
Divulgação/Globo
Felca diz que investigou Hytalo Santos por um ano antes de denúncia
Youtuber revela no “Altas Horas” que apurou caso antes de publicar vídeo que levou à prisão do influenciador
Felca detalha investigação sobre Hytalo Santos
O youtuber Felca, nome artístico de Felipe Bressanim Pereira, afirmou que investigou por um ano as acusações contra Hytalo Santos antes de publicar o vídeo que acelerou a prisão do influenciador. A declaração foi dada em entrevista ao “Altas Horas”, que vai ao ar na noite de sábado (16/8).
“O mais difícil foi reunir essas informações, porque parte da demora, e demorei um ano para postar o vídeo, foi porque é um tema tão aversivo, que se você não tem sangue de barata você não consegue”, disse Felca, que denunciou exploração sexual de menores na internet.
Impacto emocional durante a apuração
O criador de conteúdo explicou que o processo de coleta de provas foi emocionalmente desgastante. “Eu ficava vendo aqueles materiais, e ficava com tanta agonia, tanto amargor na boca, que pela minha saúde mental eu pensava ‘vou dar um tempo nisso, vou fechar o notebook e volto amanhã’”, relatou.
Felca disse ainda que o vídeo, que já superou 40 milhões de visualizações, teve repercussão positiva. “Mas a repercussão, por mais que tenha muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, é muito positiva, estou muito feliz porque, se estão dando luz para essa causa, creio que possa haver mudanças”, declarou.
Prisão preventiva de Hytalo Santos e marido
A repercussão do vídeo deu prioridade à investigação conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), que levou à prisão de Hytalo Santos nesta sexta-feira (15), em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Israel Nata Vicente, conhecido como Euro e marido do influenciador, também foi preso.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux. Segundo o documento judicial, há “fortes indícios de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular — produção de vídeos com divulgação em redes sociais —, constrangimento de crianças e adolescentes, dentre outros crimes”. A decisão determinou a prisão preventiva, sem prazo determinado, dos dois investigados.
O espaço segue aberto para posicionamentos, declarações e atualizações das partes citadas, que queiram responder, refutar ou acrescentar detalhes em relação ao que foi noticiado.