
Divulgação/Netflix
O que ver na semana: 25 novidades do streaming para assistir em casa
Tem "Superman" e "The Paper" na HBO Max, "Alice in Borderland" e "House of Guinness" na Netflix, "Slow Horses" na Apple TV+, "Marvel Zumbis" na Disney+, "A Hora do Mal" em VoD e mais
A programação de streaming desta semana destaca a chegada de “Superman” à HBO Max e o elogiado terror “A Hora do Mal” em VoD. Entre as séries, as atenções estão voltadas para novas temporadas de “Alice in Borderland” na Netflix e de “Slow Horses” na Apple TV+, além de estreias de novas produções, como a animação adulta “Marvel Zumbis” na Disney+, o drama de época “House of Guinness” na Netflix e a comédia “The Paper”, spin-off de “The Office” na HBO Max. Mas isto é só um resumo. A lista reúne 25 títulos entre os lançamentos que chegam até domingo, dia 28 de setembro, nas principais plataformas. Confira a seleção.
AGORA
🎞️ SUPERMAN | HBO Max
A nova encarnação do primeiro super-herói dos quadrinhos marca o pontapé inicial do novo universo cinematográfico da DC sob comando de James Gunn (diretor de “Guardiões da Galáxia”). Com produção da Warner Bros. e DC Studios, o filme traz de volta o icônico personagem em uma história inédita, agora focada em um Clark Kent de vinte e poucos anos encontrando seu lugar num mundo moderno.
O longa mescla a grandiosidade das aventuras de ação com um tom otimista e humanista. Gunn baseou-se em quadrinhos clássicos – como “All-Star Superman”, de Grant Morrison – para resgatar o espírito altruísta do herói: um defensor da verdade e da justiça que enfrenta uma sociedade cética sem abrir mão de sua essência generosa. Para isso, evitou refazer a origem já conhecida, preferindo mostrar o herói já ativo e equilibrando suas duas vidas. No enredo, Clark Kent (vivido por David Corenswet, de “Twisters”) trabalha como repórter no Planeta Diário em Metrópolis, enquanto secretamente atua como o Superman – um alienígena do planeta Krypton criado por uma família humana no interior do Kansas. A trama explora o conflito interno de Clark ao tentar conciliar suas raízes kryptonianas com os valores morais aprendidos na Terra.
A dinâmica romântica entre Clark e a colega Lois Lane (Rachel Brosnahan, de “A Maravilhosa Sra. Maisel”), uma jornalista brilhante e destemida, traz leveza e humanidade à trama, resultando em cenas de carisma e química que funcionam como âncora emocional do filme. A construção do antagonismo com Lex Luthor (Nicholas Hoult, de “X-Men: Fênix Negra”) é outro ponto alto. O embate é conduzido não só em nível físico, mas principalmente intelectual, questionando o lugar do Superman em uma sociedade cada vez mais polarizada. No centro da trama está o dilema ético que sempre definiu o herói: até que ponto alguém com poderes quase divinos deve intervir num mundo marcado por conflitos, interesses e guerras — e como manter sua integridade em meio à complexidade de um planeta tão dividido.
Apesar da abordagem criativa, o excesso de personagens e subtramas — especialmente ao tentar introduzir outros heróis do universo DC — resulta em alguns momentos de dispersão narrativa. Mesmo assim, a mensagem central permanece clara: “Superman” celebra a ideia de que a esperança e a integridade não perderam o valor que sempre tiveram, atualizando o legado do personagem e sua importância como inspiração para uma nova geração.
🎞️ AMORES MATERIALISTAS | VoD*
Após encantar o mundo com o drama romântico “Vidas Passadas”, a diretora sino-canadense Celine Song volta seu olhar para os dilemas do amor na era moderna. A comédia romântica se passa em Nova York, onde conexões humanas disputam espaço com ambições financeiras. Dakota Johnson (“Cinquenta Tons de Cinza”) protagoniza como Lucy, jovem casamenteira profissional que ajuda pessoas ricas a encontrarem seus pares perfeitos, enquanto busca firmar-se como artista plástica. Ironia do destino, Lucy experimenta mais romance arranjando encontros do que em sua própria vida amorosa. Mas isso logo muda.
Song usa tom leve e diálogos espertos para colocar essa “Emma” contemporânea no vértice de um triângulo amoroso com dois pretendentes: Nick, interpretado por Chris Evans (“Capitão América: O Primeiro Vingador”), ex-namorado dos tempos de faculdade, e Theo, vivido por Pedro Pascal (“Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”), cliente milionário e magnata da tecnologia. Quando Lucy se vê dividida entre esses dois pretendentes, “Amores Materialistas” vai além do clichê de “qual homem escolher” para dissecar expectativas e valores dos relacionamentos contemporâneos, onde dinheiro pode ser considerado um componente romântico. Com estética elegante e trilha sonora que vai do jazz ao pop, o filme capta o espírito dos relacionamentos em 2025, convidando o público a torcer, rir e refletir em um mundo obcecado por status e aparências.
🎞️ JOVENS AMANTES | VoD*
▶ Assista ao trailer
O drama nostálgico e autobiográfico dirigido pela atriz e cineasta Valeria Bruni Tedeschi traz memórias da década de 1980, quando ela foi aluna da célebre escola de teatro Les Amandiers, em Paris, sob a direção do lendário encenador Patrice Chéreau. A trama acompanha um grupo de jovens atores cheios de paixão, talento e inquietações que ingressam nesta escola para viver o sonho artístico. A produção esbanja autenticidade ao recriar a época – do figurino às músicas new wave –, acompanhando Stella (Nadia Tereszkiewicz, “A Última Rainha”) e seus colegas recém-admitidos na prestigiada escola de teatro. Sob a batuta intensa e imprevisível do diretor Patrice Chéreau (Louis Garrel, de “Adoráveis Mulheres”), eles mergulham de cabeça no universo das artes cênicas e testam seus limites criativos, enquanto fora do palco experimentam os primeiros amores, descobertas, excessos e tragédias típicas da juventude.
Stella rapidamente faz amizade com Etienne (Sofiane Bennacer) – um rapaz carismático por quem ela se apaixona perdidamente – e com Adèle (Clara Bretheau), François (Micha Lescot) e outros colegas que formam uma turma unida. Juntos, eles vivenciam intensamente cada emoção: as descobertas sexuais, o deslumbramento com a liberdade longe dos pais, o uso de drogas como parte do espírito transgressor da época e, inevitavelmente, a dor das perdas (o espectro da AIDS, que nos anos 1980 abalou a comunidade artística). Conforme o grupo monta uma encenação da peça “Platonov”, de Tchekhov, relacionamentos florescem e se rompem, surgem conflitos de ego, inseguranças quanto ao próprio talento e o confronto repentino com a mortalidade quando um dos colegas adoece.
Valeria Bruni Tedeschi, conhecida por dirigir dramas pessoais (“Um Castelo na Itália”), coloca muito de si em “Jovens Amantes”. Ela coescreveu o roteiro ao lado de Noémie Lvovsky e Agnès de Sacy, duas colegas da época que foram retratadas no filme sob nomes fictícios. Essa colaboração resultou em um tom de autenticidade tocante – várias cenas e diálogos saem diretamente das lembranças compartilhadas do trio de autoras. Além disso, muitas cenas são filmadas com câmera na mão, dando um caráter espontâneo e quase documental às sequências. O resultado são interpretações vivas e verdadeiras, com destaque para Nadia Tereszkiewicz, que transita da euforia à devastação com enorme verdade – atuação que lhe rendeu o prêmio César de Atriz Mais Promissora do ano -, enquanto Louis Garrel, ele próprio filho de artistas da época, funciona na tela como alter ego da velha guarda artística francesa.
🎞️ RUST | VoD*
O filme ficou conhecido mundialmente pelo acidente fatal ocorrido em seu set, quando a diretora de fotografia Halyna Hutchins morreu baleada por Alec Baldwin, durante o disparo de uma arma cenográfica carregada com munição de verdade em 2021. O tiro também feriu o diretor Joel Souza, que após se recuperar retomou a produção para concluir o longa em homenagem à cinematógrafa. O episódio gerou investigações criminais, processos e repercussão internacional. Antes mesmo de ser inocentado, Baldwin entrou em acordo com o viúvo de Halyna para terminar o projeto, com o objetivo de ajudar financeiramente o filho da diretora de fotografia.
Sob a sombra da tragédia, o western foi finalizado em 2024, com roteiro e direção de Joel Souza, que criou a história junto a Alec Baldwin. O ator interpreta Harland Rust, fora da lei que reaparece para libertar o neto Lucas (Patrick Scott McDermott, “Goosebumps”), condenado à forca por um assassinato acidental. A fuga coloca avô e neto no centro de perseguições por caçadores de recompensas e autoridades, enquanto enfrentam dilemas morais e segredos de família.
O elenco ainda reúne Travis Fimmel (“Vikings”), Frances Fisher (“Titanic”) e Josh Hopkins (“Falando a Real”). A crítica destacou a fotografia — que carrega a memória do trabalho interrompido de Hutchins — e a ambientação típica do faroeste, mas apontou fragilidades no ritmo e na força dramática, inevitavelmente permeadas pelo peso da tragédia real associada à sua filmagem.
🎞️ FILHOS | VoD*
O intenso drama psicológico marca o retorno do cineasta dinamarquês Gustav Möller, após sua estreia elogiadíssima com o thriller minimalista “Culpa” (2018). Desta vez, Möller conta uma história claustrofóbica ambientada no sistema prisional nórdico, comprovando sua habilidade em extrair tensão de situações limitadas. Selecionado para a competição oficial do Festival de Berlim 2024, onde concorreu ao Urso de Ouro, o filme confirmou o diretor como um dos novos expoentes do suspense europeu.
Sidse Babett Knudsen (“Borgen”) protagoniza a obra no papel de Eva Hansen, uma agente penitenciária idealista cuja vida vira do avesso quando descobre que o assassino de seu filho será transferido para a prisão onde trabalha. A premissa estabelece desde o início um dilema moral e emocional extremo, com a habitual economia narrativa e foco em atuações profundamente contidas que consagraram “Culpa”. Ao optar por trabalhar na ala mais perigosa – onde está o criminoso vivido pelo estreante Sebastian Bull –, Eva decide secretamente confrontar o homem responsável por sua perda. Dar Salim (“Game of Thrones”) interpreta Rami, colega de trabalho de Eva e uma figura pragmática que percebe a transformação da amiga conforme ela se envolve na situação de risco.
A cada encontro no corredor ou na cela, a protagonista testa os limites entre sua humanidade e a escuridão do ódio, numa espiral de tensão crescente em que qualquer passo em falso pode desencadear violência. Com 80% de aprovação no Rotten Tomatoes, “Filhos” mantém a tradição do cinema escandinavo de dissecar dilemas éticos em tramas envolventes.
🎞️ NA TEIA DA ARANHA | VoD*
A comédia metalinguística se passa nos anos 1970 em Seul e recria meticulosamente os bastidores de uma produção cinematográfica da época. Song Kang-ho, premiado ator de “Parasita”, vive Kim Yeol, um cineasta obcecado que acredita ter encontrado a ideia perfeita para melhorar seu filme já rodado, mas para isso precisa refilmar o final inteiramente. Convencido de que essa alteração transformará seu longa mediano em uma obra-prima, Kim reúne elenco e equipe em segredo no estúdio para, em apenas dois dias, refazer as cenas finais. Mas essa missão “simples” rapidamente descamba para um pandemônio hilário: interferências da censura governamental, egos de atores em conflito e absurdos logísticos convergem em um set onde tudo que pode dar errado efetivamente dá.
Sob a direção de Kim Jee-woon – aclamado cineasta de “Medo” e “Eu Vi o Diabo” – , a câmera segue Kim Yeol pelos corredores do estúdio, onde ele precisa driblar um fiscal do governo zeloso (pronto para banir qualquer cena “subversiva”) e ao mesmo tempo lidar com seu produtor, que ameaça cancelar tudo ao descobrir a filmagem não autorizada. O ambiente é quase claustrofóbico, com a ação situada majoritariamente dentro do estúdio de filmagem – um cenário ricamente detalhado que reproduz a estética setentista, de câmeras analógicas a cenários de papelão. Ao mesmo tempo, as cenas da obra fictícia que ele está dirigindo são apresentadas em preto e branco.
Esse filme dentro do filme é um melodrama gótico ambientado em uma mansão, com traições, assassinatos e uma gigantesca teia de aranha cenográfica, tudo filmado à moda antiga, com enquadramentos clássicos e atuações teatrais. A montagem brinca brilhantemente com essas camadas: muitas vezes, o caos do mundo real encontra eco nas cenas da ficção e vice-versa. Por exemplo, quando a atriz principal (Im Soo-jung, de “Tempo de Amar”) discute ferozmente com o diretor sobre mudanças no roteiro, vemos em paralelo sua personagem discutindo no cenário do filme em preto e branco – as falas se complementam de forma cômica e reveladora. Oh Jung-se (“Sweet Home”) completa o elenco central como o galã do filme fictício, que se mete em confusões ao tentar esconder da esposa (que aparece de surpresa no set) um affair com uma jovem estrela.
As situações beiram o absurdo: em certo momento, para despistar o censor, a equipe encena uma gravação falsa de um filme educativo, enquanto a verdadeira cena dramática é rodada às escondidas num canto escuro do estúdio. Essa sequência, hilária e tensa, mostra o virtuosismo do diretor em coreografar múltiplas ações simultâneas sem perder a clareza cômica. Além disso, as referências cinematográficas abundam. Kim Jee-woon homenageia diversos filmes sobre filmes, de “Crepúsculo dos Deuses” a “Ed Wood”.
🎞️ SADAKO VS. KAYAKO | VoD*
Até então inédito no Brasil, o J-horror de 2016 é o equivalente ao “Freddy vs. Jason” (2003) japonês. A prévia se passa numa casa mal-assombrada, onde ocorre o confronto entre os dois monstros femininos mais famosos do Japão: Sadako, a adolescente paranormal cuja morte assombra um vídeo maldito, e Kayako, espírito vingativo de uma dona de casa brutalmente assassinada por seu marido. Entre o público ocidental, Sadako é mais conhecida como Samara, sua versão americana na franquia “O Chamado”, enquanto Kayako manteve o nome no remake de “O Grito”.
A ideia do filme surgiu depois que um vídeo feito por fãs com cenas das duas franquias viralizou na internet, convencendo os estúdios, Kadokawa e Universal, de que seria uma boa ideia juntar as duas personagens.
As duas monstras, por sinal, continuam em plena atividade. Vale lembrar que Sadako descobriu a internet em “A Invocação 3D” (2012) e sua continuação de 2013, e ainda ganhou mais dois filmes depois do crossover – o mais recente é de 2022 – , enquanto Kayako voltou a atacar no reboot americano de “O Grito” (2019).
TERÇA
🎞️ A HORA DO MAL | VoD*
O novo terror escrito e dirigido por Zach Cregger, responsável por “Noites Brutais” (2022), começa com o misterioso desaparecimento simultâneo de 17 crianças da mesma classe em uma pequena cidade do interior. Todas sumiram às 2h17 da madrugada, sem sinais de sequestro ou invasão domiciliar. Desesperados por respostas, pais e autoridades se mobilizam para entender o que aconteceu naquela madrugada, enquanto paira a dúvida sobre quem (ou o quê) estaria por trás do sumiço coletivo.
Julia Garner (“Ozark”) vive a misteriosa Sra. Gandy, professora da classe das crianças desaparecidas, que se torna o centro das suspeitas e cuja busca por respostas se torna obsessiva. O elenco também destaca Josh Brolin (“Duna: Parte 2”) como o pai de um dos desaparecidos, que pressiona a professora em busca de uma explicação de por que somente os alunos dela sumiram. Figura de autoridade fragilizada, sua presença imponente é usada para desestabilizar, quase como efeito simbólico da dor que corrói sua família. Pra completar, Alden Ehrenreich (“Han Solo: Uma História Star Wars”) vive um policial local e Benedict Wong (“Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”) interpreta o administrador da escola.
O filme marca a volta de Zach Cregger como diretor e roteirista após sua estreia em “Noites Brutais” surpreender e liderar as bilheterias norte-americanas – o sucesso foi tanto que ele também está confirmado para comandar uma nova adaptação de “Resident Evil”. Inspirado por “Magnolia”, ele estrutura o roteiro em episódios cruzados, cada um centrado em um personagem. As convergências dos pontos de vista revelam histeria popular e dinâmicas de poder. Narrativamente, o filme funciona como uma crítica social: a cidade se fragmenta em especulações, teorias conspiratórias e linchamentos morais, refletindo o modo como tragédias reais são instrumentalizadas.
O filme atingiu 100% no Rotten Tomatoes nas primeiras avaliações, com elogios ao roteiro ousado, à edição que sustenta a tensão crescente e ao clímax perturbador. Um clássico moderno de terror.
🎞️ JUNE E JOHN | Prime Video
O cineasta francês Luc Besson – famoso por megaproduções de ação como “O Quinto Elemento” e “Lucy” – surpreende em seu retorno às telas, após vencer na Justiça uma acusação de abuso sexual. “June e John” é uma obra intimista que combina romance e aventura urbana com um toque de fantasia. Filmado de forma sigilosa durante a pandemia, inteiramente com um iPhone e orçamento enxuto, o longa representa um reencontro de Besson com suas raízes independentes e experimentais, evocando temas de seu elogiado “Angel-A” (2005).
O enredo acompanha John (Luke Stanton Eddy), um jovem preso na mesmice de um emprego sem futuro e dias previsíveis em Los Angeles, que tem a vida virada de cabeça para baixo ao conhecer June (Matilda Price), uma garota vibrante, destemida e um tanto excêntrica que parece determinada a viver cada dia como se fosse o último. Desde o primeiro encontro – um esbarrão fortuito numa noite inusitadamente deserta de LA – a conexão entre eles é elétrica. June arrasta John para fora de sua zona de conforto e, juntos, eles se lançam numa jornada desenfreada pela cidade, transgredindo regras e desafiando limites em nome de uma liberdade quase anárquica.
A sinopse evoca uma clássica história de amor rebelde, mas Besson a infunde com elementos de fábula moderna. John, acostumado à segurança tediosa, é imediatamente fascinado por June, cujo espírito livre beira o sobrenatural. Com cabelos tingidos de cores neon e um sorriso de quem guarda segredos, ela incorpora aquela figura do “anjo da desordem” que chega para despertar o protagonista. Os dois embarcam em uma série de aventuras pela madrugada: invadem uma piscina fechada para nadar sob a lua, dançam sozinhos na rua ao som de uma música imaginária e até pegam carona clandestina em um helicóptero de turismo que sobrevoa a cidade. Em meio a essas peripécias lúdicas, há também perigo real: June esconde problemas com a lei. Assim, o casal improvável se vê correndo não apenas para aproveitar cada segundo juntos, mas literalmente para escapar das autoridades, o que injeta tensão ao conto romântico. Quando o amanhecer se aproxima, “June e John” atinge seu clímax emotivo, que divide opiniões.
A fotografia em smartphone confere às cenas um ar documental e autêntico, como se estivéssemos acompanhando stories do Instagram de duas pessoas loucamente apaixonadas e insensatas. Besson abraça as limitações técnicas como vantagens criativas: planos tremidos e foco por vezes impreciso dão uma textura caseira que combina com a energia crua da história. Mas é a química entre os atores estreantes Matilda Price e Luke Stanton Eddy que compõe o alicerce emocional do filme.
QUARTA
📺 MARVEL ZUMBIS | Disney+
A nova animação da Marvel mergulha em um universo sangrento, marcado por violência explícita e batalhas brutais, no qual antigos heróis se transformam em monstros. A trama é derivada do episódio “What If… Zombies?!” da antologia “What If…?”, em que os Vingadores são contaminados por uma praga que os transforma em mortos-vivos. O enredo acompanha um grupo de sobreviventes que tenta encontrar uma forma de derrotar os super-heróis zumbis, enfrentando um cenário apocalíptico e arriscando a vida em busca de salvação para o planeta.
O elenco de vozes reúne diversos nomes já conhecidos do MCU, como Elizabeth Olsen (Wanda), Paul Rudd (Homem-Formiga), Florence Pugh (Yelena), David Harbour (Guardião Vermelho), Tessa Thompson (Valquíria), Simu Liu (Shang-Chi), Awkwafina (Katy), Hailee Steinfeld (Kate Bishop), Wyatt Russell (Agente Americano), Randall Park (Jimmy Woo), Iman Vellani (Ms. Marvel) e Dominique Thorne (Coração de Ferro).
A criação é assinada por Bryan Andrews e Zeb Wells, integrando a expansão da Marvel Animation.
📺 SLOW HORSES | Apple TV+
A série protagonizada por Gary Oldman (vencedor do Oscar por “O Destino de uma Nação”) é baseada na coleção literária “Slough House” de Mick Herron sobre um grupo de agentes rejeitados da inteligência britânica, alocados em um departamento de pouca importância devido a falhas graves em suas carreiras. Sob a liderança do irascível Jackson Lamb (Oldman), a equipe desacreditada navega pelo submundo da espionagem em missões inesperadas para recuperar sua reputação.
A 5ª temporada adapta o livro “London Rules”, que começa com uma série de atentados que sacodem Londres ao mesmo tempo em que Roddy Ho (Christopher Chung) se vê num romance inesperado, o que desperta desconfiança entre seus colegas. Enquanto Lamb tenta manter o controle da Slough House, as tensões internas aumentam com jogos de poder, conspirações políticas e o peso do passado de alguns membros da equipe.
Além de Gary Oldman, o elenco reúne outros nomes de peso como Jack Lowden (“Dunkirk”), Kristin Scott Thomas (“Suite Francesa”), Saskia Reeves (“Wolf Hall”), Rosalind Eleazar (“Que Falta Você Me Faz”), Christopher Chung (“Blitz”), Aimee-Ffion Edwards (“Peaky Blinders”), Ruth Bradley (“Ted Lasso”), James Callis (“Battlestar Galactica”), Tom Brooke (“Preacher”) e Jonathan Pryce (“Dois Papas”), todos retornando nos novos capítulos. Entre as novidades, Nick Mohammed (“Ted Lasso”) aparece como Zafar Jaffrey, político ambicioso com papel de destaque. A série já está renovada para a 6ª temporada.
📺 THE HUNTING PARTY | Universal+
A nova série policial acompanha uma força-tarefa criada para caçar os serial killers mais perigosos dos Estados Unidos, que escaparam de uma prisão ultrassecreta de segurança máxima. Cada episódio apresenta a perseguição a um novo alvo, enquanto os agentes também lidam com dilemas pessoais e rivalidades internas. A estrutura mistura o ritmo de um procedural policial (o caso da semana) com uma narrativa mais contínua, que revela gradualmente as conexões entre os fugitivos e os próprios membros da equipe.
A produção investe em sequências de ação realistas com câmera ágil e foco em tensão psicológica. O elenco é liderado por Melissa Roxburgh (“Manifesto”) como a agente Rebecca “Bex” Henderson, ex-criminóloga do FBI com experiência em investigações de alto risco. Além da tensão da missão, Bex precisa lidar com a parceria forçada com o ex-namorado Oliver Odell (Nick Wechsler, “Revenge”). O elenco também reúne Patrick Sabongui (“The Flash”), Josh McKenzie (“LaBrea”), Matt Frewer (“Orphan Black”), Kari Matchett (“O Agente Noturno”) e Zabryna Guevara (“Hospital New Amsterdam”).
📺 HOTEL COSTIERA | Prime Video
Conhecido como o Dr. Jackson Avery de “Grey’s Anatomy”, o ator Jesse Williams troca o jaleco por trajes de verão nesta produção de ação e turismo passada na Costa Amalfitana. Ele interpreta Daniel de Luca, fuzileiro naval ítalo-americano que retorna à Itália para trabalhar em um hotel de luxo em Positano. Na história, Daniel é contratado como “fixer” do Hotel Costiera e também para investigar o desaparecimento de Alice, filha do dono do estabelecimento. Enquanto trabalha com hóspedes ricos e enigmáticos, mergulha em uma sequência de conflitos que incluem perseguições, tiroteios e conspirações que colocam sua vida em risco.
Apesar de resolver problemas, sua presença não é muito bem aceita no local, especialmente pela gerente do hotel (Maria Chiara Giannetta, “Don Matteo”) e por viajantes que escondem segredos. O elenco ainda conta com Jordan Alexandra (“O Rei do Inverno”), Jean-Hugues Anglade (“A Rainha Margô”), Tommaso Ragno (“O Processo”), Alejandra Onieva (“Alto Mar”), Sam Haygarth (“Jojo Rabbit”) e Antonio Gerardi (“Sara: A Mulher nas Sombras”).
Além de protagonizar, Jesse Williams também assina a produção executiva. A criação parte de uma ideia de Luca Bernabei (“DOC – Uma Nova Vida”) e conta com direção de Adam Bernstein, vencedor do Emmy por “Um Maluco na TV”, e Giacomo Martelli (“DOC – Uma Nova Vida”). As gravações foram realizadas em locações reais na Itália.
📺 A HÓSPEDE | Netflix
Dos mesmos criadores de “A Rainha do Tráfico”, Lina Uribe e Dario Vanegas, a série colombiana de suspense sexual e psicológico gira em torno de um casal que tenta reconstruir o casamento após uma traição, mas tem sua rotina e estabilidade ameaçadas quando uma mulher misteriosa do passado da esposa aparece de surpresa em sua casa. Silvia, já fragilizada pelo quase rompimento com Lorenzo, vive também os conflitos de sua filha Isabela, que enfrenta dependência química. A visita inesperada de Sonia desencadeia uma série de tensões, ao se insinuar sexualmente não para Lorenzo, mas para a amiga muito íntima, com uma agenda secreta que pode minar completamente a vida do casal.
A narrativa se estrutura num jogo de segredos, ciúmes e manipulações, em que nada é o que parece. A atmosfera carrega ambiguidade constante: Sonia alterna entre gestos de amizade, sedução e ações que sugerem vingança; Lorenzo luta para manter sua imagem pública como candidato a procurador-geral enquanto enfrenta o colapso privado; Silvia oscila entre culpa, lealdade e desejo de seguir em frente.
A produção é estrelada por duas das atrizes mais populares da Colômbia, Carmen Villalobos e Laura Londoño, ambas de “Café com Aroma de Mulher”, além de Jason Day (“O Imortal”).
🎞️ NAS TERRAS PERDIDAS | Prime Video
Inspirado em conto de George R.R. Martin (autor da obra que inspirou “Game of Thrones”), o filme se passa em um futuro pós-apocalíptico, onde uma rainha contrata uma feiticeira para atravessar regiões devastadas em busca de um poder lendário: a habilidade de se transformar em lobisomem. Acompanhada por um mercenário, ela enfrenta criaturas e armadilhas em uma jornada por territórios inóspitos conhecidos como Terras Perdidas. A narrativa mistura fantasia, ação e elementos de fábula sombria, com ambientações que evocam desertos abandonados, cidades em ruínas e construções ancestrais.
A direção é de Paul W.S. Anderson, que retoma a parceria com sua esposa, a atriz Milla Jovovich, após a franquia “Resident Evil” e o recente “Monster Hunter”. Jovovich interpreta a feiticeira Gray Alys com frieza calculada e presença física, enquanto Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”) assume o papel de seu aliado relutante, Boyce, num tom mais introspectivo que o habitual. Arly Jover (“Malaterra”) aparece como a antagonista, uma inquisidora determinada a impedir que o poder da transformação se concretize.
O roteiro adapta livremente o conto original e acrescenta novos personagens e arcos dramáticos. O visual aposta em efeitos digitais para representar criaturas fantásticas e paisagens desoladas, mantendo a estética carregada e artificial típica das produções de Anderson. Também como de praxe para os lançamentos do diretor, a recepção crítica foi majoritariamente negativa – apenas 24% de aprovação.
QUINTA
📺 ALICE IN BORDERLAND | Netflix
O thriller distópico japonês fez enorme sucesso ao trazer o popular conceito “isekai” dos mangás para uma produção live-action. Como todo isekai, a trama mostra personagens transportados para um mundo paralelo, o que geralmente acontece após a morte nos quadrinhos e animes. A nova dimensão, Borderland, é exatamente igual a Tóquio, mas habitada apenas por pessoas transportadas, que precisam participar de jogos mortais para continuarem vivas. Ao final da 2ª temporada, os espectadores descobriram que todos os personagens habitavam um limbo, onde lutavam para viver após a queda de um meteoro destruir o centro da Tóquio real, matando centenas de pessoas. Os sobreviventes da catástrofe revelam-se, ao final, exatamente os que conseguiram sobreviver aos jogos, acordando num hospital sem memórias de suas vidas e relacionamentos no outro mundo.
Este desfecho é também como o mangá de Haru Aso termina. Mas a série fez tanto sucesso que, apesar de já adaptada integralmente nas duas primeiras temporadas, ganhou continuação num arco inédito, batizado de “Joker”. Além de uma nova história, a 3ª temporada também permitiu a inclusão de cenas dos quadrinhos não aproveitadas anteriormente, como uma sequência de ataque com milhares de flechas flamejantes, recriada em live-action graças ao aumento do orçamento e ao uso de efeitos visuais avançados.
A série mantém a direção de Shinsuke Sato e amplia o escopo da narrativa ao recolocar Arisu (Kento Yamazaki) e Usagi (Tao Tsuchiya) de volta no universo letal conhecido como Borderland. Após o sequestro de Usagi por um estudioso obcecado pelo pós-vida, os dois são forçados a encarar desafios ainda mais perigosos que aqueles que superaram, desta vez separados em equipes distintas. Entre as novidades, Kento Kaku (“House of Ninjas”) se junta ao elenco como Ryuji, personagem que explora teorias sobre o além-vida e guia Usagi em meio ao novo ciclo de provas.
📺 THE PAPER | HBO Max
Spin-off oficial de “The Office”, a nova comédia com formato de mockumentary acompanha a equipe de um jornal decadente do Meio-Oeste americano e marca o retorno de Oscar Nuñez como o contador mal-humorado Oscar Martinez. O personagem é responsável por fazer a conexão com a série clássica, e reage com indignação ao descobrir que está sendo filmado novamente pela mesma equipe de documentaristas que o seguiu durante anos enquanto trabalhava na Dunder Mifflin.
A trama se passa na redação do fictício jornal Toledo Truth Teller e gira em torno dos esforços do novo editor-chefe Ned Sampson (Domhnall Gleeson, de “Star Wars: A Ascensão Skywalker”) para reerguer a publicação, que divide escritório com uma fábrica de papel higiênico. Entre suas dificuldades estão os cortes orçamentários e uma equipe desastrosa de redatores que nunca escreveram para um jornal.
O elenco inclui Sabrina Impacciatore (“The White Lotus”), Chelsea Frei (“A Faxineira”), Melvin Gregg (“Nove Desconhecidos”), Gbemisola Ikumelo (“Uma Equipe Muito Especial”), Alex Edelman (“A Batalha do Biscoito Pop-Tart”), Ramona Young (“Eu Nunca…”) e Tim Key (“Mickey 17”).
A criação é de Greg Daniels, responsável pela adaptação americana de “The Office”, em parceria com Michael Koman, coautor de “Nathan for You”. Ambos atuam como showrunners, roteiristas e produtores executivos. Além deles, a produção ainda conta com o envolvimento de Ricky Gervais e Stephen Merchant, criadores da versão original britânica de “The Office”.
📺 HOUSE OF GUINNESS | Netflix
A nova série de época de Steven Knight, criador de “Peaky Blinders”, é ambientada em Dublin no século 19 e mostra os desdobramentos da morte de Sir Benjamin Guinness em meio à expansão da cervejaria que leva seu nome. A narrativa acompanha os quatro filhos do patriarca diante de uma disputa de sucessão que expõe segredos e ambições. Arthur Guinness, vivido por Anthony Boyle (“Mestres do Ar”), e Edward Guinness, interpretado por Louis Partridge (“Enola Holmes”), assumem o controle dos negócios da família. Já Ben (Fionn O’Shea, de “Normal People”) e Anne Plunket Guinness (Emily Fairn, de “Mary & George”) são excluídos da herança, o que intensifica rivalidades e provoca uma guerra interna.
O enredo se desenvolve em paralelo a mudanças políticas e sociais, como a luta pela independência da Irlanda, fazendo com os conflitos familiares se entrelacem ao cenário turbulento da época.
Com oito episódios, a produção foi rodada em locações na Irlanda e nos Estados Unidos e seu elenco também traz James Norton (“Adoráveis Mulheres”), Dervla Kirwan (“True Detective: Terra Noturna”), Jack Gleeson (“Game of Thrones”), Niamh McCormack (“Everything Now”), Danielle Galligan (“Sombra e Ossos”), Ann Skelly (“The Nevers”), Seamus O’Hara (“Blue Lights”), Michael McElhatton (“Game of Thrones”), David Wilmot (“Station Eleven”), Michael Colgan (“Say Nothing”), Jessica Reynolds (“Kneecap”), Hilda Fay (“The Woman in the Wall”) e Elizabeth Dulau (“Andor”).
📺 DESOBEDIENTES | Netflix
A nova produção criada e estrelada por Mae Martin é bem diferente da dramédia autobiográfica “Feel Good”, que tornou a artista não binária conhecida do grande público. A minissérie de suspense começa quando Alex Dempsey (Martin), policial recém-chegado, se muda com sua esposa grávida Laura (Sara Gadon, “A Grande Viagem da Sua Vida”) para Tall Pines, cidade natal dela. Na cidade fica a Tall Pines Academy, uma escola para adolescentes considerados “problemáticos” — Laura frequentou o local na juventude. Logo após a mudança, Alex descobre sinais de que algo está muito errado: adolescentes tentando fugir, desaparecimentos suspeitos, e mistérios escondidos dentro da instituição.
Toni Collette (“Hereditário”) interpreta Evelyn Wade, fundadora da academia, que promete métodos de reabilitação baseados em autorreflexão — mas que parecem esconder práticas mais sombrias. Duas estudantes vividas por Sydney Topliffe (“Davey & Jonesie’s Locker”) e Alyvia Alyn Lind (“Chucky”) tornam-se personagens centrais ao tentarem escapar da instituição e expor os segredos que Evelyn e a escola vêm guardando. Ao longo de oito episódios, a trama explora os segredos obscuros da Tall Pines Academy e o poder de manipulação exercido por Evelyn Wade num ciclo de medo e controle. O elenco ainda inclui Patrick J. Adams (“Suits”), Brandon Jay McLaren (“Snowfall”) e Patrick Gallagher (“Big Sky”).
📺 CHICO ANYSIO: UM HOMEM À PROCURA DE UM PERSONAGEM | Globoplay
A serie documental revisita em 5 episódios a vida de Chico Anysio, figura central do humor brasileiro, explorando não apenas seu sucesso como comediante, mas também suas contradições, relações pessoais, dificuldades financeiras e a relação com outros artistas ao longo de sua carreira.
A produção examina o processo de criação de personagens icônicos como Professor Raimundo e Alberto Roberto, bem como os bastidores de suas escolhas artísticas. Narrativas pessoais sobre amores, perdas e superação se entrelaçam aos relatos de colegas de palco, familiares e especialistas do humor. A direção é de Bruno Mazzeo (“Cilada”), um dos filhos do comediante.
SEXTA
🎞️ BIRD | Mubi
O novo drama de Andrea Arnold, cineasta britânica ligada a narrativas de forte impacto social, acompanha Bailey (Nykiya Adams), uma menina de 12 anos que vive com o pai Bug (Barry Keoghan, “Saltburn”) e o meio-irmão Hunter em uma ocupação no norte de Kent, na Inglaterra. A rotina dura, marcada por negligência e incertezas, muda quando ela conhece Bird (Franz Rogowski, “Undine”), figura enigmática que aparece como uma presença quase mística e altera sua forma de enxergar o mundo.
O filme explora a puberdade de Bailey, sua busca por identidade e espaço próprio em meio ao caos familiar, à violência social e à urgência de sonhos que ultrapassam barreiras, retomando elementos de “Fish Tank” (2009), premiado em Cannes pelo retrato cru da adolescência, e “American Honey” (2016), road movie com elenco jovem e registros quase documentais. Assim como nesses trabalhos anteriores, Arnold investe em câmera na mão, intimidade com os atores e ambientações realistas para capturar o crescimento de protagonistas em situação de vulnerabilidade. Em “Bird”, esse naturalismo ganha contornos de fábula, ao introduzir nuances de realismo mágico na relação da jovem com o personagem título.
A fotografia reforça essa mescla de dureza social e lirismo, em imagens que oscilam entre a precariedade cotidiana e momentos de contemplação poética. Depois da première elogiadíssima no Festival de Cannes, o longa foi indicado a prêmios da Academia Britânica (BAFTA, o Oscar britânico) e da Academia Europeia de Cinema.
🎞️ MANTIS | Netflix
O filme de ação sul-coreano é um spin-off do elogiado “Kill Boksoon” ambientado no universo dos assassinos profissionais. Desenvolvido por Byun Sung-hyun, diretor do sucesso frenético de 2023 da Netflix, “Mantis” mostra Han-ul (Im Si-wan), um matador de elite que retorna de um período afastado para descobrir que o mundo clandestino de contratos letais está em desordem, com facções rivais disputando influência. Ele reencontra sua antiga rival de treinamento, Jae-yi (Park Gyu-young), e seu ex-mentor Dok-go (Jo Woo-jin), numa disputa violenta pela liderança do mercado. Como as regras que mantinham o submundo organizado desapareceram, cada eliminação, traição ou acordo se transforma em passo decisivo na escada brutal pela sobrevivência ao se tornar número um.
As cenas de ação seguem o mesmo padrão de violência estilizada e coreografias de confrontos intensos que consagraram “Kill Boksoon”, explorando tiroteios, emboscadas e lutas corpo a corpo em ritmo acelerado.
🎞️ CÓDIGO PRETO | Prime Video
O diretor Steven Soderbergh (“Contágio”) assina um thriller de espionagem sobre os limites entre lealdade pessoal e dever patriótico. A trama acompanha os agentes de inteligência George Woodhouse e sua esposa Kathryn St. Jean, cuja vida matrimonial equilibrada é abalada quando Kathryn se torna a principal suspeita de vazar informações confidenciais. George enfrenta o dilema de manter sua lealdade ao casamento ou ao país.
O elenco destaca Michael Fassbender (“X-Men: Fênix Negra”) e Cate Blanchett (“Borderlands”) nos papéis principais e ainda conta com Pierce Brosnan, que retorna ao gênero de espionagem após mais de duas décadas desde sua última atuação como James Bond. Com um visual elegante e temperado com humor ácido, “Código Preto” segue a fórmula dos clássicos de espionagem ao permitir que suas estrelas brilhem na tela.
O roteiro é assinado por David Koepp, conhecido por trabalhos como “Jurassic Park” e “Missão: Impossível”, que volta a trabalhar com Soderbergh após outro thriller, “Kimi: Alguém Está Escutando”, lançado há apenas três anos. Com ótima recepção crítica, o filme alcançou 91% de aprovação no Rotten Tomatoes, com elogios às performances e à direção.
🎞️ FRENCH LOVER | Netflix
A comédia romântica francesa traz Omar Sy (“Lupin”) como Abel Camara, ator consagrado pelo público, que vive uma fase de descontentamento interior ao cruzar caminhos com Marion (Sara Giraudeau, “Os Tradutores”), garçonete em dificuldades, numa história que mistura charme e humor em Paris. Enquanto Abel tenta conciliar sua vida pessoal com a imagem pública de glamour, Marion navega entre uma vida modesta e frustrações cotidianas, cabendo a personagens secundários ampliar os dilemas de identidade, classe social e o desejo de recomeço dos dois.
O primeiro longa dirigido por Lisa-Nina Rives (diretora de terceira unidade de “Lupin”) explora o contraste entre o brilho dos holofotes e a simplicidade da vida comum, questionando até que ponto o sucesso público pode inflar as próprias inseguranças. A fotografia de locais de cartão postal de Paris reforça o romantismo.
DOMINGO
📺 BILLY THE KID | MGM+
Um dos fora-da-lei mais jovens e famosos do Velho Oeste tem sua história contada desde seus primeiros dias como cowboy na fronteira americana, passando por seu papel fundamental na Guerra do Condado de Lincoln até a morte num duelo com o xerife Pat Garrett, tema da 3ª e última temporada.
Nos capítulos finais, a atmosfera se torna sombria e tensa, com confrontos armados, traições políticas e emboscadas compondo a narrativa. Billy encara não apenas inimigos externos — como a perseguição de Garrett e seus aliados — mas também as consequências da reputação que construiu, questionando até onde vale seguir lutando quando o fim parece inevitável.
A série foi desenvolvida por Michael Hirst, criador de “Vikings”, e traz o britânico Tom Blyth (“Benediction”) no papel principal. Após o lançamento da 1ª temporada na Paramount+ em 2023, o western se mudou para a MGM+, onde agora conclui sua história – e onde pode ser vista desde o início com todos os episódios já disponibilizados. Por sinal, os primeiros capítulos foram dirigidos pelo cineasta Otto Bathurst (“Robin Hood: A Origem”), que deu à série um visual cinematográfico seguido pelos demais diretores da atração.
* Os lançamentos em VoD (Video on Demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Google TV, Claro TV+, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.