
Instagram/Diddy
Trump diz que críticas de Diddy dificultam indulto presidencial
Presidente afirma que rapper foi “muito hostil” durante primeiro mandato e admite que julgamento pessoal pode influenciar decisão
Presidente cita mágoa pessoal ao comentar possível perdão
Donald Trump afirmou que as críticas públicas feitas por Sean “Diddy” Combs durante seu primeiro mandato estão dificultando a possibilidade de conceder um indulto presidencial ao rapper. A declaração foi feita na noite de sexta-feira (1/8), em entrevista ao canal conservador Newsmax.
“Quando me candidatei, ele foi muito hostil”, disse Trump. “É difícil, sabe? Somos seres humanos, e não gostamos que certas coisas atrapalhem nosso julgamento. Quando você conhecia alguém e estava tudo bem, e então você se candidata, e ele faz declarações terríveis…”
O presidente também comentou sua percepção sobre o caso: “Ele estava comemorando uma vitória, mas acho que não foi uma vitória tão boa assim”, acrescentou, completando: “Ele é meio inocente”.
Diddy foi condenado por transporte para fins de prostituição
No mês passado, Diddy foi condenado por duas acusações de transporte para fins de prostituição, crimes com pena máxima de até dez anos cada. Ele foi absolvido de acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão. A sentença está prevista para ser anunciada em 3 de outubro.
Segundo os autos do processo, o rapper organizava viagens interestaduais para acompanhantes e parceiros sexuais para participarem de suas festas. Após a condenação, sua defesa entrou com pedido de liberdade provisória mediante fiança de US$ 50 milhões, valor equivalente a quase R$ 280 milhões. No momento, ele segue detido em Nova York.
Relação entre Trump e Diddy teve altos e baixos
Trump já havia sido questionado sobre a possibilidade de indulto em maio, durante entrevista coletiva. Na ocasião, disse que nenhum pedido havia sido feito e que ainda precisaria analisar os fatos do caso. O presidente também mencionou que não fala com Diddy “há anos”, apesar de tê-lo chamado de “bom amigo” durante a participação do rapper no reality show “Celebrity Apprentice”, em 2012.
Durante o primeiro mandato de Trump, Diddy se afastou da base republicana e se tornou crítico ferrenho do presidente. Em 2020, declarou apoio ao democrata Joe Biden e afirmou à rádio The Breakfast Club que “homens brancos como Trump precisam ser banidos” e que sua saída da Casa Branca era “prioridade número um”.
Desde o início de seu segundo mandato, Trump já concedeu perdões a outras figuras públicas, incluindo um rapper com advogado conservador e integrantes de um reality show conservador.