
Divulgação/Disney+
Disney fecha acordo com atriz demitida de “The Mandalorian”
Gina Carano encerra disputa judicial por demissão da franquia “Star Wars”, mas valores e termos não foram divulgados
Fim da disputa judicial
Disney e Lucasfilm chegaram a um acordo com Gina Carano e encerraram a disputa judicial que tramitava desde o ano passado, relacionada à demissão da atriz de “The Mandalorian”, série do universo “Star Wars” produzida para a Disney+. Os termos do acordo, anunciado na quinta-feira (7/8), não foram divulgados.
Em nota oficial, um porta-voz da Lucasfilm declarou: “Com a conclusão deste processo, esperamos identificar oportunidades de trabalhar com a Sra. Carano em um futuro próximo. Chegamos a um acordo para resolver as questões do processo em andamento contra as empresas. Gina Carano sempre foi respeitada por diretores, colegas e equipe, tendo se dedicado ao trabalho e tratado a todos com respeito.”
Gina Carano também se manifestou, classificando o desfecho como “o melhor resultado para todas as partes envolvidas”. Segundo ela, “meus desejos permanecem nas artes”.
Entenda o caso
Em ação movida em 2023, Gina Carano alegou que foi demitida por expressar opiniões conservadoras em suas redes sociais. Entre os pedidos, solicitava até que a Justiça determinasse sua reintegração ao elenco. Elon Musk, proprietário da plataforma X (antigo Twitter), financiou parte da ação em cumprimento à promessa de apoiar usuários que alegassem discriminação por atividade na rede social.
A controvérsia ganhou destaque após a atriz comparar, em postagem, a perseguição a judeus durante o regime nazista ao tratamento de pessoas com opiniões políticas divergentes. A publicação levou à decisão da Lucasfilm de afastá-la não apenas de “The Mandalorian”, mas de toda a franquia, incluindo projetos em desenvolvimento como “Rangers of the New Republic”, que acabou cancelado. No processo, Carano alegou assédio e difamação por parte das empresas, além de apontar tratamento desigual em relação a colegas.
Detalhes do processo e repercussão
Segundo a petição, Carano recebia US$ 25 mil por episódio como atriz convidada, além de ter negociado um bônus pontual de US$ 5 mil. Ela afirmou ter sido pressionada a adotar posicionamentos alinhados aos das empresas sobre temas como Black Lives Matter, pronomes de gênero e alegações de fraude eleitoral, além de citar casos envolvendo colegas que não receberam a mesma punição.
A Lucasfilm, por sua vez, sustentou em juízo que a decisão foi motivada por postagens consideradas ofensivas para o público da franquia. O processo listou potenciais testemunhas, entre elas Pedro Pascal, Jon Favreau, Bear Grylls, a presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, e a responsável pela campanha de comunicação de “Star Wars”, Lynne Hale.