosamente organizada. Ambientado no vibrante distrito de Shibuya, o filme explora a alegria encontrada na repetição e na simplicidade. Hirayama vive sozinho e seu cotidiano inclui acordar ao amanhecer, cuidar de suas plantas e dirigir para o trabalho ouvindo fitas cassetes antigas. Ele executa seu trabalho com cuidado e atenção, tratando as instalações que limpa como se fossem obras de arte.
A atuação de Yakusho, premiada no Festival de Cannes, confere uma profundidade emocional ao personagem, que, apesar de falar pouco, comunica muito através de gestos e expressões. Dirigida com atenção aos detalhes pelo alemão Wim Wenders (“Asas do Desejo”) e coescrita com o poeta Takuma Takasaki, a narrativa é tão meditativa quanto seu personagem principal, destacando a beleza na rotina e na conexão humana para enfatizar a importância de se viver o momento, por mais humilde que seja. Zen.
📺 THIS MONSTER WANTS TO EAT ME | Crunchyroll
O suspense yuri pós-apocalíptico adapta o mangá de Sai Naekawa e se passa em uma cidade litorânea desolada, anos após um colapso civilizatório de causa desconhecida. A jovem Hinako leva uma vida pacata e solitária nesse cenário, marcada pela perda trágica de sua família anos antes. Certo dia, ao caminhar pela praia deserta ao entardecer, ela é atacada por uma monstruosidade marinha saída das profundezas. Quando tudo parece perdido, Hinako é salva por Shiori – uma misteriosa sereia de aparência delicada, que despedaça o monstro com uma força muito além do esperado. Contudo, logo após o resgate, Shiori anuncia calmamente que Hinako não está totalmente a salvo: a própria sereia “veio para devorá-la… só que não ainda”. Até o dia prometido em que fará de Hinako sua presa, Shiori promete ficar ao lado dela e mantê-la segura de quaisquer outras criaturas.
Esse pacto estranho dá início a uma relação complexa entre predadora e presa, guardiã e protegida. Hinako, que se isolou desde a tragédia do passado, passa a conviver com Shiori em sua casa à beira-mar – uma presença que é ao mesmo tempo ameaçadora e reconfortante. Conforme o tempo passa, Hinako descobre que Shiori tem um motivo trágico para querer “devorá-la”: existe uma maldição ancestral sobre as sereias, que só pode ser quebrada com um sacrifício voluntário. Dividida entre o medo e uma inesperada afeição pela criatura solitária, Hinako começa a desejar que aquele dia final nunca chegue.
A produção do estúdio Lings dirigida por Naoyuki Kuzuya (“Rent-a-Girlfriend”) e Yūsuke Suzuki (“Sword Art Online: Progressive – Ária de uma Noite sem Estrelas”) alterna momentos de tensão e ternura enquanto as duas exploram as ruínas do mundo e os sentimentos ambíguos que brotam entre elas. Juntas, Hinako e Shiori enfrentam outros monstros aterrorizantes – yokais marinhos e seres míticos – reforçando seu laço a cada batalha vencida, até o dia fatídico.
📺 PASS THE MONSTER MEAT, MILADY! | Crunchyroll
Misturando romance de época e fantasia culinária, a adaptação da série de novels de Kanata Hoshi (que também gerou um mangá ilustrado por koikawa) acompanha uma protagonista nada convencional na alta sociedade. Produzido pelo estúdio Asahi Production (“Teogonia”) e dirigido por Mutsumi Takeda (animador de “Tsukimichi: Moonlit Fantasy”), o anime gira em torno de Lady Melphiera, a perfeita dama da aristocracia – exceto por um detalhe escandaloso: ela adora comer carne de monstros. Enquanto as outras jovens nobres refinadas apreciam iguarias tradicionais, Melphiera secretamente anseia por bifes de dragão, ensopados de goblin e outros pratos nada convencionais. Ciente de que a descoberta de seu hobby “indecoroso” pode arruinar sua reputação, Melphiera mantém as aparências… até onde consegue. De fato, quando boatos começam a surgir, ela logo é apelidada maldosamente de “Condessa Voraz” nos círculos sociais, tornando-se persona non grata nos banquetes da corte.
Tudo muda durante um baile no palácio. Um monstro irrompe no meio do evento, espalhando pânico, e Melphiera – em vez de entrar em choque – só consegue pensar em que sabor aquela criatura teria. Antes que ela possa agir, porém, quem salva o dia é o enigmático Duque Sanguinário Allendis, um caçador de monstros temido pela ferocidade em combate. Para surpresa de Melphiera, Allendis não apenas descobre o segredo dela, como compartilha do mesmo gosto culinário excêntrico! Nasce assim uma conexão peculiar entre os dois: juntos, eles passam a “patrulhar” a região caçando monstros – oficialmente para proteger o reino, mas também em busca do prato perfeito. O casal passa a preparar churrascos de hydra ao luar, ensopados de troll em cozinhas secretas e outras receitas extravagantes, enquanto inimigos conspiram para derrubar Allendis e expor Melphiera. Com humor irreverente e um toque de ação, a série é um prato cheio para quem gosta de fantasia com tempero de comédia romântica.
SEXTA
🎞️ EXTERMÍNIO: A EVOLUÇÃO | HBO Max
A aguardada sequência marca o retorno de Danny Boyle à franquia que redefiniu o subgênero de zumbis no início dos anos 2000. O filme reúne novamente Boyle na direção e Alex Garland no roteiro, retomando a parceria do cultuado “Extermínio” (2002). Passadas décadas desde o surto inicial do vírus da raiva, a narrativa avança o tempo dentro do universo da franquia, explorando os efeitos de longa duração da pandemia e os novos contornos de uma sociedade em ruínas, isolada do resto do mundo.
A história se desenrola em uma Grã-Bretanha abandonada, onde poucos sobreviventes resistem à pandemia zumbi. O foco principal recai sobre Spike (Alfie Williams), menino de 12 anos criado numa comunidade fortificada numa ilha na costa nordeste da Inglaterra, onde a vida foi reduzida a funções essenciais e práticas medievais. Spike vive com os pais, Jamie (Aaron Taylor-Johnson, de “Kraven: O Caçador”) e Isla (Jodie Comer, de “Killing Eve”). Isla está debilitada por uma doença não diagnosticada, tornando-se o centro emocional do drama familiar que se estabelece ao longo do filme.
Quando Spike chega à idade do ritual de passagem local, seu pai decide levá-lo ao continente para caçar infectados, marcando sua entrada simbólica na vida adulta. A viagem não acontece como ele imaginava e, ao voltar, ouve o pai contar mentiras para os moradores, além de ignorar a fogueira que ambos viram à distância. É quando ele descobre a existência de um personagem lendário: o excêntrico Dr. Kerson (Ralph Fiennes), médico que teria sobrevivido sozinho em meio ao caos, considerado louco por muitos moradores. Ao ver o pai trair a mãe com outra mulher da comunidade e a saúde dela piorar, Spike decide que só Dr. Kerson pode ajudá-la. Ele elabora um plano para tirar Isla da ilha sem o conhecimento do pai e, junto da mãe debilitada, embarca numa travessia pelo território devastado e habitado por infectados — inclusive novas variantes mais brutais. A jornada conduz até um templo assustador, repleto de ossos humanos, onde Spike descobre verdades sobre o que restou do mundo pós-apocalíptico.
Danny Boyle retoma sua assinatura visual, investindo em filmagens ágeis com iPhones e ambientações pastorais que contrastam com a brutalidade dos infectados, enquanto o roteiro de Alex Garland surpreende com respostas para perguntas que a maioria sequer imaginou, a respeito de como seria o mundo se o apocalipse zumbi durasse décadas. Assim como o primeiro “Extermínio” representou uma virada de chave para os filmes de zumbis, ao introduzir os mortos-vivos velozes, o novo conduz o monstro clássico à sua evolução. Único senão: termina com um gancho para o próximo capítulo.
🎞️ O ÔNIBUS PERDIDO | Apple TV+
Baseado em fatos reais, o suspense dramático estrelado por Matthew McConaughey (“Clube de Compras Dallas”) e America Ferrera (“Barbie”) retrata o Camp Fire, incêndio mais letal da história da Califórnia, que devastou o interior do estado em 2018. O filme se inspira no livro homônimo de Lizzie Johnson para narrar a saga de um motorista de ônibus escolar e uma professora que arriscaram a vida para salvar 23 crianças presas na zona de risco.
Quando uma chamada de rádio informa a situação numa escola do primário, o motorista vivido por McConaughey inicia uma jornada perigosa, em meio ao aumento progressivo do incêndio, até se ver cercado pelas chamas em uma cidade tomada pelo fogo.
A direção é de Paul Greengrass (“Capitão Phillips”), que também assina o roteiro com Brad Ingelsby (“Mare of Easttown”). O projeto surgiu após Jamie Lee Curtis (“Halloween”) ouvir a autora Lizzie Johnson contar a história na rádio pública NPR. Ela levou a ideia para o diretor, tornando-se produtora pelo selo Comet Pictures, em parceria com Jason Blum, da Blumhouse Productions.
🎞️ STEVE | Netflix
Cillian Murphy (“Oppenheimer”) vive o personagem-título, diretor de uma escola de recuperação para jovens em situação de risco, que precisa enfrentar simultaneamente o colapso institucional da instituição e suas próprias crises pessoais. Com atmosfera contida e foco psicológico, a narrativa se passa ao longo de um dia em meados dos anos 1990, focando o peso das decisões que recaem sobre o personagem. Steve enfrenta uma série de crises simultâneas: a ameaça de fechamento da instituição, o desgaste emocional e a dinâmica intensa com os alunos, muitos dos quais já foram rejeitados pela sociedade.
Paralelamente, o filme acompanha Shy (Jay Lycurgo, “Titãs”), estudante conturbado que oscila entre impulsos autodestrutivos e uma fragilidade interna. Sua trajetória espelha a possibilidade de colapso institucional da própria escola.
A obra se insere na recente sequência de papéis intensos de Cillian Murphy, que culminou em seu Oscar por “Oppenheimer”. Baseado no romance “Shy”, de Max Porter, que também assina o roteiro, o filme tem direção de Tim Mielants. Trata-se da terceira colaboração do cineasta belga com com o astro britânico, realizada logo após episódios de “Peaky Blinders” e do filme “Pequenas Coisas Como Estas”, lançado no ano passado.
📺 GÊNIO DOS DESEJOS | Netflix
O novo k-drama da Netflix mistura fantasia, romance e comédia a partir do encontro entre uma jovem emocionalmente perturbada e um gênio aprisionado por milênios. A trama acompanha Ka-young (Bae Suzy, de “Start-Up”), que liberta Jinn (Kim Woo-bin, de “Our Blues”) e recebe a chance de realizar três desejos. À medida que a relação se desenvolve, surge a revelação de que o espírito não é apenas um benfeitor, mas também uma entidade demoníaca que tem planos malignos para ela, após conceder seus desejos. Só que sua bela mestre também não é normal e o desafia com sua psicopatia.
A série é escrita por Kim Eun-sook e dirigida por Ahn Gil-ho, que repetem a parceria do fenômeno “A Lição”, também da Netflix.
📺 A NOVA FORÇA | Netflix
O drama histórico se passa em Estocolmo no ano de 1958 e foca o início da carreira das primeiras mulheres policiais suecas. Elas enfrentam atritos com colegas, preconceitos da sociedade e dificuldades para serem levadas a sério enquanto tentam cumprir suas funções na delegacia Klara, uma das mais violentas da cidade. Com narrativa de época e forte componente social, “A Nova Força” explora as reações às mudanças quando mulheres entram em uma profissão historicamente masculina.
Criada por Patrik Ehrnst (“Herr Talman”), a série tem direção de Rojda Sekersöz e Julia Lindström (ambas de “Young Royals”), e destaca em seu elenco as atrizes Josefin Asplund (“Vikings”), Agnes Rase (“Midsommar”) e Malin Persson (“Cavalgando na Escuridão”).
📺 ANIMAL | Netflix
A comédia espanhola acompanha Antón, um veterinário rural que, por dificuldades financeiras, aceita trabalhar na pet shop de sua sobrinha, Uxía. A convivência inesperada põe à prova suas diferenças, com Antón surtando com tutores de animais que projetam suas neuroses nos pets. A ambientação combina paisagens rurais com o universo das pet shops de luxo, apresentando personagens excêntricos e situações que mesclam ternura e absurdo.
Criada por Víctor García León (“Vamos Juan”), a produção é estrelada por Luis Zahera (“Operação Maré Negra”) e Lucía Caraballo (“Operação Divórcio”).
📺 MAY I ASK FOR ONE FINAL THING? | Crunchyroll
O anime subverte os clichês de romances de época com uma protagonista feroz em busca de justiça. Adaptada da série de light novels de Nana Otori, a história se passa em uma sociedade vitoriana fictícia e acompanha Scarlet, uma nobre dama que suportou abusos e humilhações por tempo demais. Tudo muda na fatídica noite em que seu noivo, o arrogante Príncipe Kyle, decide humilhá-la publicamente durante um baile – rompendo o noivado diante de todos e ainda acusando-a falsamente de um crime. Algo dentro de Scarlet desperta nesse momento. Cansada de ser feita de tola, ela pede “uma última coisa” antes de aceitar o fim do compromisso: permissão para dar ao príncipe desprezível a lição que ele merece.
O resultado é explosivo: Scarlet, normalmente graciosa, parte para cima do ex-noivo e dos cortesãos cúmplices, desferindo golpes impiedosos que deixam a alta sociedade boquiaberta. Essa cena inicial de vendetta estabelece o tom da série – uma mistura de drama de vingança com humor sombrio. Expulsa da corte após o escândalo, Scarlet decide abraçar sua recém-conquistada má reputação e, de fato, tornar-se a “vilã” que todos agora temem. Livre das expectativas sufocantes, ela percorre o reino punindo hipócritas e corruptos da aristocracia com sua surpreendente destreza em combate (afinal, Scarlet escondia habilidades marciais letais debaixo de seus vestidos). Pelo caminho, cruza com aliados improváveis – outros marginalizados pelo regime opressor – enquanto o príncipe humilhado trama retaliação e intrigas palacianas se intensificam. Com animação fluida da LIDENFILMS Kyoto (“Fireworks”), direção de Kazuya Sakamoto (“Kaginado”) e roteiro da veterana Deko Akao (“Komi Não Consegue Se Comunicar”), “May I Ask for One Final Thing?” transforma a donzela em perigo numa heroína implacável e sarcástica.
📺 SHABAKE | Crunchyroll
Adaptação de uma popular série de romances históricos sobrenaturais da autora Megumi Hatakenaka, “Shabake” se passa no período Edo do Japão, mas combina drama histórico com uma dose caprichada de fantasia. Produzido pelo estúdio BN Pictures (divisão da Bandai Namco conhecida por “Gintama”) e dirigido por Takahiro Ōkawa (animador de “Nossa Guerra de Sete Dias”), o anime acompanha Ichitaro, o jovem herdeiro da abastada casa comercial Nagasakiya, que nasceu com saúde frágil e passa a maior parte de seus dias confinado em casa. Felizmente, ele nunca está realmente só – desde pequeno, Ichitaro enxerga e convive com espíritos protetores (ayakashi) que habitam sua residência, incluindo um sábio hakutaku (espírito em forma de criatura mitológica) e um leal inugami (espírito canino). Juntos, esses guardiões invisíveis mantêm o herdeiro seguro e entretido… até que uma noite fatídica muda tudo.
Ao criar coragem para sair furtivamente às ruas sob a luz da lua cheia, Ichitaro testemunha um assassinato brutal. Esse evento desencadeia uma sequência de crimes bizarros pela cidade, todos envolvendo elementos sobrenaturais que confundem as autoridades. Decidido a fazer justiça e evitar novas tragédias, o jovem se vê munido de uma coragem recém-descoberta e une forças com seus amigos espirituais para investigar os casos. Conforme Ichitaro adentra becos escuros e mansões assombradas em busca do culpado, segredos sobre sua própria família começam a vir à tona, e ele percebe que sua enfermidade pode estar mais ligada ao mundo espiritual do que imaginava. A ambientação detalhada do Japão feudal combinada a uma atmosfera cheia de yōkai fazem o diferencial da série.
SÁBADO
📺 RUROUNI KENSHIN | Netflix
A nova adaptação do mangá de Nobuhiro Watsuki é um reboot do anime dos anos 1990, exibido no Brasil como “Samurai X”. A trama acompanha Kenshin Himura, um ex-assassino que jurou nunca mais matar após o fim das guerras civis que moldaram o Japão, mas que continua a ser perseguido pelo seu passado.
A 2ª temporada adapta o famoso arco de Kyoto. Kenshin deixa Tóquio para enfrentar Makoto Shishio, um antigo inimigo dado como morto, que retorna em busca de vingança e com planos de derrubar o novo governo. O arco, considerado o mais célebre da saga, intensifica os conflitos morais do protagonista e apresenta batalhas decisivas contra o exército de Shishio.
Produzida pelo estúdio Liden Films e já exibida pela Crunchyroll, a temporada adapta integralmente o arco de Kyoto em dois blocos de episódios. Com direção de Yuki Komada (“Blade – A Lâmina do Imortal”), em substituição a Hideyo Yamamoto (“Noir”), os novos episódios mantêm fidelidade ao mangá ao mesmo tempo em que atualizam o visual e o ritmo da narrativa para novas gerações de espectadores.
🎞️ PATOS! | Netflix
Como indica o título nacional, a animação da Illumination (criadora dos Minions) segue uma família de patos, os Mallard, que vivem em um lago na Nova Inglaterra, EUA. O cauteloso pai da família, Mack Mallard, prefere permanecer nas margens seguras de seu lago, mas sua esposa aventureira e seus filhos anseiam por explorar o mundo. Eventualmente, a família decide embarcar em uma migração de inverno para a Jamaica, dando início a uma série de aventuras e descobertas.
Embora siga uma fórmula convencional, o longa se destaca pelo seu estilo visual inovador. As paisagens vistas do ar e a paleta de cores mais suaves criam uma atmosfera única, com um efeito quase aquarelado. Essa abordagem é um reflexo das preferências do diretor francês Benjamin Renner, conhecido por filmes animados encantadores e pessoais como “Ernest & Celestine” (2012) e “A Raposa Má” (2017). A narrativa também é enriquecida pelo roteiro de Mike White (criador de “The White Lotus”), que faz a jornada dos Mallards ser pontuada por momentos de humor sofisticado o suficiente para entreter os adultos, enquanto mantém a história acessível e divertida para o público mais jovem.
O elenco de dubladores originais inclui Kumail Nanjiani (“Eternos”) e Elizabeth Banks (“As Panteras”) como os pais, e Caspar Jennings (“O Soldado que Não Existiu”) e a estreante Tresi Gazal como seus filhos. Além disso, Awkwafina (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) empresta sua voz áspera a uma pomba durona de Nova York, enquanto Danny DeVito (“Mansão Mal-Assombrada”) e Keegan-Michael (“Shmigadoon!”) vivem o Tio Dan e um papagaio jamaicano.
🎞️ O QUARTO 404 | Netflix
O filme tailandês mistura terror e comédia ao explorar os mistérios de um hotel amaldiçoado. A trama acompanha Nakrob (Chantavit Dhanasevi, “Doutor Clímax”), um golpista imobiliário que compra um hotel em ruínas acreditando que poderá transformá-lo em um empreendimento de luxo. Seus planos, porém, desmoronam quando descobre a lenda que envolve o quarto 404: o espaço seria assombrado por Lalita (Kanyawee Songmuang, “My Ambulance”), antiga proprietária acusada de ter assassinado o marido ali dentro.
A partir dessa premissa, o longa alterna cenas de terror grotesco com situações cômicas, em um tom característico do cinema popular da Tailândia, que aposta no exagero para equilibrar sustos e gargalhadas. O contraste entre a ambição de Nakrob e a presença sobrenatural que domina o hotel dá ritmo à narrativa, enquanto o enredo satiriza tanto o mercado imobiliário quanto os clichês de filmes de assombração. Roteiro e direção são de Pichaya Jarusboonpracha, criador de “Project S the Series”.
📺 INEXPRESSIVE KASHIWADA AND EXPRESSIVE OOTA | Crunchyroll
Nesta comédia romântica colegial, personalidades opostas garantem situações hilárias e fofas. Adaptação do web mangá de Fuyu Azuma, publicado online desde 2018, o anime ganha vida sob a direção de Tomohiro Kamitani (“Nyaight of the Living Cat”) no estúdio Polon. A premissa é simples e divertida: Kyoichi Kashiwada, uma estudante do ensino médio, nunca demonstra suas emoções no rosto – esteja feliz, triste ou surpresa, sua expressão permanece completamente neutra. Já Jun Oota, seu colega de classe, é o oposto completo: extremamente transparente e exagerado em gestos e reações, um livro aberto ambulante. Fascinado pelo semblante imperturbável de Kashiwada, Oota-kun decide que sua missão diária é arrancar alguma reação da amiga impassível, nem que precise criar as situações mais inusitadas para isso.
A cada dia, Oota arma novas pegadinhas e surpresas elaboradas – de aniversários falsos a aparições “fantasmagóricas” no armário – tentando fazer Kashiwada sorrir ou se assustar. Enquanto isso, Kashiwada secretamente aprecia a atenção. Embora seu rosto não mostre nada, seu coração tímido começa a se comover com a dedicação atrapalhada de Oota. Os colegas ao redor acompanham tudo como uma plateia, rindo das tentativas frustradas de Oota e do estoicismo absurdo de Kashiwada. Com roteiro de Michiko Yokote (“Gintama”), “Inexpressive Kashiwada and Expressive Oota” entrega humor leve e situações cheias de ternura, apresentando um romance adolescente que nasce em silêncio.
📺 LET THIS GRIEVING SOUL RETIRE | Crunchyroll
A saga cômica de fantasia retorna para sua segunda parte, continuando a paródia divertida dos clichês de heróis relutantes. Adaptando a light novel do autor Tsukikage, o anime do estúdio Zero-G mantém a equipe da primeira fase, com direção de Masahiro Takata. No centro da trama está Krai Andrey, outrora um aventureiro brilhante que decidiu se aposentar mais cedo por puro cansaço das aventuras – apenas para descobrir que o destino não pretende deixá-lo em paz. Apesar de seus protestos, os amigos de infância de Krai, que se tornaram os heróis mais poderosos do mundo, insistem em mantê-lo como líder nominal do grupo. Krai só almeja uma vida tranquila, longe de masmorras e dragões, mas é constantemente arrastado de volta à ação pela insistência dos companheiros que o idolatram.
Nesta nova cour, ameaças ainda maiores emergem, exigindo que o grupo enfrente um caos renovado. Monstros ancestrais despertam e um culto maligno trama nas sombras, pondo em risco a paz mundial. Krai, mesmo extremamente competente, tenta desesperadamente evitar responsabilidades para curtir férias. Porém, acaba sempre metido em batalhas épicas e situações constrangedoras, que frequentemente resolve por acidente ou por pura engenhosidade involuntária, para alívio de seus amigos (e desespero do próprio Krai). A Parte 2 mantém o tom leve e satírico, brincando com as convenções de RPGs e animes de aventura.
📺 MY FRIEND’S LITTLE SISTER HAS IT IN FOR ME! | Crunchyroll
A comédia picante baseada na light novel de Ghost Mikawa (ilustrada por Tomari), sucesso entre fãs do gênero, acompanha Akiteru Ooboshi, um estudante cético quanto aos encantos da vida colegial. Para Akiteru, namoros, festas e amizades escolares são perda de tempo – ele prefere focar em seu projeto de desenvolvimento de jogos junto ao clube de tecnologia. Disposto a passar pelo ensino médio sem distrações “bobas”, Akiteru vê seus planos virarem de ponta-cabeça por causa de Iroha Kohinata, a irmã caçula de seu melhor amigo. Em público, Iroha é a garota exemplar e doce que todos adoram, mas quando está a sós com Akiteru, ela se transforma numa “pestinha” provocadora. Diariamente, Iroha invade o quarto de Akiteru sem cerimônia, deita na cama dele folheando mangás e inferniza a rotina regrada do rapaz com brincadeiras e insinuações que o deixam desconcertado.
A dinâmica de “gato e rato” entre os dois rende momentos divertidos e cheios de fanservice leve. Akiteru tenta manter a compostura indiferente, mas Iroha adora testá-lo – ora fazendo ceninhas de ciúme quando ele interage com outras garotas, ora chantageando-o para acompanhá-la em saídas depois da aula. Aos poucos, descobrimos que por trás da fachada irritante de Iroha existem sentimentos genuínos: ela nutre um crush sincero pelo amigo do irmão, e suas travessuras são uma maneira torta de chamar a atenção dele. Já Akiteru, por mais que negue a importância dessas “tolices juvenis”, começa a se importar mais do que admite. Com diálogos afiados e animação vibrante, a série do estúdio BLADE tem direção de Kazuomi Koga (“TenPuru”).
📺 MY HERO ACADEMIA | Crunchyroll
O fenômeno mundial dos animes de super-heróis se prepara para seu clímax com a 8ª e última temporada da saga baseada no mangá de Kohei Horikoshi. Produzida pelo estúdio Bones e novamente sob direção de Masahiro Mukai, esta fase conclusiva promete encerrar a jornada de Izuku “Deku” Midoriya e da Turma 1-A com batalhas de tirar o fôlego e alta carga emocional. A sociedade dos heróis está à beira do colapso: todos os vilões acumulados ao longo da história – liderados agora pelo temível Tomura Shigaraki, que herdou o legado maligno All For One – lançam um ataque coordenado por todo o Japão, espalhando caos em várias frentes. Cabe aos jovens heróis da U.A., já licenciados provisoriamente, resistirem em diferentes cidades para proteger civis, enquanto os heróis profissionais se veem sobrepujados em número.
No centro do conflito, Deku precisa explorar 100% do poder do One For All e manifestar os quirks dos antigos portadores desse dom, enfrentando Shigaraki num duelo que coloca ideais e legados em choque. Em paralelo, o outrora invencível All Might – agora aposentado e sem poderes – retorna à linha de frente usando uma armadura tecnológica para confrontar seu arqui-inimigo rejuvenescido. É um embate simbólico entre o ex-Símbolo da Paz e o vilão supremo, trazendo o conflito de gerações a um ápice. Laços de amizade serão testados, segredos sobre a origem dos quirks serão revelados e a pergunta “O que significa ser um herói?” encontrará sua resposta definitiva.
📺 SI-VIS: THE SOUND OF HEROES | Crunchyroll
A obra original concebida e roteirizada por Fumiaki Maruto (criador de “Saekano: How to Raise a Boring Girlfriend”) mescla ação de super-heróis com a rotina de idols de J-Pop. O nome do grupo que dá título à série, SI-VIS, é formado por cinco jovens idols – liderados pelo carismático Yosuke – que sacodem o cenário musical global com vocais poderosos e apresentações eletrizantes. Mas eles escondem uma identidade secreta: além de astros do pop, são heróis que combatem as sombras forças misteriosas que ameaçam o mundo. Na mitologia da série, criaturas oriundas de uma dimensão do som emergem para semear o caos, e apenas as vibrações únicas geradas pela música de SI-VIS podem neutralizá-las.
A cada show lotado, enquanto enlouquecem os fãs com coreografias perfeitas, os integrantes do grupo convertem a energia da plateia em poder de combate. Por sorte, para os olhos do público, as batalhas que ocorrem no palco não passam de elaborados números musicais, embora sejam confrontos coreografados contra inimigos invisíveis. Além das lutas espetaculares, a produção do estúdio VOLN também acompanha os dramas de bastidores dos membros do SI-VIS: rivalidades internas, romances secretos e a pressão de viver sob holofotes duplos, como ídolos mundialmente famosos e como salvadores do planeta. Um detalhe diferencial é que cada episódio é pontuado por músicas originais.
📺 SPY x FAMILY | Crunchyroll
A adorada família de espiões está de volta para mais aventuras cativantes na 3ª temporada. Baseada no mangá best-seller de Tatsuya Endo, a animação segue coproduzida pelos estúdios WIT Studio e CloverWorks, mantendo o alto nível das temporadas anteriores. Depois de impedir crises internacionais enquanto fingiam ser uma família comum, o agente secreto Twilight (codinome de Loid Forger) encara agora uma missão igualmente desafiadora: manter as aparências domésticas em meio a novas ameaças da Guerra Fria imaginária que permeia esse universo. Loid continua seu disfarce como pai dedicado e psiquiatra de fachada, vivendo ao lado de Yor – sua falsa esposa, que em segredo é uma assassina letal – e da pequena Anya, filha adotiva do casal que, por acaso, é telepata e se torna a única integrante da família a saber de toda a verdade.
Agora, com Anya avançando de ano na prestigiosa Escola Eden, Loid precisa extrair informações cruciais de um político alvo durante eventos escolares, ao mesmo tempo em que Yor recebe uma missão de seu grupo de assassinos para eliminar um traidor bem debaixo de seus narizes. A dinâmica cômica se intensifica quando Yuri Briar, irmão ciumento de Yor e agente da polícia secreta, reaparece desconfiado do “cunhado” Loid – resultando em jantares de família recheados de segundas intenções e tensão hilária. Além disso, Anya – ciente de todos os segredos dos “papais” – esforça-se para ajudar do seu jeito atrapalhado: seja usando seu cão precognitivo Bond para evitar desastres domésticos, seja envolvendo seus coleguinhas da escola em mini-missões para salvar o dia. A 3ª temporada também promete aprofundar ainda mais os laços entre os Forgers. Mesmo formados por conveniência, aos poucos eles se tornam uma família genuína, com Loid e Yor arriscando tudo para proteger Anya. Combinando humor pastelão, cenas de ação dignas de filme de espionagem e muita ternura, a nova temporada ajuda a consolidar “Spy x Family” como uma das séries mais queridas dos últimos anos.
📺 TALES OF WEDDING RINGS | Crunchyroll
A saga de harém retorna em sua 2ª temporada, dando continuidade à jornada épica e poligâmica de Satou e suas princesas. Baseada no mangá homônimo da dupla Maybe (também autores de “Dusk Maiden of Amnesia”), a adaptação é produzida pelo estúdio Staple Entertainment e prossegue de onde a 1ª temporada parou. No final da fase anterior, Satou – um estudante comum transportado para outro mundo – havia se tornado o lendário Rei dos Anéis ao se casar com sua amiga de infância e amor de escola, a princesa Hime, e com outras quatro princesas de diferentes nações, cada uma guardiã de um Anel Elemental. Com os cinco anéis reunidos, Satou detém agora um poder imenso, mas também carrega a responsabilidade de derrotar o vilanesco Rei do Abismo, cuja sombra ameaça a paz dos reinos.
Nesta nova temporada, Satou e seu harém de princesas guerreiras partem para o território de origem do Rei do Abismo, preparando-se para o confronto final. Pelo caminho, no entanto, surgem novos obstáculos: antigos generais do vilão despertam, colocando à prova a união um tanto incomum do grupo. Ciúmes e inseguranças antes latentes vêm à tona entre as princesas, apesar de todas amarem Satou e compreenderem o destino compartilhado. Rivalidades culturais e emocionais acabam gerando atritos, cabendo a Satou provar ser um marido dedicado e um líder sábio para fortalecer os laços emocionais com cada noiva, de modo que o poder dos Anéis funcione em perfeita harmonia quando mais importar. Com direção de Takashi Naoya (“É Sério Que Eu Sou o Mais Forte?”), a temporada promete concluir a saga respondendo se o herói terá seu “felizes para sempre” com as cinco princesas.
📺 THE BANISHED COURT MAGICIAN AIMS TO BECOME THE STRONGEST | Crunchyroll
A fantasia típica de recomeço e superação, que revisita o mundo dos RPGs de fantasia, adapta a light novel de Alto (ilustrada por Yohane) com produção estúdio Gekkou (“My One-Hit Kill Sister”) e direção de Ken Takahashi (“Ragna Crimson”). O protagonista é Alec Ygret, um mago de suporte que dedicou anos leais servindo na corte real para garantir silenciosamente as vitórias do príncipe herdeiro com feitiços de proteção e cura. Sua recompensa, porém, veio em forma de traição: acusado injustamente de inutilidade por não dominar magia ofensiva, Alec é expulso do reino em desgraça, humilhado diante de todos. Arrasado, ele chega ao fundo do poço… mas o destino lhe reserva uma segunda chance.
Vagando sem rumo, Alec reencontra por acaso Yorha Eisentz, uma antiga companheira do lendário Lasting Period, o grupo de heróis que outrora salvou o mundo e alcançou feitos épicos. Yorha, agora líder de uma guilda de exploradores de masmorras, estende a mão a Alec e o convida a juntar-se novamente ao time que fez história no passado. Disposto a recomeçar longe das intrigas da corte, Alec embarca em uma nova aventura ao lado de Yorha e outros veteranos. Desta vez, ele está livre para usar sua magia de suporte sem amarras – e surpreendentemente, aquelas mesmas feitiçarias de proteção e buff pelas quais fora menosprezado revelam-se o trunfo que faltava ao grupo, permitindo-lhes avançar por níveis de dungeon nunca antes conquistados. Enquanto isso, no castelo, o príncipe descobre tarde demais o valor de Alec: sem o mago exilado, o reino cai em apuros diante de uma calamidade iminente.
“The Banished Court Magician Aims to Become the Strongest” tem quase a mesma premissa de “The Unaware Atelier Meister” e “I Left My A-Rank Party to Help My Former Students Reach the Dungeon Depths!”, mas enquanto acompanha a ascensão de Alec como aventureiro de elite (ganhando confiança e novos poderes) também mostra em paralelo os apelos desesperados da coroa para que ele retorne e salve a pátria que o repudiou. Cabe a Alec decidir se vai superar as mágoas do passado e usar sua força recém-descoberta para proteger a todos, provando mais uma vez nos animes que um mago de suporte pode ser, sim, o herói mais importante de todos.
📺 TO YOUR ETERNITY | Crunchyroll
Após séculos de lutas e lições, o imortal Fushi embarca em seu capítulo final. A 3ª Temporada adapta os arcos mais recentes do mangá de Yoshitoki Ōima (autora também de “A Voz do Silêncio”), com produção dos estúdios Drive e Studio Massket, transportando o personagem milenar para um cenário surpreendente: o mundo moderno. Com a derrota dos Nokkers e a conclusão amarga da era medieval no final da temporada anterior, Fushi desperta nos dias atuais, encontrando-se em uma grande metrópole repleta de tecnologia, arranha-céus e pessoas de rotina agitada. Pela primeira vez, ele experimenta uma vida aparentemente comum ao lado de amigos renascidos – rostos familiares de eras passadas que retornaram em novas identidades. Ao longo de um período de paz, Fushi faz coisas mundanas que nunca tivera a chance de fazer: frequenta a escola, prova comidas contemporâneas, aprende sobre ciência, brinca com crianças e tenta entender os costumes de uma sociedade moderna. Tudo isso com a curiosidade ingênua de alguém que já viu milênios passarem, mas nunca vivenciou o conforto da normalidade humana.
Porém, como é de praxe em sua longa existência, as sombras logo começam a se formar no horizonte dessa tranquilidade. O enigmático Criador de Fushi, conhecido como Beholder, ressurge para revelar as verdadeiras intenções por trás de toda a jornada do imortal – revelações que abalam Fushi profundamente, forçando-o a questionar o propósito de sua própria vida eterna. Além disso, indícios inquietantes mostram que os Nokkers talvez não tenham sido completamente erradicados. Um mal latente parece estar despertando novamente, adaptado aos novos tempos.
Nesta temporada final, dirigida por Kiyoko Sayama (que também comandou a 2ª temporada), temas cíclicos e filosóficos ganham destaque. Fushi precisa tomar uma decisão definitiva sobre seu destino eterno: continuará carregando o fardo de proteger a humanidade repetidas vezes, em um ciclo sem fim de dor e renascimento, ou permitirá a si mesmo finalmente “descansar” e encerrar sua existência, quebrando o ciclo? Os novos episódoios prometem um desfecho poético e emotivo para essa longa fábula sobre mortalidade, perda e propósito.
📺 TOJIMA WANTS TO BE A KAMEN RIDER | Crunchyroll
Tanzaburo Tojima é um homem comum de 40 anos com um sonho nada comum: tornar-se um herói mascarado como aqueles dos tokusatsu que ele adorava na infância. A adaptação do mangá de Yokusaru Shibata (autor de “Air Master”) é uma carta de amor nostálgica aos fãs de “Kamen Rider” e séries similares, produzida pelo estúdio LIDENFILMS. A trama acompanha Tojima em sua rotina entediante como funcionário de repartição pública, equilibrando pilhas de documentos e responsabilidades adultas. Por décadas, ele sufocou seu desejo juvenil de heroísmo em nome das obrigações cotidianas… até que um evento inesperado reacende a chama de justiça que nele ardia. Certa noite, ao voltar do trabalho, Tojima impede instintivamente um assalto em uma loja de conveniência, salvando uma pessoa e neutralizando o criminoso. O feito vira notícia local e Tojima viraliza nas redes como “o herói civil” do dia, recebendo elogios e despertando nele uma sensação há muito esquecida.
Inspirado pela repercussão e lembrando dos valores de seus ídolos da TV, Tojima decide que ainda não é tarde para perseguir seu sonho. Ele inicia um rigoroso treinamento físico por conta própria e confecciona às escondidas uma fantasia inspirada nos clássicos Kamen Riders – um traje tosco, mas feito com paixão. Munido apenas dessa armadura caseira e de sua determinação, Tojima passa a patrulhar anonimamente as ruas de sua cidade à noite, ajudando quem precisa e enfrentando pequenos crimes. No começo, são incidentes modestos: furtos, brigas, gatos presos em árvores. Mas conforme ele ganha confiança (e alguns hematomas), Tojima descobre uma ameaça genuína operando nas sombras da comunidade – algo que vai exigir coragem de verdade, não apenas brincadeira de super-herói.
“Tojima Wants to Be a Kamen Rider” celebra a nostalgia dos tokusatsu clássicos, ao mesmo tempo em que oferece um olhar sensível sobre envelhecer sem abandonar os sonhos de infância. Com direção de Takahiro Ikezoe (“Fullmetal Alchemist: Brotherhood”) e consultoria criativa da Toei, proprietária da marca “Kamen Rider”, a produção diverte e emociona.
📺 TOURING AFTER THE APOCALYPSE | Crunchyroll
Num futuro pós-apocalíptico silencioso, duas garotas buscam liberdade nas ruínas do mundo. Baseada no mangá de Sakae Saitō, a série é animada pelo estúdio Nexus e dirigida por Yoshinobu Tokumoto, estúdio e diretor de “Darwin’s Game”. A história acompanha Yōko e Airi, jovens sobreviventes que abandonam seu bunker para viajar por um Japão completamente deserto muitos anos após um colapso civilizatório de causa desconhecida. Montadas em uma robusta motocicleta off-road, elas percorrem estradas vazias e quilômetros de solidão, cruzando cidades engolidas pela vegetação e pontos turísticos agora fantasmagóricos. Sua missão autoimposta é poética: fotografar os lugares emblemáticos que restaram e documentar a beleza melancólica de um mundo sem presença humana, enquanto buscam sinais de outros sobreviventes ou vestígios que expliquem o passado.
Cada episódio de “Touring After the Apocalypse” as mostra chegando a um novo destino – seja uma Tóquio coberta por trepadeiras ou um templo milenar tomado pelo mato. Em cada local, elas fazem uma pausa, armam acampamento sob as estrelas e contemplam o que aquele cenário já representou. Yōko, a mais experiente e estoica, assume a direção e cuida da moto; Airi, curiosa e sensível, é quem manuseia a câmera fotográfica e registra suas memórias. Juntas, elas refletem sobre a humanidade extinta, enquanto apreciam pequenas alegrias do presente desolado: preparar uma refeição simples com suprimentos enlatados, tomar banho num lago cristalino sem ninguém por perto, observar constelações num céu sem poluição luminosa. Apesar da solidão palpável do mundo, o tom da série é surpreendentemente esperançoso: Yōko e Airi constroem laços profundos de amizade – ou até um romance sutil – e descobrem que, mesmo no fim do mundo, há motivos para seguir em frente. A direção de arte destaca a beleza da natureza reconquistando os espaços urbanos, oferecendo cenários de encher os olhos. Sem grandes conflitos ou inimigos, a produção é simplesmente contemplativa e tocante, uma viagem pela paisagem do fim do mundo.
DOMINGO
🎞️ I WANNA DANCE WITH SOMEBODY – A HISTÓRIA DE WHITNEY HOUSTON | Netflix
A cinebiografia da cantora Whitney Houston divide opiniões pelas escolhas dramáticas, ao priorizar o começo da carreira da estrela, repleta de altos e baixos, que entremearam vários sucessos musicais com um casamento tumultuado, bissexualidade enrustida, um conhecido envolvimento com drogas e uma relação turbulenta com seu pai.
O roteiro é de Anthony McCarten, que anteriormente já tinha tomado inúmeras liberdades com a vida de Freddie Mercury em “Bohemian Rhapsody”. A direção está a cargo de Stella Meghie (“A Fotografia”) e o elenco destaca Naomi Ackie (a Jannah de “Star Wars: A Ascensão Skywalker”) como Whitney, Clarke Peters (“The Man Who Fell to Earth”) como seu pai, Ashton Sanders (“Moonlight”) como o marido – e cantor – Bobby Brown, além de Stanley Tucci (“Convenção das Bruxas”) quase irreconhecível no papel do empresário Clive Davis, responsável pelo estouro da artista.
📺 ALMA-CHAN WANTS TO BE A FAMILY! | Crunchyroll
A comédia de ficção científica familiar apresenta um conceito inusitado: dois jovens cientistas acabam “criando” acidentalmente uma filha. Adaptada do mangá de Nanateru, a série é dirigida por Yasuhiro Minami (veterano que já trabalhou em “Gintama”) e animada pelo estúdio Flad em parceria com a Kadokawa. Os protagonistas Enji e Suzume, gênios cientistas subestimados em seu laboratório, transformam um projeto ultrassecreto em uma criança artificial. Nasce Alma, uma inteligência artificial com corpo de menina, capaz de obliterar um tanque de guerra em segundos, mas que olha para seus criadores e os chama de “papai” e “mamãe”. Surpresos, Enji e Suzume se veem de repente no papel de pais, tentando esconder do governo e dos militares que sua adorável “filha” é, na verdade, uma arma senciente de poder incalculável.
Enquanto tentam levar uma vida doméstica normal, o improvável trio enfrenta dilemas éticos e situações hilárias. Alma-chan deseja acima de tudo experimentar a infância: quer ir à escola, fazer amigos e ter uma família de verdade. Seus “pais”, por outro lado, nem são casados e precisam conciliar a criação da “menina” com a responsabilidade de mantê-la em segredo e ensinar-lhe a controlar seus poderes assustadores. “Alma-chan Wants to Be a Family!” mistura humor situacional e ternura, abordando temas de família e aceitação.
📺 DAD IS A HERO, MOM IS A SPIRIT, I’M A REINCARNATOR | Crunchyroll
Esta fantasia de tons familiares traz um toque inusitado ao gênero isekai. A história apresenta Ellen, uma garotinha de 8 anos aparentemente comum, mas que carrega memórias extraordinárias: em sua vida anterior, ela era uma cientista no Japão contemporâneo. Agora renascida como meio-espírito num reino mágico, Ellen descobre que seus pais atuais são tudo menos ordinários – seu pai é Rovel, o lendário herói humano que salvou o país no passado, e sua mãe é Origin, a poderosa Rainha dos Espíritos da natureza. Criada por esses pais incomuns, a pequena protagonista logo manifesta habilidades únicas.
Embora tenha sido uma cientista na vida passada, Ellen vive agora imersa no mundo mágico e político da família real, que é marcada por uma teia de segredos, conspirações e desafios para proteger a felicidade familiar. A trama mostra Ellen lidando com relações familiares, incluindo a atenção e interesse de membros da realeza, entre eles um possível romance infantil com o príncipe herdeiro.
O anime promete combinar fantasia, emoção e comédia, explorando o crescimento da protagonista dentro de uma família poderosa e as tensões que envolvem sua herança e poderes. A produção adapta a série de light novels de Matsuura (iniciada como web novel) e é animada pelo estúdio J.C.Staff (de “Food Wars!” e “Toradora!”).
📺 MECHANICAL MARIE | Crunchyroll
A comédia romântica adapta o mangá de Aki Akimoto apresenta Marie, uma lendária artista marcial em um reino vitoriano steampunk. Cansada da vida de lutas, Marie decide pendurar as luvas e aceitar um emprego inusitado: tornar-se governanta na mansão de Arthur, um jovem duque recluso que odeia seres humanos. Porém, há um detalhe crucial: Arthur acredita ter contratado uma empregada mecânica, não uma mulher de carne e osso. Para proteger sua identidade (e manter o salário generoso), Marie finge ser um robô, aproveitando sua disciplina marcial para manter sempre uma expressão impassível digna de uma autômata perfeita.
Enquanto limpa, cozinha e organiza a mansão com eficiência sobre-humana, Marie também usa suas habilidades secretamente para frustrar sucessivas tentativas de assassinato contra Arthur, orquestradas por inimigos de olho em sua fortuna. Com a convivência diária, Arthur – marcado por traumas do passado e profundo desprezo pela humanidade – começa a desenvolver sentimentos por sua “Marie Mecânica”, fascinado pela suposta máquina de modos gentis que o protege incansavelmente. A situação se complica quando o duque percebe pequenas falhas “humanas” em sua criada (um sorriso furtivo aqui, uma opinião espontânea ali) e passa a desconfiar da verdadeira natureza dela. A animação dos estúdios Zero-G e Liber tem direção do lendário Junichi Yamamoto (“Urusei Yatsura”).
* Os lançamentos em VoD (Video on Demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Google TV, Claro TV+, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.