
Instagram/Midia Ninja
Chico, Caetano e Gil vão participar de atos contra PEC da Blindagem e PL da anistia
Protestos foram convocados para domingo em 16 capitais com apoio de artistas, políticos e movimentos sociais
Artistas se unem a protestos contra o Congresso
Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque vão participar dos atos marcados para domingo (21/9) em pelo menos 16 capitais contra a PEC da Blindagem e o PL da anistia. Uma arte criada pela Mídia Ninja e compartilhada pelos três artistas confirmou suas presenças num “ato musical” em Copacabana, no Rio.
Em vídeo publicado nas redes, Caetano declarou: “A PEC da Bandidagem tem que receber da sociedade brasileira uma resposta saudável, uma manifestação de que grande parte da população brasileira não admite um negócio desse”.
Quem mais apoia as manifestações?
A mobilização é organizada por movimentos sociais como a Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo e ganhou apoio de artistas, parlamentares e entidades civis. Entre os nomes da música, Anitta também manifestou adesão. No campo político, Guilherme Boulos e Erika Hilton, ambos do PSOL-SP, confirmaram presença.
Boulos reforçou a crítica à anistia: “Não permitiremos que ninguém seja recompensado por atentar contra o país. Vai ter luta”.
Como está a percepção sobre o Congresso?
O desgaste das propostas ocorre em meio a índices de rejeição elevados ao Congresso. Levantamento do Datafolha apontou que apenas 18% da população considera o trabalho de deputados e senadores bom. Já a pesquisa da Nexus mostrou que 55% desaprovam a atuação do Congresso. Ambos foram feitos antes da votação das medidas mais polêmicas, que ampliaram a insatisfação popular.
O que prevê a PEC da Blindagem?
A proposta aprovada pela Câmara em dois turnos — 353 votos a 134 e 344 a 133 — limita investigações do STF contra parlamentares e líderes partidários. Caso avance no Senado, deputados e senadores só poderão ser processados criminalmente com autorização das próprias Casas, e prisões também dependerão de aval da maioria absoluta, e tudo isso com voto secreto. Para completar, presidentes nacionais de partidos com representação no Congresso também ganhariam foro privilegiado.
E como está o projeto de anistia?
A Câmara ainda aprovou urgência para a análise do PL da anistia, que deve reduzir penas de envolvidos em atos golpistas. O relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), disse que uma anistia ampla “é impossível”, mas admitiu negociações para flexibilizar punições. Entretanto, politicos do PL não admitem uma anistia que não contemple liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.