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TV|24 de setembro de 2025

Jimmy Kimmel volta ao ar e dispara: “Silenciar comediante que o presidente não gosta é antiamericano”

Apresentador retomou seu talk show na noite de terça após suspensão e criticou Donald Trump por ameaças contra a liberdade de expressão


Pipoque pelo Texto ocultar
1 Um retorno aclamado
2 No ar, mas não em todo lar
3 Explicações abrem a noite
4 “Isso não é americano, é antiamericano”
5 Referências e solidariedade
6 Repercussão em Hollywood
7 Trump ataca no Truth Social
8 Esquetes e convidados

Um retorno aclamado

Jimmy Kimmel retomou o comando de “Jimmy Kimmel Live!” na noite de terça (23/9), após a rede americana ABC suspender temporariamente o programa por conta de comentários sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. O apresentador foi recebido com aplausos e gritos de “Jimmy! Jimmy!” que se estenderam por vários minutos, antes que ele pudesse iniciar seu monólogo de abertura, dedicado a agradecer os apoiadores e criticar quem pediu seu cancelamento.

No ar, mas não em todo lar

O episódio foi exibido em emissoras afiliadas da ABC que cobrem cerca de 75% do país, mas as redes Nexstar e Sinclair mantiveram a decisão de não retransmitir o talk show em mais de 60 emissoras, incluindo mercados como Washington e Seattle, num boicote contra o apresentador por insinuar que o assassino de Kirk era conservador e armamentista como o movimento MAGA.

As redes reagiram horas depois que Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), ameaçou investigar e até revogar licenças de afiliadas que continuassem exibindo o programa. Nexstar busca aprovação para fusão com a Tegna e Sinclair também tem interesse em aquisições, ambos dependendo do aval da FCC.

Explicações abrem a noite

O apresentador se emocionou ao falar da repercussão e pediu compreensão: “Eu tenho ouvido muito sobre o que eu deveria dizer e fazer esta noite. Não acho que vá fazer muita diferença — você gosta de mim ou não gosta. Não vou mudar a opinião de ninguém. Mas quero deixar algo claro porque é importante para mim como ser humano que vocês entendam que nunca foi minha intenção fazer piada com o assassinato de um jovem. Não acho que haja nada de engraçado nisso… Nem foi minha intenção culpar um grupo específico pelas ações de um indivíduo claramente perturbado. Isso era o oposto do que eu tentava dizer, mas entendo que para alguns soou inoportuno ou confuso ou talvez ambos. Para aqueles que pensam que apontei o dedo, eu entendo por que vocês ficaram chateados — se a situação fosse inversa, é bem provável que eu sentisse o mesmo.”

“Isso não é americano, é antiamericano”

Em seguida, Kimmel denunciou os efeitos da pressão do governo: “O direito à liberdade de expressão é algo que eu considerava garantido até que tiraram meu amigo Stephen [Colbert] do ar e tentaram forçar as afiliadas que transmitem nosso programa nas cidades onde vocês vivem a tirar meu talk show do ar. Isso não é legal, não é americano. Isso é antiamericano.”

Ele criticou diretamente Donald Trump pelas ameaças: “O presidente deixou muito claro que quer me ver e as centenas de pessoas que trabalham aqui serem demitidos. Nosso líder comemora americanos perdendo seus empregos porque ele não aguenta uma piada. Ele conseguiu de alguma forma tirar Colbert da CBS, depois voltou seus olhos para mim e agora está torcendo abertamente para que a NBC demita Jimmy Fallon e Seth Meyers e os centenas de americanos que trabalham em seus programas que não ganham milhões de dólares. Espero que se isso acontecer, ou se houver até um sinal de que vai acontecer, vocês sejam dez vezes mais barulhentos do que foram esta semana. Precisamos falar.”

Referências e solidariedade

Kimmel evocou nomes da comédia ao analisar a situação: “Eu nunca imaginei que estaria em uma situação como esta, mas uma coisa que aprendi com Lenny Bruce, George Carlin e Howard Stern é que uma ameaça do governo para silenciar um comediante que o presidente não gosta é antiamericano. Estou tão feliz que tenhamos alguma solidariedade sobre isso na direita e na esquerda e aqueles no meio como Joe Rogan. Talvez a parte boa seja que encontramos uma coisa em que podemos concordar, e talvez encontremos outra.”

Ele se emocionou ao citar a postura de Erika Kirk, viúva do ativista assassinado: “Isso é um exemplo que devemos seguir. Se você acredita nos ensinamentos de Jesus como eu acredito, lá estava. É isso — um ato altruísta de graça, perdão de uma viúva em luto. Isso me tocou profundamente. Se há algo a ser tirado desta tragédia, espero que seja isso e não mais disso [autoritarismo].”

Repercussão em Hollywood

A suspensão provocou reação imediata na comunidade criativa. Cerca de 400 atores, cineastas, roteiristas e músicos assinaram uma carta da American Civil Liberties Union (ACLU) criticando a medida como ataque à liberdade de expressão. Kimmel recebeu apoio de colegas de talk shows, sindicatos de Hollywood, de político, incluindo Barack Obama, e até do ex-CEO da Disney Michael Eisner. Nas redes sociais, houve campanha de cancelamento de assinaturas dos serviços de streaming da Disney para pressionar pela volta do programa, e as ações do estúdio despencaram na bolsa de valores.

Republicanos como os senadores Rand Paul e Ted Cruz também defenderam que a FCC não deve interferir na liberdade política de expressão. Trump ficou sozinho com seus burocratas tentando manter o programa fora do ar.

Trump ataca no Truth Social

Após a transmissão, o presidente americano reagiu no Truth Social, reclamando da volta de Kimmel e ameaçando a rede ABC com sanções: “Não acredito que a ABC Fake News devolveu o emprego de Jimmy Kimmel. A Casa Branca foi informada pela ABC que o show dele estava cancelado! Ele é mais um braço do Partido Democrata e, até onde sei, isso seria uma grande Contribuição Ilegal de Campanha. Acho que vamos testar a ABC nisso. Vamos ver como nos saímos. Da última vez que fui atrás deles, me deram US$ 16 milhões. Este parece ainda mais lucrativo. Um verdadeiro bando de perdedores! Deixem Jimmy Kimmel apodrecer em sua má audiência.”

A referência de Trump aos US$ 16 milhões diz respeito ao acordo da Disney em um processo por difamação movido contra a ABC e George Stephanopoulos, após este ter dito incorretamente em março de 2024 que o presidente havia sido considerado “culpado de estupro” por um júri. No processo civil movido por E. Jean Carroll, o júri decidiu pela responsabilidade de Trump por abuso sexual e difamação, não por estupro.

Esquetes e convidados

Na volta ao ar, Kimmel apresentou uma esquete com Robert De Niro interpretando o novo chefe da FCC em tom de mafioso e recebeu Glen Powell e Sarah MacLachlan como convidados. Durante a entrevista, a cantora anunciou que cancelou apresentações programadas em um documentário da ABC em protesto após a suspensão de Kimmel, “em apoio à liberdade de expressão”.

A ABC publicou o episódio no YouTube pouco após a exibição, e o vídeo alcançou quase 9 milhões de visualizações em 8 horas.

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