
Divulgação/Universal Pictures
Relançamento de “Tubarão” surpreende e supera todas as estreias da semana nas bilheterias dos EUA
Clássico de Steven Spielberg arrecadou quase US$ 10 milhões no feriado de Dia do Trabalho e ficou à frente dos lançamentos inéditos
Clássico volta a abocanhar bilheterias
Cinco décadas após seu lançamento original, “Tubarão” voltou às telas dos Estados Unidos e mostrou fôlego de blockbuster. A reestreia do filme de Steven Spielberg arrecadou estimados US$ 9,8 milhões no feriado prolongado de Dia do Trabalho, superando todas as estreias inéditas da semana.
O impacto histórico de “Tubarão”
Lançado originalmente em 1975, “Tubarão” é considerado o filme que inaugurou o conceito moderno de blockbuster. Com uma estratégia de marketing inédita, que incluiu trailers de televisão em escala nacional e produtos licenciados, o longa provou a força do período de férias escolares para grandes lançamentos. A combinação de suspense, espetáculo e apelo popular fez dele o filme de maior bilheteria da época e transformou Spielberg em referência global. O filme foi um fenômeno tão grande que deixou uma geração apavorada de ir à praia, mas principalmente mudou para sempre os calendários de lançamentos de Hollywood, que passaram a privilegiar o verão americano como período das principais estreias comerciais.
O feito de arrecadar quase US$ 10 milhões em uma reestreia mostra não apenas o peso do nome, mas também a permanência de sua influência cultural, capaz de rivalizar com produções inéditas cinco décadas depois. Poucos clássicos conseguem esse tipo de desempenho ao retornarem ao circuito comercial.
“A Hora do Mal” mantém liderança geral
Apesar do desempenho impressionante do clássico, o 1º lugar continuou com “A Hora do Mal”, que faturou US$ 10,2 milhões entre sexta e domingo e US$ 12,4 milhões no acumulado até segunda. O terror de Zach Cregger já soma US$ 134,6 milhões nos EUA e US$ 250 milhões no mundo, contra um orçamento de apenas US$ 38 milhões. O título se consolida como mais um sucesso da Warner Bros. em 2025, que também lançou neste ano “Um Filme Minecraft”, “Pecadores”, “Premonição 6: Laços de Sangue”, “F1” e “Superman”, todos líderes de bilheterias.
Estreias não alcançam expectativas
“Ladrões”, da Sony, estreou em 3º lugar com US$ 7,8 milhões no fim de semana e US$ 9,5 milhões no feriado. Dirigido por Darren Aronofsky e estrelado por Austin Butler (“Elvis”) e Zoe Kravitz (“Batman”), o filme custou US$ 40 milhões e recebeu avaliação positiva da crítica (84% no Rotten Tomatoes), mas público regular no CinemaScore deu nota “B”.
Na sequência, “Sexta-Feira Mais Louca Ainda”, continuação de “Sexta-Feira Muito Louca” (2003), fez US$ 6,5 milhões no fim de semana e US$ 8,3 milhões no feriado, somando mais de US$ 80 milhões nos EUA e US$ 130 milhões mundialmente.
“Os Roses: Até que a Morte os Separe” fecha o Top 5
A produção da Searchlight/Disney “Os Roses: Até que a Morte os Separe” estreou em 5º lugar, com US$ 6,4 milhões no fim de semana e US$ 8 milhões no feriado. Dirigida por Jay Roach, a comédia sombria traz Benedict Cumberbatch e Olivia Colman como um casal bem-sucedido que trava uma guerra brutal ao decidir se divorciar. A crítica foi reticente (64% no Rotten Tomatoes), mas o público reagiu melhor, atribuindo nota “B+” no CinemaScore.
O longa é baseado no romance “A Guerra dos Roses”, de 1981, que já havia inspirado o filme homônimo de 1989 estrelado por Michael Douglas e Kathleen Turner, sucesso que arrecadou US$ 160 milhões na época.