
Instagram/Bruna Biancardi
Bruna Biancardi acusa dono de casa alugada de espionagem com câmeras de segurança
Modelo processou proprietário por violação de privacidade após descobrir que ele vigiava sua rotina e tentava contato mesmo preso
Proprietário foi preso após ameaças e continuou assediando Bruna
Bruna Biancardi moveu uma ação judicial contra o dono da casa que alugou em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo, após descobrir que estava sendo espionada por meio do sistema de câmeras de vigilância do imóvel. A revelação foi feita pela coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, e reiterada por Katharine Alves no portal LeoDias após acesso ao processo, que reúne mais de 300 páginas com detalhes da disputa.
Como a modelo descobriu que era vigiada?
Bruna relatou que começou a desconfiar da conduta do proprietário ao receber mensagens insistentes, que iam além dos assuntos relacionados à locação. Segundo os advogados da modelo, “foram enviadas insistentes mensagens não apenas à requerente [Bruna], mas também a membros de sua equipe profissional, tratando de assuntos alheios ao contrato de locação — como, por exemplo, solicitações de fotos com o jogador Neymar Jr. —, o que configura violação de privacidade e conduta invasiva”.
Na sequência, o casal proprietário do imóvel passou a acusar a inquilina de permitir que seus animais transitassem por áreas não autorizadas da residência. No entanto, o contrato assinado previa apenas que os pets não poderiam subir em camas ou sofás.
Foi nesse contexto que Bruna descobriu o uso indevido das câmeras de vigilância. O dono da casa teria afirmado que o acesso ao aplicativo havia sido removido e a senha trocada, mas posteriormente confessou que continuava tendo acesso às gravações, com áudio, o que configuraria violação à Lei Geral de Proteção de Dados.
Quais foram os agravantes do caso?
Segundo a petição, o homem manteve o monitoramento da casa com Bruna morando na residência. Em prints disponibilizados pela acusação, o dono do imóvel confirma o acompanhamento das câmeras: “Na verdade, Bruna, meus áudios são das câmeras. Isso é para minha própria segurança e da minha própria família. Já tivemos alguns problemas que eu por não ter nada de idiota coloquei as câmeras com áudios e vídeos”, disse ele. Bruna então rebate: “Então você estava me vigiando após eu alugar a casa? Ainda bem que seu plano não deu certo, pois troquei todas.”
Em junho, um oficial de Justiça foi ao imóvel cumprir uma diligência relacionada ao locador. A situação agravou o desconforto da modelo, que não queria estar associada a pessoas investigadas, “a fim de preservar sua reputação e evitar prejuízos à sua imagem, inclusive no que se refere a contratos profissionais que dela dependem”, de acordo com a ação.
O proprietário chegou a ser preso, acusado de agredir e ameaçar uma testemunha de outro processo.
O que motivou o processo?
Bruna tentou rescindir o contrato de forma amigável, mas não obteve apoio da imobiliária. A família do proprietário afirmou que não poderia devolver os R$ 123.024,54 pagos como caução.
Após uma negociação inicial com um advogado indicado pela esposa do locador, outro escritório assumiu o caso e passou a acusar Bruna de descumprir cláusulas do contrato, exigindo pagamento de multa. “Ao ser acusada de descumprimento contratual e ser cobrada da multa por rescisão antecipada, não restou outra alternativa que não fosse a propositura desta ação para que seja declarado o culpado pelo descumprimento contratual”, diz o texto protocolado na Justiça.
Qual a versão do locador?
Ao ser procurado pelo Portal Leo Dias, o proprietário do imóvel afirmou que a disputa foi resolvida de forma extrajudicial em maio e que não há mais processo judicial em andamento. A assessoria de Bruna confirmou à revista Quem que o caso teve solução amigável e foi arquivado.
O espaço segue aberto para posicionamentos, declarações e atualizações das partes citadas, que queiram responder, refutar ou acrescentar detalhes em relação ao que foi noticiado sobre a apuração dos colunistas.