
Instagram/Snoop Dogg
Snoop Dogg pede desculpas após críticas a personagem LGBTQIA+ em desenho da Disney
Rapper disse que foi “pego de surpresa” ao assistir ao filme com os netos e reafirmou apoio à comunidade
Pediu desculpas e pediu orientação
Snoop Dogg voltou atrás após a repercussão negativa de suas declarações sobre a representação LGBTQIA+ em “Lightyear”, animação da Disney/Pixar. O rapper, indicado 16 vezes ao Grammy, pediu desculpas e afirmou ser aliado da comunidade.
“Eu só fui pego de surpresa e não tinha resposta para os meus netos. Todos os meus amigos gays sabem qual é a minha posição, eles têm me ligado com mensagens de amor. Peço desculpas por não saber responder a uma criança de 6 anos. Me ensinem a aprender. Não sou perfeito”, escreveu em comentário a uma publicação do Hollywood Unlocked sobre a polêmica.
Qual foi a polêmica?
Lançado em 2022 como derivado de “Toy Story”, com Chris Evans dando voz ao protagonista, “Lightyear” trouxe um breve beijo entre Alisha (dublada por Uzo Aduba) e Kiko. A cena gerou controvérsia e fez com que o longa fosse banido em países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, Kuwait, Omã e Catar.
Durante participação no podcast “It’s Giving”, Snoop havia dito que a cena “o deixou com medo de ir ao cinema”, ao assistir ao filme com os netos. “Eu não vim por essa m*rda”, reclamou. O músico afirmou que não soube lidar com as perguntas das crianças. “Meu neto insistiu questionando o que havia visto. Agora estou com medo de ir ao cinema. Me jogaram no meio de uma situação para a qual eu não tinha respostas. São crianças. Precisamos mostrar isso nesta idade? Elas vão fazer perguntas e eu não sei as respostas’.”
Resposta da roteirista
A roteirista Lauren Gunderson, que trabalhou nos primeiros tratamentos do roteiro de “Lightyear”, defendeu a inclusão da personagem lésbica. “Eu criei as lésbicas de ‘Lightyear’”, escreveu no Instagram. “Em 2018, eu era roteirista da Pixar. Quando uma personagem precisava de um par, foi natural escrever ‘ela’ em vez de ‘ele’. Pequena linha, grande impacto. Fiquei feliz que mantiveram isso.”
Ela continuou: “Estou orgulhosa. Até o infinito. O amor é amor. Foi emocionante ver um casal queer feliz na tela, mesmo que por alguns segundos. Esse tipo de inclusão importa porque esse tipo de amor existe.”
Gunderson ressaltou que a presença de um casal lésbico não é uma invenção fantástica como o restante da trama. “Isso não é ficção. O que é ficção é Zurg, a viagem em velocidade da luz, os alienígenas assassinos e um gato-robô falante (vida longa ao Sox)”, escreveu.