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Divulgação/Paramount

Filme|14 de agosto de 2025

Cinemas recebem “Corra que a Polícia Vem Aí” e “Os Caras Malvados 2”

Além da comédia e da animação, destaques incluem o terror "Juntos", o novo longa da série anime "Jujutso Kaisen" e nada menos que oito filmes brasileiros

Os cinemas recebem uma programação variada nesta quinta (14/8), que vai da comédia “Corra que a Polícia Vem Aí” à animação “Os Caras Malvados 2”, passando pelo terror “Juntos” e pelo novo longa da série anime “Jujutsu Kaisen”. A lista inclui ainda filmes europeus e nada menos que oito produções nacionais, entre elas o relançamento do clássico “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil”, em versão remasterizada que comemora os 30 anos de seu lançamento e da Retomada do cinema nacional.

 
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1 🎞️ CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ!
2 🎞️ OS CARAS MALVADOS 2
3 🎞️ JUNTOS
4 🎞️ JUJUTSU KAISEN: INVENTÁRIO OCULTO/MORTE PREMATURA – O FILME
5 🎞️ FAZ DE CONTA QUE É PARIS
6 🎞️ A LUZ
7 🎞️ OS ENFORCADOS
8 🎞️ CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRAZIL
9 🎞️ NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE
10 🎞️ PLACAR: A REVISTA MILITANTE
11 🎞️ NEIRUD
12 🎞️ TIJOLO POR TIJOLO
13 🎞️ RUMO AO TOPO
14 🎞️ SÃO MIGUEL ARCANJO – SANTUÁRIO DE BATALHA

🎞️ CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ!

▶ Assista ao trailer A clássica franquia de comédia pastelão ganha uma nova versão nos cinemas, agora sob direção de Akiva Schaffer (do grupo cômico The Lonely Island, diretor de “Popstar: Never Stop Never Stopping”). O reboot traz de volta o humor absurdo de paródias policiais que fez sucesso nos anos 1980, desta vez com Liam Neeson (“Busca Implacável”) assumindo o papel de Frank Drebin Jr., filho do icônico detetive interpretado por Leslie Nielsen nos filmes originais. Combinando nostalgia e renovação, o longa também com a presença de Pamela Anderson (série “Baywatch”) como femme fatale e participação criativa de Seth MacFarlane (“Ted”) na produção.

Na trama, o atrapalhado detetive Frank Drebin Jr. precisa liderar a lendária unidade policial dos filmes anteriores enquanto investiga uma conspiração tecnológica que ameaça a cidade. Ao lado do parceiro interpretado por Paul Walter Hauser (“Cruella”), Frank enfrenta um vilão do Vale do Silício vivido por Danny Huston (“Succession”) e lida com a possível desativação de sua divisão policial. O roteiro faz humor autorreferencial ao introduzir filhos de outros personagens clássicos e ainda satiriza temas contemporâneos, de carros autônomos a inteligência artificial.

Cenas de ação exageradas e gags visuais remetem diretamente ao estilo dos criadores originais, Jerry Zucker, Dave Zucker e Jim Abrahams, ao mesmo tempo em que atualizam o contexto para o público atual. Com ritmo acelerado e piadas visuais a cada cena, “Corra que a Polícia Vem Aí!” busca honrar o legado da franquia, que começou como uma série fracassada (“Esquadrão de Polícia”) cancelada após apenas seis episódios em 1982. Fãs do estilo consagrado pelos Zuckers e Abrahams, diretores-roteiristas que revolucionaram o cinema de comédia com paródias a partir de “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu” (1980), tem tudo para se divertir com a produção, que destaca o desempenho cômico de Neeson — conhecido por papéis dramáticos — como um ponto alto do filme, trazendo a mesma postura séria em meio ao absurdo que consagrou Leslie Nielsen.

 

🎞️ OS CARAS MALVADOS 2

▶ Assista ao trailer A sequência da animação de sucesso da DreamWorks dá continuidade à saga da gangue de ex-vilões — Sr. Lobo, Sr. Cobra, Sr. Tubarão, Sr. Piranha e Sra. Tarântula — agora reformados e tentando levar uma vida honesta após os eventos do primeiro filme.

Mesmo após se redimirem, os “Bad Guys” enfrentam dificuldades para conquistar a confiança da sociedade e encaixar-se como mocinhos. A situação se complica quando um grupo de criminosas lideradas pela ardilosa Felina os pressionam a participar de um assalto ousado envolvendo um foguete experimental, sem lhes dar chances de recusar. Acuados, eles decidem ir adiante na missão, mas com planos de salvar o dia e provar seu valor como heróis. A narrativa explora as dinâmicas de amizade e confiança dentro da equipe, enquanto entrega sequências vibrantes de perseguições e planos mirabolantes típicos do gênero “heist” (de assaltos elaborados), tudo traduzido para o universo colorido dos desenhos animados.

A ampliação da escala da aventura não afeta o carisma dos personagens, que são baseados nos livros infantis de Aaron Blabey, e mantém o estilo visual inspirado em ilustrações à base de aquarelas que distinguiu o primeiro longa. A direção segue a cargo do francês Pierre Perifel (que comandou o filme original) em codireção com o venezuelano JP Sans (animador de “Rio”), enquanto a dublagem original mantém as vozes de Sam Rockwell (“Três Anúncios para um Crime”), Marc Maron (“GLOW”), Awkwafina (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) e Craig Robinson (“The Office”) nos papéis principais. As novidades são Danielle Brooks (“Pacificador”) como Felina, além de Natasha Lyonne (“Poker Face”) e Maria Bakalova (“Borat: Fita de Cinema Seguinte”).

 

🎞️ JUNTOS

▶ Assista ao trailer A elogiadíssima estreia do diretor australiano Michael Shanks, com 90% de aprovação no Rotten Tomatoes, é um body horror romântico, estrelado e produzido pelo casal da vida real Alison Brie (“Glow”) e Dave Franco (“Truque de Mestre”). Ambientada em uma zona rural isolada, a história acompanha Tim e Millie, companheiros de longa data que acabam de se mudar da cidade para reavivar a relação e buscar uma vida tranquila. O que começa como um drama intimista de relacionamento logo assume contornos perturbadores de sobrenatural, com eventos estranhos afetando o corpo e a psique do casal – recurso que tem rendido comparações a clássicos do terror metafórico.

No desenrolar da trama, Tim (Franco), um músico frustrado, e Millie (Brie), uma professora dedicada, veem sua rotina pacata ser abalada por uma presença misteriosa na casa de campo onde passam a morar. Manifestações inexplicáveis e transformações físicas passam a ocorrer, testando os limites do amor e da identidade de ambos. Conforme os dias avançam, o casal experimenta sensações de fusão corporal e sonhos compartilhados, em um processo que expõe a co-dependência emocional sob forma literal. Esse elemento de body horror – executado com efeitos práticos e visuais impressionantes – serve para simbolizar os desafios e sacrifícios intrínsecos de uma relação duradoura.

O roteiro equilibra momentos de humor negro e ternura genuína em meio ao surreal, criando uma atmosfera tão inquietante quanto emocionalmente autêntica. Isto porque, além do aspecto horror, o longa funciona como um drama de relacionamento agridoce e aborda temas de individualidade versus união conjugal. Causando frisson desde sua première mundial no Festival de Sundance, “Juntos” é uma das experiências cinematográficas mais singulares do ano, ao explorar até onde duas pessoas podem ir para permanecerem juntas.

 

🎞️ JUJUTSU KAISEN: INVENTÁRIO OCULTO/MORTE PREMATURA – O FILME

▶ Assista ao trailer Fenômeno global dos animes, “Jujutsu Kaisen” volta ao cinema com uma compilação de episódios que revisita um dos arcos mais aclamados da série, focado no passado dos personagens Satoru Gojo e Suguru Geto. Produzido no Japão pelo estúdio MAPPA (de “Attack on Titan” e “Chainsaw Man”) sob direção de Shouta Goshozono, o filme reúne os episódios do arco “Inventário Oculto/Morte Prematura” (exibidos na 2ª temporada da série) em uma edição cinematográfica com som remasterizado e conteúdo musical inédito.

A história acompanha os dias de colegial de Gojo e Geto, muito antes de se tornarem o feiticeiro mais poderoso e o antagonista trágico que os fãs conhecem. Em 2006, os dois jovens – então melhores amigos e alunos da Escola Técnica de Jujutsu de Tóquio – recebem a missão de proteger Riko Amanai, uma estudante designada para ser a Hospedeira do Plasma Estelar em um ritual crucial para a comunidade dos feiticeiros. Perseguidos por uma seita religiosa fanática e por mercenários usuários de maldições, Gojo (voz original de Yūichi Nakamura) e Geto (voz de Takahiro Sakurai) precisam escoltar Riko em segurança até o Mestre Tengen, enfrentando emboscadas violentas pelo caminho.

O arco explora o laço fraternal entre os dois protagonistas e os eventos traumáticos que os colocam em rota de colisão: decisões morais extremas, perdas irreparáveis e divergências sobre o propósito de seus poderes. Sequências de batalha impressionantes – como o duelo de Gojo contra o assassino Toji Fushiguro – ganham nova vida na tela grande, com animação fluidificada e mixagem de áudio aprimorada para as salas de cinema. Embora não traga material inédito substancial em relação à série de TV, o filme oferece aos fãs a chance de reviver (ou conhecer) esse capítulo emocionante do universo “Jujutsu Kaisen” com máxima imersão audiovisual. Além disso, a exibição celebra o sucesso contínuo da franquia – cuja 2ª temporada foi premiada como Anime do Ano em 2024 – mantendo o engajamento do público até a chegada de novos capítulos.

 

🎞️ FAZ DE CONTA QUE É PARIS

▶ Assista ao trailer A nova comédia italiana do ator-diretor Leonardo Pieraccioni (“Il Ciclone: Amor e Paixão”) acompanha três irmãos toscanos – Bernardo, Giovanna e Ivana – que, após anos afastados, se reúnem às pressas quando o pai idoso, professor Arnaldo (Nino Frassica de “Baarìa – A Porta do Vento”), adoece gravemente. Com pouco tempo para recuperar laços perdidos e cumprir um último desejo do pai, os irmãos enfrentam um dilema: Arnaldo sempre sonhou viajar a Paris com a família, mas hospitalizado, não tem condições de fazer uma jornada longa. A solução encontrada é inusitada: estacionados no sítio de Bernardo (interpretado pelo próprio Pieraccioni), eles simulam uma viagem de motorhome pela França, montando cenários e situações que façam o pai acreditar que estão de fato rumo à capital francesa – sem jamais saírem da vizinhança.

À medida que a farsa elaborada prossegue, com direito a paisagens falsas projetadas e paradas “típicas” orquestradas na propriedade, antigas mágoas e segredos vêm à tona entre os irmãos. Ivana (Giulia Bevilacqua) aproveita o momento de união para revelar sua homossexualidade ao pai; Giovanna (Chiara Francini) reavalia seu relacionamento com um namorado bem mais jovem; já Bernardo descobre um segredo impactante sobre sua paternidade, ao ler por acaso cartas antigas da mãe. Essas revelações ocorrem enquanto Arnaldo, cada vez mais fragilizado, desfruta ingenuamente da excursão imaginária, reacendendo laços afetivos com os filhos que há muito não via juntos.

Conhecido por comédias de apelo popular na Itália, Pieraccioni imprime à direção o seu estilo caloroso, mesclando gargalhadas com ternura. “Faz de Conta que é Paris” discute, de modo leve, os valores familiares, as reconciliações tardias e a importância de pequenas mentiras benevolentes em nome do amor.

 

🎞️ A LUZ

▶ Assista ao trailer Filme de abertura do Festival de Berlim deste ano, marca o aguardado retorno do diretor alemão Tom Tykwer ao cinema após quase uma década. Conhecido por obras como “Corra, Lola, Corra” e “Perfume: A História de um Assassino”, Tykwer desta vez aborda os dilemas da sociedade contemporânea alemã através de uma lente de realismo mágico e sátira social. Ambientado na Berlim atual, o drama acompanha a família Engels – o pai Tim (Lars Eidinger, de “Sense8”), a mãe Milena (Nicolette Krebitz, “Minha Zoe, Minha Vida”) e seus três filhos adolescentes – que vê sua estabilidade se desfazer quando recebe em casa Farrah (Tala Al-Deen), uma refugiada síria contratada como empregada doméstica.

A presença de Farrah, inicialmente discreta, introduz um elemento insólito à vida dos Engels: um aparelho estroboscópico experimental, que ela apresenta como forma de terapia capaz de liberar endorfinas e aliviar traumas emocionais da família disfuncional. À medida que cada membro se submete às sessões, surgem mudanças de comportamento, momentos de euforia e experiências oníricas, ao mesmo tempo em que afloram tensões, segredos e fragilidades já presentes na dinâmica familiar. A narrativa alterna drama íntimo, crítica social e fantasia, incorporando música, surrealismo e sequências coreografadas para representar os efeitos da terapia.

A presença de Farrah acaba por confrontar diretamente o estilo de vida liberal e “progressista” dos Engels, revelando hipocrisias e medos profundos ligados à questão dos refugiados e ao sentimento de culpa ocidental.

“A Luz” traz a assinatura visual inventiva de Tykwer – com montagem enérgica e trilha sonora (coescrita pelo próprio diretor, em parceria com Johnny Klimek) incorporando desde rock clássico até cânticos orientais. Apesar de seu tom satírico e por vezes caótico, o filme provoca reflexões sérias sobre pertencimento e sobre a busca de sentido numa sociedade em desordem. Na Alemanha, a produção dividiu opiniões: alguns críticos valorizaram a ousadia narrativa e a crítica social presente, enquanto outros julgaram o resultado irregular em sua mistura de gêneros. Ainda assim, foi reconhecido o esforço do cineasta em capturar o “espírito do tempo” da Alemanha atual.

 

🎞️ OS ENFORCADOS

▶ Assista ao trailer Após diversos trabalhos em internacionais como o filme “Castelo de Areia” e as séries “Narcos”, “Dilema” e “Perry Mason”, o diretor Fernando Coimbra volta ao submundo do Rio de Janeiro num thriller que o reúne novamente com Leandra Leal, sua estrela/vilã de “O Lobo Atrás da Porta” (2013). Ela e Irandhir Santos (“Guerreiros do Sol”) formam um casal da Zona Oeste carioca ligado ao jogo do bicho, cuja aparente vida confortável esconde dívidas e traições familiares.

Valério (Santos) acredita ter mantido as “mãos limpas” nos negócios ilícitos herdados de seu pai, até que, incentivado pela ambiciosa esposa Regina (Leal), decide apostar tudo em um plano audacioso de um “último crime” que lhes permitiria realizar seus sonhos. O contexto de violência e leis próprias do subúrbio carioca impõe obstáculos inesperados ao casal, testando o pacto conjugal e levando-os a uma espiral de acontecimentos fora de controle. O elenco conta ainda com participações especiais de veteranos como Irene Ravache (“Espelho da Vida”) e Stepan Nercessian (“Chacrinha: O Velho Guerreiro”), pontuando a narrativa com figuras emblemáticas.

Inspirada livremente em elementos de “Macbeth”, de Shakespeare, “Os Enforcados” reflete sobre ambição e lealdade conjugando suspense criminal e crítica social.

 

🎞️ CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRAZIL

▶ Assista ao trailer Trinta anos após sua estreia original, o clássico retorna aos cinemas brasileiros em cópia restaurada em 4K. Dirigido por Carla Camurati, o filme de 1995 é conhecido como marco da Retomada do Cinema Brasileiro nos anos 1990, simbolizando a revitalização da produção nacional após um período de estagnação. Na comédia histórica, Marieta Severo (“A Grande Família”) interpreta Carlota Joaquina, a infanta espanhola que se torna princesa de Portugal e vem ao Brasil no início do século XIX. Marco Nanini (também de “A Grande Família”) vive Dom João VI, retratado de forma caricata e bem-humorada. O filme mescla sátira e reconstrução de época ao narrar a vinda da corte portuguesa ao Rio de Janeiro em fuga das guerras napoleônicas.

O enredo explora os estratagemas e excentricidades da família real portuguesa durante a transferência da corte para o Brasil em 1808. Carlota Joaquina é apresentada como uma figura ambiciosa e irreverente, entediada com a colônia mas disposta a influenciar a política local em benefício próprio. Dom João surge indeciso e mais interessado em frangos assados do que em governar. Ao longo da narrativa, o filme expõe intrigas palacianas, casos extraconjugais e choques culturais entre europeus e brasileiros nativos, tudo sob uma ótica cômica e crítica. Personagens históricos aparecem em tom farsesco — de um jovem Pedro I (Marcos Palmeira) à astuta marquesa de Santos — compondo um painel satírico dos bastidores da formação do Brasil imperial.

“Carlota Joaquina” surpreendeu pelo sucesso popular numa época em que o cinema brasileiro estava às traças, praticamente sem lançamentos após a extinção da Embrafilme por Collor, e foi celebrado por renovar o interesse do público pela produção nacional. A volta às telas serve tanto para revisitar, com olhar crítico e divertido, um capítulo pitoresco da História do Brasil, cujo espírito irreverente continua atual, como também a história do próprio cinema nacional. Marco zero da Retomada, a obra de Carla Camurati foi responsável direta por abrir caminho para produções como “Central do Brasil” (1998) e “Cidade de Deus” (2002).

 

🎞️ NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE

▶ Assista ao trailer A cineasta Sandra Kogut (“Três Verões”) apresenta um retrato documental dos turbulentos eventos políticos que marcaram o Brasil entre 2022 e 2023. O documentário investiga as tensões que culminaram nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, logo após as acirradas eleições presidenciais de 2022. Filmado com o apoio de canais parceiros (GloboNews, Canal Brasil) e exibido em festivais internacionais, o longa mergulha em depoimentos e imagens de arquivo para analisar as ameaças à democracia brasileira e a disseminação de desinformação nesse período conturbado.

A diretora adota uma narrativa imersiva para acompanhar personagens de diferentes regiões e espectros políticos ao longo dos meses que antecederam e sucederam a invasão ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. Cenas do cotidiano, protestos de rua e bastidores de campanhas eleitorais são entrelaçados para evidenciar realidades paralelas que se chocam na sociedade brasileira. Entrevistas com cidadãos comuns, jornalistas e observadores políticos ajudam a compor um mosaico das “narrativas em confronto” – da convicção inabalável de alguns em teorias conspiratórias ao empenho de outros em defender as instituições. A abordagem busca entender como se chegou a um clima social tão polarizado, lançando mão de recursos como telas divididas e checagem de fatos em tempo real para ilustrar a avalanche de informações conflitantes.

“No Céu da Pátria nesse Instante” propõe uma reflexão sobre o que levou ao ataque à democracia, apresentando suas pesquisa em ritmo de suspense investigativo, que revela gradativamente conexões entre os acontecimentos que repercutem até hoje.

 

🎞️ PLACAR: A REVISTA MILITANTE

▶ Assista ao trailer O jornalismo esportivo brasileiro ganha tributo e análise histórica no documentário dirigido por Ricardo Corrêa e Sérgio Xavier Filho, que resgata a trajetória da revista Placar. Fundada em 1970, a publicação foi uma espécie de bíblia do futebol, mas também se notabilizou pelo engajamento político durante a ditadura militar. O título “revista militante” refere-se ao papel corajoso que a redação assumiu em denunciar censura e injustiças sob o pretexto de falar de esporte.

Fruto de cinco anos de pesquisa independente, o filme reúne imagens raras de partidas e capas emblemáticas, assim como entrevistas com grandes personagens: dos craques Pelé e Zico a jornalistas lendários como Juca Kfouri, Mauro Beting e Paulo Vinicius Coelho, todos testemunhando a influência da Placar dentro e fora dos campos. O documentário traça uma linha do tempo desde a fundação da revista em plena “geração das Copas” até os anos de chumbo, quando, em meio a gols e campeonatos, reportagens de Placar ousaram escancarar torturas, corrupção e o uso político do futebol. Entre os episódios destacados estão a célebre campanha de jogadores pelo passe livre, liderada por Afonsinho nos anos 1970, e a cobertura da Democracia Corinthiana nos anos 1980 – movimento de jogadores como Sócrates e Casagrande que uniu esporte e luta por liberdade.

Depoimentos de ex-redatores revelam bastidores das decisões editoriais arriscadas e o preço pago por enfrentar a censura. Com montagem dinâmica, combinando material de arquivo e entrevistas, “Placar: A Revista Militante” celebra o impacto do jornalismo esportivo além das quatro linhas. Paralelamente, o filme não omite contradições da história editorial – o codiretor Sérgio Xavier Filho é ex-diretor de redação da Placar. Aborda, por exemplo, as posturas machistas presentes em edições antigas e como a linha editorial evoluiu nas décadas seguintes.

 

🎞️ NEIRUD

▶ Assista ao trailer Em seu primeiro longa, Fernanda Faya constrói um documentário profundamente pessoal que entrelaça memórias familiares e questões de identidade racial e de gênero no Brasil do século XX. O filme investiga a misteriosa figura de Neirud – apelido de Durien, uma mulher negra de porte imponente que a cineasta cresceu chamando de “tia”, embora seu verdadeiro laço com a família fosse incerto. Após a morte de Neirud, ocorrida sem alarde e seguida pelo inexplicável sumiço de todos os seus pertences e fotos, Fernanda decide desvendar quem ela realmente foi.

Com abordagem de ensaio documental, a narrativa acompanha a busca da diretora por registros de Neirud: em arquivos de circos, coleções fotográficas e lembranças orais de parentes idosos, emerge o retrato de uma ex-lutadora de ringue circense dos anos 1960–80 conhecida como “Mulher Gorila” em espetáculos itinerantes – um papel sensacionalista e marcado por estereótipos raciais, mas que também lhe proporcionou independência fora dos padrões da época. A reconstrução dessa trajetória revela camadas inesperadas. Neirud integrou a trupe circense da família em uma época em que mulheres negras eram raramente protagonistas de suas próprias histórias.

O documentário expõe o paradoxo vivido por ela: ao mesmo tempo em que encenava uma figura “monstruosa” para divertir plateias com preconceitos, Neirud conquistava, no circo, uma liberdade pouco acessível a outras mulheres de sua geração – viajando pelo país, vestindo-se de modo transgressor e vivendo uma parceria afetiva e profissional com a avó da diretora além dos rótulos convencionais. Por meio de cartas encontradas, gravações de áudio antigas e depoimentos emocionados, Neirud lança pistas sobre a natureza do vínculo entre as duas mulheres, sugerindo uma relação amorosa velada que, diante do preconceito da época, teria sido apagada da história familiar. Premiado como Melhor Filme no Olhar de Cinema 2023 e exibido em festivais internacionais (DOC NYC, Cleveland), “Neirud” foi saudado pela crítica por seu caráter investigativo sensível e por iluminar aspectos da história queer do Brasil.

 

🎞️ TIJOLO POR TIJOLO

▶ Assista ao trailer Vencedor de prêmios de Melhor Direção, Montagem e Crítica no festival Olhar de Cinema 2024, o documentário lança um olhar intimista sobre habitação, maternidade e resistência na periferia. Dirigido pela dupla Victória Álvares e Quentin Delaroche, o filme acompanha a vida de Cris Martins, moradora do bairro do Ibura, na periferia do Recife, que viu sua casa ameaçar desabar no início da pandemia de Covid-19. Grávida do quarto filho e lutando pelo direito a uma laqueadura (esterilização voluntária), Cris precisou abandonar o imóvel precário com a família. A partir daí, a câmera registra em estilo cinema direto a jornada de reconstrução literal e figurativa: enquanto os familiares erguem uma nova casa “tijolo por tijolo” no mesmo terreno instável, Cris reinventa sua rotina como micro-influenciadora digital na plataforma Kwai, buscando renda e voz para suas causas.

O documentário se estrutura em torno do dia a dia dessa família, mostrando os desafios concretos de se reerguer uma moradia sem auxílio governamental e as frentes de luta de Cris – seja na fila do SUS buscando autorização para o procedimento de laqueadura, seja produzindo vídeos caseiros para seus seguidores sobre empreendedorismo na periferia. Temas sociais amplos permeiam o relato pessoal: a falta de políticas de habitação, o debate sobre direitos reprodutivos e o papel crescente das redes sociais como forma de trabalho e empoderamento.

 

🎞️ RUMO AO TOPO

▶ Assista ao trailer A paixão pelo motociclismo e a determinação de um brasileiro em superar limites extremos estão no centro do documentário dirigido por Tatty Vianna. O filme narra a trajetória do piloto paulista Rafael Paschoalin em sua busca pelo feito inédito de conquistar a tradicional prova Pikes Peak International Hill Climb, nos Estados Unidos – uma das competições de subida de montanha mais desafiadoras e perigosas do mundo.

O longa combina imagens eletrizantes da corridas com um mergulho na preparação física e emocional do atleta. Com utilização de drones e câmeras onboard, o documentário coloca o espectador na garupa de Paschoalin, transmitindo a velocidade vertiginosa e o risco constante envolvidos no desafio de “chegar ao topo” no menor tempo possível.

Conhecido por encarar desafios radicais, Paschoalin foi o primeiro brasileiro a competir no lendário Tourist Trophy da Ilha de Man e, em 2019, inscreveu seu nome na história ao vencer a categoria Middleweight em Pikes Peak, pilotando sua motocicleta por 20 km e 156 curvas a mais de 4.300 metros de altitude. A diretora costura momentos introspectivos – como Paschoalin refletindo sobre derrotas e acidentes anteriores – com cenas de seus triunfos.

 

🎞️ SÃO MIGUEL ARCANJO – SANTUÁRIO DE BATALHA

▶ Assista ao trailer O filme brasileiro de temática católica combina drama espiritual, aventura e suspense sobrenatural com filmagens em locações sagradas da Europa como o Santuário do Monte Sant’Angelo (Itália) e Mont-Saint-Michel (França), sob direção de Tiago Benetti.

O protagonista é o escritor católico Fábio Almeida, interpretado por Wincenty Podobínsky (diretor de um documentário sobre o tema), que sempre acreditou no poder da fé, mas se vê diante de uma provação inesperada quando sua mãe, devota fervorosa de São Miguel Arcanjo, começa a sofrer ataques espirituais inexplicáveis. Fábio é forçado a confrontar um mal que ultrapassa sua compreensão, mergulhando em uma jornada de investigação e enfrentamento espiritual. A narrativa acompanha sua busca por respostas e proteção, guiada pela devoção a São Miguel Arcanjo, em meio a eventos que desafiam a razão. A produção conta ainda com participação especial da escritora e pesquisadora Loo Burnett, autora de obras sobre angelologia e especialista em São Miguel.

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