
Divulgação/Lionsgate
Sydney Sweeney amarga fracasso no cinema após polêmica de jeans
“Americana” estreia em 16º lugar, uma das piores aberturas de todos os tempos para um filme exibido em mais de mil salas nos EUA
“Americana” estreia com média de apenas US$ 460 por sala
O primeiro lançamento de Sydney Sweeney nos cinemas após “cancelamento” envolvendo uma polêmica campanha de jeans resultou em fracasso comercial nos Estados Unidos. O thriller policial “Americana”, dirigido por Tony Tost, faturou cerca de US$ 840 mil em seu primeiro fim de semana em cartaz nos Estados Unidos. Exibido em 1.100 salas, o filme teve média de apenas US$ 460 por cinema e abriu apenas em 16º lugar. Trata-se de uma das piores aberturas de todos os tempos para um filme exibido em mais de mil salas nos EUA.
Na trama, Sweeney interpreta Penny Jo Poplin, garçonete que sonha em se tornar cantora country. Antes da estreia, a atriz divulgou fotos de bastidores em suas redes sociais, escrevendo: “Há alguns anos, fiz esse filme com alguns amigos e agora vocês podem conhecer a Penny Jo”. O post, no entanto, acabou dominado por críticas à polêmica de sua campanha publicitária e as recentes descobertas sobre sua filiação ao Partido Republicano, de Donald Trump.
Repercussão nas redes foi marcada por críticas políticas
Entre as mensagens, internautas ironizaram a divulgação do filme. “Adeus, Sydney! Ser republicana registrada em 2024 é uma escolha”, escreveu um seguidor. Outro acrescentou: “Perfeito, não vou assistir”.
A rejeição à atriz, até então uma das mais populares dos EUA, começou a partir da campanha publicitária da American Eagle, lançada em 23 de julho com o slogan “Sydney Sweeney Has Great Jeans” (“Sydney Sweeney Tem Ótimos Jeans”). A campanha explorava um trocadilho entre as palavras “jeans” e “genes” (que soam praticamente iguais em inglês), destacando a atriz como exemplo de herança genética. No vídeo, a intérprete de Cassie em “Euphoria” dizia: “Os genes são transmitidos de pais para filhos, muitas vezes determinando características como cor do cabelo, personalidade e até mesmo a cor dos olhos. Meu jeans é azul”. Na sequência, uma voz completava com a frase: “Sydney Sweeney tem jeans ótimos”.
Campanha foi acusada de cunho racial
O jogo de palavras foi criticado por sugerir superioridade genética, considerando que a atriz é branca, loira e de olhos claros. A reação negativa se espalhou e foi amplificada por celebridades como Doja Cat e Lizzo, que ironizaram a propaganda.
A American Eagle respondeu às críticas com nota oficial: “Continuaremos a celebrar como todos usam os seus jeans AE com confiança, do seu jeito. Jeans incríveis ficam bem em todo mundo”. Apesar da tentativa de amenizar a repercussão, o anúncio recebeu apoio público do presidente Donald Trump, que o classificou como “fantástico” após descobrir que a atriz era filiada a seu partido.
Registro partidário intensificou debate
Investigação publicada nas redes sociais revelou que Sydney Sweeney está filiada ao Partido Republicano da Flórida, no condado de Monroe, desde junho de 2024 – isto é, após a eleição de Trump. A informação aumentou a repercussão negativa em torno de sua participação na campanha publicitária e a rejeição a seu filme, que passou a incomodar até pelo título, “Americana”.
Próximos trabalhos de Sydney Sweeney
Apesar do fracasso de “Americana”, Sydney Sweeney atravessa uma das fases mais intensas de sua carreira. Após dividir cenas com Julianne Moore no longa “Echo Valley”, da Apple TV+, a atriz estreia novo filme na próxima sexta nos EUA: “Eden”, suspense de época dirigido por Ron Howard e estrelado também por Jude Law, Ana de Armas e Vanessa Kirby e Daniel Brühl.
Em setembro, Sweeney estará no Festival de Toronto com “Christy”, cinebiografia dirigida por David Michôd, onde interpreta uma boxeadora queer e atua também como produtora. Na sequência, lançará o thriller psicológico “A Empregada”, de Paul Feig, que conta ainda com Amanda Seyfried. Este é o único filme da leva com previsão de lançamento no Brasil: estreia em 1 de janeiro nos cinemas nacionais.
Além disso, a atriz se prepara para o retorno de “Euphoria”, cuja temporada final está prevista para 2026.