Diretor descarta reunião de “Harry Potter” em novo filme por causa da transfobia de J.K. Rowling

Diretor descarta reunião do elenco

Chris Columbus, diretor de “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (2001) e “Harry Potter e a Câmara Secreta” (2002), afirmou que é “impossível” reunir o elenco original da franquia para uma adaptação de “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada”. A peça mostra os personagens de “Harry Potter” mais velhos, como pais de crianças com a idade que eles tinham quando a saga começou.

Em entrevista ao jornal The Times, do Reino Unido, o cineasta explicou que a polêmica em torno das declarações transfóbicas de J.K. Rowling inviabiliza o projeto. “É, nunca vai acontecer. Ficou muito complicado com todas essas questões políticas. Cada integrante do elenco tem sua opinião, que é diferente da dela, o que torna tudo impossível”, declarou.

Relacionamento com o elenco

Columbus afirmou não falar com Rowling há mais de dez anos, mas mantém contato próximo com Daniel Radcliffe, intérprete de Harry Potter na franquia cinematográfica. “Acabei de falar com ele há alguns dias. Ainda tenho uma ótima relação com todo o elenco”, disse.

“A Criança Amaldiçoada” se passa quase vinte anos após os eventos de “Harry Potter e as Relíquias da Morte” e acompanha o segundo filho de Harry ingressando na Sonserina.

Críticas à nova adaptação da HBO

O diretor também comentou a série que a HBO e a Warner Bros. estão desenvolvendo baseada nos livros originais. Para ele, trata-se de “mais do mesmo” e é “difícil imaginar outras pessoas” nos papéis de atores como Alan Rickman, Maggie Smith e Robbie Coltrane.

A declaração representa uma mudança em relação ao que havia dito no início do ano, quando chamou a reimaginação de “ideia espetacular”. Segundo Columbus, após ver as primeiras imagens de personagens como Harry e Hagrid, sua reação foi: “Qual é o sentido?”.

Posição sobre J.K. Rowling

O cineasta também deixou claro que se posiciona contra a autora. “Certamente não concordo com Rowling. Acho seu ponto de vista muito triste”, afirmou. Ele acrescentou que, em alguns casos, tenta “separar a artista da obra”.

Ele acaba de lançar seu novo filme, “O Clube do Crime das Quintas-Feiras”, que estreou na quinta (28/8) na Netflix.