Série brasileira “Pssica” entra no Top 10 da Netflix em 68 países

Sucesso internacional

A série “Pssica”, lançamento nacional mais recente da Netflix, alcançou o Top 10 da plataforma em 68 países e territórios. A produção rodada no Pará e lançada no exterior como “Rivers of Fate” somou 5,2 milhões de visualizações completas entre 18 e 24 de agosto, segundo dados divulgados pela própria empresa.

O desempenho é ainda mais relevante porque a série estreou em 20 de agosto, uma quarta-feira, e teve apenas cinco dias para acumular audiência na medição semanal.

Ranking mundial

Com o resultado, “Pssica” ficou em 4º lugar entre as séries mais vistas da Netflix no período, atrás apenas da argentina “Na Lama” (5,4 milhões), do drama britânico “Refém” (10,8 milhões) e da 2ª temporada de “Wandinha” (13,4 milhões). Entre as produções de língua não inglesa, conquistou a 2ª posição, atrás de “Na Lama”.

No Brasil, a série se mantém desde a estreia como a mais assistida do país, superando até “Wandinha”. Também ocupa o 1º lugar na Ilha da Reunião, departamento ultramarino francês conhecido por recepção calorosa a produções brasileiras. Destacou-se ainda nos rankings da África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Áustria, Canadá, Chile, Espanha, França, Grécia, Holanda, Israel, Itália, Marrocos, México, Nigéria, Paraguai, Portugal, Suécia, Turquia, Uruguai e Venezuela.

O que é “Pssica”?

O reencontro entre o roteirista Bráulio Mantovani e o diretor Fernando Meirelles, parceiros indicados ao Oscar por “Cidade de Deus” (2002), é uma minissérie ambientada na região Norte do Brasil. Criada por Mantovani em colaboração com Fernando Garrido (“Cangaço Novo”) e Stephanie Degreas (“Albatroz”), a obra é produzida por Meirelles, que dirige um dos quatro episódios, enquanto os demais ficam a cargo de seu filho, Quico Meirelles (“Pico da Neblina”).

Gravada no Pará, com passagens pelos rios da Amazônia, a narrativa acompanha três personagens em jornadas distintas, mas entrelaçadas pela violência, pela criminalidade e pela crença em uma maldição. Janalice (Domithila Cattete) é uma jovem vítima do tráfico humano; Preá (Lucas Galvino) lidera uma gangue de “ratos d’água” que domina as rotas fluviais da Amazônia atlântica; e Mariangel (Marleyda Soto) persegue vingança após perder a família. Seus caminhos se cruzam em um cenário de sobrevivência e redenção, onde todos acreditam estar sob a “pssica”, força sombria que ameaça seus destinos. A história é inspirada no livro homônimo lançado em 2015 pelo autor paraense Edyr Augusto.